A Provincia do Pará 08 de agosto de 1947 (caderno 2)

"' """uuHe1nts ~ acnavam _.-,--------------~--~~---------------- ---------------------~-----~~---~-~------ -- .......,..... 11a, wu '-' '::li.:&;,.:., .1.{,.,1,,.,UL.I. ·LUYQ/V da Euripa se realiza com maio!· lentidão do que se esperava. Ha– via aspectos do emprestimo no.r– te americano que não agradavam ao govêrno e contra os quais lu– taram os negociadores britani– CC8- Dalton rcc0nheceu que todo o govêrno britanico foi abalado pe– la retirada de 700 milhões de do– lares, em julho J.a..n, ~ e u:c vu mos vivendo da caridade... Ero. evidente a necesisdade de algu– ma deflação controlada e a "gran– de ccrrente de importações li– vres" tornava a medida. ainda maii; essencial. "Ou o valor 11- duciario de nossa prl'fdução deve ser reduzido ou o dinhelro pago por noosa produção deve ser !dl– minuido. Poderemos ter & defla– ção, ou a desvalorização zerá ine– vitacel tre a cidade paraguaia de Cer-t!to e a .cidade argentina de Yahape - cerca de 12 milhas a leste de Corrientcs - durou meia. hora A extensão das perdas das fôr– ças de terra legallstas é desr,o– nhecida, mas acredft:1-se que hou– ve alguma.s bah:as entre elas, v!sto que as canhoneiras mantiveram cerrado fôgo sôbre as baterias. Alguns projeteis disparados i)e– las fôrças de Morin1go passaram por cima das canhoneiras e for:1m cair em território argentino, onde as autoridades locais afastaram rápidamente a maior parte da j)O– pulação civil, especialmente mu– lheres e cria.nça.s. Uma. testemunha. ocula.r, di~e que o incêndio que se manifestou na canhoneira. "Humaitâ" foi do– minado pela_ tripulação, antes de o navio seguu-, junta.mente com a canhoneira "Paraguai", mais pa– ra leste, onde os reparos aparen– tementes, já foram iniciados. Os rebeldes feridos, desemba.– caram na cidade argentina de Ita Ibate, de onde seguiram em am– bulâncias para Corrientes. De acôrdo com as primeiras !>.O• t!cias, os projeteis que cairam t-m i;ólo argentino, não causaram da– nos de importância. As canhoneiras rebeldes sen guiam, antes do combate, pare. o oeste, em direção da junção ele rio Paraná com o rio Paraguai com a intenção aparente, de su~ir o rio Paraguai, a caminho de As– sunção, a fim de se juntarem iios revolucionários, em seu avanço contra a capital. Observadores diplomâticos acre– ditam em que a guerra civil pa. raguaia, já em seu sexto mês, en– trou agora em sua fase decisiva. Auxilio do Ministério da Educaçã9 ao teatro de amadores RIO, 7 (Meridional) - O mi– nistro da Educação, em despac!10 de 2 de agôsto corrente, determi– nou a seguinte distribuição da vo– tação reservada, no corrente ânri, ao desenvolvimento dos teátros de estudantes e de amadorismo · Colégio Pedro II. Cr$ 15.000,C'(); Teátro Est.udantes da Bahia, .... Cr$ 10.000,00; Teátro da Crian<'a. Cr$ 10.000,00: Teátro Am. Far.to– ches da Bahia, Cr$ 15.000,00; As– i;ociação Artistas Brasileiros, .... Or$ 10. OO'J,00; Sociedade Prcp~. gadcra Belas Artes, Cr$ 10.000,00: .Ralei. da Juventude, . . . . . . . . . .. CrS 10.000,00; Associação dos Se!'– vidores Públicos, C1·$ 5.00/J/IQ; Maria Rosa M Ribeiro, . . . . . . .• Cr$ 5 .000,00; União Operária d~ Jesús, Cr$ 30 000,00; Casa do Es• tudante do Brasil, Cr$ 80.000,: C; Teátro Experim. do Negro, . •. . Cr$ 30.000,00; Teátro Estudantes de Pernambuco, Cr$ 15.000,00; União Flum. de Estudantes, . . .. Cr$ 10.000,00; Valdemar de Oli– veira, Cr$ 20.000,00. Obstruida a ferrovia · io-Minas ·a ·z RIO, 7 (M.