A Provincia do Pará 31 de Agosto de 1947
• n:,mingo, 31 ele agôsta de 194'1 A. P R O V t N C I A D O P A R A CINEMA _ Ndn& M ZULLY MORENO NÃO QUER SER BEiA De Mario FOLIO Uma tarde chego ao "Ci- Fomos amigas desde el'Se ne Nacional" ._ ., Er a em c':a , e aprend i a conhecer novembro de 1938 ("cine e "outra" Zuliy Moreno. !\"acional" cha.mava,.se a Quem t inha a.companha– aud1ção que davamos na do sua carreira a través das Rádio Stentor). . . revistas e comen tários, po- Era morena, cheinha , de ter Julgado que ZuJJy simpalssss:ima. . . Tinha I dEo u 'a m ulher n ão t ivesse um sorriso sugestivo e uns la. Quem a conheceu inti– clhos .(recordo que s,:us mam.:nte no inicio de sua olhos preocupava m muito .!arreira, como eu, s'.\be que aos presentes) . Cha maram- ~ssa estrela 1;ão teria bri• me a, atenção sua bele1.a, :!.ado, se a ferrea vontade seu porte elegante e sere- de u 'a, m u lhe r n o t ivesse no seu anda r decid ido e influenciado no destino da Qlldulante, ao m esmo tem- atr iz. po. Disse-lhe que com esses Foi necessário estudar, a.tributos teria que t rit:n- é ela e::tudou com uma fé far. Ela me olhou com iro- nu n ca d esmentida cm paciéncia e me r espondeu qualquer momento. Foi ne– qua.se violentamente : cessário emagrecer e ela - Não quero t riunfar emagreceu ; foi necessário poi; ser bonita. •- Quero abandonar ta lvez sonhos e ser atriz ! debilidades, e ela, o soube E ' possível que em iden- fazer. - Fora m n ecessár ticas clrcunstanclru;, e dito rias muitas coisas que sig– isso por outra pessóa, cu nificaram sacrifício e cons– Julgasse que sua a titude taru:ia. te.mbém !li6 Inteligência desperta, sempre pronta para captair aquilo q ue i:onvinha à sua car reira .. . A carerira estrela rde Zully Moreno! Não se projetou somente em acen.sões; h ou– ve altos e baix~ lu ta, ob;,. t inação e sacrificlos. P as– sou mllitas noites acorda– da, estudando papeis q ue jamais interpretaria. Perdeu muitos dia,s n a b us.. ca anhelante da oportuni– dade. E quando essa che– gou , e quando Zully More– ~.o nos disse n,J filme "Stel– lai'', que "podia ser", que era já wne. est rela por di– reito próprio, quantas cu– tras d uvidas e quantos no– rns sacrifícios não se le– vantaram diante de seus passos? Essa mulher bonita qua sE chama Zu lly Moren o ! El6sa, mulhe!" de luta, que tiradas em sua faienda após a maternldade. Para su curiosidade Jean Loula, ~ .. departamento demÔdu O.. lumbla, acaba de voltar - uma viagem à sna terra na~ onde ae demorou prlDelptl. mente em Paris. Mlle, Loall descobriu porque as parlllen– ses andam lançando a moda das salas mala comprldu. Jean afirma slmplemnente qne u r.ernaa fro.nceaa não aão t11J bOnlt.as como aa wmade ln 1J. S . A." . Betty Orable •encai deflnltlvamente o paaado Mlstlnguette. Claudette Colbert ficou cam o papel de ''E:t'\ >1a filmagem do dlscuUdlsslmo "beste..Uer" rle Betty Mac Donald - wAI galinhas e Eu" . Trata-se de uma dlvenkla ::.uto-blografla. de uma recet>t• casada às voltas com o mari– do. as galinhas e O.! OVO.!. l"r,d Mac Murray é o esposo, cuJa melhor qualidade, segundo noa diz a própria Betty MacDona•d era - "ter gostado de mim". fcsse pedante. Dito, porém , Zully Moreno I Qu em por Zully Moreno, não pen- pensa n a. mulher de linhi:. sei assim , ao contrário. MI- t'..udazmente estilizada de rei-a mais atentamen te, i'.oje, dificilmen te pod~rá cllservei seus olhes cheios recordar a out ra, a =re– de segurança d1ante da vi· n a gorda de h á oito anos ~is!