A Provincia do Pará de 14 de agosto de 1947

Quinta-feira, 14 de agosto de 1947 A PROV!NCIA DO PARA' P!gL.,a 3 udo pode aconte&er ... Dizem que agosto é mês azia– go, agourento, fatídico. Os casa– m entos aumentar'3.m consideravel– me:ite no mês de julho porque, s:;gundo informaram os noticiarias de todo o país, ning,1ém desejava "amarr::i.r-se" no dt>correr do a– z;1rento mês que atravessamos. Aqu, em Belém, ao que se sabe, já foram tent9.dos 8 snicidios, já o– cc,rera ~ trez atropelamentos fa– tais e tambem ap:i,receu um falso t r P-~n~e da Aeronautica para dar trabalho à Policia , Se assim é realmente, se tudo qc;s:: náo presta 8Ehnpre aconte– ce em agosto, é pree,iso que os se– nh0rcs delegados dl>s duas monu– m:mtais Conferencia~ que se estão re;.!izando no pafa tenham um pJuco de cuidado cem os seus tra– b:t!hos, afim de qu~ o famigerado mê3 não os desvirt 1 .1c nem os cer• que de fracasso. E o interessante é frizar que em ambcs os conclaves se está pr,:,.::urando resolver dois proble– nns que até hoje permanecem in– soluveis, mao grado a constante preocupação de tanta gente: paz para o Mundo e t·,Jenção para a Am::tzonia. E:e m::tis uma vez tudo se per– der, coitado do mês de agosto! ••* Todos aqui em Belem sabem, menos a direção aa Pará Eletri– ca, que Icoraci já tem luz proprla. Os periodicos noticiaram a inau– guração de moiore& apropriados naquela pitoresca localidade vi– zinha, o que muito alegrou os seus habitantes que agora contam com ótima luz para jantar e fazer pas– torinhas. Os resultados dessa 1n!c!atlva, segundo se falava iria favore– cer os habitantes de Belem que passariam a ter tambem melhor luz, por isso que os 1,00 KW que antes eram mandados a Icorací ficariam aqui mesmo, propician– do mais eficiente iluminação pa– ra a: nossa cidade. Mas o que aconteceu e está ainda acontecendo é simplesmen– te espantoso. Como até agora não tenha sido feita aualquer comu– nicação oficial à direção da Pa– rá Eletrica sobre 1,, irlauguração dos motores em Icor ;i.cí , a ener– gia que para lá era distribuída continua sendo enviada na mes– ma:-proporção, em naáa tendo lu– crado esta capital Pelo que se vê, é preferível man– dar à Companhia ieis ou sete ofl– cios de uma vez dando conta do que sucede em Ic::,rací e obter– mos logo melhoria r.a iluminação de Belem. Para uma cidade como a nossa que em materia. de luz anda "tirando bolacha da mão de cégo", 100 KW representam bem um presente do céu. ••• · Aqui em Belem os trllhos dos bondes estão sendo arrancados dos seus lugares e, com eles o~ carcomidos dormentes sobre os quais os velhos oedaços de fer– ro repousavam há anos. Argumen– ta-se que, se não há bonde, para que deixar espalhado pelas ruas trilhos velhos e dormentes? Até aí está certo, certinho da Silva. Mas o interessar,tP. em tudo is– so é que enquanto vamos lançan- .-:a - ,.___ '---.J-- L-:-1 SerájulgadopeloTribunaldoJurilA PROVIN~ IA TEATRo • • • d B . . e 1, . ret:rospect1 Va Renato Viana, o m1ss1onar10 ltscrevtJ o cama·, acta LOROTOFF: o e eatriz o ares de agosto de 1912 - "O do Teatro Nacional "A missão do julgador não é sistematicamente condenar" - O i4 ~:S~m~ die~J~~",A;f~; • assassino d h d S 'l · p 1· · · d V C · · 1 · d Lemos, no Senado Federal espac O O sr. . 1 V10 e ICO, JUIZ a ara . r1mma , pronunCiall O referente a creditns abertos pelo o tenente Miguel Lobato governo para Inicio das grandes obras da estrada de ferro de Pira– Noticiamos, ontem, haver o sr ! Me!çãe, do acusado que lhe poss!bi- legitima. de!