- - Um grande bloco de pedra caiu no leito da linha ferrea no quilômetro 607, entre Arrojado e Campuã, ~nde uma turma de trabalha– ):ores dinamita as pedreiras de p ropri'edade da estrada. Em consequencia desse aci– dente, o noturno mineiro rt– cou retido, não podendo che– ga ra esta capital antes das 16 horas. APROVADAS DIVERS..4.S EMENDAS NA CÂMARA Grandes debates em torno do recurso da revisão eleitoral mo, 7 (Meridional 1 --- o plenário da Câmara voltou a dedicar tcdo o t~r.1po àa ordem do dia, hoje, à votação do projéto 300-A, .:i:ue estabelece a lei eleitoral de emergência. E depois de prorrogaç!'íes sucessivas de trinta minutos, cs,da uma, aprovou, afinal, o estatuto prnvisório Q\.\C' regerá as próximE.s eleições municipais. Ao findar a sessão, a Câmara havia aprovado tôdas as emendRs que mereceram parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça. De maneira que os tra– balhos de hoje foram dedicados à votação das emendas com o pa– recer contrár,o daquela Comissão, fato que fez prolongar a sessão além do tempo regiment:al, de vez que muitos foram os oradores que defenderam ou combateram a.5 em~ndas. De inicio, o sr. Barrêto. Pinto retirou algumas emendas de ·que era autor, face às explicações d0 sr. Lameira Bittencourt, relator da Comissão de Justiça.. E requereu, em. seguida, para abreviar os tra– balhos, que o plenário aprovasse as emendas englobadamente, sal– vo as de destaque. Aprovada a sugestão, o presi– dente anunciou a existência de seis requerimentos de destaq'.le, aos quais o sr. Pedro Dutra jun– tou outro, para a emenda número nove. APROVADA A EMENDA BARRÊTO PINTO A emenda n. 23, de autoria do sr. Barrêto Pinto e que havia sido rejeitada pela. Comissão de Justiça, foi afinal aprovada, r!e– pois de prolongados debates, com a aquiescência final do ·próprio relator, face aos receios manifos– tados. É que o Tribunal Eleit:iral havia firmado jurisprudência no sentido de que todo candidato a cargo eletivo, que jâ. exerça out.ro c,argo nas mesmas condições, per– deria o primeiro, mediante o sim– ples registo de seu nome, para concorrer às novas eleições. A emenda visou corrigir essa juris– prudência, considerada errônea. pois deve ser garantido, ao C'J.n - c!idato, o direito de opção, depois de eleito. EMENDA ELEITORAL Também a emenda 22, que ~s– tabelecia o "recurso da revisão eleitoral aos julgamentos já fei– tos, sôbre ca.ssação de diplomas. em desacôrdo com o artigo qm.r– to ", levou os deputados a grandes debates, nos quais destacou-se o sr. Campos Vergai. o represen– tante paulista, advertindo que não estava tratando ao caso do sr. Euclides Vieira, defendeu a emen– da por considerá-la assecuratcria do direito eleitoral. Mas depois, verificando-se os votos, a pedido de um representante; a emei.da foi rejeitada por 142 contra 36 A seguir, o deputado comuniEta José Maria Crispim defendeu ,s emendas que apresentara, mas as mesmas foram consideradas pi·e– judicadas. Fa.Itava ser votada, apenas a emenda n. 9, na qual o pessedista mineiro Pedro Dutm procurava impedir que aos eleitores fôsse concedido transporte pura os colé– gios eleitorais. Entretanto, pedin– do d. palavra, o sr. Pedro Dutra declarou que retirava sua emenda ~ace às decl,arações satisfatórias do ;·ela tor, que demonstrara ser o assunto objéto de consideração da própria lei eleitoral vigente As 18,4.'6 h<>ras, foi declarada aprova- ela a lei eleitoral de emergência. e encerrada a sessão. DEFESA DO GENERAL DUTRA RIO, 7. <Meridional) - Na sês– são de hoje, da Câmara, o &. Altamirando Requião, líder do P. S. T., falou para considerar oue, tendo um deputado, na sessão de ontem, acusado