~:i:iifr :~íl I F RElsEa. en.cuantadoDra Deanna DEurbln, lágrimas no coração, em– bora estas n ão subissem ao solhos: OLLYWOOD Vera Ellen. aquele& maraYI• lhosos pés esvoaçantes de "Um Rapaz do Outro Mundo", ea. · há algum tempo aepuada ao seu marido, que tambem e bai– larino. O divórcio Ji esti fDCO– mendado, DO.! trlbuniJa de Tio Sam . Tambem Kay Johna a o diretor John Cromwell eonae• gutram desatar o nõ doa ''laçJI eternos" . .. <la , e respond1 : atrás. Entretanto, era lden - - Há de ser. . . tlca sua vontade ; ldenttca - se fosse feia, é possi- por J oão GASPAR SIMÕES Copyrtgbt. dA Agencia OPI, exclu1J:ro para o n0150 Jorual \ el q ue vissem em mim cutras condições q ue espe– ro possuir para me impor E' sabido que Freud de-,cn-1 um certo dado para a efetl,a- éa . Convencional, mell'dra– l!O cinema . . . Se pudesse brlu um método seóunc!o o ção anedótica do.quilo que eles mátlco, patético. burlesco. 0 qual parece ser po&Slvel tratar consideram como o caso sub- fllme, pretecsamente clentUl – ccinseguir que esquecessem certas nevroses . Compllcadú, consciente originário de um co, finda, as mais das vezes, meu rosto ! sutll, especioso, este método. determinado psiquismo, el-lus em opereta. com Inteiro agra– E não se esqueceram. que tem o no:ne de pslcanáll Inventando uma série de hl,,- c'o do publl~o que nada perce- 1 tr pod """Uecer da se, utiliza as mais varladu torletas cujo tema central é a bendo das doutrinas de Fre~d ao em se ....,., manifestações da atlvlda!e concepção pslcanalltlca do re- e sendo absolutamente loca– l Jnulher mais formoSIEL do humana e as_reações mais · calcamento. Claro está que o paz de compreender estar as– cinerr.A argentino, porém a limas da vida pslqutc:i. de mo!- resultado é surpreenden';e slstlndo a uma grotesca mlstl- 1 pouco e pouco, aprenderam de ª extrair delas element..•~ Com uma linda mulher linda · !1cação, se retira da sala dd a encará-la t ambém como com que elaborar O dlagnó st ! mente adormecida por ;,m llll: espetáculos deliciado. Sim. t . 1 t te co, mercê do qual O pslcanalls- ,Usslmo médico, numa llr <llss - trata-se de uma verdadeira a a nz que u ou naz- ta possa vir a descobrir o m 1 - ma clinica, ai temos nós um rr:en te JWlO seu triunfo. Uva re_calcado, causa da per- filme cuja a ão se desenrola mlstl!lcação. O simplismo Al Ih <ili\ ~ que turbaçao nervosa de que . americano que tão superlcr- guem e pre < • doente é vitima. Grossomodo, lnntvelramente a volta de uma mente sabe fazer filmes e ro- e;a eeria célebre a:\ , 27 assim é . Não vem para O cas~ e rose que o exame do S"ll'• mances em que o homem é dl– onos de idade; que a\:::i.n- expor a técnica que Freud e consciente da formosa en.t~r- reto. cândido e lnst.lntlvo, vol– Laria um triunro continen - os seus dlsclpulos puseram 111 ma permite esclarecr no !'lnal tando-se para o cinema e par:i • f r voga Já lá vão bem trinta ou da Intriga em que há sempre a literatura de base complexa la]; q ue sena e IZ e que quarenta anos. Ap~nas nos . - um galã apaixonado que aca- e essência psicológica, não po– re:alizaria todos OS seus teressa frisar que o méto IJ ba por beneficiar da cura nu- õla deixar de cometer tais rl– ~onhOtS . . . p:1lcanalitlco Incide sobre as racu~osa depois de ter sido dlculos logros . Incapaz de Tinha apenas 13 anos manifestações do lnconscle 1 - _a_b_e_t_e_n_o_1_re__ d_a_ m...1..l_ra_ .