A Provincia do Pará 31 de Agosto de 1947
ARTE E Li'I'1m:A"l'UR:A - Págme. 10 Da Riviera fra!lcesa, onde atualmente reside, W. Somer– aet Maugham •ndcnç, 1 ao escritor Alltonlo Barata, tradu– tor brasllei,-o dÕ seu :·clebre romance Semdão Buman& C"Of Hu,nan Bondc:_,e"J, cdltsc!o peli. Livraria do Globo, de Porto Alegre, a seguinte carta. "Salr.t Jean, Cap. Ferret, 12 de Ju- · nho de 194',. caro sr. Antonio Barata..E' com o nfals v.lvo re– cor.hec[n,ento que lhe 3gradeço a bondosa remessa _de um exemplar da 5 a ediçãc bl as!lelra do meu Uvro Serridao Hu– mana. Peço-lhe que fe!lctte em :neu nome os editores pelo n•J– va apresentação da obra, agora cm formato maior e se!D duvi– da mais elegante. Inlelizmente, caro sr Barata. nao gOZ<, • do privilégio de ler em ,eu ldlc-ma, qu_e sei belo e expresal.vo mas O escr,tor portugué3 Jullo B~andao, com quem me cor– respondlJ! regularmente nn trances, d~-me certa vee que a tradução d~ Servidão Hamana feita pelo senhor, foi reallzada de mane,ra ln"\lpcravel, quer do ponto de vista da fldelldade, quer do -,01,to de vis-..a ilt•rárl~. Não sei se tive antes a opor– tunldadé de d!>er aos srs. Barcelos, Bertaso & Cla., que Ser– ..-1,dão Hcm:.tu 1á foi traduzld·, até agora para dezoito ldlo– mas dlfere~tes. boliclto-lhe a bondade de comunicar aoa meus leitores hrasllelros o.ue 1elho e um tanto cansado, aca– bo agora dt- cnnciulr o r,mancti de encerramento de minha vtda Uterána. Chama-se Calibna, e sua ação se passa na F.a– panha do ~ecu'o XVI. A,iarecerá ele 61multaneamente em Londres e Nova Iorque. 'fransmltlndo-lhe mals uma vez os meus melh!lr~ agradecimento::; e formulando votos pela sua felicidade pessoal, sou do senh~r, multo afetu05amente. Cal "YI• Somerset Mau~ham" ESCRITORES El\1 QOI– TANDl1''HA Integrando a delegac;á·l brasileira à Conferencia In– uramerlc:;.r.a, agora _·eur.ld :t em Petrópolis, partlc!pam d esse conclave :ontln~ntal diversos escritores Desse mo– do temos os sra. Afor..so Pena Junior e Levi Carneiro (da Academia de Letras) qu, a– tuam como delegadlJJ do nos– ao pais, e 05 sra. J . Oulma– rã.es Rosa e Roberto Assun– çã.o (diplomata). Do Serviço de Imprensa do "Dlarlo da Conferencia", participam: o romancista Marques Rebelo, o critico AI– varo Llns e o Jornallst?. :Francisco de Assis Barhou. LIVROS BRASILEffi")S Em bela apresentação !>:rl!.– llca, a Livraria J . Ollmplo Et:t 1 tora lançou, J,!. em tercelu edição, o Hvro de poema, de Olegarlo Mariano, "O F.na – 'morâdo da Vld"-", com prrfá– ;c10 do escritor portuiruês Ju– lie Dantas, que estuda com profundeza a personalldl\Oc e a obra do Ilustre acad~– mico. , Para multo breve. P~tão anunciados ma~ dtls livros de Olegarlo Marlanc.: "C'an– if.lgiur de encurtar c<tmlnho", l(poeslal e "Da cadeira 21", ,(2.a série), que virão enri– quecer as letrrui acaderr.lcas do Brasil. - Em sua coleçã.o "C~:!er– n08 Edlflclos", que se desti– na à dlvulgaçã.o dos novo., d o Estado de Mlnas Geral~. a revista "Editlclo", de Belo Horizonte, que reune 08 mais l!Dvens poetas e ficcionistas do Estado mineiro. lançou ul'.lmamente, o caderno de poemas de Otavto Alvaren– &a "Gesto e Palavra", um ~08 mais representativ05 vul– ;tos do grupo de novvs de MI– nas • , - Onatna Ferrelra, uma das escritoras de mJtor pú– blico no Brasil, apresenta a- 11ora o seu novo romance "Vrnto de Esperança", a his– tória de uma moça do lnte– rlor, transplantada sublt.n– mente de seu mtlo p ~ra nma grande capital. Os dois prlmelr08 llvrO!' de Ondina Ferreira, "Outros dias Vlrã.o", e "Inqutet.n,ão", obtlveram grande suces,o, o que, certamente estará re– servado ao seu último ro– mance. - Retratando a vida da pequena burguesia, em uma ll)stórla simples e sentlmen– thl,. Flavla da Sllveua Lobo, aut.ora de "Maria da Penha" com o Qual estreou em 1944, ap1esenta-nos agora "Quero viver outra vlda", sua últi– ma novela. - O sr. Melo Barreto Fllh,•, autor de uma obra premiada i;;,-la Academia Brasileira de Letras, "História da Policia do Rio de Janelro", oferece– nos agora nova obra de di– vulgação e cultura hlstórl– ca: "Frases celebres bra61lc\– ras" O.a série A-ll. em que narra epLsódi05 ligados a vul– tos destacados da história brasileira. - "Noturnos", ver505 do ar Afonso Louzada, que entre tantas concorrente., moder– nistas, permanece alheio à liberdade de forma, guardán– do as mals rigorosas formas do parnulanl.smo em se-~ sonetos e