~. La.borJ. em ma.ni! es– S!lvio Pélico, juiz da Vara Cr!m:nat, t!tar!a frui-los, decidiu-se aceitar ju- to equivoco o douto defensor. pronunciado o ten. da Força Poli- b!losamente a amizade de quem re- O acusado detonando seu revolver ela!, Miguel Corrêa Lobato, como ln- !ativamente moço, na posição de ad- contra Beatriz, matando-a. não o fez curso nas penas previstas no artigo ministrador do Presidio, soubesse não em 'legitima defesa, porquanto pa.ra 121, do Código Penal, por hav.,r, no só querê-la, senão tambem protegê• que ela se Integrasse era essencial e dia 24 de março do corrente ano, as-• l::t envidando esforços na obtenção conjunto de todos os elementos ex!– sassinado a tlrr..; de revolver em de sua liberdade. gldos no art!so 21 do Código Penal. frente da casa onde a vitima ,esldla, De qualquer forma, como que a. en- Sem eles ajustados, sem eles como s-ua ex-amante, Beatriz Afonso Co- caremos, Beatriz Colares não deixava em um só bloco reunidos a. legitima lares. de ser uma !n!eliz, merecedora. da de!esa sucumbe. O despacho pelo qual o juiz crlml- piedade dos homens, vitima. de seu Ora, os requlsltos que a lei requer na! pronuncia o tenente Lobato é próprio destino, não se apercebia do sejam Imperativamente observados, longo, motivo pelo qual resolvemos mal que dia a dia Inoculava no co- fórçoso é confessar, não se vislum– transcrever apenas suas peças prf:1- ração do seu novo amante. bram caracterizados na hipótese dos cipa!s . Os documentos juntos, cartas e te- autos, quem que os presentes autos VISTOS, ETC. legramas esterlotlpam com perte!ti. manuseie, lógico e acertadamente Em 22 de abril próximo passado, <.:oslmetr!a a completa mutação do concluirá pela ausencla dos requls!– apolado nas dll1~enc!as pol!c!als ln- carater e atitudes do acusado, já tos condicionados no artigo 21, sendo clusas. 0 dr . segundo promotor pú- então despercebido da situação de de despresar a. concludente da crl– bllco desta capital denunciou de MI• mll!tar brioso, sem notas desabona- m!nalldade Invocada. guel corrêa Lobato, paraense, casa- doras pela vida de lrrepreenslvel pro- A TESE SUSTENTADA do, maior, militar, residente nesta bldade. Em legitima defesa, entende-se cidade, pelo delito de homicldlo, na Não mais O Interessava. 0 amor da "quem usando moderamente dos pessoa de Beatriz Colares. esposa digna e dos filhos que ldola.- meios necessários, repele Injusta O acusado, que se encontra preso treva. agressão atual ou iminente, o direito preventivamente, compareceu a julzo Essa Vida de atribulações que en- seu ou de outrem". dando o Interrogatório de fls ., ha- frentava O a,cusado depois que se Em "delito de homle!d!o", pagina vendo seu defensor na defesa prévia, lhe deparou ª figura lnslnuitnte da 340, escreve Pedro Vergara: requerido a juntada de !números do- mulher que lhe dera ª sorver O h!- "O primeiro elemento, proprlamen- cumentos, Inclusive o depoimento aromei de um desgraçado amor. te dito, é este - é necessário: "ad perpetum rei memo.riam" de d. Saindo do Presidio em virtude de a) que haja agressão à vida ou Ralmunda Socorro da Costa . uma ordem de "habeas-corpus" que ao corpo de alguem . Sâo em número de onze as teste- ,he concedera O Egrégio Supremo Trl- Como consequeucla desse requlsi• munhas que d-:ipuseram na Instrução bunal, Beatriz, sem deixar perceber to da agressão, surge este. outro que criminal, oito das quais arroladas ao acusado não mais lhe interessar concorre para formar o dualismo do pela Justiça Pública. seu amor, por isso (!Ue novas amlza- combate, é m!stér: o d·r. segundo promotor, na pro- des a deleitavam, recebia-o, é certo. b) que haja uma reação. moção que r.êSenvolveu, reconhecen- por comiseração e reconhecimento aos Os demais requisitos slram em tor- do F, prove da exlstencla do delito favores que lhe fizera I!' poderia fa- no não desses dois e tem por fim do qual foi protagonista o acusado, zer· fixar os limites da Ulcltude da. agres·. aguarda seja o mesmo pronunciado . Quem O a!!rma ê II proprla mã,'; da. são ou de Ie:ltlmldade da reação. 