A Provincia do Pará 03 de agosto de 1947

de provlnce veulente acheur des livres et sont étonnés de voir aniver une niaiserie quand lls ont demandé quelque ouvrage pompeusement annoncé de M. M. Jouy ou Delavigne". - Sf' traduzíssemos os journaux pelas igrejinhas e Delavigne ou Jouy por Fulano ou Sicrano, que é que faltaria a essa carta de Stendhal a M. Dubois para um depoimento sôbre as nossas le– tras em nossos dias ? l!l êsse o aspecto, menor e imediato, a que aludimos : o nosso modesto rodapé, estamos certo, Jamais lhe fugiu. Por isso, hoje, há uma festa moral no alcantil. O outro, em verdade, é imenso : é o estado do mundo, caido entre as convulsões de um crepúsculo, novo na história da natureza; novo na história Ja sociedade. 1!:Ie· é que nos saco Je a todos, a todos os vivos que respeitamos a vida, no estuar daquela Tragoedie der Sansil,1- llt, que viram Lamprecht e Ooldschmidt na Idade Moder · na. A Idade Moderna está cheia de melindres : é o nolli me tan • rere. Porque a Idade Moderna é o domínio burguês e o domí– nio burguês, sentindo-se amea– çado, ficou assim irritadiço e amedrontado; ninguém lhe to– Q;Ue. 1!: a psicologia do vaso trin– qp.do . Um sôpro de ar, um roçar de colibri, uma pétala de ros~ tocando-lhe - poderá precipitJr a catástrofe, suspensa por um 1'o de cabelo do cume do fir– mamento. De.f, a sua intolerância que, no fundo, não é mais que debi– lidade : à sensação do aere pe– rennius, q_ue fez da burguezlst em ascençê.o a criadora do libe– ralismo, sucedeu êsse terror in– confesso, êsse eterno terror da meia noite, que lhe rouba o ~– no e lhe faz roubar a liberdade da terra. E isto tem um nome · 1.9to é a morte no horizonte. A burguezia viveu muito; a bur– guezia aprendeu com Plínio qua ~enta dooent. Eis porque, agota, cassa a palavra a todos ~ sonhos de redenção, que vêm liatenqo as asas pelo aZUl que nos cobre. Não há redenção sem mudança - mas, como é possí– vel mudar sem que alguma cot– sa acabe? l ;asa alguma coisa que aca– baié. é, áe ®rf;o, o seu podfJ!', eãía. fonte de gôzo de classe. ~a. a burguezia. no fim da sua carreia, br1lhante mas infinita, naturalmente finita, perdeu a fé ein seus deuses; perdeu a fé em sí mesma. E conservou ape– nas aquilo que Platznoft cha– maria o Icn-cultus; já nada lhe importa, além do statu quo, que .lhe permita uma eternizaçáo dEi!Sa monstruosidade. :t.ste modesto rodapé bem que e Yiu e, vendo-o, custasse o que c~e. o denunciou : cumpria ass1in o seu segundo dever. '{l'fu-o, sim; viu a terra do nosso tempo dividida entre gregos e troianos. Os troianos pareciam JÍll!,!s fracos e mais certos : ficou Qbntra os gregos da modernida•• dt!. Quer dizer : contra o passa– ,fo. De um lado, os gregos, qu~ àÁo cristãos, levantavam uma. àrma antiga e terrível : a cmo: A cruz espanta o cristão; mas, êle a compreende. E, às vezes, aceita-a. Do lado oposto, "S qoianos, que nada são ainda. ~orque sã.o apenas uma promes– ta da história, que nada têm, porque não tiveram ·até agora mais que as suas algemas não levantavam senão essas algemas, que podem apenas doér e tilin– tar. - Estranho : o seu tilintar. que é milenar e lúg·1 ~ fiiá.-nos nem estrelas; contudo, é im– possível fazer desandar o sol. Einstein já disse que não tele– grafamos para o passado. Ma~. o oriE;mte não perdeu ainda o segrêdo das auroras. Por qu.;:, então, haveríamos de desespe- rar? · Seria uma loucura; porém, ge– ria sobretudo uma tolice. Porque seria Ignorar o que somos, ne– gando o gue seremos. Negar 'lS nossas maos : o maior prodígio entre tudo quanto existe. Negar a consciência, ol:>ra das noss.1s mãos sem rival. Ne_gar o pa.!.