wemas. ULTIMAS TRADUÇ~ES - Entre suas últimaa tra– daçõea, a Vecchl apresent.'l: "Bel-Aml", romance de Guy de Ulacupassant, traduzido por Alfredo Ferreira, receu– temente lllmado nos Esta– dos Unld08; "Autobiografia da Terra", de John Hodg– don Bradley, em traduçã.o de L. s. Marinho, obra desttr.a– da ,-o grande público, em que o seu autor conta-nos em linguagem simples 08 epi– sódios principais do dranu,. da Terra; e "O Filho de Ro– bin Hood", romance dt aver,· turu de autoria de Paul A. Castlpton, em tradução de Alfredo Ferreira, apresen\~– do na coleção "Os Audaze.i'', que vem lançando as melho– res histórias de aventuras de autores antigos e modero<15. - O "Livro do M~s", uttl Iniciativa da Jackson, esco– lheu para a seleção de ag08- to a obra de Ann Petry A Rua, numa tradução de Llgln Junqueira Smith, que espe– ramos conslga o mesmo su– cesso do "Livro do mh" &n• terlor, José e Se•s ~. do "malor Intelectual -v:1~0·, Thomas Msnn. O nome de Ann Petry talvez nada a1i– nlflque para a maioria d>. nossos leitores, pela ea.se é o primeiro livro da grande es– critora negra que é edit.aC:o no Brasil. Nos Estad08 Un:– dos, porém, de onde Mlss Pt– try é natural, a "socióloga de Harlem" ganhou da noite para o dia, uma grande J)')– pularldade, valendo-lhe A Rua um dos préml08 Uterà• rl05 mais amblcionad08 da América, o da Houghton Mlf– flln Co.. Em A Rua, Ann Pc– t.ry descreve a vida de Har– lem, o bairro "colored", q;cc é como o Vaticano, uma ci– dade dentro de outra encal– xada, com seus 600 .000 habi– tantes, dentro de Nova Yor!t. O Chicago Su.n, que é um dos malares Jornais d•J Continen– te (sua tiragem é. atualmen– te, a maior do mundo), con– siderou A Rua um d05 mais poderosos romances dos últl • mos dee anos". Quando, na coletanea de versos coa. que estreou. viú para quntro anos. sem que a crlUr:.a se len:.braue . dele (Poema& •da hora amarp - Imprensa Olldal - Porto Aiegre, 1114.Jl, o _r, JSllezer Demenezea anuncia que O. poelu malotes cst.io desiccndo da.s monianhu em verdade sugere, ISOb o véu rle seda da meti!ora um problec:a d~ estética boje agudo como nunca : é o problema das relaçõe.s entre a arte e a vida social. IlP.f.Cendo das montanha.s, cansat:oa dos moU,•os em nu,•ens e azul, estão abe..lrando•se da realidade; rr.ns . tão apurando-se da a•;§o. Com eleito, n~ mesmo Conto de poela da planlclc, o aut« vai além. e bem alem, oa oua sugestão : Quando os poetas twuores pisarem a bab::.a. terra re,·olta, que se envolvam nela, primeiro : Que a fuUrtm, :t poeira, e suor se apepem à sua carne e mane.bem as suas roups. Isto é o mesmo que dizer - prime.Ire, viver, e ver vtvu, P••a depois cantar: nAo hà d1Mda. E ' antepor à tn.splrnçt\o '0- llr:irla do tndlvlduallsmo, em qn• se compraz e refulge o lpols.,lo. r.rtlstlco vigente e:itre a buri.urzta, reflexo do lpswno pritlco que Informa e norteia a su, ,xJsU!nc!a, o lhteresse altrulsta i,ela sorte da comunidade, decorrente ca situação blstórlca <!o proletarlndo e tanto expresso como !mpooto na doutrina e na pre– ;iação do manú.smo. E' preferir os tcso,.ros crlptlcos ou exóticos da Introspecção ou do devaneio, as.s~ caros à arte conserva-" dorn do nosso tempo, em proveito da observaçào da vida de re– leção, sob o. rutllancla, mesm~ doloros'". desse inquieto mundo exterior. - Só depols, depoi. de paln;llharem o chão =lco cia nossa época, depois de -1~ m~larer..i ao tümulo du nos.~as ""ores e tarefas, é que cs poelos matares pode.rio passar 11dlante : Depols, entlo que e.riam as suas voses. Esttl subentendida, as.sim, a obrtgaçào de partklpnr. Multo lerdo eles que fazer na plankle pnre. onde descem· multe.. J\.l, aJJJad> do azul e das nuvens a sua poesia, oerão benvlndos ,omo os rolos do sol ao termo de uma longa bruma : O mundo, mais que nunca prttlsa das sua.a palaff&s, E' certamente uma atlturle : uma atltu~e de cluse q~e cvança - e, pois, roo quer sonhar; quer aglr. Agir mesmo onde nem sabe, bem ou mal, te M lugar parJ a ação . o lnverc;o c.i.:t. classe que recua e que, como os seres lncapazea Ji e.e re.no – ' açào, diremo• como Langlals : se volve sobre st própria e de• fende apenas o seu repouso. Esclareçamos, todavia. NAo tratamo;, agora, da poalçio 150 _ ctal da arte; não. O nosso problema t outro: se a arte, vtncu– iada à classe que ascende. ao contri,lo da arte vinculada à ~':,'J: iu~a~fi~::êã~ª~ ~u~v~ :00~ 11 ~r"'::u~ª~! ~~.';'~~r