1103 termos d& denúncia. 'itlma qua nd0 aaslr., confessa que Assim, é mistér que .a agressão para o !lustre patrono do acus!tdo, po- Beatriz sempre declarou que não ser !!!cita: rém, na bem elaborada defesa do goS t ava de Lobato, a quem suporta- a) que seja injusta: seu constituinte, considerado autor va em virtude do mesmo estar tra- b) seja atual ou; da" morte de Beatriz Colares no en- ta nd0 de sua liberdade, embora lhe c) seja iminente. . tretanto, procura exculpã-10: com >< dedicasse gra nd e afei-ção" • Enquanto aos requisitos da reação proflclencla que lhe é pecu1lar, en- A AÇAO CRIMINOSA para que esta seja legitima, parte a quadrando-o dentre aqueles que vi- No d!a 24 de março últhr.o, pela própria agressão que é o seu pressu- tlmados por uma paixão violenta e manhã, 0 acusado dirigiu-se à casa posto, é mlstér: emoclonadora em após grave insulto de Beatriz, não a .encontrando, ha- 1 Primeiro - Que os meios com que à sua honra, toda ela atassalhada vendo ele deixado um bilhete no se opera a reação sejam necessários; t:)ela mulher que amava, viu-se na qual solicitava fosse buscá-la na Be- Segundo - Que esses meios sejam imlnencla de M não deixar desmo- n,~ficente Portuguesa, para onde fôra usados moderadamente. ralizar, ut!llzando-se em legitima de- em visita a seu genitor. O acusado pretende justificar o fesa da arma. oue, eventualmente, Aquiescendo ao pedido brevemen- desforço tomado contra a vitima, no trazia para raatâ-la. te rumou para O local !~dlcado, não fato das Injúrias que lhe foram lm- Pa.ra. o esforçado defensor do acu- logrando encontrá-la, senão ma.Is tar- piedosamente lrrogadas, mas tal jus– sado, quem assim procede, sendo de, quando compareceu acompanhado tl!!cat!va. não o socorre, quanto ao como é o seu constituinte, homem de de Dolores, moça de péssimos prece- fim collmado, por Isso que está pa– bem. trabalhador, honesto, com uma de Dolores. nome de péssimos prece- tente a ausenc!a da "moderação", 10!!;.a de serviços públicos nob!lltan- te.ntes dos autos . , além do mais, sem verda.delra agres- te, como evidenciam os documen- Ao contrário do que supunha. re- são. to1, que anexou nos autos, bem mere- cebeu-o Beatriz demonstrando con- Não se pondere que se não houve ce se lhe reconheça o direito a -uma trar!edade O au'e O obrigou a inter- a violencla "tisica", o que seria ne– absolvlçáo, porque matando Beatriz, pelálà, respondendo-lhe ela. "eu sou cessá.rio se ut111zasse a vitima de a mulher fatal, causadora da sua des- senhora de mim". qualquer arma agressiva com o pro– graça, aniquiladora com os tentá- Depois regressaram 011 três à resl- pós!to del!berado de um mal, houve culcs de sua perigosa beleza, dos dias dencia de Beatriz, se!;;Uindo O acusa.- a moral. para a Belem e de que foi ele o autcr do projeto desse vu~t~so empreendimento, abre a ed1çao. Festas Patricticas. William Sted, noticia de sua m0rte; Conselho Municipal, "Os tre~l?uc~dos" s~o outras notas da primeira pagi– na. --Diz a retroRpectiva de 1880, deste dia: "Fecham hoje ao meio dia as repartições gerais. As re– partições provinciais não a)?rirão • Do dr. José Henrique Cordeiro de Castro, presidente da Provincia, recebemos o seguinte: "Rogo à re– dação d' A PROVINCI:"- DOPA– RA' o favor de prevemr ao povo que não há etiquetas nos ~to? com que o povo pa.~.f,nse festeJara os dias 14 e 15 d•, corrente. Se– rão os trajes decentei;, mas não há corte". O preside11te da Provín– cia incumbiu o engenheiro Pin– to Braga de levantar a planta e confeccionar ori,3,irnnto para a construcão de um edifício no ter– reno aó largo do Palacio, canto da travessa da Resa, para uma escola publica. --Passou por Belem, onterr.. o dr. Leonidas de Mela, chefe da Comissão de Fiscalização da Bor– racha, que visitou este jornal, e almoçou com o dr. Flexa Ribei– ro, secretario do Interior do Es– tado, prosseguindo ontem mesmo sua viagem para Manaus, com os seus auxiliares. --Totas historicas de hoje: Em 1747, Francisco Pedro de Men– donça, comendadm: da Ordem de Cristo e 18. 