-_u_1a_-~ ·a_t __ 1_n::gl __ r_o:....:.c.:.om::.:::p:.:lc:.:x.::o:..p::.e.:.l:0...:l:::n:s::tl.::n– q uando lhe dls.seram i660, e te, e estas são tão várias, tão desde esse dia a garôta mo- Insidiosas, tão Imponderáveis ! ·ena e bonita viveu em que a atenção do méd!co vai até ao ponto de provocar no continua especta,tlva do doente urna confissão caótica l que lhe deveria acontecer . em que se fu ndam recordaçõeJ (Posaivelmente quando de lnfàncla, fragmentos de sc:– nhos, Impressões fuga1Zes, tJ,tdo 1 r arnlnhava horas e horas enfim, que possa contrlbui pa– c-om um livro na cabeça ra trazer à. superllcle o ulto para adquirir a ctesenvol- panorama do rico sub con. • tura n-eee!Sárla psta bri~ clmte humano . Como é •1>v1 ,, Jhar em modeloo rnagnifi- o método pslcanalltlco p essu- põe a exlstencla no bom de cos, pensava na extraordi- uma zona secreta a que da • nJria pred1ção, e ma.Is se do o nome de sub-conscle te .,.....,,._,..__;........_._,__. _,.,..,...._h;-_.,_____..., 1 npenhava em i,e a perfi!I- Quer Isto dizer que existe em ,_oar. . . Tinha que caml- todos n65, a par de uma zona r.tarla ntontez -.olla trlun(anlc e bela, para 1audlo de seus psiqulca diurna, uma zona psi · lnumeros "fans". Em "Branca SeJ-.agem", que o Indepen- nhar com a pose de Uillfl ouica noturna . Isto, claro es • dencla ~\á anunciando, teremos oportunidade de revêr a ra lnha e568. mulher que ha- tá, é coisa conhecida há •~- encantadora estrela da Unlnraal. (Contlnua na u .• Par-> culos . Não foi Freud quem a ------------------ ------------------ - descobriu . A ele, porém, se :le O CINEMA DE CADA UM ve tudo quanto diz respeito a 1 ••• ~i!rp~~~n:!fe;~.º~:J!1º q 1 u; NO&SOS olhos e.tão cheios de movimentos . Há formas e cõ– res. ritmos e luz. que se vão acumulando dentro de nõ:., num mundo perdido e recup~– rado a cada Instante . De Antonio OLINTO se Impõe . Quando o fllme su -, lnteiuam nte e es momentN pera esse limite e atinge as é viver . é o cinema d•i fontes da vida, o homem c ,_ , ada um. que pode ser sugado mum recua e se recusa a co,,1- Inteiramente, sem remors;J:J preender. O diretor de genlo nem arrependimentos . O que é aquele que vence todas ag 11- existe é um "modo" de receber mltações, arrastando. ao mes- u emoções e transformá-las mo tempo, consigo, a emoçio em vida . do homem do povo . os psicanalistas, antes de es- tudarem nos doentes os traa– ma tismos psicológicos, orlg' n, segundo eles, de multas hlst •• rias e outras n, vroses te>1ham fixado a sua atenção no estu– do das obras literárias e artl-i– Ucas. procurando extrair bl– g1,ltlcado de pormenores ap, - ~~ntemente ln51gnltlcantes em ordem a obter atrav6s deles a. explicação original da cén r .e das obras-primas de que se or- Pa.lrlcla Goddard é inglei.a, sendo considerada ama das "sensaçúe de 1947". to, fabrica-o em série, art1tl– clalmente, graças ao desenvol– vimento ao lnv6s de premi= pslcolõglcas colhidas na leitura mal digerida dos livros de Freud e dos seus dls~lpu 1 c-~. E, assim. se permite criar poran – te n65, fabricando-as de tou1e plece, pslcologlas. casos. dra– mas, conflitos em que não há vislumbre de vida, rasto de vc– roslmllhança, parcela de ver– dade. Estamos. de fato, peran– te um caso nltldo de "ameri– canismo". Assim como Já ha– via nos Estados Unidos wna m1U1ulna para fazer enchido apenas com meter O.! porcos de um lado e receber do outro os chouriços prontos a comi,r, O.! quais, na hipõtese de não agra– darem 9,0 paladar, podiam ser devolvidos à origem. saindo outra vez os porcos vivos pela bôca da máquina em que ti– nham dado entrada, pass~u agora a haver um mecanismo para fazer pslcologlas compli– cadas: é só meter de um lado uma nevrose e extrair do ou– tro um tllme transcendenL•. complf~ado, de uma transcer. • IJ.nda Chrtstlan tlllti .... apressada, e afundou o p6 no acelerador. Quando deu pel coisa. 