A Provincia do Pará 02 de agosto de 1947

'SEIS PAGINA~ L _____...._. ANO LXXI •. ' 1 PREÇO : Cr$ 0,50 1 . .-,U>OR; ANTONIO LEMOS - tirgao dos "Diários A.,soeiae!os" - FUN.uAD~ t<~M l87b BELCM.PARA-- SABADO, 2 DE AGOSTO DE 1947 NUM. 14.906 VIME ADER UBA OM. DAJUSTIÇA --------------------------------------------- ----- É IM PRESCINDíVJiL NAO H.4VERA NÃO A SUA SUBSTITU ÇAO INTERVENÇlO SER. VOLTARA' A BOMBA ATOMICA A Responsável o sr. Costa Neto por g a líticos, entre os quais a lei NO P1.A U Hl de O, 1 , Uc ; CrU , ' n f8 Desmentidos na Câmara os rumores a esse respeito Costa Neto. na ,- u tJça a deral está empenha o .rr. ub6 l 1-!o os elementos mais chegadoS ao OU Costa Neto será segurl!. gar.int.J ----------- da continuação dos gra-ves err i, políticos que têm sido cometido" Nesse sentiâo alinham vár ios e importanteH fatos, todos êles comprovadores da absoluta au– sencia de uma eficiente direção nos negócios políticos na.clonaL5. Entre esses fatos destaca-se a le1 de segurança nacional. REUNIAO POLíTICA lUO, 1 (MJ - Segundo noti– cias aqui divulgadas, houve, nes– ta capital, durante a esta-da do ,r. Ade.mar de Barros, importan– te reunião política, efetuada na residência do profesor Luiz oa.– priglioni, da Escola de Medicina. Durante a mesma foi examinada a J>Qssibllidade de um acõrdo, na política paulista. Além do gover. nador, compareceram os srs. No– veli Junior, Gomes Martins. Jcil.o Abdala e Horacio Lafer. · NAO SERA CANDIDATO RIO, 1 (M) - Segundo a.firma um vespertino, o sr. Cirilo Junior. lider do PSD na Câmara, desis– tiu de sua candid&tura à vice– governança de São ?aulo. Acres– c.enta que o referido politlco es– teve no Catête, comunicando ao 3r. Dutra que não é candidato ao cargo de vice-governador do Es~ ~do bandeirante. Diz o jornal que assim melhora a posição do grupo do PSD paulista, que de– fende a candidatura do sr. Novetl Junior, cujas simpatias pelo sr. ..,_demar de Barros são amplamen. t'e conhecidas. FALA O SR. EDUA.ru) O _ DtJVIVIER RIO, 1 (M) - O deputado iduardo Duvivier, autor do pro– jeto lei sõbre a organlf.3.ção dos J)aftidos políticos, ora em cur~o I?,a Cámara, ouvido pela reporta– fil'eM, declarou inicialmente: - "0 projeto do estatuto orgânico dos partidos políticos foi por mim or– ª"'nJzado, depois de trocar opi– ~ÕC!a com o presidente da Repú– \lllca, que deseja tornar reallda– cfe a democracta no B?'8$1J. Esta ~.\1& vontade est.A expr na mensagem apresentada ao con- Bl;'esso, on e sob i "11 órgdos de dire~ão partld,rl escolha. das pre-candidatos INGRESSARA NO PST RIO, 1 (M) - Segundo afir~ ma um vespertino, é coui;a de– finitiva o afastamento do sena– dor Marcondes Filho das hostes do PTB. Acrescenta o jornal que o r.eferido poUtieo ingressará, bre. vemente, na PST, organizado pelo sr. Vitorino Freire. NAO FOI CONCEDIDA LICEN(:A RIO. 1 .... - O prol to da lei eleil4ral de em i- ~. ti ,trou, hoJc em tr·:-cetra e dttm. dl - cussão, na Câmara do. D>!pµ ado~. em virtude dB: urgei,cia ped da. Justificaram as emendas a es– peito os pessed1stas Gersino Pon– tes e Carlos Valdemar, o sr. Joãó Botelho e o parlamentar comu– nista