0 gov,,rnador, Capi– tão general do Estado do Grão Pará, sucede na governança pu– blica a João de .Abreu Castelo Branco, prestando juramento no Paço Municipal dH.ta cidade. Em 1849, · nasce, em Recife, Joaquim Aurelio Nabuco de Ar~ujo, gran– de estadista brasi,eiro e figura de prol da nossa Historia. Em 1882, o maestro Carias Gomc,s, com a opera de sua composição "Sal– vador Rosa" faz no teatro da Paz sua festa artisUca, sendo cha– mado à cena varias vezes e coberto de flores. O paeta Marcelino Ba– rata recitou entusiastico pcema e o maestro Henrique Gurjão, não podendo comparecer ao festival, enviou a Carlos Gomes V<tliosas abotoadura de oure, cravejada de brilhantes. de felicidade que venturosamente do pela 16 de Novembro, entrando na Ainda essa. foi:ma de vlolencla, na fr 1 1ia no selo de sua fa.m111a, ele o tua de Bras:ança, e Beatriz, com Do- sistemática. do . nosso Código Penal, -O velho e notavel artista co– fez vlns-at o >Jeu nome menosprezado !ores, fizeram O percurso pela. An- deixa. de conet1tulr o remédio dese- mendador Matos fará hoje . 0 seu e humilhscto. gelo Custódio. jado a.o amparo de que carece o acu- beneficio no TeatrJ da Paz, com ANTECEDENTES DO CRIME Enquanto Beatriz não chegava, o sa.do . 0 drama "O Grande Industrial" Tudo bem visto e examinado: acusado · aproximando-se da genlto- Para :Pedro Vergara, chama.-se vio- Colhe-se dos presentes autos, que ra da mesma verberou-lhe o proce- lencla moral - "o que consiste em de George Ohnet. nomeado, em 11M4, administrador do dlmento em persistir n& amizade de a.tos, palavras e 11t!tude8 capazes de --Borracha. Pr:ucos negocios, Presidio São José, Miguel corrêa Lo- Dolores e retirou-se cada vez mais produzir a. morte a alguem pela dor por falta de remessas do interior. bato, o!!clal reformado da Força Po- apreensivo, com as 'desconsiderações moral"· ., As entradas até ontem foram de l!c!al do Estado, lá se defrontou com que tanto lhe alanceavam o espirita, E exempll!!ca: - Se O agente, ten- 755.053 quilos. Em Londres,· o. Beatriz A!onso Colares, presidiária, quando próximo ao portão d& casa (Conttnua,na sexta pagina) mercado esteve quieto. co-autora do trágico crime de hom!- o encontrou declarando-lhe desejar --------------------------- cldlv contra Isabel Tejada. falar. Moça • dotada de al§?;uns atrativos, Atendendo-a expressa-lhe o desgos- Libero LUXARDO (Especial para A PRôVINCL\ DO PAU') Belém está assistindo as úl– timas representações do Teatro Anchieta e deve sentir-se grata pela magnifica temporada • Trouxe-nos o incansavel au- tor um teatro experimental, uma "oficina", onde o mestre Renato Viana modela e tem– pera o aço da sensibilidade ar– tlstica de um punhado de jo– vens empolgados pelo Idealis– mo do renomado teatrólogo, e, impregnados da mística cria– dora de novos mundos, que fez das sandalia& do missionário, e:s tacões que empurrara os li– mites geográficos do nosso território. Anchieta foi cate– quizador e mestre. Prometia o Céu e o refundia entre os bens :errenos, dando, pelo conforto futuro da alma, recompensas mediatas, usufruídas neste mundo àe estreitos hor!tzontes. Anchieta simboliza idéia de conquista no seu mais alto sen– tido de doutrina moral, forte, justa e pura. Anchieta tam– bem era renuncia, renuncia..po conforto que lhe oferecia a.