A Provincia do Pará 08 de agosto de 1947

--·-· -------------,--------------- CARTAZ DO Dll.. ·nt· 1 lno NILO FRANCO O "caso" Biroba veto fa::.er emergir à tona dos coment(lrics ge– rais a situagáo es,.ectalis:;ima em qÚe vive o futebol no clili:ie cruz– maltino .. . Gas:~anao quasi :tanto senão quanto os clubes locais onde o pro– ~issioncmsmo se vai fazendo abertamente, vive a Tuna, entretctn• r.,?, atada a um regime que só lhe :l)Õde ser prejudicial, porque de ab– soluta, de total insegurança. São poucos, pouquíssimos, se é que os há mesmo, 0$ jogacwrea t:k> '·onze titular cruzmaltino que não percebem rf)muneração men• :;11-t e os "bicúos" nos dias de vitória 01~ de empate. E' de tal forma <JUe isso pesa constderavelmente no movimento financeiro oo club~ ·· _No entanto, se não estamos enganados, parece que dos t itulares t!a 7aqu'!ta branca apenas um, Teixeirinha, tem contrato registra/Ü:> na FPD. Se mais outro houver, podemos afirmá-lo sem receio de c:m– testa~ão, seu número não excede a t:k>is ou três. Tão só. Há uns poucos meses atrás, houve uma tentatva de oficializar, em def i:;itivo, o profissionalismo nas hostes da Cruz de Malta. Emis– sários wiram a percorrer o nordeste, à conquista de novos va!ore3 e quatro ou cinco elementos foram assim trazidos. Era o profissionalismo que venci:: dentro da Tuna, assegurar.do 110:,os e mais seguros rumos no futebol cruúnaltino. Surpreendentemente, porém, ao dar sua entrada na enttdade re– J >onal os pedidos de transferência dos craques que aprovaram, verifi– ccm -,u que alguns dêles vinham ser amadores, também, na Tuna. Pôde ser que intra-muros, nos bastidores do simpatizado clube da p-raç!> da República se encontrem arquivados contratos particulares com ,fases jogadores. Mas, ainda que assim eeja, perguntamos nós que ra/or teriam tais contratos se não estão fles registrados nos poderes desportivos competentes, o Conselho Regional a CBD e a Federação? A gente cruzmaltina já deve, porem, ter aprendido quanto lhe é prejuclicial êsse regime d einsegurança em que tem vivido. Tem lhe sobrado um espírito acentuado de lealdade para com os seus congêneres. Mas, isso não será jamais, o suficiente para que os rnsronsaveis pelos desttnos mais altos da Tuna possam dormir traa- 11u1,os. • ••••••• ,,. E' mals prático, bem mais prático e positivo será que êles possam assegurar-se solidamente d~ seus direitos. • A PROVJN'CIA DO PARA' Qttfnk-felra; S de a.gosto de 1947 s riineiros embaixador s Vellz atuará domingo contr_a. o 'MAC --------------.:...---------- • Programado para domingo o jogo MAC xLeão Azul Desde ont&n, estão, já., em "Je– lám, os primeiros embaixadores . do Maranhiô Atlético Clube, da vi– zinha .São Luiz. Retornari) eles da vitoriosa j')t'– nada ,empreendida a Manáus e aqui permanecerão alguns dà:.1;, para .enfrentar, domingo próximo, o "onze" poderoso .do Clube ·<10 Remo. Vamos ter, d~ forma, um in– terestadual ·m.sgntfico dentro cre três. d1as mais. VEM INVICTO DE MANAUS O MAC vein até nós P?'ecedi•~o de largo ce:rtaz, pois que, ainda agoi'a, sua temporada em Maná11.; constituiu para ele esplendida •1i– tória. Assim é que o valente esquadrão maranhense retorna invicto da capital baré: · Havendo disputa.do , ali, quatro partidas conseguindo três n!tidos, insofismáveis triunfos,. empatan<:!11 uma única de::sas partidas. Só isso lhe · vale .como · creden– cial soberba para conquistar, de pronto, a confiança da torcida ~o- cal. . JULIO CESAR E TRANSVIARlO NA PRELIMINAR Os verdes que, domingo passa • do, apezar de abatidos por •~t~ bolas a três, fizeram ma g:1'.f;r :t exlbição, voltarão a camp-:i C:J:::.m– go, na preliminar da interest:::<,nl desta feita para enfrrnts r :> Tansvié.rio, que vai fazer nesse. j.,·. go seu auspicioso reaparec;m 1• to. · Af está, per certo, uma outr.1 bóa partida, a atrair o inter<!sse maior da torcida. Atingida por um cataclisma ..• • (Cont.inuqi.o da oitava pé,gina) já sub~rso e arvores riuebr&vam– se e calln com e1Strondo. SALVO . O MENOR E :Mil, E TANTOS CRUZEIROS D"E ECONOl\nA mão, tambem abandonou com st:a familia, sua cru,a ·ainda em t3m• po de se salvar da catastrcfe. re1,– primeiros a desaparecerem na '.C· do a sua casa e seus animai, o ragem das aguas. Dessa 1-;,.ai:.:;_-"' duas casas ficaram totalrL::,; J submenas. assim c·:r.:: e,.:i.::do parte do terreno princip~.'