tesa participação ? ~~i!;:!0: ~~c~~à 1 arte •oclal não noa adiantaria mu·,to <:ebde que a arte, forma da ronclencla social, não poderia ,er : enti-:> social : mas, sendo social como é, a arte se nos revela ,empre, contraditoriamente, numa revtralbWdade multo 111&,' eA PRO'VrnCIA DO PA~' _ ___:___: _________ CONTO uma senhqraJoão CrisÓ T. S. ELIOT jn-aduçf.o de P,\trLO KZlmES CAKPOII, pan oo "Imnoo Auodadoo"J I 2ntre o tum~ e a nebllna de un" tarde de r dezembro, t parecera fa~-lo - com o •~el esta ~de pera voc!i": quatro velal C.l peç& obacureclda, quatro ant•s de luz no teto : uma a~era de tumba de Julieta. preparada ix,ra todas aa coi.a.. que hli a dizer OU a deixar ~e t!Jur Estl~P.!Il06 - digamos - a eacultal o •lltlmo polaco trarsmlllndo os prehldlos p.,r entre os [ set:E ca~los e a ponta de ""Wi dMoo. "Tio lntlco este Chopin que eu penJIO que oua [alma d"e aer c~.rtv'da unicamente entrt o& &eus [ amigos, dota ou trb, que não tocario o l'lore.sclmento friccionado e <11:MJtldo em &alu de concerto . E, IIMlm, a ninveroa desllaa entre vel~lcb~.. e l&mentocs culdado&amente por af enua~O'! tona de violinos mesclados e<.m remotoo cornettn.s, e começa: [ caçados, "Vod não s~be Çll&tlto oignl!lcam para mim os [ meus amigos e quanto, qt.at ,lo é raro e estranho encontrá-Joa em = vil!• col!'.lposta de coisas grst.a.. e lngn– tu (porque,•= ,·erdade, não gosto... Jli sabia ? [ Voct não t cego ! Que 8t1Udo você r !l, eneo:,trar = amigo com aquelas qualldades ( que tem e dl. aquelu qualidade,. das quais a amizade vive. Quanw olgci.f\cv. que eu diga l5to a vod - sem ~ amizades, que .. cauchemar" f a (vida? " Entre u re~olta• do< violinos e u a.riet.2., c1,., cruciante& cornetins, dentro de ~~u cerebro um ionto tom-tom [ começa martelando :ib:urdamente um prehldio aeu, caprt.:hoso, reN)('ltono, que ~. ao mt!:'M: uma " nota falsaº def1nlda. Vamo:: tomu ar em éxta5e de tabaco, admirar os mr-.uu.me.ntos ' di.cuttr os últimos acontec.lmentos, acertar no,,os , <lógloa peloo relóglog púb!<cos e, cm oegulda, sentemos mela hora bebendo oa [ OOl5SOII "boceta" II Agora que ns IP.~zes ..tio em flor, elA tem w:, vnl!n de JJJaz.ea no seu quarto e enquanto f,.,J:t, enlaça uma nor em 1teta df'dos: "Ah, m•u amigo, vod não aabe, não aabe o que ~ a vM."t : , oc~ que a tem em sua& mãos !" Clcnhmentt- retcrcendo a hute de uma flor) A gent,o , rlelxa rutr, deixamo-la arastar-oe, e a Javentuc1~ -, cruel, não tem remorsos e !torrl dos ,r,:OJemas que nAo pode ver. Sorrb, naturnl'Tlente, e continuo a tomar cbli. "Entretanto, c,,m ..... crep1laculoo de abril, que. de certo JT.odo, me evocam mlnlul vida .,..pu!tada em Parta na primavera, sinto-me !ncomensuravelmente em paz e acho t que o mbndo i '!'!rar= ~~~"!"~~ed~,;;Ón!a de u.°" violino rr.to em um entardecer de ago.sto : :ie~~~8'~~~~ u q!1e~~ c~de . de que vod me e.ctende sua mio sobre o abl•mo. Voe~ t tnvuln,rável, não tem calcanhar de t Aquiles. Id p.u-a a frente e quando tiver triunfado, pode,!\ dlur : •·Aqui mais de um caiu". Mas eu, que tenho, que tenho, meu amigo, para dar-Ih• que poasam receber de mim ? Apenas a aml.,adt e a slmpatta de a)guem Ji r,ó:mna do f!m da jornada". "Continuar,! aqui sentada, obsequlando mtnhM [ amizades". PP.go o meu chapéu : como fazer co,·ardes reparos ao que ela me disse ? Ver•me•ào lt.'!'a dessas manhãs no parque lendo no jornal a :ecção oõmlca e a pâg1na [ esportiva . Eôpec.talmen~e r.oto que uma condessa da Inglaterra sobe ao palco, que um gre,~ !o! assassinado em um baile [ polaco, outro Banco ru!pá\•el confe5SOU. Coo.seno \J do:rmto de mim mesmo. Ccntlr:110 se-eio~. • exceto qUAndo um plano de rua. mec:mlco e 1 canssdo, repete alguma canção oMdada, com n aro'll8 <'os Jacintos pelo Jardim. EvOCaildo coLqs que outros desejaram são essas 1<1êlas boas ou mlis ? III Chega a noi • ,;e outubro. Voltando como •ntes, salvo uma terua sensação de mal-f'rt.a.r. subo as e5a:.."'Bc!as e abro a porta e me amto COIDQ. se bouves:e sub1do com minhas [ mãos e meus joelbos. "Entâo, vai Po,ra fora, e quando voltan ? Mas essa é = pergunta inútil. Dlflcllmente ,-,-cé sabera quando é o ""u [ regresso . Encontrar-à ta.r.to que aprender ! .. Mtu sormc, cal pesadamente ISObrt'[ t~~:~: "Talvez. poc\rr 1 a escrever•me... Meu !a.nguP flPl~do se reanima um SPgundo. Era !aso o qu..eu havln calculado. .. Tenho estadc n:e perguntando nesses[ ~~ (maa D0550S Y'\."1.ncfplos nunca sabem cos..c:os fins~ porque n.lo nos fizemos amigos ... Sinto-me tomo quem sorri e, ao vaUar-se, nota subltamentr set' sorriso no espelho. Meu ~mgue relndo goteja; rea1r~u~5C~~~ « Pola todos d:.