º'ci– vilização européia, para entre– gar-se às surpresas de um mundo novo, desconhecido e selvagem. Anchieta era cons– ciencia llmpida e cristalina, era certeza dos espinhos e dos revézes que surgiram nas to– caias do .imprevistu, diante do misterioso jornadeio do cate– ½Uizador. Anchieta era vonta– de, resolução, predestinação de um objetivo a ser atingido em noites interminas de vigilia, de sofrmientos e de deMspero. Mas Anchieta não traiu ao seu c_estino. Criou doutrina de C'risto na alma de um povo generoso e nobre. Deu cérne de ferro a audacia das bandei- ras, e fez de gerações de ma- B O D E melucos, uma gloriosa tradi- (Boletim Oficial dos Estados) ção.. . Enfim, Anchieta fez s. ____ Paulo! Renato Viana tem o seu Tea– Casamento e múska tro. Tem o seu objetivo, tem a Muitos noivos não estão gos. sua missão e há-de sofrer por tando da carta Pastoral de d. isto a guerra dos incapruz:es, Jaime de Barros Câmara, proibin• dos invejosos, e dos despeita- do a execução nas cerimônias re• dos . Mas sua idéia é.pura! Sua ligiosas do casamento, de músi– doutrina é Arte, seu livro é o cas muito bonitas, mas pouco ca. 1 'd · tólicas como, por exemplo, a pa co, e a su&. v1 a sera pere- "Marcha Nupcial" de Mendelshon, grinar de terra-em-terra, de e a "Ave Maria" de Gound. E' teatro-tm-teatro, exibindo os um desapontamento para os ca• conflitos das almas, os entre- sais que, meses inteiros levam a. choques das classes, das cien- treinai- o passinho macio de uma. rias e das filosofias para que marcha 1mpcial para entrar na. as lições possam modelar O ca- igreja. e, à última hora, ficam 1 ater das gerações que surgem. sabendo que tais passinhos estão sua missão é edu~ar, mais ain- terminantemente proibidos por ordem de sua eminência. eia, reeducar, arejar quatro se- convenhamos que seja uma culos de indolencias e confu- decepção para os nubentes gran– são de rotina, sem método e finos a oportunidade de propor. ~em projeção. Seu Teatro não cicnarem um casa.menta coreo• está em função "de indivi- gráfico aos seus convidados, mas, duos", vai além, atira-se no vamos e venhamos, Igreja não é ilimitado da idéia, como um lugar adequado a pisadinhas de maclo a la urubú malandro em passara em busca de novas dia de festa. o casamento rel1- terras, sobrevoando, muito al- gioso absolutamente não é uma. to, na imensidão dos Céus. Seu recepção mundana onde os noi– teatro tem estilo próprio, tem vos ou alguem por êles possam .·itmo interior, tem expn;ssão e impor o protocolo e programar a tem beleza, sem o que, jamais cerimônia. Quem quiser dansar, seria Arte. E é simples escor- que o faça no ,clube,. ao som de . · · t d .; um "jazz", e a1 o noivo pode da .eito. p:roJe ,a_ o em sen .ido as- I braço com a noiva fazer os re• cencional. Feito para desenvol- meleques que muito bem enten• ver a cultura, o bom gosto e a der, contando que não me de&• sensibilidade, moralizem o clube. Mas Renato Viana, como An- Já assistimos a casamentos em chieta, tem que ser ameaçado que a orque:,tra t_o~,ava 9:té certos nE'los antropófago~ de todos os trechos de Tha':_s m:u1_to bani• • ---~~~ ~r ,, .• t t tos, plenos de unçao rel1g10sa, mas • enc -;-3., no en an o, de uma religião que o catolicismo porque ele e~t~ com a ve1;da · não topa. Não é que não achas– de. Sua lntmçao de artista, sem bonitos, mas o cardeal não seu humanismo, sua inteli- quer, não quer e está acabado, gencla, estarão sempre prote- cada qual manda . na . sua casa. gendo-o -aa vulgaridade. Ele Certa vez, numa i_greJa do Rio, 1:: - seu Teatro são cousas ver- contou o P;8,dre Guilherme Sch_u– .., d ' d - bert, convidaram o tenor Tito ...a eiras, e as verda es nao Schipa para cantar em um ca~ perecem nunca. sarnento de luxo; quando o povo AMANHÃ, A DESPEDIDA DO ANCHIETA percebeu que o cantor era o tal. deram logo as cestas a Nosso Se– nhor Jesus Cristo, esqueceram do noivo e da noiva, e<:queceram do padre também e ficaram atentos exclusivamente ao cantor, como se estivessem ouvindo uma opera. no Municipal. Te:minado o can– to, foi um estrugir tremendo de palmas e pedidos de bis. Tipo do desacato à religião, pois toào mundo sabe oue. :principalmente em se tratancio de casame nto, o catolicismo nã::i admite bis de jei– to nenhum. Casamento com '611 só no Uruguai. Para ·encerramento das récita:; de a~inatura, n Teatro Anchieta apresentará, esta. noite, às 20,45, a mais recente produção de Re– nato Viana - "JESUS ESTA BATENDO A NOSSA PORTA'' - cartaz dos mais empolgantes da temparada. Eis o esquêma dramático da pe. ça: - .1.