. :,,(c1_1re à margem do rio, t:mdo sido ::tin. gidas peb terrível catac~i.:m.3 cerca de 400 braças ao 10~~::>J éa ilha, por 300 para o meio, quasi partindo a mesma em duas ,indo ainda atingir parte do terreno do comerciante Antonio Kemil doa Santos. ICI re o'caso' T' O comerciante Kemil dos San– t.os , sentiu tambem a aproxima– ção do fenomeno e imediatamen~ te tratcu de por em lugar seguro sua familia, abandonando sua ca– sa e seus haveres. Voltou porem em canoa ao lccal mais atingido que foi parte onde estavam lo– calizadas as casas de õéus vizi– nhos e .verificou então a grande extensão do cataclism&. Onde momentos antes estava erguida , a moradia. de Chico Alem.ão, ro– .mente rebojo existia agora. Uma ;pequena .maleta boiava ..entre rai- Felizmente não houve vitimas a lamentar, isa, por simples obra do acaso . e principalmente por– que a catastrofe não atingiu 11, parte mais habitada da ilha que é a que fica situada para a toz do rio Abaeté. A resposta cêbedense dá a entetwJer que o player é do Moto Des® que a Tuna. retornou da excursão que empreendeu, há al– guns meses atrás, à vizinha ca– pital do Maranhão, rebentou, aqui, o "caso" Tidoca. O perigoso artilheiro cruznul– tillo assinára, em São Luiz, con– trato com o Moto e o clube de Ce– sar Aboud tratou logo de encami– nhar à CBD o competente pedido de transferência, ao mesmo tem– po que procurava fazer valer os seus direitos, reclamando do jo– gador que cumprisse o contrato firmado. A CBD consultou a Federação Paraense sobre se teria algo a opôr à transferência e a entidade lo– cal encaminhou a consulta a Tu– na. O cruzmaltino respondeu que precisava conhecer as bases do contrato de Tidoca com o Moto, no 't"O! fa. ,-.M" '"'-lA:r ~n tUreito de para exercer· o direito de opçã:, não seria necessário conhecer as bases do contrato, pois que o pa– rágrafo setimo, artigo nono, asse– gura ao clube de origem o direito de opção, desde que se compro– meta ele a pagar seiscentos cru– zeiros mensais ao jogador. E' DO MOTO Pelo que deixa transparecer o oficio da CBD, que no caso, nsi.o é claro como se fazia mister, Ti– doca é do Moto para todos cs efeitos. O C. A. Legionario reunirá hoje ---------------------------- . zes de gigantescas arvores cente- A ·llár!as. . • • ' d !I : Grit.os de .socorro foram ouvi. PrlrnelrQ On a no •dos e pelo comerciante Antoni-, dos Sant::.s e seus · empregados foi salvo o pequeno filho do la- REPETE-SE A LENDA DA BOIUNA e 1 • d A 1 • t vrador, .que foi encontrado enti·e O eglo e 'r ~1 ros troncos de uma grande arvore j4 •,,, ,jJ · inclinada para, dentro da agua. Ainda cheio de •espanto o menor Os moradores daquelas para– gens, comentam, com· assombre, !l. volta da Boiuna. Serpente d:; avantajadas proporções, coi1fcr– me a lenda, habitava em uma caverna por baixo da ilha. cJ.• Campupema, alimentando-se da peixes e animais domesticos do:; lavradores. Para eles, o fencmiõno Carlito Rocha J 0 á quer renunciar . inocente, salv_o milagrosamente de morte trag1ca, chamava pelos à interventoria seus pais em altos brados. RIO, 6 (SE) ·- Surgiu a ]:>l'i– meira "onda" no velho problema das arbitragens, ou melhor, es+-ã.> surgindo as prime!ras "ondJ!,s '. Domingo, foi o América não se conforma.nd9 com a atuação do juiz Geraldo Fe:nandes. Agora, é o veterano Carlito Ro– cha, interventor do Colégio de A.·– bitros, que ameaça renunciar · es-– sa função, caso a Federação Me– tropolitana não dê maiores Ja– garantias aos juizes escalados. Essa resolução do conhecido e benemérito esportista foi revel.1.– da em entrevista mantida com o presidente Va:rgas Neto, da Me- DUAS CASAS E NUMEROSOS nã:> foi tremor de terra nem tropolitana, e teve como causa as ANIMAIS TOTALiiA:ENTE PER- transformação gêologica. l'""'oi o agressões que vêm sofrendo o:; DIDOS movimento da cobra gra11de enfu– juizes de segunda e terceira c!l- . O seringueiro :residente nas pro. recida. Nas noites de luar, Jn tegorias. ximidades da casa de Chico Ale- recida. - ----------------- --------------------- , • a r ap1 Dirigiu-se para isso o árbitro à Federação local Edllberto Silva foi, até não faz incluss.o no quadro de árbitros da , Eê.ilberto é, indiscutivelmente, um muito tempo, um dcs mais com - entidade. l ótimo juiz conhecedor seguro d:;is pletos julzes de nosso . fut~bol. Os Não resta dúvida que é uma ex- re;;ra.s, ho'nesto e sereno, saben– maiores clássicos regionais ~lvc• celente conquista que volta a fa- do conduzir a bom termo as p'l,;– ram no apito o testejado árbit!o, zer o futebol paraense, . porque tidas que lhe são confiadas. --nuo rlol,:,c.! -~~n,nro. e"' t!QÍ11 a _ /\.nT'.

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