A Provincia do Pará 08 de agosto de 1947 (caderno 2)

"FESTA DA CHAVE" - Na terié" dansante. Essa reunião é seqio oponur..a.meu,~ tµ,1une1actas. f fi 1 1 NIANOUE'fiRA CLUB:E - Enl J>l"óxima segunda-felr-a, 11 ele o ereclda aps sub-o c a s e sar- J:i~nef.folo de seu ~. :Benedito agôsto, realizar-se-á, na Faculd!l• gentos da Base Aérea, e suas fa• 'ileotOnto Carreiro qüe ""' vârtos de cte Direito do Pará, a tradicio- milias · · ,. ' '""' nàl "Festa da Chave", com que SANTOS DUMONT CLUBE - .ip.~. se !i,l~ntl:a ~férmo, 0 (!#1 docentes e discentes daquela Comemoran_do o sexto anivers;io• ~g ur ···~ .~orte Qluõ'e real~– taouldade, comemoram o aníver- de sua fundal,ão, o Santos .• _I'.'á n.JJ . -óximo ~bq.dq, lffl!!!- festa ll$o da instalação dos cursos ju- mont Cluóe levará a éf-clto o- damllm • em sua. 8 ~ 800fflll. ddicos no Brasil, e na qual efe- mingo próximo, em sua séâe so- tuar-se-á a tradicional cerimôrua cial, uma animada matincal q~:-- . · AH-118 (b entrega da chave simbólica, pe- sante, na qual tocará a orquestra $. MOISiaS A,'lll!l:li,AS - PQr lj)s bacharelandos do curso de do professor Berilo. via _aérea, regreasou d:Iit'~ a esta Direito, aos quartanistas do mes- Com essa reunião d9.D$ante, o eap1~l, o · sr. M-0,isés At~ias, co- mo curso. Santos Dumont inicia o prasmma, merciânte nesta pr~ça. onde é co- A "Festa da Chave" constará com que comemorará o aniversá.- P,F!>P,rietã.r-lo ~ ~abelecimentos de duas partes, sendo a primeira rio de sua fundação, e do qual l!lõd;as Rivoli" e Casa das No– ocupada pelos discursos dos repre- constam um passeio fluvial e um v!da4é;a". O ~- Mo_isés Athias en– ---------------- - ------- gmtr-.Bva,se !Jâ ~ ten:wo no MARIO COUTO e MARILDA ROBER- TO COUTO comunicam aos seus paren– tes e amigos o nascimento de seu filho, ANTONIO FERNANDO, ocorrido a 4 R1o ~;anetro, lta'tiimdo de lle\1s inter conieretais. REGISTRO DE OBITOS g:t!:Jt6:e~~ie:~Jni; êbitos: A tlla.Ves$a v~. 295, Guilher– me da Rot:ha Lónato, paraense, branco, com 1 mAs; à travessa Es– ;co:w:-:.-.«-w.;-m:~r...:t•~~:;.:;,:;.:;,:;;.;.w.;.~~...:;,: trêla, 139, Ma.ria Pedrinha de Cas– J.;§· tro, paraense, branca, com 1 âno: à travessa do Chaco, 608, Isaura OuUherme Nascimento, paraense, ic branca, casada, doméstica, com 27 ~ auos; à travessa Marquês de Her– :'i vàl, 144, Raimundo Dantas Reis, •:~"tl l)lltaense, pardo, casado, peixeiro, :l eom 49 anos; à. rua Igarapé Mirí, Íl s. n., Maria de Lourdes Bezerra •1:; da Silva; paraense, branca, com 2 deste mês. • 1e a T tro d Paz HOJE ' SH ■ ÚLTIMA REPRESENTAÇÃO DA PEÇA MAIS QISCUTIDA DO lEATRO BRASILEIRO: ' ' social do momento} JO dois expressivos bailados de · MARIA CAETANA Aman ~,: - Em 8. ª récita de assinatura: ''C Castigo'' • e (de Dostoiewsky) UMA DAS MAIS CÉLEBRES OBRAS DO PENSAMENTO HUMANO! Teatralização de Renato Vianna 1 em 20 quadros simultaneos INGRESSOS NA CASA FRANCO anos e 9 meses; à. travessa Gentil Bittencourt, 1.170, Ernesto Fer– reira Sampaio, cearense, branco, casado, carpinteiro, com 84 anos; O à avenida Conselheiro Furtado, e;;, ;1 Ralmunda Pontes Fonsêca, para– ij ense, branca, solteira, funcionária tt federal, com 29 anos; e à. travessa :l José Bonifácio, 85, Maria Joaqui– ~ na da Conceição, paraense, par– ii da, viúva, doméstica, com 68 anos. il TOTAL - 8 óbitos, sendo 3 de · menores e 5 de adultos, H . CAPITULO XXDI a Na varanda, as duas mulhe- ii res - D. Consuelo e Leninha ::i - feriram-se mutuamente, do– u minadas por um sentimento ii de cólera que precisava se ex– ii pandir através de palavras :~ más e violentas. fi - E o que é que houve on- ii tem? n - Não sabe, coitada I A in– (t gênua ! Aquele escandalo que H você deu! Bonito, muito bo~ :.) nito! a - A senhora queria, com g