ª parte - "Cristo Nosso: Por que nos abandonaste ?" ·- 2 .ª parte - "Suicídio da carne" - 3." parte - "As novas pragas. As tábuas da lei. A · imaculadit Conceição da Virgem. Imortali– dade da alma. Ressurreição da Via.na: - "A úLTIMA CON– QUISTA" - romanza teatral, di– vidida em 3 atos e quadros. Essz espetáculo será apresentado numa homenageqi especial a Renato Viana pelos seus artistas do Tea– tro Anchieta, encabeçados por Itala Ferreira e Ru: Viana - com a cooperação da Academia de Letras, Conservatório de Mú– sica, Teatro do Estudante, Im– prensa. e amigos do coru;agrad0 escritor pattlcio. · tão logo a viu, o acusado sentiu-se to de não vêla seguir os seuR conse– atra!do pelas maneiras afetuosas com lhos, traçandolhe. uma trajetórl& ca– que era l;'ecebldo resultando dai ad- paz de elevá.la pela regenercção no vir certa Intimidade, vendo depois conceito que merecem ser tidos .e ae Beatr!3 a costurar para a fa.m!lla do dlgnlf!c!l,m os que cultuam a hones- Vencedora achapa do ■ carne. Jesus às partas. r1---ECONoiA1zE·--l li ! comprando na CASA 1 1 GUERRA pelos novos 1 1 ! preços que estamos 1 E, de agora em diante, qu~ quiser casar que case mas nada de n~úsica profanas nem de Tito Schipa. Do contrário, a. criada vendo que a patrâa chama o Tito Schipa para cantar 110 seu casamento, no dia em que se ca– sar também, há de querer cha• mar o Vicente Celestino para cantar o "Ebrio" no côro da ígre. ja. Fez muito bem o d. Jaimi, Câmara em por um paradeir<J ne~se casamentos sonoro5, r me·, .Ihor ainda em criar o "CanGio– neiro Sacro da Arquidiocese d3 acusado, ganhando para se manter tldade. . . com alguma decencia. Inútil os argumentOI! com que se Assim como para determinadas mu- dispõe a torná-la. compassiva. e boa, lheres qualquer que 11eja. o estado honesta e feliz, pois asaacando-lhe as civil - solteiras, casadas ou viuvas, mais veementes injúrias contra si - é condição prec!pua Imposta pela Beatriz, a mulher do seu a.mor, de moda, conseguir e manter "um aml- sua desordenada paixão, dava.-Ihe na– go" cognominado "válvula de esca- quela oportunidade a !rre!ra.gavel cer– pamento", nas expressões de Madame te21& de se ver relegado- Dupre, no romance "Tereza Bernard", Com r,. imaginação conturbada, não eom.oreeudeu Beatriz, embora reco- resistiu às humllhacões. esc&rneo• e A eleição de ontem na A. Legislativa Amanhã, primeira sessão ordinária da presente legislatura Sob a :presidência do sr. Teixei- , bato, Porfiro Neto, Lindolfo Mes. ra Gueiros, realizou-se ontem., ~ quita Rosa Pereira_ Francisco sessão preparatória para o pe- Bordalo, João Camargo, Vladimir ..,.,..~.- ..1.-. 1-~...,-'-••- ,..,.. A I.-A......1 - ·- .-,, _. _ i -- _ --- , . • ' - • - "' A ação de "Jesus está batendo à nossa porta", decorre numa zona de guerra em 1942. Hospit:=..l de sangue improvizad".> no ;-1 óprio instituto de pesquisas -médicas do prof. Aleixo. Têma: - Agonia do Cristianismo, segundo Unamuno. Os grandes sonhos da. humanida– de: - a paz, o amor, o conheci– mentô cientifico, a. fé, o trabalho - destruídos inexoravelmente oe.lo I vendendo. Cretones a ! 1 Cr$ 4,00 o metro, ze• 1 1 phires a 6,00, 7,00 e 1 ,\ __. .. -r----~-- ,. ---- ---•.&.- .&. .. .a--

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