A Provincia do Pará de 05 de agosto de 1947

gentil senhorita Maria das ~eves Neiva de Morais, graciosa filha qo sr. Artur Pereira de Morais, delegado do Tribunal de Contas e de sua esposa sra. Laura Nei– va de Morais. 1 A aniversariante serão levados os cumprimentos por suas amiguinhas e colegas. algum tempo, com1ss10nauo peiu govêrno do Estado, em visita às principais cidades do sul, afim de estudar a organização das es– calas industriais. O sr. Raimundo Machado via– jou pelo "Itanagé" e fÓi recelli– do no cais do porto P!)l' ~~s de sua famiUa e elevado m'nne– ro de a~gos. Às 15 e às 20 horas A. "WARNER BROS" apresenta Gary Cooper-Lilly Palmer XO GRANDE DRAMA DE AVENTURAS ;'O · GRANDE SEGREDO" HELIANA - o senllor Osval– (jo Pinheiro e sua esposa, sra. Maria de Belém Pinheiro, come– moram hoje a passagem do pri– meiI"O aniversário natalicio de sua :filha, a menina Heliana. Regosi– Jado pelo feliz evento, o ca.sal r-eoepcionará, em sua residencia, as pessoas de suas relações de amizades. DR. LUIZILENO BRASIL - De sua viagem de recreio ao Es– tado do Maranhão, regressou a esta capital o dr. Luizileno Bra– sil, conceituado médico oonte:– raneo. O dr. Luizileno Brasil, que viajou em companhia de sua familia, reassumirá hoje a ma clinica médica. focal coberto de neve para a cons– trução de uma igreja.. Em 6 de agosto, em pleno verão, uma par– te do monte Esquilino ficou cober– ta de neve durante a noite. Era a confirmação por meio de um mi- 14tíre. O Papa Silverio, acompa– nliado do clero e da população de ·noma, !oi ao local verificou a ma- 11p, Vilha e ali determinou a cons– trução da ba&ilica com o titu– lo de Maria, Mãe de Deus. O Po– vo a denominou de Santa Marta das Neves. AMANHÃ! A 20th Century Fox apresentará: Exéquias Solenes - A Arquidio– cese fará celebrar hoje, às 7 horas, na Catedral, exéquias solenes por alma de Monsenhor Argemiro Ma– ria de Oliveira Pantoja, veneran– do sacerdote falecido a 5 de agos– to de 1946. Monsenhor Pantoja, durante mais de 50 anos foi um devotado servidor da Arquidiocese, tendo ocupado os cargos mo.is destacados na Curia Metropolita– na, de Vigarto Capitular, Gover– nador do Arcebispado, Vigario Ge– ral e Secretario, sempre ornado das mais acrisoladas virtudes sa– BETTY GRABLE e DICK HAYlVfES no encantador romanee m:usfoal em tecnicolor: A DR. WALTER GILLET MA– CHADO - Regista a data de ho– je o anivresario natalicio do dr. Walter Glllet Machado, concei– tuado médiC'O o:Jnterraneo. Por esse motivo, o nataliciante rece– 'óerá as .ho~enagens de seus co- 1~ e anugos. SR.TA MARIA DOS SANTOS -- ségu1u ontem para a ca– pital federal a srta. Maria dos Santos, irmã do sr. Antonio dos Santos,. funcionário da "Rev.ll!ta da Veterinária". A viajante de• morar-se-á algum tempo no sul do pais em tratamento de saú• de. com AURE REVERY --ALYN JOSLYN e GENE LOCKHART NA.DIA - Está em festas hoje e, lar do sr. Alfredo M.orais Rego UM FILME RETUMBANTE DE CORES E AS LINDAS MELODIAS DE GEORGE GERSHWJllr. O FILME MUSICAL MAIS COMENTADO DOS ULTIMOS !rEMPOiil . --:-:i-::-w.:-;;-x-:;.;w..w.;,::-:;-~-;;w-.r...-.:•»=~*m;•m;-sffl-J)m. cerdotias. ..r,....,...~-..--• ~ Vai a Manaus e ao Sul o Arce- ' 1 3 bispo Metropolitano - Orador dos mats destacados do episcopado na- ~ cional, Dom Me.rio de Miranda fi Vilas Bôas, é figura imprescind!