certeza - ah, ql!eria ! - que ij eu 'me dependuráses nos bra- 8 ços de Paulo? :J - Seria alguma coisa de- B mais? Ele é seu marido! =l - Meu marido! E porque é N meu marido - Leninha tor– :.. nava-se cada vez veemente -– g eu sou obrigada a gostar dele, g talvez? I s, - E não é? - Sou coisa nenhuma! Ah, se todas as mulheres gostassem dos maridos, que maravilha ~, seria este mundo! Uma be– l: letza! R - E você descobriu que não :J gostava dele depois do casa– l mento? Ou já sabia, pode me ! dizer? • 8 \ - Já sabia. Sempre soube. Sempre detestei seu filho. li - Apesar disso, se casou, ii por que? ~, - Por que? - e emudeceu, :·i desorientada pela pergunta. :, ~ s· ? e d .__.~;t;;•.;1;-;;•::•;;•;•:_;•;;•;;.;;,;;.:;•;;•::•::•::•~•::•:~;;.;:•;;•:;•;;~;;.;;,;;.;;.;;.;;.;;{;•:m.;;.;;it::•;; ·· - . !ID, ~or ~u~ _ --ª~-ª'º~º-- HOJE e AMANHÃ )OIS ÚLTIMOS DIAS! As 15 e às 20 horas :\rn.iS UM GRANDE SUCESSO MUSl– CAL COMO SO' A "20th CENTURY FOX" SABE PRODUZIR! ... Músicas e canções de George Gershwin! Maravilhoso romance! Luxo! Elegancia! Vejam!... A estonteante BETTY GRABLE com DIC HA YMES Ane Bevery, Alyn Joslyn e Gene Lockhart, em SUA ALTEZA E A SECRETÁRIA Um espetáculo que faz sonhar! Não percam! ~~u ;; ;? CUIDADO COM A HIPOCRITA! ELA BSTA' NA CIDADBI BEM ' PERTINHO DE VOCt:! NO CINEMA QUE voei.: FREQUENTAI ELA E' UMA. ESTaANBA MULHER, POSSUIDA DE .DESEJOS NEURó· TICOS E PRONTA A DÇSTRUIR OS QUE A AMA.MI O SBU NOME B' A HIPOCRITA Domin§o, no Olímpia 1 . •, CONTINUA NO CARTAZ O GRAS· Rin-tln-tln, em GARY COOPER JOAN FONTAINE A's 14,30 e às 20 horas DE SUCESSO "O GUERREIRO RELAMPAGO" NO EMPOLGANTE DRAMA DA NA ENCANTADORA COMEDIA "0 GUERREIRO RELAMPAQO" ESCOLA 2." série; e "WARNER": OS AMORES 3." série - 4. 0 e 5. 0 ep.; - DE SEREIAS VIDOCQ O GRANDE DE SUZANA O ARANHA (Imp. até 14 anos) SEGREDO EMPOLGANTE DRAMA em TECNICOLOR, com ESTHER com GEORGE SANDERS e SIGNE -com- -com- WILLIAMS HASSO. com LILLY PALMER GEORGE BRENT RICHARD TORPE SÃO JOÃO - As 20 hs.: PARIS SUBTERRANEO - (lmp. até 14 anos) - com Jorge Rigaud e Constance Bennett DOMINGO, novas matinais passatempo a preços reduzidos, no IRACEMA e GUARANI, às 9 horas da manhã. 1 :1 No IRACEMA: "Este não é o Oeste", esportes; "Sapatos a dar com os pés", melodias; "A Volta do GatQ", desenhos coloridos; "O clube dos prontos", musical tecnicolor; "OS GALGOS E A LEBRE" (Fox Jornal); e a 3.• série de "O GUERREIRO RELAMPAGO", e/ Rln•Tln-ll'ln. No GUARANI, O MESMO PROGRAMA DE DOMINGO PASSADO DO IRACEMA. se você podia não gostar, mas pelo menos, ter uma certa dig– nidade, uma certa compostura, e não fazer o que fez. Na pre– sença do Padre Clemente, do coronel Alcebiades, de todo o mundo! - Pois é! - Pois é! - Mas eu sel, sei perfeita- mente, porque você se casou. Quer que eu diga? - Não me interessa! - Mas assim mesmo eu di- go: você se casou para salvar seu pai da cadeia! - Mentira! - Seu pai é um ladrão! -- D. Consuelo ofendia agora sem nenhum escrupulo, excitava-se com a própria cólera. - Mas isso não é, pior: o pior é que depois de fazer o que fez, on– tem, seu primeiro cuidado ho– je foi sair com Mauricio. Não teve vergonha! - Meu Deus, meu Deus! - fez Leninha, cerrando os pu– nhos. - Eu imagino o que não houve! Você e Mauricio lá! Fa– ço uma idéia! - Ainda confessa? - Claro! D. Consuelo então quis sa– ber; foi uma necessidade ·co– nhecer a verdade, toda a ver.: dade. Dentro de si havia uina duvida, uma suspeita, sim, quase uma certeza. Perguntou, com uma voe; diferente, com. m~clo das l)alavras, da r~y~la-. O NOSSO F0LHEltM nesse tremenda cavalgada, até mesa para não cair. que o cavalo arrebentasse de - Não tenho que lhe dar cansaço. Mas acabou mudan- satisfações, "seu" barbicha - " euDestino E' Pecar" do