-..ram Isso, todo, os nossos amlgoa, que estavam seguros de que nossos [ senttir.entos haveriam de referir-se tio 03trelhrn, n1e. Eu mesma o ent..ndo dl!lcll- De1·e'"nol< detxlt"-Jos ao azar. De QUa.lquPr modo você me escreverá, talv"" não seJA multo tarde. Coutlnuarel smtad& aqui servindo chA a minhas amizades''. t mente. E devo eu ,mrrcstar forma cambiante par'l encont--,..r t.XpreMão ... bailar, ballat como um o,~ bo Uarino, gritar feito um papagaio, chirriar feito um t macaco. Vnruos tomar e, em êxtase de tabaco. Bem. E se ~l• morr.... uma tarde, · tarde cinzenta e esfumaçada, anoitecer amarelo [ e cõr de ,oaa, se ela morresse e me detxuse sentado com a t pena na mão, com " fum'> riut: deace dos tetos, du\ld&ndo por algum momento, nã~ ,abendo o que aenttr ou se compreender, ou cordatn, ou louco, multo tarde ou multo ce~o. não .Yrl• ela que, depola de tudo, sairia. [ ganhcndo? Esa~ música ~unta como uma cad~ncla mo– [ rlbunda - Poato que falnmos de morrer, terta eu d!relto d.e aorrlr ? V1JI SALAO DE BELAS ARTES - A 15 ~ 11ovembro pró– ~º tnstalnT-se-à nesta ea• pltal o VIII Salão Oficial de Belas Artes, certame promo– vido pelo govêmo do E.stn– do, Cuja organização, este ano, foi entregue à Socieda– de Artlstlca Internaclonal, úsoclaçã.o ultimamente cr– ganlzada nesta capital. tude maus Uvros do ponto de vista Uter'1io, viciando-a U5lm desde cedo no convlvlo do es– critores e eatlloa deatltuidQS ~ qualquer valor. Entretãnl.o, 1 jlt. agora aerli po"51vel aoo p&ls braatletroo uma ortentaçào crt– tertoaa e acertada na escolha ' de lelturu para as adolescentes. RetTato cü um 04&<lmenlo, Livraria José Olymplo ta em tradução da es- ~~df:Seg:!i ~~~ cas Ira.da cü Serviço . A a cão do r mance que se desenvolve n fazedda do estado da P nsylvanln, termina logo após a primeira guerra mundllll . No romance cu)> titulo allàs Jà Indica a' sua natureza, Pearl Buck traça-nos • hl!tórla de um casamento entre dota Jo· vens de condições sociais dlto– rentes, uma rusUca fazendeira e um pintor !Ilho de mlllonli· rios, mas em que o segundo, embora renunciando ao mundo do prazer e d:> luxo, acaba re– conh~endo que a criatura tn– cult:,, a quem ligara o oeu des– uno dera-lho a verdadeira fe– licidade. Nesse romance, em que estão tntactaa as grandea qua– lidades Jlterirlaa que deram a Pearl Buck uma rama uni– versal, lnc!Wilve o premio NO• bel, sentlmott pe1.. prtmetr.. vez a agreste presença da terra, da vida tlmples do melo rural amertcano, que a autora esco– lheu hi alguns anos para 111a resld~ncta definitiva . .E' um volume da ColcçÃo Fogos Cru– i,actos, O VIII Salão dlstrlbulrá prêmios entre 05 artl.stas re– glonals que concorrerem às aegulnte., secções: pintura clâsstca e moderna, escultu– ra classlca e moderna, ar'" decorativa, Uu.straçã.o, pastel, caricatura, cartazes, cerlmi • ca e arquitetura. OO~A~~~~ A eooolha de JITI"OS para a Juventude femlDlna, para u mocinhas entre ce '10 e 01 17 anoe, conatltul realmente um problema para 01 pais. Antes de tudo, cumpre encarar o u– pecto moriú, Isto t, dar às .lo– vens Uvroa que o.lo lhes per– turbem o desenvolvlment,o psl– cológlc~ e a formação do cari– ter. Por outro lado, tamWm, n&o convém oferecer à junn- A Livraria Jost Olympto Edi– tora es!A Iniciando o lançamen– to da Coleçdo MENINA E MO– ÇA comtltulda de excelnetes ro– mances rranceaes el))Oclalmen– te dedtcado1 às )oveno de 10 a 17 anos, · apresentados em· óU ~ maa traduções (Rachel de Quei– roz e outros>, com ótimo aca– bament.:, griflco, trazendo lin– das capas a cores. Esses livros mereceram Já palavras do maior louvor dos IJWitres lideres ca– tólicos Trlotio de Atalde e Pa– dre Alvaro Negromonte. Rrl'RATO DE UM CASAMEN- TO, O NOVO ROMANCE DE PEARL BOCK Pearl Bucl<, a romanclat.a americana que adquiriu pres– Urto universal atravts doa seus admtrivela ltnoo sobre a China, em que nos transmite do gran– de povo oriental um conheci– mento direto e pessolll, pela primeira ves. agora, escre,·e um romance que se pusa nos Esta· dos Unidos. Queremos referir- UM ponto obscuro d& história é o de como e quando pa.ssou Joio Crlsostomo sempre arredio e pacato, a Intimo desse casal de Italianos, que ancorara na