A Provincia do Pará 03 de agosto de 1947

PALA.01O ENCANTADO - Owvald Tereza Faleão Teixeira 11 anos Geografia d o Vovô I>epois de um.a ausência de tna:is de vinte dias, volta o vovô João · a. viajar com seus netin}\os, por este nosso imenso Brasil. · O vovô hoje encontra-se no Maranhão o berço dos poetas, ou antes a "Atenas Brasileira", como é chamado. Este Elste.do ocupa o quarto lu– gar em litoral, com 120 Ieiruas, desde o ca.bo Gurupi ao norte, até à barra das Canarias, no ri~ Par– nalba. Éste. parte do Brasil, consti- 1:11lu primeiramente a capitania do Maranhão, doada a João de :$arros, Fernando Alvares de An– drade e Ayres da Cunna, que não poderam oolon1zá-la, por ter nau_ fragado â expedição enviada para tal fim. Quanto ao nome deste Estado. existe uma lenda que não sabe– mos se verdadeira. Quando os çspanhóJ.s chegaram ao rio, que !,laje se chama Maranhão, e que naquela época era confundido com o r:lo Amazonas, exclamaram "0 ma.r ó nom", quando se viram ~ante do imenso lençol de água dõce. Este território cu.st, :iu um pouco a receber os homens bran– co , devido ao espirlto belicoso índios, que perturbavam o trabalho dos filhos dos primeiros donatários. Isto se deu devido o capitão João Gonçalves, da Ilha de Itamaracá, mandar bu.scar es– cravos na capitania de João Barros. Quando os franceses desembar– caram no Maranhão, os indlos Po– tlguaras se aliaram a estes por vingança, Em 1554, Luiz de Melo dios começaram a desconfiar dos franceses. Dizia este telho caci– que, que os portugueses também os tratavam muito bem no prin– cipio, para depois os escravl.sá -los. Viram-se os francesM numa si– tuação muito dific!l para explicar que não tinham tais intenções. Ordenou, então, meus netinhos, o chefe dos franceses no Maranhão, que Migan, um francês que mo– re.va desde pequeno na nova co– lônia francesa, que em conver::a com o chefe indlgena Momboré, expuzesse a diferença das inten– ções dos franceses. Momboré re– conheceu a sinceridade dos fran– ceses e prontificou-se a auxiliar os hóspedes no empreendimento, em que também serviria de es– timulo o rancor deixado pelo ini– migo. La Rave.rdlére daxa provM d.e grande amigo dos indios, meus netinhos, enviando presentes a todos os caclque.!J da. nova colô– nia. Veremos na próxima sema– na, como foram os franceses ex– pulsos e então percorreremos todo este grande Estado. A Geo– grafia, meus netinhos, é auxilia– da em grande parte pela Histó– ria. Nesta nossa viagem de hoje, tivemos o auxilio lnestlmavel das fontes históricas para sabermos a origem da formação do Ma– ranhão, esta parte do Brasil, que já pertenceu à França, como Pernambuco, em grande parte, pertenceu à Holanda. Até o pró– ximo domingo, quando estaremos novamente na gloriosa terra de Gonçalves Dias. ------------- requereu uma capitania que lhe .s foi concedid4. As terras eram as (i(Jt mii,s ??/á 1/€.S- c!o Estado do Maranhão, pois • ninguem as queria por causa dos t,·~ ca,n,sas cSa, índios, que não deixavam os , 17_ • • brancos em paz. Quando o novo 'Cilll.LU.~Q. ·tl/a ·, li/ donatário chegou à barra do Ma- 'Af f'I JE fl ranhão, naufragou com a sua •· • •• gente, que quase toda morreu, salvando-se o capitão armador, com alguns tripulantes, indo ter às Antilhas. Foi o Maranhão. séde de uma futura colônia francesa em ter– ras do Brasil. La Ravardiére, um oficial francês, com um grande número de soldados, desembar– caram neste Estado, . fundando então São Luiz em homenagem eo rei de França. Este coman– flante francês, desde o começo ,nanteve as melhores relações passiveis com os indlos, razão por : que teve grande êxito a, iniciativa tfancesa. · ,/, ··· Com a chegada do velho caci- 30 J'eé<10, 700/1~ . ,ue Mcmboré Guassú, outrora · i.i,________..,._,....,.;;;,, habitante de Pernambuco, os ín• .4a112 1 não posso deixar-te entrar, porque j& contratastes ea.sa – ,nento". 