de Idéia: dirigiu-se a uma disse, espetando o dedo no pel– espécie de bar - "Flôr de to do coronel, que permaneceu Maio" - a melhor -coisa no ge-• imovel e espantado. nero, que existia em "Neva- A curiosidade aumentou no da", a cidadezinha mais pró- bar. Houve um murmurio. ô xima da fazenda. Talvez en- cel. sentiu que muita gente contrasse gente dos Figueire- ria. Quis que Paulo sentasse. do, lá. A perspectiva de um ti-- mas o rapaz se abraçou com ro, de uma luta, da morte - ele, quase o derrubou; e ho11- tudo isso substituia um est1- ve um riso franco, quando mulo violento para ele. "Eu Paulo, numa súbita ternura de quero morrer, eu quero mor- bêbedo, beijou a barbicha do Romance de SinANA PLAG Dtreüos de reproduç~ reservados todo o Brull pelos "D1Alt188 ASSOOlADOS,. ção que Leninha poderia fazer: - Mas que foi que houve? O que foi? - Não seja indiscreta - zombou Leninha frivola, dis– plicente - A senhora é! Há coisas - a senhora deve sa– ber que uma mulher não con– fessa, não diz nunca. Pelo me– nos, claramente. Insinua, ape– nas. Não é2 Divertia-se, exultava-se, sen– tia um pra.e;er agudo, quase fi– sico, com o sofrimento da so– gra. Continuou: - Aliás, a senhora tinha me avisado, me dito que n:ão adi– antava a mulher ser séria, Maurício era irresistivel, não foi? Pois é. Ah, meu Deus! - suspirou com delicia - A se– nhora tinha razão. - Sua. . . sua. . . - gague– jou D. Consuelo. Ap~r da~ ~1ª~ijÇti,~ jl._ 3}'1,a ·rer!" E se não fosse Nana -- velho e chorou no seu ombro. vida, Paulo montou nu~ dos a raiva contra a preta voltou "Eu te amo, coronel", e teria melhores cavalos de . "Santa - ele aquela hora estaria mor- caido, se o outro não o ampa.– Maria" e partiu numa daque- to, descansando, sem aquela rasse, com um sentimento de las disparadas loucas que eta saudade de Guida que . o en- asco invencivel. Mas Paulo o seu velho remédio para as louquecia. Chegou no "Flôr de desprendeu-se, avançou cam• grandes angustias. O homem Maio" - o cavalo espumando, baleando até ao meio da .sala dos Figueiredo (a familia de sacudindo a cabeça - e quis e começou a dleer coisas, nu– Guida era Figueiredo), o ts.l logo beber. Viu muita gente na ma fala confusa, desarticula– que quase o matara havia tl- bar, conhecida e desconhecida, da; fizeram um circulo em. do um sumiço mais que suspe1- gente que o viu chegar com torno dele, crivaram-no de to. Paulo dissera: certo espanto. Mandou vir a perguntas, procuravam exci- - Mamãe, resolva isso. Eu bebida, sentou-se mim canto, tar a sua loquacidade de bêbe– acho que esse camarada devia e, solitário, começou a beber. do: receber uma lição. Bebia sem medida, ignorando - Onde está tua mulher? - D. Consuelo não disse nada. áeliberadamente a curiosida- perguntou um. Fez um sinal para um do:;; hO•• de geral, resolvido a se embría- - Não me fale em minha mens armados de "Santa Ma- gar, de qualquer maneira. En- mulher. . . Me expulsou do ria", e este, mais uns outros, trou no bar, o coronel Alcebla- quarto; não fiquei lá nem dez levaram o homem que esper- des, o da barbicha, viu Paulo minutos... - seu tom era. neava, gritava, pedia perdão, e se aproximou: quase de chôro; · tornava-se num desespero abjeto. Que - Que. é isso, rapaz? Aqui sentimental, estupidamente fim teve o pobre diabo, nin- no dia seguinte ao seu casa- sentimental; quis se abraçar guem jamais o soube. mento? com o garçon, que desviou-se, Correndo na planicie, Paulo Paulo levantou-se. Todos vt- com um comentário gaiato: não escolheu, a principio, n~- ram que ele já estava bêbedo - Estás enganado. Não sou ~um g~st!no; !a t!ç_ar a.ss! m, ~ qu~ Rt~<tl§aV:a ap,e>!fr\l)•~~ na .tY~ fil\J.Ã}:l~r. _, .(Continua)

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