cida– de com seWi dois violinos, l1lll duu estantes de pau para múst– cu, • de pronto formando uma caravana . de alunos II aubtr"~ desce-lhes as escadas. J~t.1,~~: ilu~~ ~~~i:· t~u~ go passeio sem rumo pela re– dondeza de C&S!l . Metia-se pela escada dos Balslnl e la tn.stalar– se •· na sua cadeira" - como dl.zJa com uu sorriso manso - debaixo dos diplomas emoldu– rados de seus amJgos, na saJtta com a mascara lnfalivel de Bet• tboven: Para Joio Cr15ostoD.o ac;,;ele ar sossegado de famllla era uma enseada . Era-lhe gn,to anco– rar ali, confl!lda.mente, com eMe modo seu de quem não quer na vida uma emoção maior ou um desvio brusco de roteiro. Acostumara-se aquele convlvlo morno, de conversas frouxas, com um pouco de música, t.s vezes. o Balslnt- lla velh~ Jornais da patr!a ou tocava cantos na– tais ao violino, lentos e gra,·es, a cabeça pendida sobre o Ins– trumento. AdWa, oa olhos bili· xos, a massa dos cabelos cu• tanboo e crespa coroando-lhe a cabeça, revia c,i~ernos do •lu– noa . Joio crtsostomo, naquela Pia, aconchegado, re,ptrando feltcid&de, ,;enUa-se lti>ntltl– cado nun o ambiente, ól fami– lia, a ms.scara de Beeth"-'Cll e a poltrona velha que o Balslnl comprara de segunda-mio. AU! que um dia Balalnl apa– receu nos Correios para falar a Joio Crlsostomo. 'Entrou, abancou-se ao lado da mesa, numa austrlaca, botando 1SObre os joelhos o grande cha- pt~:~r~1~~dâia. l"or• a ti- dade rumorejava, no entart!e– cer. As normalistas deixavam o velho predto da Escola e toma– vam as ruu. João Crtsostomo quis atender Jogo . Balslnl apelou, qi:,. es– perava, oatrlam Juntos logo, pois o expediente não cuotava a en– cerrar-se. Crtsostomo pós-se a escrever nos seWi grandes livroa publlcoa, cogitando o que teria acontecido, e B&lslnl olhava em redor, ao mesu, os tuncloni– risos, tts pattdes manchada: de humtd.1de ou recoberta• d~ ma– pas e cartues, espetanllo uo ar o ""u 'lllflz rtno, em amlra, co– berta por uma pele morena • ressequida, escamando. Quando satram desviou Joio Crlsostomo do seu rumo. Vol– taram-se para a direita, par& o grande Jardim público, onde co– Jeglala namoravam com adoles– cencta. Num banco, Balalnl con– fessou ""m olhar : -E' uma cotaa tio dlflcll, tio seria. Nem oel começar. Era um m!aUrlo. Nlo dJsla. falava, falava, mas n1o con• crettzava. Para João Crllootomo aquele Introito confUIO daria em nada . N&o acredita em um dr•· ma oacudtndo a vida, a alma daqueles dois amtaoo. Deixei-o... nlo sabia . 1: quem mesmo l>Oderla aaber ? Era um daedUÕ eo\rinho, aque– le, tnexplicavel a td& obaeasl– va do Bt.Wnl, tio despotlca, tor– turan~. Quem vendo-o ire• quenwrnente a sua casa, acmÍI. ca• paz de adivinhar aquela dúvi– da, aquela Inquirição silencio– "" que ainda praticava, du col– ..,. e dos gostos dela, aquele cerco em que a trazia, ..para saber ''. temendo aempre a cer• teza e que o usaltava em cri– ses temporãs, como febre ? Ah, neosas tpocas, para Batslnl, tudo trana tndlcloa torturantes, ru– troa que não pocltlvavam mu que o tulam Inquieto, cogitando, att a manbA deacer das altu- ~';; 1';W! ~e~~Jd~ .aofg f.~!. ~Jl~ dormia, quieta . . . Errula-se 10- bre um cotovelo, a espton&-1& em pecado, como um tnlmlgo que sem razio, obltlnada, lncontro– lavel, surgia, odiada pelo pro- pr~lali\âe, de trrttaçào, de humor azedo contra tudo, ae• guldaa de uma trlateza concava. Eram golladu de melancolia ~~e d~ =~~mm::1t.a1a~: termtnavell. Era n...... ~ que ele tinha "oi! olhos eacuroo" - como dbla Adella, ao ver como Balatnl a olhava, dlatant.e, A ~OND~ DOS LIVROS A RTE E ' ' • .,. AÇ ÃO 1 • Monte BRITO tPan oo - Dtirlco ,ueocladoo-J ua diretamente Interessada na vida do grupo, ora aparenw,– ru,nte alhel3 a ela. Aqui. sabemoo que n&o hli mnls que uma fug11 : a arte. como aqueles por quem ela, a am:1ª c'lleUva de interprete, pensa, ct.nte ou fa-1a, e•,&de•se c!a • rea..:J• dade r;ue se lhe a!lguru tnlcn,s. Infen,a i ,rua classe. 11':fensa t sua visão do mundo. Ali. ao revés. esplende a vont.;.ae t1t ~.t.uar e de fa.ze.r atuar como se.. representando o anelo que a L1..c-pira e a tmpe.le , e tmpacltnte diante de um presente ::i:ue n!.o ac»,b3 de mudar, a arte quisesse aprcssa.r a hlstórla. O nosso tema, em meto a essa dupllcidade, que se revolve numa ~ilação. em que 'I. arte se arPrca e se afasta. pertodlcameme. d.:. realidade exterior - esta deli,r-1tado : Importa-no.