1 1 Heloiza chorando seguiu o caminho que as patas do ca– valo de Heitor tinham deix.1.– do, mas por felicidade errou e foi ao palacio de Jaspe. Qua~ do la entrando na porta prln– cipal viu surgir o prlncipe Hei– tor, que tambem acabava de voltar de sua perigrlnação a procu,ra de uma noiva, mas q,te regressava triste porque tinha se apaixonado por Heloiza e lamentava ter deixado a lin– da donzela. Ao vêr de novo a bela moça, estreitou-a nos bra- ços, indo imediatamente apre– sentá-la ao rei. Este mando,1 que as bodas tosse]ll realizadas no outro dia. O reino da Se: ra Branca, durante 30 dias e] - ebrou, com magnificas festas e destribuições de dinheiro e roupas aos pobres, ·o casamento do seu futuro rei. ' ~ .._ ~\~ \ \, ··, ' _, _.,.. , MENINA - Carmen Prado - 11 anos CHARADA Conforme noticiamós anterlr,r– mente, iniciamos hoje a publica– ção das "charadas" que nos tr.rn enviado nossos leitores de "Mun– do Infantil", com as "Novissl– mas" de Irene Brito, nossa cola– boradora, que desde o dia 12 de julho nos remeteu 11ua primeira colaboração e nos pediu para Ini– ciar-mos uma secção charadista. Sua primeira colaboração foi a ,;egulnte: "Cal o homem", mas, o "Aguia de, Haia", será sempre Imor– tal. - 1-3. CHARADAS NOVISSIMAS 1.º Descrente do "Amor", a "Mu– lher" algo da "Flôr" - 2-2 ' . 2.º "Procura" e, acharás, na "Mu– lher" algo da "Flõr" - 2-2 3.º "Sou admirador do "Engenho", desde "homem". - 1-3 40 É mµIJ;o "Linda" a "Senhor.a" que "Él!tá na !armé.cia" - 2-2 5.º "Um" "Vento" forte, póde ! "Produzir este son" - 1-1 6 o A "Simulação" é "Um" pre– dicado do "Perfido" - 2-1 7.º "Jesús" sacrificou-se "Inutil– mente" para salvar o "Ho– mem" - 2-1 ••• A "Feiticeira", asscmbrou "Be- lém" com sua "Astúcia" - 2-:l Todas as soluções das charadas que publicamos serãJ dlvl.Jgadas no domingo seguinte, Dama antiga - ltOSALIA TRINDADE HERMES - 7 anos contrasse multa uva na nova terra, denominou-a de Terra do Vinho. que Lutero o fundador d$ re– ligião protestante, era um pie– doso frade catolico, da Ordem çl.e São Domingos. que até o seculo XVII, a Rús– sia era o mais atrasado dos países europeus. Foi Pedro, e ' Grande" que reinou no come~ ço deste seculo, quem fez com este grande pais, perdesse o posto de nação mais selvagem da Europa. Este rei até e. ida– de de 16 anos não sabia lêr e r,em escrever. PAISAGEM - Mariz Neto Reunindo 011 pedaços deste desenho formaremos uma letra do alfabeto Entre os. que nos en\jarem soluções certas, distribui– l"emos três premios, sendo que um será para os 'nossos leitores do interior. As saluções dev·arão chegar até qual-ta-feira às 18 hor:.s e para c-s leitores do interior até sexta-feira. De pre– ferencia devem vir acompanhadas do coupon, que publicamoi,; ao amorosarnenre e os poe"t11,s nao ce.ssario de te cantar elogios; Correspondência do Vovô João ALADIR OLIVEIRA - Recebi o livro pa.ra ser sbrteado entre nossos leitQres. No próximo do– mingo publicarei o seu tro.ba~ p. sendo que será dado a um d()S qt.tO acertarem, o prêmio que você t eve a gentileza de remeter. HÉLIO PRADO VIANA - Seu desenho sairá no próximo domiJI·. go. Sua colaboração "Papal Noel" não chegou em minhas m~ JAC't. PAIVA BRAGANÇA - Recebi sua carta.. Aguarde no pró– ximo domingo, eeu trabalho, Con– tlnúe enviando suu colaboraçõec. OACIR BO'n:l,HO - N05SÓ concurso de hoje é de sua aµ,toria. Oontínde a colaborar com o "Mundo Infantil". ONEID.il FIGUEIR1!:DO - Seu trabalho "Hi.l'ltórta do menino que virou tamanduá.", não póde tser publlcado, pois taz propaganda de um produt.o. Nos envie colabora– ções de sua autoria, que terei pra– zer em publicar. HERCINA GOMES - Ca.pane– ma - Continúe a nos enviar os resultados de nom;os problemas. Envie também trabalhos seus, que serão publicados. RITA