o sr. Dutra e rte– clarado que êle era objéto de ma– nifestações de desagrado nos ci– nemas, o vice líder da maioria. Acúrcio Torres, não fizera u·ma defesa satisfatória do chefe do govêrno. E êle, orador, na quali• dade de lfder de um partido que apoia o presidente da Repúbl!Ga. estava ali para defendê-lo e de– clarar que o sr. Dutra nunca fôra objéto de váias nos cinemas, nem procurara evitar a reunião do ,Tó– quei Clube, domingo último. Fôra a Mato Grosso porque já havia assumido o compromisso de rea lizar essa visita. Pouco depois, ocupou a tribun'.l 0 sr Acúrcio Torres. Afirmou que fizera a defesa do sr. Dutra, 110~ têrmos precisos e necessários. Mas, se havia dúvida quanto ao a.p.sio do PSD ao presidente, êle decla– ''ava alf, em nome do seu parti.fo , que o PSD, a despeito de suas quesLiunculas,' está coêso e firme no apóio ao presidente da Repú blica CON8F.LBO DO SR. BARRf:TO P~"lTO Em seguida, o s~·. Barrêto Pin– to reafirmou o que dissera na vés– pera. quanto às manifestações de desairado ao chefe do govêrn0, " criticou, novamente, a falta dP providências da polícia. A essa al– t,ura, aludiu o orador ao tempo cm que, nêste país, era profüic'.o <lar váias ao chefe do Estado, !-C;l!• do 1,ermitido apenas os aplauso<:. Termina declarando que o sr. Al– tamirando Requião, que fõra gc– tulista, :>.gora é dutrista e anti– getulista. E aconselha o líder do f'S'J' a ler o livro de autoria dn sr. Euclides Requião, sob o t1t.ulo "Dir.gnóstico e tratamento da at,o– xia locomotriz progressiva", !tf:r.i de que possa "coordenar os seus movimentos". O plenário recebeu êsse con~e– ,ho ~ebaixo de risos, que se esten– <leram às gaelrias e tribunas. · NO REC:!:NTO O SR. CUNHA GONÇALVES Por fim, anunciada a preser.çà ão representante português Cunlu Gonçalves, retira-se do recinto, mcorporada, a bancada comttr.is– t.a e o deputado paraenses, p~'.o PSD, Lameira Bittencourt. O visitante foi saudado pelo sr. Flôres da Cunha. Seguíu-se, na tribuna, o próp!'io visitrrnte, que depois de agrade– c-er, sugeriu se transformassem, Brasil e Portugal, numa confede– raçãc, ot! numa "representação fe– deral que se estenda pelo mundo inteiro, dos Andes ao Timor", de modo que o Brasil venha a. se chamar "República Imperial do Br?,si! ". O expediente foi encerrado com ( di~urso do deputado comunista SegÚepara o interior pau!ista o sr. A. de Barros S. PAULO, 7 CM.) - A bor– do do avião "11,apo•o Tavares". d& frot11, dos "Plàrt,;,11 A.r,socla– dos", :iegulu, hoje, em vtalt:,, a Iguapé, Xlrirtca, Reg1"tro e outras localidades do Interior paulieta, o governador <\de– mar de Barros, que ee fez acompanhar dos srs. Assis Chateaubrland, briga d e l r o Newton B~a • major Ma– riano Vendal. PROPOSIÇõES -DISCUTI D 44 S NO SENADO Desapropriação das terras da Baixada Fluminense RIO, 7 (A. N.) - O exped,iente da sessao de hoje, do Senado constou de três offcios, todos dá Câ!,llara, encaminhando as propó– siçoes que autorizam a abertura de crédito especial, pelo Ministério da Agricultura, no valor de .