• averi– guar, só e "6, a~ que ponto rl•ve e pode tln, em cuda !:,,se ob!e– lh'lsta do seu desenvolvimento, partilhar da ação na vida do rru~ 0 sr. Eliezer Demenezes, referindo-se à poesia. dll que o mundo. mais que nunca. precisa. das suas palavras, d.11 também, embora na.s entrl"'llnha.s, m.,s diz. que o m".lnéo n - 1,,era da poesia ma.Is do que, eomo !lm próprio a poe&111 tem a cinr : não i outro, ao menos. n sentido daquele detalhe - m:ús qoe nunca . E não nega assim, por venaira, o carãter autotellco e.a arte? Efetiva.mente F!scber de!lntu a ma.nl! eota.ção estética, allr– mando que .. nio reoousa senão em si mesm~" : tend'J ' 1 em st mesma sua única !lo&lidade", ets que exclue qualquer outra, mesmo "vital". Ora, Freud r.uvlda qu• "possamos .. tentar seJa 0 que for. desprovido por Inteiro de Intencionalidade . E acres– centa : "Quando as nece.sstdadf"s es.senctat.s n1.o ocupam o nOJSO aro.relho anlmtco, deixamo-lo trabalhar por puro prazer, Isto é,· buscamos prazer na sua atividade". E essa aparente gratut– d~de - esse hedonismo da nossa octos•rlade pslqulca - con.st – dora a condlçào primeira rlo fenõmeco artlstlco . AI estat la,. crtmos. o fundamento psicc!/KJ.tco c\a arte, um!. determinada. !Jlcllnaglo para o pruer. Se fossemos mais longe por esse ,.,.. minho, descobrlrtamos que e.sSfl prazer ~ena, não qualauer P'"B– ,er. mas um prazer de certa naturem: um prazer a ser obtido poi; u..rtos meios, não sômente adequados, como ainda e. mormente por meios próprios. Destarte, atlnvtrlamos a espect!lcldade do t!a– zer estético - e no prazer esU!tlco, então, estaria o fim da arte. Contudo, a oscilação histórica dk arte em rc!lacão à rc,!l– dP.de consoante a oscilação histórica das classes sociais entre o poder e a rulna, revela-nos (!Ue com as mudanças de pollçào dns grupos na socledade, se operam na arte, não só mudanças d• conteudo e de forma, com~ também mudançao de tendtr:.'!.I!. : ieud!ncia par11 a açào aqui. •U ten4énela para a fuga . Por nu– t1<,s termos : a arte satlsfM. assim. necesstda1es exat,,rr,n– tc opoot.a.., segundo as relações de classe e as lmpoolções da conjuntura histórica. • NeiSe caso, por~m. pnrectrla negado o (lm imanente dti ai te. .que consistiria na busca de um prazer e,pectrlco - o p ·1,zer e.nét1':o E todavla assim não é . Forma da con,cttncta ol<rlal. QV\' ev~!ulÚ desde á relativa llomogr-neldade daa IOcledades ln• lcrlores diferenciando-se, da rehgláo, da I oollttca c da economia at.é a lntegn,ção mata ou menos perftttA ~at clvlllzaçõés ocidentais, a arte, como a vida, ae ,rubor• c:-na à necessidade de condições determinadas : mat,, •.x• pÍtcltamente - à necessidade daa condições materiais da exlt· t.êncta . Por Isso mesmo, guardando a unidade flnall'ltlca 1u, lhe atr!bue e assegura o caràter autotéllco, aem o que nic conceberlamos a oua especla!lrlade, em verdade a arte, quando reflete uma classe que ascende e conduz à ação, vlaa o m,a• u,o prazer que visa quando, conduzindo à fuga, reflete um, c!asse que declina. Nio é o aeu !lm que varia : t, com ~ próp~II p:,, içtlo relativa, o !lm que tem em vlslk cada cluae. Se pois o sr Eliezer Demenezea, preso à aorte das lD&M&I que são o sa 0 lárlato, entreve a voejar, zumbindo e brilhando, aõbrt o futuro do proveito na terra, o macabro animalejo de An)oe. A mosca alecn da putref~, é óblvlo que terà sede de sangue 150bre esse presente que~ meamcf murrendo, se eterniza a seu ~lo prazer, tnrenst.-1 ao mal ~ue d,rrama por debaixo do 1501. E'.a o.lo aerf. 111a IÓ · aerá outroa- 8lm de quantos, no cativeiro •!!dustrlat se untem e M' ""bem condenados a suar ouro para og deu.su que amam o ouro. O gr. Del!}enezes, apanhando nn ar, dlg,mos aaalm. esse aUuso aru;elo coleUvo, delxarà que ele acame e flameje no fundo do seu ~. Solidário, gostaria de fazer fosse o que fosse por - nóvento, que seria o termo ~ trana;çio. E. eotttudo, qu•se t:ada poderá : o mundo est,;, ainda Inerme deante da domln•– cilu. Tem, porém, num rlncio qualqutr da oua alma, aqurle Í;onru:, - aquela forma vagn Igual à vaga forma que U!m OI s<.Wi !lns dlsperllOS e aflitos nela roa& dos v•.ntos. BPm; não :ará multo. Todavia, farll. o ,jue fõr posalvel; darà a conhecer, :~~:, ~~~;fe:arite~u;c~~z r~n~ 0 á ;en!ã;:_n~d'!o~:Ta pa.ss :ido, a luzerna hwnanisstma da esperança : E' preciso t.e.r cora:e.m, homem atut.o ! E' preciso vencer a desesptta.