José Mar~ Crisp!m. Durante a 15essão, o deputado marxista Carlo15 Marighela aludiu ao.is aeontecimentos que se esta– vam desenrolando em São Paulo, , motivados pelo aumento dos pre- 1 ços das passagens de b::mdes e 1 ônibus e declarou, de modo for– mal, que os comunistas não ti– nham qualquer participação nes– sas ocorrências. LEI DE MORATORIA RIO, 1( M'i - A Comi&são de Justiça da Càmarl). não concedeu l!cenç!!, para que fosse pt'()cessa– do o deputado :saeta Neve;;. A Terceira Vara Criminal havia en– viado à Câmara uma oopia au– tentica das principais peças dos autos de queixa crime, apresenta– da pelo ex-ministro do Trabalho, Otacilio Negrão de Lima, contra o referido parlamentar, afim de Na hora. do expediente os de– que a Câmara se pronunciasse bates giraram em tõrno da lei de Eôbre a referida. licença. Diz a moratoria aos pecuaristas, indo à Comisáo: - "Do exame das pe-1 tribuna o pessed1sta We!lington ças oferecidas ao conhecimento, Bran:dão, para. acusar o Banco do desta Comissão. depreende-se que I Brasil de não estar obedecendo à não houve injuria da parte do l le1 e executando os pecuaristas deputadó Baeta Neves, o que nos '. seus devedor~s. Acrescentou que conduz a asseverar que as afir- esse desrespeito levara o próprio ma.tivas sejam verdadeiras. Tra- presidente da Câmara a procurai· ta.va -se de uma. · questão partldá.- o presidente do Banco do Brasil, ria. o deputado Baeta Neves afir- para sclicitar a_ observância. dos mou, em relação ao sr. Negrão de dispositivos legais. · Lima, que este: era, carecedor de Qutros oradores se fizeram consciência de parti.do; que legal- ouvir sôbre esse assunto. mente se apoderara de postos de Um representante. bahia no direção do mesmo. I11to é um apresentou um pro3eto de lei. julgamento baseado ou não em cl'iando uma coletaria federal na fatos. Mas não constitui injuri1,. cida.de de Una. SEM FUNDAMENTO 06 RUMORES A vida politica há dP., nece:isa– riamente, comportar julgamentos, criticas e acusações, que dentro dela mesma encontrarão oport.u- nidaãe para eacla.recimento, re. O sr. Antonio ~ria Correia vide ou contra. ataque". tratou dos rumores segundo os 1 quais o co~ndante da 10.• R. M.. E' DUTRISTA O PTB teria levado o governador do; DO PAR.ANA Piauí, sr. Rocha Furtado, a pedir · CURITIBA, 1 CM) - Segu nd a intervenção no Estado, em virtu- 1 fomos informados, por fonte fi• de de desentendimentos polft1ccs dedigna, o góvernador Moisés Lu. com as correntes locais. o oradorj ~ in!orrnou, ao presidente do declarou que os deputados ude– local da tmr,ossibilida~,e de nistas procuraram o ministro da , man~~ ~tu~ares P;~~ii~sãQ e~ . ?'1!.:: ~:.~.J~_a1,..,_di~~nct1__!:~du,zJ1· 1 USADA EM FUTURAS GUERRAS SÉRIOS DISTURBIOS ABAl.1AM PAULO A CAPITAij DE SÃO SAO l'A'tLO. l /M,) - Em fr • te a Pref ltura, rua L1-- , o ctar.' pop ru ru.. r â1:wuu...'