– sado, o longo, o diflcil passado que é também a vitória, a !ou– ga, a difícil vitória dest& raça divina, que somos nós, os pobres homens de barro. - E aí está a tarefa do e:scrltor : é mostrar– nos, sob a núvem . da borrasca, que a esperança não é apenPs necessária; é também inelutá– vel. o deus que contasse conosco para sempre seria, em verdaa.e, imortal. · ~poca virá em que, relem– brando, poderemos dizer com Lamartine: Mais loin de mol ces temps l que l' oubll les dévore ! Iremos mais longe; porque, então, creremos com uma d".l– çura maior. Iremos mais longe e, com o lfrico, duvidaremos da sua existência : Ce qul n' est plus pour l' homme a-t-il jamais éti? A nossa éra flúe e muda; mu– dando, passará. Passarão com ela os seus ares sombrios <"e apocalipse. Olhemos e veremo!! : o Estado cre:sce; sufoca a fami– lia, sufoca a igreja; . atingirá o apogeu - e, então, morrerá e:, • mo aquêles sáurios imenims da fossilidade. l!: a gigantanasia em ação. Depois dêle, virá a sociedade sem classe do futuro; logo, a sociedade sem Estado que o último, e o maior de to– dos, preparará. paulatina e se– guramente, como quem prepara o leito, sob uma vaga de !Jôres, para a maciez da própria mor– te. Então, haverá enfim uma humanidade humaníssima entre nós, porque "o homem alcança. a certeza da . sua existência". disse Goethe, "quando reconhe– ce a existência de outros ho– mens como iguais seus e corno submetidos às mesmas leis". Ora, nessa passagem da his– tória, não há só um lugar para o escritor, ai é o seu lugar. Aí e não nas núvens. Não na alcova ou na Utopia. O que foi fe,to para a cantar1da fique com a cantarida. E não usurpemos ;1.0 caçador o inocente prazer de mentir inocentemente. A téc11t– ca, fruto da ciência, fruto a seu turno do espírito, permite e or– dena a renovação da estrutura da cidade da espécie - pagan– do-se, assim, o salário de tan– tos séculos de suor e sangue vertidos, como que em sonho para o bem comum, O escritor foi chamado para fazer essa re– clamação - a meior reclamação da história. l!: o araúto e o araú– to não tem senão que levar a corneta à bôca - ncordand..-, pela amplidão da terra, aquêles que ain,pa estão dormindo. De– pois, já não terá aquela sant9. Joana a indagação patética, com que fecha a peça de Shaw : - "O God that madest this beau– tiful earth, when will it be rea– dy to receive Thy sa.ints ?" - Porque, então, até a Poesia pn– derá descer, armar a sua tenda. branca e ser como um de nós debaixo do sol; pois a arte não se distinguirá da vida 1 I V Ulli ;:,an·J:a I llDZ<L - Z"&U VAV vv ~ lJAVAV DE ADULTOS N. 31 - ANTIGO - N --EDITAL-- De ordem do sr. Prefeito Municipal de Belém, notifico ·a quem interessar que, havendo necessidade ae sepulturas. para novos enterramentos, serão exumadas às abaixo mencionadas. devendo os interessados requerei compras, prorrogações ou exumações e pagarem às respectivas exumações, ficando para isto marcado o prazo de trinta (30) dias, a contar da data da publicação deste Edital; exgotado este prazo não haverá direi– to à reclamação alguma. QUADRO DE ADULTOS N. 31 ANTIGO - N Sepulturas ns. 116.543 9. 116 963, enterramentos efetuados de 6 de maio a 2 de julho de -1942. NOTA: - Serão tambem exumadas as sepulturas ant!~as, do mesmo quadro que estão com o prazo de espera terminado. Administração do Cemitério de Santa Isabel, 11 de julho de 1947 - (a) Leônidas Pinto Bandeira, respondendo pela ad– ministração. (3129 Quando Y. adquirir uma caneta, observe ~Jett,tfla/tiz,.•• Os fa.bricctntea da.a canetas SHEAFFER A composlção da tinta SKRIP é de ingredientes 100 % quimicamente p1,J1os. Por isso SKRIP é de fluidez extraordinária, seca ràpida– mente e não deixa sedimen– to, o que proporciona uma es– crita clara, limpa, de fixidez e durabilidade garantidas. HE SKRIP não ataca o meca– nismo delicado de nenhuma caneta-tinteiro nem as penas comuns. Examine todas as qualidades da tint.a SKRIP da SHEAFFER, que vão de sua composição ao seu acon– dicionamento em cuba-tin– teiro especial. FFE A jów que e1creve Cr$ 26100. 'i Feira Americana fl o • Lanternas de metal ~ 2 elementos ~ * ~ A~ESENTA MUITOS ARTIGOS PARA COMBATE, ~: NOVA REMESSA q ~ Campos Ouçam a RADIO TUPI 1280 Kilociclos Representantes exclusivo, p3ra o Brasil : M. AGOSTINI & CIA. LIDA. Rio: Av. Rio Branco· 4T 1.• andar - Caixa Postal 843 • A VENDA NAS OJAS CASAS DO RAtviO Sales, 13 (3\M 1 ~ X l: ENTRE· ELES TEM: x u ~ !! Bolsas de matéria pl:ística, desde •• . .••. , • • c.,r,,$ 50.00 ~.-~:: .... 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