•.... ci:s ._3.000.000,00, para desapro– pr~açao das terras da Baixada Flu– minense; que concede pensão a Joaquim Marques Lisbôa neto do marquês de Tamanaaré;' e sôbre exportação e re-exportação de aviões, acceSllórios e pertences. O primeiro .orador do dia, !o! o sr. Pei;eira Pinto, que formu!ou um apelo, em nome dos usineiros fluminenses, no sentido de ser conservado o Instituto do Açúcar e do Alcool, RESPOSTA AO DISCURSO DE PRESTES O sr. Ivo d'Aquino fez algumas considerações em tôrno do diwur– so pronunciado, há dias, na.quela casa do Congresso, pelo senador Luiz Carlos Prestes. A proposição que dispõe sô'!lre os direitos e garantias trabalhis– tas dos emoregados em empresas de seguros mútuos de vida, foi fn– caminhada à Comissão de Traba– lho e Previdência Social. O sr. AtíUo Vivacqua solicitou e obteve dispensa de interstício pa– ra a discussão do novo regimento interno, sendo, a seguir, encerra– dos os trabalhos. Adotou o horário único o Sindicato cios Bancarios RIO, 7 (M.l - Na reunião realizada hoje, o Sindicato dçs Bancários do Rio de Janeiro, resolveu adotar o horário uni-– co para os bancos desta capi– tal, vigorando a medida a par– tir de 18 do corrente. Maurício Grabois, depois da reti– rada do sr. Cun)la Gonçalves. Disse o parlamentar marxista que sua bancada retirara-se do recinto em "sinal de protesto con– tra a visita do representante do ciécimo salazarista ". SERÁ, ·· ENTRETANTO, A- ROVADANOSENADO "A consulta ao T. S. E. foi a última esperança de solução" Um dos motivos do volum~ dessa cüra era que, a pedido do govêrno norte-americano, a In– glaterra adiou, até julho, a re– tirada de 150 milhões de que pre– cisava para junho. Nesse mês fo. ram tambem inclu!dos 50 mi– lhões para alimentar os alemães Disse que nos seis primeiros me– ses deste ano, produziu-se uma mudança para pior, na situação do esterlino. A Inglaterra tev'3 de procurar dolares para o comér_ cio da parte da ái-ea do esterlino em geral. 'Havia 50 milhões de dolares para a Africa do Sul; pa– ra a Australia e 235 para grande parte da área do esterlino, in– cluindo as colonias e a India. A JY.talaio., com seus vastos recui·– eos, produziu, para a Inglaterra, 140 milhões de dolares. Assim t que nesses seis meses, a Ingla– terra, teve de arranjar 240 mi– l)hões de esterlinos. Pagou ela 155 milhões de dolares, de modo que, em doze meses, teve a Grã Bretanha de pagar 50 milhões vitavel, se a força da eoncorrcn– cia britanicá, nos mercados es– trangeiros, for átestada pelo cuB• to excessivo". RIO, 7 (M) - Um vespertino carioca afirma hoje, em "manchette", que o deputado Vieira de Melo, consultór jüridlco do Partido Soéiai Demr.cratico,de dlarou, numa roda ampla, ontem, na Caµuu,a, que o projeto de léi especial, qde está sendo elabOrado pela direção do seu p:irtido, são passará, na Camara dos Deputados. Acentuou o deputado Vieira de Melo: - "Até aqui, o . --• que se fez foi procurar uma salda são de hoje, do TSE, registou– para o ca110 dos representantes se acalorada discusão entre o mi– c;omunista.~. A consulta feita e.e nistro Ribeiro da Costa, o sr. Ma– TSE constituiu, a meu ver ,a ul- chado Guimarães. Motivou-a tima esperança de ·:;olução_ Esse fato de haver o ministro se !f)• projeto de "le1 especial", que es- cusado a receber apartes do seu tou certo, não tevem origem pro- colega. priamente no PSD, · representa uma atitude mais séria e indica PROTE ,S.TO DO l>R. BGCHA que seus autores já se dispõem . LA°ek)A FALTA DE VISAO DO GOVERNO a forçar a porta. O projeto - que alguns atribuem o ~r. Pereira de Lira. - passará, com toda a certeza, np Senado, 011de o go– verno dispõe da necessaria maio– ria. Uma vez aprovado naquela casa, virá à Camara, que funcic– mü'á. com.o revisora. As numeosas emendas que aqui serão aprovadas, tirarão à lei, sua função 1nic1al, fica~o assim, prejudicados todos os intentos de seus autores". In– terrogando ainda sobre se uma lei assim feita pcaerla regredir, quanto aos seus defeitos, o sr Vieira de Melo nada. qulz respon– der. ruo, 7 (Ml - Na se.ssão de ho– je, do TSE, o sr. Rocha Lagoa pronunciou-se