ROSA ROBARIO - Bra– gança - Seu trabalho sairá r.o próximo domingo. Continúe a nos remeter suas colaborações. O Desobediente Carmen Silva Ribeiro de Almeida - 10 anos, aluna. da 5a. serie do IMtliuto Santa Terezinha, - Bra– p.nça. Colegul.nhM, a desobidiêncla é sempre castigada. Não sabeis a história do pinti– nho? Pois é um bom exemplo aos de– sobedientes. A galinha, com sua experiência, aconselhava-o que não tosse pa– ra rua por causa dos perigos que ali haviam. Mas, o desobediente, achando-se com direitos pensou: Isso são coisas velhas, eu já es– tou mocinho e preciso gozar a vida. Ee desobedecendo, saiu a procu– ra de distrações. No melo do caminho topou com uma raposa, que espert,a como só ela convodou o pintinho para dar uma volta mais adiante, e êle que queria gozar, aproveitou a oportu– nidade de ir passear em tão bela companhia. Mas logo ao entrar na floresta a rapõsa devorou-o. Eis meus colegas, o resultado da desobediência. AU _. ~ JamaJa ou-ri re1ac.ar 1111 qulqu espoeo 110nh&llo om • ,... mlllbw. . . A,on oom a 10,11'& lllO rente, 500}, m aU d ID&II. num pe d o 11u11 ap vora • em ,uae vtra em Uare ..• J)&lolte rto pai-a o "bl bo" • ·· TER'EZINRA DE IE6118 FRÉITA DIA DA ILVA - anos - aluna do Grupo FAcolar •• J Ve.rf mo" Aos colaboradores de "MUNDO INFANTIL" Os trabalhos que nos forem en– viados, serão publicados. Tono~ devem esperar a saída de suas co– laborações. Devido ao grande na– mero que recebemos, serão publi– cadas pela ordem de chegada. Pedimo.s aos nossos pequenos t1e- 11enhlstas, que mandem seus tra– balhos, de prfeerência, feitos a na.nqulm, e não sendo possível, feitos a lápis prêto. Durante o mês de julho foram contemplados os seguintes cola– boradores de "Mundo Infantil" : Silvestre Falcão Teixeira, pelo seu desenho "Serà assim o vovô João ? " e Josefa Tomé dos San– tos, pelo seu trabalho "Os maus Incendiaram a PROV1NCIA". Para os nossos colaboradores de agôsto, estão reservados três prê– mios, sendo que -um será para os do interior do Estado. Os dois contemplados, deve1ão vir buscar seus prêmios na ptó– xlma quarta-feira, às 17 horas. SAPATEIROS Precisa-se com urgência, p:1ra obra de salto baixo e LUIZ X.V, na Fábrica de Calçados "INTER– NACIONAL", à rua Manuel Bara– ta, 414. (3179 (Jl40 A Brigada..• (Contina9'0 ela nona pq,) leçfi.o em atacar os homens, 011 procurar irrita-los. "I~m mt:. nha casa você não fuma . por– que o tabaco vai impregn1.r os aposentos de nicotina. Você não deve deitar-se em cima do jantar. Você deve a~rur:rn.r suas roupas, porque nao sou sua criada. Você precisa ser mais cortee. com mamãe voce tem que me levar ao Cassino. Ora logo hoje que eu queria it ao cinema você vai estudar es– tas malditas plantas". E, assim por diante. As mulheres falam demais, um reflexo do .seu t~onstante ar de curiosidade, oeu us trás sempre preocupa– das em saber o que os outros pensam, antes de saber pensar por si. Se tudo isto juntarmos e ridlculo de que elas são pos-• suidas, quando qu~rem de– monstrar que arramaram um •·dono" podemos compreender porque' nem todas suas in~en– ções romanticas são reallza– veis, junto aos elementos mas• cullnos". Como viram, a brigada mas• cullna de Hollywood está em frente unica contra o feminis– mo. Chegou a hora de 1 desco– brir os "fracos" do sexo fra– gil e ataca-los. Isto part in<.\C\ de uma classe tão experimen– tada, como seja a dos galãs da. cinelandia, merece realmente, alguns instantes filosoficos. O fato, entretanto, é que quar:.do eles têm que trabalhar com uma Lana Turner, uma Gene Tierney, uma Hedy Lamarr, a censura vai rareando; esquc.. cem-se os defeitos, acabam -:>s enganos, e todos eles só que•– rem saber é disto mesmo eo:n que vocês estão pensando. , . Ouçam a R ADIO TUPI 1280 Kilociclos

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