90 qullometroe por horo, em plena cidade e. .. cinco dll\S de cadela. pelo vereólctum do Julz . M1ss Linda fez valer to• dos os seus recuraoa dramáL\• coa, e explicou à S. Excla. que Unha pressa em vl.sltar a mãe, serla.m~te doente. De– pois de tudo éxpllcadc•. elR põde prosseguir caminho, de.na v.Y. a 100 qullometros, para drxon– tar o tempo perdido e acom– panhado de motoclcllstaa... Lana Turner desistiu de bali• car Jean Harlow, e o "platl• num blond" está el!Curecendo. Certamente Isto terá grande lntluencla em toda a mocld'\ - de norte-americana, que de uns tempos para cã, andava querendo bancar a 1111per-arll– na nos cabelos. Depois que Alice Faye ae can• rou da tela, deu uma voltlnha uté a maternidade, e de:ld', ficar dona de casa r ara sem– pre, parecl11 que Bettv t ra•>lo estava à vontade na Fo:< . Mw, Mlsa Orable tambem arranJ.i~ aeu comproml.uo com M . Ccgonhl\, e qula tamt>em vim , exclusivamente mAé d fand• lia. Entretanto, depola que n Fox não dlase nada, fiando-se certamente, em J une Ha\'Cr, , dencta e de uma complicação própria para papalvas. Sim, a clientela dos cinemas chiques, qulltldO se lhe dá filmes venlo.– de\roa, bumanos, sinceros, en– flid.l-se. Tollo p ett,etáculo qJe a obrigue a encarar com a dcd– nuda tragédia humana fá-la bocejar. Um filme que lhe po– nha à mostra a profunda ver• dade do homem - e o clnem11 que honestamente queira dcs- Betty deixou-se de rogada, e cer ao sub-consciente terá 1e Já colocou seu autógrafo, nu1:1 arrlplar a epiderme bem tra- j no..-i contrato de ~r~a anr,: , tada do publico doa nossos cl- Harry James continua enrlqu;– nemas _ arrancar-lhe-é. pro- cendo, àa custas do aeu hJat.;. teatoa . A verdade Incomoda o rico super;platon. nosso público. Mas como 03 --- amerlcanO.! lhe fornecem uma John Lund, que ?olti,u ac, pseudo-verdade e lhe dão um bonr caminho em Perlls ot Fr ud com toilette. da última Paullne", ao lado de BeLt1 moda ai está toda a gente ~o- Hutton, Jll foi modelo maacu• cantada com a descoberta de llno, para as casas de moda cm Hollywood . Foi preciso que N~w York . Entretanto, e~,i Hollywood tivesse descoberto nao é o primeiro caso que os Freud, para a nossa gente de- "Cover Boys" tem de garantia. •llrar com a pslcanllllse . .. ume. Brlan Donvely tambem )a psicanálise mlstltlcada ... andou posando para fotógrafos de publlcldade . DE HOLLYWOOD "A Mulher das Cem Faces", uma hlstórla de Louis Brom– íleld, Thomaa Mann e Max Dyan, a respeito de um famo– ~o modelo europt u que sur– giu como uma mu!her dl!ert:1 • te a cem pintores que se re– trataram - será produzida pela Uulted Artlat. Spencer Tracy, Jl'rederlc March, Victor Mature e Cho:• ter Morria Iniciaram a vida !o.· zendo dinheiro às custas de seua tipos . NOS ESTUDIÓS Somos carne, uma carne que vê e que pensa, que ve a vl•111 Sll transformando a todo mo– mento e tem medo do Inespe– rado que essas transformações provocam. A Imagem e a pa– lavra se unem dentro do pen– samento e criam tudo o que temos de movimento e poes\a em nossa vida Interior. Porque esta 6 a condição humana : - contemplar linhas e ritmos que se cruzam - ser uma forma Os próprios ângulos visuais de nossa vida dlé.rla são, t.:< ve– zes, avançadO.! demais. Delta– dos no ombro da mulher q.;c ~mamos, podemos ver as Unhes de seu rosto, com um rundo de ãrvores, de varanda ou de céu. Esse conjunto é vida . Sen t.1r Quando o outro clnema, além de J)()6llulr toda a beleza de seu material plãstlco. atinge a esse plano vital, então, sim. é Art.! Então pode se sacudir o ma– rasmo dos olhos e se lncorp,, - rar à experlencla de vida de cada homem do mundo. gulha a espécie humana . AJ sim. Freud estudou a plntu .a de Leonardo da Vinci e algunn I dos seus dlsclpulos se lan,a– ram na Investigação du ea•1- sas sub-conscientes do genl<J de um Dostoievski ou de 1ru Edgar Poe . De fato, a litera - ------- Antes de partir para a t'.U• ropa, Rita Hayworth del'."