energicamente con– tr.a o discurso ontem proferido, na Camara, pelo deputado Hermes Lima. Disse e sr. Lagoa que não pretendia ocupar aquele Tribu– nal pe,ra tratar de assuntos pes– soais, mas, infelizmente, fora ofendido e não lhe cabia senão protestar, da tribuna, contra as "palavras impensadas e levianas do deputado esqurdista". SALDOS DE ESTERLINOS Referindo-se aos saldos de es– terlinos, Dalton declarou que a cifra nominal era de 3.559 mi– lhões de esterlinos, excluindo a~ dividas com os Estados Unidos e Canadá.. Mas essa quantia teria de ser substancialmente rebaixa - Pedindo a Dalton que se volte para a sua política de dinheiro barato, Anderson decl'arnu que esse lntrumento foi estragaC:-:i po: ter sido o governo ;,de:.1asiad0 voraz e ir demadiado dcpres:e:a". Clement Davies, lider do Partido Liberal, criticou o governo por falta de visão. Considerava-se de– cepcionado com o discurso do prl– Illeiro ministro, que julgava de– veria ter revelado como tenciona– va enfrentar a situação. Houve mau emprego de recureos, ho– mens e mat~riais. O pais devia abandonar os projetos como eli– minações de cortiços. Não pedia aguentar mais projetos improdu– tivos. Eden, encerrando os ata– ques da oposição, tambem ex– pressou seu desapontament.o e qualificou as propostas do govêr~ no oomo "rapida improvisação mal estudada e Incompleta." RESPONDE O MINISTRO DO COMERCIO Respondendo aos críticos, [1 (Continii.a, na oitava página, FALA O SR. J~CI MAGA– LHAll:S RIO, 7 (M) - Interpelado pela reportagem sobre a lei especial, que já estaria elaborada e de iní • ciativa do PSD, visando a cas– sação dos mandatos dos parla– mentares comunistas, o sr. Jura– ci :Magalhães declarou que só cpi– nará depois de conhecer o proje - to e uma vez que tenha, trocado impressões com os seus correligio– nários. Ouvido sobre o mesmo as– sunto, o senador Melo Viana de– clarou: - "Não se trata, pro– priamente ou simplesmente, do caso dos comunistas, mas sim de regular materia relativa aos man– datos, cerno de todas as hipotese;, de perda ou extinção dos mes– mos, entre as quais figura, na– turalmentae, a ç turalmente a questão dos repre– sentantes de qualquer partido cu– jo registro tenha sido cai;sado". ACALORADã DISCUSSAO NO T. S. E. R.!.9, 7 (~) - Durante a ses- Reduzidos os preços na Baía SALVADOR, 7 (Do corres– pondente- - Dos entendimen– tos havidos entre a Comissão Estadual de Preços e a Emprê– sa de Carnes Verdes da Bahia Ltda., resultou uma redução dé 20 centavos sõbre o preço do quilograma da carne bovina, que passará agora, a ser ven– dida nos açougues, à razão de Cr$ 5,80. :R' de salientar, ou– trossim, que o custo dos legn– mes ,ovos, verduras e cereais, sofreu uma redução de 30 ·a 50 por cento, ' Dorothy THOMPSON (Copyright dos Dlârioa Assoc1~dos1 NOVA IO~UE. via , âdio - A 30 de junho, a Comissão de Emergencia dos Cientistas da E~ergia Atomica lançou uma nova .td– vertencia aos povos do mundo. Sua essencia tem sido reitera.damente dada nesta coluna, desde que saiu a primeira bomba atomica na cidade de Hiroshima: 1ivisão do poder de fazer, na idade atomica, signifl•• ca aniquilamento. -'00- Polltica nunca. foi ciencia exata, e os políticos ::ontinuam confusos, alimentando a esperança de qut se encontram numa espiral ascendente, embora aci– dentada. A exceção é a União Soviética, que é prisio– neira de uma teoria, nascida no seculo dezenove, se– gundo a qual o mundo marcha para um .fim prede– terminado - o comunismo mundial. Sustenta essa l'.eoria, que só ouando tal ocorrer - após uma sérl~ de lutas civis