ç.l.o, homem aY1Hado t Cresce 1 1 Se :>inda maior do que és, homem corrottlo ele ....,..ua 1 Para que não soaobra , Para que te sahes. E' preclao at6 que nmes u feridas 4,... tua luta, homem que de&ejas a pa~ ' E embora a tua boea ame.rrue de Ji ,rt.mu m::.ntcm o teu sorriso de t::ultaçáo · mesmo que eJ:u tenh!!.m o sa.bor do teu sanA'lle t JLi uma lnomlnavel lrane<,endfncla na !.tia trapdla, Clovis R,J\MALHETE a amuse, sentindo no intimo borbulharem - lhe goltadaa de amor e de despeito, ad olhar o colo dela, que arfava, 10b a ca– misa de rendas. oua boca, aeua olhos pestanudoa adormectdoo . Quase pousava oa dedoa na tea– ta da mulbei, para aentlr um pouco os cabelos. E a li mesmo perguntava - "Seria ? " - Por t::'ça~u':faw:'}~m. adeld~: Mas uma Intuição lnexpUcavel, uma desconfiança Instintiva e vago, exalando triatem de po– bre diabo, - e Ji aabendo c;ue nAo tardavam aqueles ma.nsos Impulsos de ternura, com ma- ~ vci,,uee oh==~ para ela Joio Crlsostomo não pudera, nos seWi seroea, ver tudo luo. Só por uma vez. na varanda, pensara haver surpreendido 1l- f.i~ ~"i:"=rª n:i~ =:º~ certa tristeza. pois vieram ,em radio aparente. numa reoolu~ brusca. O mais dl!lcll de tudo talves !osso depor com segurança 10- bre o que Adelta sentia. Certa– mente um começo de cana:,ço l á a vencia. Aquelas Iras, aque– e humor tncompreenslvel, que a vigiava !<>rpemente, ora tra– zendo-a embaraçada em clumea e desconfiança, sem causa, ora brusca':'lente libertando• a ~ , m– pum-Ja para a vida, para a lu:11, para outros homens, em mo– mentos em que por vezes me• lhor lhe saberiam o lar .,,..._ gado e uma desprcoc••roçlo ~f~~ P ~ d:~:v:em~-:: ~ellz~N~:~':f!:°nJ: d~ de seus olhos, daqueles ceatoa mansos e restgnadoa ou do aeu modo lento de andar, que pro– vinha sua tristeza peDIOl'Ola, nlo. Era de tudo em açf,o con– junta - da vida do dOICerro, do genlo tnstavel do marido que lhe trouxera ao corpo aquele halo dolorido e que lhe resultava aquela pa]tda lux lntarlor, ma– suada chama de aua belea, ao aonhar outra vida. Joio Crloostomo tinha mil e uma con)eturaa opoataa em tur– bilhão, na mente. A aeu lado, no banco, o Balslnl em rodeloa fa– llJL o cerco à narrativa. Que não aabla bem J)Or1!Ue : a Adella tio boa, tio paeWca... l\lu 6 'li~ ~c~=.1"'::'ª;:enii, ,::; fosse fiel 1 Joio Crlaostomo IU'Nl&lou um eapanto. Sim. N&o que ele tt•-.e pro– va real, Oltavel. Por v- mea– mo, dlzia-se que ae m1anava. Mu de novo a ld&, fat.al • ;~~~"J~~:\,~~. 1!':,~ Pl"f'Iª iam aombra que a , .., c,n– dera ; era um ponto, eattrava--. desdobrava-se em folhu, toma• va-o todo, dominadora e 10Ud&. B eram ancuattaa, era o bal· buctar tonto na dúvld& - • a obscasio Insistente de aaber, de concluir a verdade, toda, lia!', branca, definitiva 1 Dtr-ae-la ate que, neatea momento&, nlo o preocupava metm10 aaber, pro. fi~:ri:i~':z .., .!~ulb~:~ar;u: u fim, - uma costtaç&o «>- =:,,:a~~== ~ .;;..• !. ~~~ ~~~;:e t J:,'°_ "':a o a~~~ doentia de aaber, a volupla, a tort.ura dolorida de Inquirir, de seaúlr veal,lgloo mu aentldoa, aempre e sempre, em bule& de uma certesa, que, mal pouuta, eaboroava em ,uaa mloa como um torrio de areia aeca - • o i~~~~• r:el~~=llo. M olhoa ralados de aanrue • Ji agor&, numa tranques& d•- • nu~Eiitende \ Quero aaber, qlUI• ro destruir eaaa tortura, - anJ,:t'Mao,tomo, perplao e6 encontrava fruea oçu, de ne– gatlvu, querendo 'ut7alr - lhe :~J~e .:1::t~~OI 1.:;~1~ em seu braço : -B vim apelar. Voc6 6 DOI• 10 amigo. At.6 pelo bem dila mwno, ~ que lhe peço. Voc6 podia. . . B o.lo c1J10 que o fl• zeaae realmente, que ie- ao fim . Mu 16 um rodei!), um Cff• co, para ver. Voc6 ata lá aem• prJôiô 611oatomo comprNDdell toda ·• torpea, tado, por li, par ar honeáO e bom que, no Intimo, ter~ pouco - lia no brilho daquela brla que esperaftlll • IIÚVOO anonnaJa de ~~=~:é': :c:----.........-.- aed!mtr toa de uma condolda por Ad.U., tristeza, em aeo IIIUllllo parado e upel'O. - compreensão de toda & colla de JIU& grave belea, Nem mais voltou a aet o mo homem, Joio Aquela confissão crespa de pai <õea em t.unulto. d dando-lhe o segredo da ..r. 1lma e dorolma doa Balllnl.=3 para ele o amarsor dllma lllusAo sem remedlo . tudo : u querelu aem fim. • alternativas de vloltDcta e J111b– mlssio amorna, tudo COD'– lhe ele, t.s 10lladu, ~ tarde A~ meamo a reaçlõ - voltada de Adella, &1Dtla - It.alla, quando lhe ~ homem em cua . Jtr~. 