..>'I prontos os aeua !Umee "Qwm:Jo oa Deuses Amam" e º'A Dam:, de Shangai". o primeiro t:m musical em tecnlcolor, Já <!, ;á pronto e mesmo estrelado n.,, Estados Unidos. O aegund<J ainda'. está sendo montado cm Hollywood. Pois bem, "Ql::m• ao os Deuses Amam", a6 dl'ri. visto no Brull li pelos mra– oos de 1948 ao J)UIO que "A .:>ama de Shangai" eatari em nossas telM ainda este an •I A explicação é simples: os lr.– boratórlos Kalmus não po<!em entreg11r as copias em tecnt– ,·clor. -entre outras. Desde o nasctmento, nosscs olhos assistem a um filme e dele participam . Cada um v~ esse filme a seu modo, enter.– dendo-o a seu modo. Dentro da diversidade de camlnhos e pesso&1> que encontra, todo \n– dlvlduo · mantem sua unlda<!c interior, seu "tema·•, sua vldo.. Exlstem'assoclações, desejos cc Idéias, choques e fusões que provocam esse acumulo de a~– plrações, desejos e sor,hos. que enchem os momentos que pas– sam. A tragédia está em nossa luta contra o transltórlo . A poesla está no redescobrimen– to da beleza em cada nova !o, - ma de vida . Dal, a necessidade do out<o clnema, o da tela . Nele, tu:lo está predeterminado, sujeito a uma trama . Nlnguem consegue suportar essa coisa tão sem ne– xo, que é o passar pelo tempo e estar sempre solitário. Nl~– guem suporta a destruição gr.i– datlva dos desejos . O cinema. feito, preparado, encamlnhado para um determinado fim, é um consolo para as 1 pequen.ts tragédias de cada um . Todo~ procuram se encontrar nesx> ou naquele personagem para suavl.sar essa continua sens·i- 1yão de fracasso que palpita nv hof ~.i mostra uma série de emoções, sugere posslbllldades, . desperta desejos sufocados. O cinema apresenta, ao vivo, P.!S-– soas como nós, vivendo s!tuu– ções de amor ou de angusttr.. ,emelhantes aos nossos pró– trios momentos. Essa ldentl– bt.le entre o plano da vida e ~ plano do cinema coloca o ho– mem em contacto dlréto c, m o fllmê. Mas' existe um ponto que nlngueo: deseja transpor . H~ um certo nivelamento de em,,– i ões que a maioria das pesso'lS Madeleine !losay e Anselmo Duarte formam um dos pares mais fo,!ogcn,\cos ~o ~Jnema brasllelro. No filme "Querida Suzana , os fans .vao aplaudi-los e certam•"te iostarão de ve-los cm outras películas. tura e a arte aio reservatórlv, lnexgotávels de motivações sub-consclen ! . A lmportáncla de Freud é lndlscutlvel, embora ele e o seu método. ele e os seus dlsclp ,– los, a pslcaniíllse e as suas con- C.orrespondencia dos Fans Tod:u as cartas dlrlrfdas los t raços - aliás frisados cm Robert Donat foi o ".l'antasma & e•ID. secção devem ser en- sµa carta - vlgoros.,s e reais Camarada". Uff! vladas à redação de A PRO- (las pellculas. Naturalmente al- S. O. - (Belém) - Des•·•Jlpe, VINCIA DO PARA' - Tra- guma ligeira contusão f'!!? vo- mas varias vez,,..s n 11:amos aa vessa Campos Sales, 10)-104 rê colocar Denlelle no elenco lnformaçóes. que, agora, você - Belém, Pará, que serão de "Só para homens", quando deseja. 1 trafacções '.evantam a todo o momento apaixonadas dispu– tas. Com Freud ou sem Freud porém. as obras literárias e :- r • 1 tistlcas continuarão a ser m.\- 1· avllhosas florações do lncons- respondldlls na. ordem em realmente ela figurou n:> dis– que forem sendo r~ebldas. cuUdo "Só para Mulheres". 