e internacionais inevitaveis - será es– tabelecida a p:i,z total. .A bomba atomica não entrou nas cogitações de Karl Marx nem 11as de Lenin. Sua descoberta, jun– tamente com muitos outros segredos da destruição cientifica, jogou por terra a validade da filosofia marxista. O planeta pode ::;~r destruído, ou reduzido a um cá.os ingovernavel, antes que se realize, ou es– teja em curso com a realização, o sonho messianico dos comunistas. Tambem os metodos de meio-cami– nho de transigencia confusa não salvarão as de– mocracias ocidentais. Quando Einstein anunciou a tese, puramente ma– tematica, de que energia é igual a massa multipli– cada pelo quadrupulo da velocidade da luz, nem 1.000 pessoas r,este mundo tiveram a menor idéia de que se havia iniciado uma revolução que dimi– nuia todas as revoluções anteriores, e de que estava estabelecida uma lei física, a exigir modos de vida ra– dicalmente novos, para povos e nações. Demonstra– da em Oa!ç Ridge, a lei de Einstein eliminou, de um golpe, a validação do direito internacional anterior, que incluia o direito de fazer a gerra como "ultima ratio" da polltica.. Nác ba raciocinio que posaa afir– mar o "direito" de fazer voar pelos ares o ylaneta, nem de criar condições em que a, razão nao possa funcionar. Todas as "ideologias" foram postas numa cate– goria de prioridade totalmente tjiferente, pela lei de Einstein. Democracia representativa, comunismo, e– conomia de A1iam Smith, ou quaisquer idéias qtie possam empolgar as paixões dos homens, tudo tor– nou-se secundw.io, conhecido o fato apccaliptico de que o homem P.stava de posse dos meios de intervir diretamente na natureza e acabar com toda a •;ida humana, ou a maior parte, ne curso de algumas se– manas, pondo em movimento possíveis reaçõe3 que nem mesmo os cientistas do atamo podem predizer. Ninguem s'lbe qual seria o efeito de v.ma serie de explosões atomicas em aguas profundas, ou em terras que contivessem uranio. Ninguem é mesmo capaz de dizer, positivamente, se estes desastrosos a– contecimentos de origem meteorologica, na Grã– Bretanha, nos Estados Unidos e em outras partes, ocorridos desde as explosões atomicas no Japão e nas experiências de Bikini, têrri. relação com estas. As únicas ic':éias que, indiscutivelmente, têm re– sistido à revolução de Einstein, são que a vida é melhor que a morte. e a lição do Cristo, de que SO• mor, todos irmíws - sejam quais forem nossas "i– deologias". -00- 0s lideres cic mundo devem reconhecer que todas as nações têm oe viver sob o regime da lei; que só deve haver um unico exercito legitimo no mundo - um exercito para por em vigor, não a "paz" mas a lei - e sem bombas atomicas; e que a soberania nacional do poder de fazer a guerra é tão antidtlu– viana como o homem de Neanderthal. Do contrario, out1'a raça de Neandei·thal, a desenvolver-se no de– correr de anos, algum dia descobrirá cranios desta1,1 estranhas criáturas agóra chamadas "homo sa·– pie:is ". O mundo das nações tem que ceder lugar pa– ra um grande "sim". à vida. O povo soviético e to– dos os demais devem ficar sabendo que a enfase re– petidamente d :i.da pelos governos aos "direitos sobe– ranos" é um grande disparate, alem de ser uma tatica hipocrita. · Ademaia nc.·uoa liderea devem saber que não po– derá ser eleito presidente da República, em 1948, qualquer candidato que não assuma a posição ine• qi.livoca de recorrer a toda parcela de poder ameri– cano para a bolição do "direito" soberano de :anan– ter os poderes de fazer a. iUaora.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0