0 o !ii,ls.;~=4%.:.!':: do, mortificou-se conYullo, ~ ~e:,~= ~':. ~ &'t vez o.lo fosse aquel9 o Upo; 1111 repeliria ela para dl!IYlar dll– ~nttanças, a ele, Balalnl ? -E contudo, eu amo a pobr9o linha• cont-. rooco - Ma a duvida . . . a duvida 1 ..._ o ,_uu. porque ao e.rio • repeliu, eia ? 1!: para o pobre Joio crs..– tomo era qora ltnpoaalftl .-.. do, na sale~ oe cloll. JI ~e~~•~. reeu= :i: renldede. a qulet.ude D&IIIUl • • plma de anta. SUi& o • srande drama allenclolll - • proJetava-ae para:=• mente, com uma ft padecida de _.., rledadepledoae--. &:,va-:: ::"'..-~ aque~~. cUS& Dlulila • aeu eaplrtto llmplll acll&n,. ,._ plclo. -Doc:.s~~~.:': aeua olhoa pancl&,,,lbe ..... um mundo oontulo de ~ t681- e certa ,,... - um_.,. ço deJJ,ed&QaJo em padar.., • forçodepeçado_ptldOr-. .. Telou-lhe..fee era~ :'f: :udunae:~ t1t' on,,tou tudo a mado. feri-la, ocultando o que lhe rocara o IIIU'IIIO, • de entio, ela d.-.llaF-11 fladament.e n~I& afllllo tetora. Procurlltalll•II aa, adtv!Jlhando mtnQM • tu OOITNJ)Olld__.. Balalnt recolbla-11.: 11 1 bre lt1111b e. j~-a do e. Crllolto1no o cmnpllH • dellrlo, que 'f1Dba a 11111 apelD, - mqllliDtD dola em aublta • fUlld& OIIIIIDl9- enaio, aenttam-ae ~ Até Que, em um ..-0 • amaram•• - na aem vtolencla, ... :!:r?l•"!l'w.-ii:.. Quieto. Camadu ~ deaprao empoelraftlll•~o_.,. to com II mulher. eem dlOl9lllt que adlvtnhara, ~ , ,.., bre Joio C?IIOltomo tódlt' i carsa de um apep, sr&to • ,.t ~~-~º.i:'10~ .. dtlYlda, o que 1111 ,...,_ a mulher 1 • m&II ~ a Joio cr1-:,,me, ma11 ~"' • mulher - come • ~ao crNCer n~ llf'fllll. • outra, denend'andil • alpa . A.Joio~~· pelmte a com mole • rubalterna dequle , e ~8'1111aJ. =:.~Wàl :-.ucian : nlo er& m&1I aqt!tla aombra ICYII • ~. - boca endurecld&, - .olhlll ... Da'f&ID-lle -• meúlllclll, - falar A A.dei!;,,_~•~– ladu 1nteu_. de • desprno. Dt.aputa•am. A 11aJ!> em uma noite, ao ncoDI•:;'• -. no quarto - bateu•lllra· -ctdo o fllCl'llpulo da ~tl:i.,. aque1:..,r (CODtlaU U da, 8) homem ... as- ._ • .,_ mat1latlel. eu_._.~ e oe olhoe - -~ fie llanw 1 eo,.__.. __ C..-1 p ................ --. F.ota6a•llar■ ~· - ......... : ;~~.=-:a:-.... Dfllle eneall_..uct-.....,. .. martar omilqn • ._ ,..,...., Trueado I tGD&. PC!' IIIIIOI ~ & _,_ a. realidade IIIM! Dlo DOI • Cll&Dba: de - realidade ""9 * verdade obJitÍfl • de ac.io Intimo - o • . lllt&IO Oe- u1 apont.a-noi. CGD ar.ao . o camlnbo d& par\!dl)ac<lo. o.lo aeri !ao o tjM D01 IOear6 118 Ili& poul&. Jllo. "'" • formldade 4- bNlaa tom a tma1em que forlllUIOf mf'alXlOI, ■. _.. - ooaf«mldade • de tal ONI-.:. ~.!!!: mltao~ de r• lldlde - ealAo - - o 11e11 fltn . Porque. paio r~enlO, ~ .. .,._ rsPeClflco ca arte : • miocAo l'llltlea. __.._ ...._ ._ E' un1.. ,.1 - ~ - Se Cll'oOI - .-- 11-eonhec!mmto ae -tra tn-rartanlmenle IIDldo • <,e prazer" li Arllt6te1a nele IIOt o !~lo do .., •rte. E, com efeito. se a arte Y!Ye da :macem. pqla Cllll • ,1,·e para a aenalbllldade, ODM lrlamot mccmtnr oa ' a Imagem do lpoto ? Aquela conformidade, porm depeade de fatonf. e ex6f'mos. Esemplificar1amllo, dtunde que dlpealll. da Identidade de estadol de NIDICltDela. 8ldr9 .,. • O U r..ultante da ldmtldade de ~ IOOlt1 - relllel,o 1 1untura..-hlatórlca: depola, da ~~• de-=--~ nos permita a recepth1dade - ...,,,_.•• • - prego doa fneloa formais • 161.nlcol ~~~ ,.,. Deue encontro entr• * ,. o ~ - nmoa ao artlata, o.lo Ili. - ~ fia& aleflrl&, aal se,,erta: m,111 nada. A1'm ci.ia . ..... mundo. Maior ou -• IMll.r ou pior, nlo eia tudo. 1: a ac:&,, ou & tuci. a que ~– J(, o.lo lJio fen6menoa ~: olo _ ..._ P,rtencem a non cate&l)l'la <1~ f~. llértlldL vJrtualldade na hmnOPllddadl ortmtU·.. do cll. 1 cnmlnban pera n6a. a arte • Alfenmcl ,ft; a .-. rara vir a aer o aue aente. T~• leDlo !'!!!Doa aut6noma. Mal. no fundo de D6I lrredutlvel. a noua cambtanw,_~ maalado fleta ao~-• a.._,..,.. u · cõee. como as mala tnatnuu analollU, no1 nam, noo arrebatam n- ~ 'JODtult mala que o soato de 'fOll&r ao (1118 pa.--.. C10rre primeiro do que a orwnça. Pollfat.CNIIIOl.aua.,-Jnao &ivel ao aentldo de tnYOJuo&o f'III crue 1 oue a arte, undo arte mall s. •Ja clonaltat.A : 6 ai - na noa&I dlnamo•6neae. Poderlamoe aamlDu' o IIIIUllo CY.•mlllllOI featl'fol em que ~ .... tio ,r&ntnJtnbol, 1 mmte • ·- tem=.~: ::. i:=·~t =- relam. cada ftS .ala amaradoa dÚcnnhecldf\11. Mo DO" demJD ·– ~"13, oa arutoo ~• : "111 - l.ttlo rec0IIIU1l1Ddo • :aa.&llba••
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