- a i.l vel em todas as grandes comemo- 1 ra9Ões catolicas do Brasil. Convidado a pronunciar discur– sos ou sermões nas solenidades do D p:,;imeiro centena.rio do nascimen- • to de Dom José Lourenço da Cos– Contlnúa o sucesso de ESTHER WILLIAMS ESCOLA DE SEREIAS JOAN FONTAINE. em Os amores de Suzana -- e-- Corações enamorados IDA LUPINO, •· DEVOÇÃO Cilada na Fronteira 2.• ~érie de JORGE RIGAUD, em París Subterraneo com PAUL HBNREID; e "0 GUERREIRO RELAMPAGO"; e com CONSTANCE BENNET'i'; e O eterno Vagabundo Casa de Bonecas ta Aguiar, em Manaus, e da Se- i ·• m=•~~i' ;~o;:: deslumbrante mu1iical tecnicolor. com JEANNE CRAIN MACAU, IN– FERNO DO JOGO com CHARLIE CHAPLIN. com DELIA GARCES. AMANHA, no POPULAR - 2 ES'.l'REIAS! "FRIO SIBERIANO", com O GORDO e O MAGRO;e "CHARLJB CHAN EM MASCARA. VERDE" - FILME POLICIAL, com SIDNEY ll'OLER; e, a pedido "CORAÇÕES ENAMORADOS" - em TECNICOLOR, com DANA ANDREWS. e de jantar, e completos de a!– fi cova. 6.•-FEIRA, no IRACEMAI "MARGIE" - LINDO ROMANCE EM ll'ECNICOLOR, com JEANNE CRAIN e GLEN LANGAN. S Hs. il Vendem-se à av. Osval• j do Cruz, n. 312. &.•-FEIRA, no POEIRA! 2.• 5'\rle de "0 GUERREIRO RELAMPAGO" - 4. 0 e s.o eplsódlos: "Flexaa ardenies" e "Inimigo lnvlslvel"; e "O ARANHA" - FILME POLICIAL DE MISTB·RlOS com RICHARD !róRPE. " - 1 : (Praça da República) (3168 ' ' CAPITULO XX havia na mala. Diante do pequeno :.:,:t Leninha dormiu um sono só. So- espelho do lavatorio fazia uma ~"í no profundo, bem parecido com a pintura cuidadosa; e teve, então, ••i morte. Tambem estava tão can- uma certa surpresa; estava mais § sada, tão esgotada! Abriu os o- bonita, pelo menos com outro ar, • lhos; e a primeira coisa que vtu, os dentes _bra?cos, com ~erteza 1Je– i) da cama !oi o oratorio com a la cor mais viva nos labios. Procu– ... sua pequéna luz e ª. estatueta da I rou outra vtz Julgf;!-r a pro_pria bo– amática da vida, obra, paixão !•i Santa estendendo a mão numa ca, ver se ela podia ou nao suge– ! cariciii.. O sol entrava no quarto, rir a idéia do Peijo. "Eu sa]?eria e lllOl'te de Leonardo da Vinci) !i iluminava tudo· devia ser muito beijar? Se um homem m beijas– i'i tarde. Leninhá levantou-se, cal- j se, perceberia a minha inespenen _________ ij çou os chinelinhos com pom-pom; eia? "Meus braços ainda estão ., · , ;-; e se aproximou do espelho. Nunca muito finos", disse baixinho, já D ante de tanta descrença no teatro e ... na sua vida tinha se preocupado completamente pronta. Escolhera i consigo mesma; mas agora, de- o seu melhor vestido, um estampa.- nos teatrologos brasileiros, resta-nos, .. pois do que lhe haviam dito. das do, que a modelava bastante. E d • A • d :l humilhações sofridas, a idéia · do ficou no meio da quarto, sem sa- ao menos, a certeza a ex1stenc1a e Í'i espelho ocorria-lhe muito. Sen- ber se saia, com medo de enfren- d :'t tia uma necessidade de se rever, tara sogra, Lidia, o marido, Mau- um h001em como Renato :Vianna, on e ft de contemplar a propria imagem ricio (ao pensar em Mauric!o sen- at ,,...r e au•,tor se confund:em de tal manei·- !~ de julgar até que ponto podia in- tiu um estremecimento), de en- ;v •·• teressar um homem. A imagem frentar, enfim o ambiente de 1 • !