°'""';~nc cl d (T prefeito. Gr:indf' m...l!1r! o 1•ou o <' arão em que t na a lé e o •ove o pai, atando toro a du nete11 da policia. que Li vam, postad3.11, depredando o a.utomovel perrencente ao r,e. ereta.rio de Finança!!!, Foguei– ras imensas ardiam aqui e alf, naquele trecho do centro da ci– dade, envolvendo a atmosfera em duas colunas de fumaça. Tentaram os manifestantes a– tear fogo à Prefeitura, mas fo– ram reprimidos. Alguns ml'.is ousados conseguiram arrancar fichas e documentos do protoco– lo, espalhando-os l&rgamente pelo solo, inutilizando-os. A ci– dade inteira apresentava um as– pecto fantastlco, com as labarc– dl!,S se erguen4o em todos os pontos. seJá no vale do Anhan– gabaú, seja na praça Ramos Azevedo. Em todo o percurso dar. linhas Augusta e Consolação vêem-se onibus para.dos, todos apresentando sinais de depre– dação. Por volta da,11 15 horas, ouve um tiroteio na praça Ra– mos Azevedo. Populares ame.i– çaram, logo depois, o Instituto dos Comerciados. sito à avenida 9 de Julho. A aegurança publi, ca ordenou que todos os carros, que serviam à extinta Policia Especial, fossem postos em mo– vimento. As 16 horas, os pri• .melros carros eci.11ipados com mi– licianos e agentes salram do quartel onde estavam recolhi– dos. PROTESTO DA CAM4RA SAO PAUJ.,O, 1 (M.) - O aumento das pa,,sagens dos ont– bus e bond~ autorizado pelo prefeito munlclpa.l, provocou a grita por pu.rte da população desta capitaL O primeiro pro– testo velo da Ca.mara dos Depu– tados, onde oe representantes protestaram lo o à primeaa ten– tativa d& elev~o das tarlfa.s. Os. de11111ta.d~-e.ú4M:l~laJl- oUA- l dida.s de repreulia, depredan– do veículos e promovendo ou– tras demonstrações: Tão logo as o~orrencias do largo de São Frad1 'O chegaram ao conhe– ci 10 daa autoridades, um pe– Ã"1ii rt For :a Poli lal do Esta• do, qu • a d prontidio, se;, (Uiu p e, i::eal, o d a con- fua u norm lnc lculavel muJU o ti o ·• ,,i,balho'' dos p pul rr 4ue, re :f <1.dr, s, atacavam todo e qua!Qutr e-· ro pertencente à CMTC. Arran– cavam-se cortinas e parthm-se vidros dos bondes e onibus. De– zenas de bondes foram assim depredados e numerosos onlbus tiveram a mesma sorte. DANIFJC.-\DOS OS BONDES SAO PAULO, 1 (M.) - O povo recebeu com geral desa– grado o aumento das passagens de bondes e onlbus da Comp:i– nhia Municipal de Transportes Coletivos. Conforme era temido, 011 popula.res deram inicio na manhã de hoje, a depredação das veículos pertencentes áque- , la empresa. Ao melo dia, na praça João Mendes, uma grande multidão, calculada. ".m mil pes, soas, depredou seis bonde1 que tiveram suu cortinas arranca– das e todos os vidros partidos. No largo de São Francisco, os estudantes de Direito deitaram fogo a um bonde, compa:recendn a.o local os bombeiros, que pron– tamente extinguiram as cha– mas. Entretanto, a. praça· Joã-0 Mendes foi o local onde o tu– multo atingiu maiores propor– ções, havendo varias peSIIO&s fe– ridas, em consequencia dos dis– turbios verüica.dos. INCENDIOS SAO PAULO, 1 (M.) - La– vram incendios em varios pon– tos da cidade. Todo o pessoal do Corpo de Bombeiros foi mobili– zado para dar combate às cha– mas, achando-se, assim, em ri– gorosa prontidão. DEPREDAÇOES SAO PAULO, 1 (M.) - Pou– co depois das 11 horas da ma- nhã. re.2i.Ats:u~a:rn. nAvs.a ~-n~Q para o alto, vil&Jldo intimidar o povo, a.nm de se evitarem maio– res estragcs. Tambem na