1 ciente humano . Por Isso m .,.. MARLY - (Belém) - Ro- • mo, é posslvel pegar na Fanú- 1 bert - Metro Goldwyn Mayer lia Inglesa, de Jilllo Dlnlz, e Culver City, Cal; Ty - 20th , mostrar, como o professor Egas Century Fox, Beve:ly Hllls, l Monlz mostrou. que certos de- Hollywood. Cal.; e Paul-War– senhos feitos por Carlos Whln- ner Bros. Burbank, Cal. Arres– testone numa folha de papel tente em todos os end~reços ocasional traiam, lnconscleu- as letras u . s . A. . temente, a paixão que nesse SOLANGE - (Belém) - Re- mamente lavrava Já, obscura, cebemos a primeira colabora– ua alma do futuro marido de <;ão. Aguard:imos oportunlda– CecUla . Assim é na vida, as- de. Envie as criticas sim é na arte . LUCY - (Belém) - Joan Acontece, porém. que H•ll• foi premiada o ano pa,sado lywood, esse paralso da Eva pelo seu trabalho em "Alma moderna, acaba de descobrir M?l Suplicio", qup vimos re– um processo Inteiramente lné- centemente no Ollmpla Já dito de tirar partido da dou- ,eallzou 55 fllmes em Holly– trlna freudiana . Tardiamente wood. Atualmente e.::tá oresa embora, pois, Já lá vão b~m • contrato firmado coin a vinte anos que o cinema ge~- Warner Bros, para quem tem mãnlco aproveitou a pslcana- !eito alguns filmes geralmen- 1 ll•e p.ara tema de alguns til- te bem recebidos. Escrcva-11:lc rnes rigorosamente clentlfic.J:õ, para o endereço dessa cornpa– os cineastas de Hollywood cai- nhla - Burbank Cal - ~T. (1 . ram aobre Freud e vá de ~n- A . ' ~omendarem argumentos em PIERRETE - (B<-léml - série baseados em histerias e Lembramos perfeitamente. Foi em nevroses de origem calcula- um dos maiores flln,es destes mente pslcanalltlca . Isto é, últimos tempos. Segunde ln– tendo reconhecido que o publl• formações que possulmo~ um cose pelava por ambientes cll- dos cinemas do Rio. recente– nlcos com Jovens médicos e mente, obteve estrondoso êxl– llndas mulheres hlstérlcas, não to com a reprise Na Amfrlca, hesitaram . Freud passou a ser Duvlvler não encontrou hmbl- 0 prato do dia do cinema ame- ente, realizando apenes aque– rtcano . E lnvert.endo comple- le Rotavel "A Grande Valsa", tamente os termO.! do prob!P- na Metro. Oostarlamos de re- ma, pois em vez de partirem ceber novas noticias s11as e 1 do dado sub-consciente para trocar Idéias sóbre cinema. So– a sua Interpretação, partem mos tambem apreclador~s do de uma Interpretação prévia pe CHl~!A_a tranc~ , BO~r~tudo ~- Não posso informar sóbre os ;iroposltos das nossa~ emprê– sas exlbldoras, mas pos-;lvel– mer.te o Mcdemo, com a perda t as produções da Cclumbl.n e Warner, encontrará bon., mo– tivos para exibir as peJôr ulas os estudlos de Fran~a. MACACO - (Belém)- "Chl– ta" tomou parte em quasl to– dos, slnão em todO.! os !limes de Tarzan. Pelo ment>s na sé– rie da Metro, com Johnny Welssmuler, ela ainda nã• =– ciou ausente, O "Homem IP.ão" foi produzido pela Paramount e Buster Crabbe fee: o papel utulo. JOCA - (Belém) - Quanto à prlmelra parte vela a noasa ~dlt ão do dia 3 de agosto. Não estamos, pois, em falta e sim houve um dereuldo do amigo. No :esto romoa leigos ~ não 'los aventuramos a discutir tal a~unto. MARIQUITA - (6eléml - Ferieltamente. E agcira pela ordem : l l - 1945; 2, - Wil– liam A. Wellman; 3) - "Horl– zonte Perdido" Frank Capra, Margo; 4) - Burress .\!erl'dlth, Victor Mac Laglen, "O Dela– tor"; 5) - Laura La Plante e só nos lembramos do "S~l da mela noite": 6l - Wl!llam Boyd, durante aliWD llernpo na Paramount· 7) - As!,aBSI• nada ou Intoxicada por rocal– na, não temos certeza; 8) - Délla Oarcés; 9) - Está er– r da, to! ljelllo/. ~ llcox; 10) - PAPAGAIO - (Belém) Aguarde resposta na préxlm.a edição. E at.i! <!omlngo - -JO.
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