{ que o espelho lhe transmitiu não "Santa Maria", tão hostil, tão ra, que diificil é dizer-se qua O ma10r. ?.: apresentava naquele momento, cheio de ameaças. "Onde é que :.: nenhum encanto especial. Que eu vou tomar café?" Lentamente Quem não acreditar que vá vêr Mona· M esperança! "Que cara de sono, abriu a porta e saiu; mas qU!I.Se " f: meu Deus". Mais desinteressan- entrou de novo. E' que vira no Lisa, no Santa Isabel . ;:; te que a sua pessoa era a "cami- corredor a figura de Mauricio. d T d S :~ sola do dia" (presente na madras- Meu Deus, mas que coisa! Por que Fernan o asso e ouza ... ta) decotada, transparente, até tinha que ser ele a primeira pes- (R "f ) !•! de mais "eu sonhei", pensou soa, logo ele? Ele já ia em dire- J ornal Pequeno ec1 e :-. Leninha.' derepente; mas não ção da escada, mas ouvira o ba- ....:----------------------- ---- i:i se lembrava do sonho. "Ah, ago- rulho quando ela abriu a porta; UM Dos MAIS BELOS ESPETACULOS ::: ra começo a me lembrar" .•• con- virara-se para ver e aproximava- .· . · :-1 centrou-se, fez um esforço de me- se, agora, sem sorrir, muito seria, DA TEMPORADA ,.· i:i moria. "Era alguem que ia entran- envolvendo-a. num olhar que lhe :J do aqui, um vulto que se aproxi- deu uma sensação de contato f!- {f mava ae mim, rindo". . . e não sico. 5.ª-FEIRA: - "SEXO" - O DRAMA u conseguiu recordar me.is nada. - Bom dia! - cumprimentou. n "Que graça!". Ela respondeu com esforço, sen- SOCIAL DO MOMENTO. .!~ Lavou o rosto, escovou os d'en- tindo que o coração saltava,. !lU- ::i tes no lavatorio; e sentia um pra. ma emoção doida. O seu bom -------------------------- •: zer, sentindo a pele fresca e lim- dl.:o... foi quase imperceptível, qua– lNGRESSOS NA CASA FRANCO ::: pa. "Preciso me pintar, usar rou- <!e um movimento dos labios sem i :': ge, pó de arroz, enfim, coisas D,'.le j som. "Ele vai descer comigo", itt.~~:_:..:: .. :_a;.::.::-m_;--;;-:::~::•::*::•~~::*::•::,::rl:•:~:~~:m eu nunca usei'\ ;R9Ufi~ & ~tom ~~a _Q que pç~av~.. com u~ _-º._ertQ. .PT ... E como Leninha olhasse com es- - Isso é o que você pensa! - O NOSSO FOLHETIM panto, repetiu: Leninha começava a se irritar ae - Uma tragédia, está ouvindo ? novo. - Acha que eu sou o que? Depois eu lhe como. Vamos subir Que qualquer um que apareça ..• " eu Destino E' Pecar" para o meu quarto? Não quero Lidia interrumpeu, com amar– que D. Consuelo desconfie de na- gura: da. - Mas ele não é qualquer um..• - Vou, então dizer a ele que Não seja louca, Leninha! Ele e11- não vou. tá evidentemente dando em cima - Não, isso não ! Ele lhe con- de você. Romance de SUZANA FLAG vence num instante! quando ele "Que expressão ordinaria ..,... quer, nenhuma de nós consegue pensou Leninha - "ãando em ci- Direi-tos de reprodução reservados em toclo o Brasil pelos "DIARIOS ASS0€1AD08" resistir! ma de você" ! Lídia continuava: Quando entrara.I}l no quarto. e - . . . mas está dando em ci- Lid1a fechou a porta, puderam ma de você não por você mesma, conversar livremente. Mas ainda porque você seja bonito. ou feia. assim falavam em segredo, como Mas porque você é a esposa de terror. E como era bonito, meu Deus! A sombra azulada de. barba tomava-o ainda mais palido. Te– ria um rosto de santo se não fos– sem os olhos acariciantes, duma luz muito intensa. Leninha pen– sou em D. Consuelo, na advertên– cia que fizera a sogra. Sim, u'a mulher precisava ser muito séria, muito firme, para resistir a um homem daqueles. Quando êles chegaram na sala, D. Consuelo nem olhou. Mas suas feições endureceram; tornou-se extremamente palida. "Não gos– tou", percebeu Leninha imedia– tamente. Sentaram-se na mesa; Leninha, sem geito; Mauricin, tão natural, quanto passível; e D. Consuelo, evidentemente, hostil. A moça olhou para o velho relogio: 10,30. Todo o mundo tinha acor– dado tarde, teve um choque, quan– do Mauricio quebrou o silencio: - Eu vou mostrar a. você a fa– zenda. Você var ver, é muito gran– de. Tem bonitos passeios. Leninha não respondeu; baixou a cabeça, ;~PU'QU f\lndo, E 9 c9_- se alguem, uma pessoa invisivel, Paulo, e ele quer ferir o irmão, nu– ração batia como um louco. Todo pudesse estar alf, ouvindo. Lidia, milha-lo! Você sabe como eles se o sangue subira-lhe às faces. Sen- tinha certa agressividade: odeiam! ~ tiu o olhar de D. Consuelo e pen- - Você não pode sair com ele! - Mas se ele pensa isso de mim sou até em se levantar. Experi- Leninha tambem achava que se pensa que é só chegar, comigo, mentou um certo alivio quando não devia sair; que era perigoso. está muito enganado! Eu não sou Lidia chegou e sentou-se ao seu Mas o tom da outra, quase inti- o que ele pensa ! lado. Houve um momento de si-, mação, irritou-a profundamente. - E', sim, Leninha, ou será - lencio muito grande e pesado. Li- E tanto que não pôde se .contei·: a voz de Lidia era quase doce, dia virou-se para ela e disse, Não posso por que, ora essa? persuasiva; - Diante de um ho- rapidamente, aproveitando um - Eu não quero, ouviu? Não mem assim, nós não somos nada. momento em que a tia se levan- quero! Leninha ... tou para dar uma ordem: - E quem é você para me dar Baixou mais a voz; Leninha te- - Eu preciso falar com você. ordens? ve que fazer um esforço para ou• Não saia com Maurício. Lidia ficou desconcertada. Olha- vir: Maurício levantou-se. ram-se em silencio; lagrimas co- - ... ele não pede licença pa- - Eu estou na varanda, Lm.1- meçaram a aparecer nos olhos de ra nada. Quando quiser beijar, ah nha. Quando você acabar, vamos Lidia. Tornou-se subitamente .~u- minha filha, quem é que pode im.i. passear por ai. milde; Leninha sentiu que a qual- pedir? Pega à força, beija mes• - Está bem - respondeu, mas quer momento ela chorava: mo. E u baijo dele, Leninha ... tão baixo que quase não se ouviu. - Desculpe, mas é que. . . você Apesar de tudo, Leninha ouvia. As duas - Lidia e Leninha - não sabe. Esse homem é o prour1o fascinada, com uma emoção ooo ficaram vendo as costas do ra~ demonio. - a fazia sofrer. Novamente, a tris.~ paz. Lidia estava. ofegante, pare• - Quem? teza (ou talvez um sentimento de eia. desesperada: - Mauricio. Acha que nenhu- nostalgia) dominava Lídia: - Não vá. Sua voz era impera- ma mulher pode resisti-lo. Não se . . . o beijo dele é uma cousa, tiva; mas tornou-se, a seguir, su- meta com ele, Leninha, fuja! Ji'u- que uma mulher não esquece nun.;. plicante: ja de Mauricio ! Quando ele quer ca, nem que viva cem anos. A ca• - Não vá, pelo amor de Deus! -e Lidia baixou a voz-ninguém ricla. del€: é uma marca que fica na. Pp9-e ~ -®Jl~ Ulila ~@gedial re&1ste, nem vQcê, nem ninguém! alma cta iiente• . _ (Continúa).

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