Prata João Mendes vario1 carros fo.. ram danificados. Em toda p:11'• te a policia esteve ·presente, pro• curando serenar 011 animos. O SR. ADEMAR DE BARROS ESTA' EM BAURU' SAO PAULO, 1 (M.) - Em consequencia dos acontecimen• tos que re vêm desenrola.ui: lu .:.,sta ca.pita.l, a Assembléia Le• gish.tlva nomeou uma. comissão de pari.;.men composta. de representaht,:,a d todos os par tidos politicr · J> r& i,c .:iVJstar cem o go·vernaa • A.domar de Barros ,. ddc obte, a r ·o, - ção da pc,rt ri que 1 rm!tlu o aumento ia t l.fa dc, •nd e onibu1. A referid.& comi " di– rigiu-se ao palacio rovcrnameu tal, mas o governador ha • se ausente, tendo seiuido, lu,. je, para. Baurú, Assim 5e111!0, • parlamentares entenderam- ,. com o secretario ·do Estado ~ regressaram à Assembléia, apa– rentemente sem terem consegui– do seu objetivo. Então conferen– ciaram demoradamente e de portas fechadas, eom o presl• dente da Assembléia.. Snube-st1, mais tarde, que o sr. Arleruar de Ba.rros dirigirá. de B:iurii, uma proclamação ao povo pau– llsta, tratando do assunb em questão. DESPRJi;OADOS DOIS CINEMAS SAO PAiJLO, 1 (M.> .- Ape– zar dos esforços dispendldos pe– los policiais, 011 populares de– predaram os cinemas Ritz e Marabá, desta. capital. PROTEÇAO AO CINE METRO SAO PAULO, 1 (M.) - A po– licil;' fol cha.m~da. para. protercr o cine Metro, ameaçado de des– truição pelos populares enfure– ddos. A ORDEM E' REAGIR .....~.~_?.,_P~!-~~ 1~ (M,t - Não NEW JERSEY', 1 /R) - Segundo o general Jacob De•en. co– mandante da.& !orças terrestres norte-americanas. a bomba a., m não voltará provavelmente a ser usada na guerra. Falando n t cidade, o refendo militar declarou aue a1< potências provavelm~nle abster-se-ão de usar a. bomba- "com ta.nto cul(1ado como n ti t m com os gazes, na guerra passada". Se a atômica !osse usada, poderia seguir-se "uma compeUç de lançamento de bombas atômicas e nenhum dos lados consc wr• uma. vitória subst-,i,nc!al. Quer a bomba atômica sej:i. empr üa, qu<>r não, a d!lc!Sêo final só será. afetada pelas !orçaa terre, • Devers anunciou que, em breve, os Estados Unidos pod rlO transportar, pelo ar, uma c!ivlsão lntP.lra, até o campo de ! 1. "Quando tem011 um exército que pode ser leva.do pelo ar ., n combater e uma, !orça aérea ciue pode transportá.-lo, existem t • , as posslb!lldades de evitarmos a guerra e tomarmos perman n paz. A garantia de uma re~posta certa e rápida., seguramenta oon, terá. qualquer posstvei agressor". REPRESENTARÁOGAL. MARSHALL OS EE~ UU. Estará presente à Conferência dos Chanceleres o Secretário Geral da ONU •I.S . 1 Gl ON'. 1 (R) - O Dtlpartamento de Estado a; clOU , (1Ut: o ·, 1 r l Geor ·,; Marshall chefiará. a delegação dos t d06 .!moo nf~rénci P;1n-Americana; a inaugurar-se a 15 de r.o '-o· · n dlnh • to, P ENTE O SECRETARIO GERAL DA O ruo. - Se tndo foi , ,n!rrm dt , o . •• ...,. V" H ly,1 n Unidas, pelo repre n e L;;ie, c:etár,o ·- - ' rt11 o~;-u, Cubs-, Guillermo Belt. d a assistLl ,'. confer nc1a • •:, n- di&cussão sôbre a, cri ç o da Co· celeres ;,mericanos. cm P t, · missão Econômica d& A.>n te: l lis, na qualidade de observaáo1 . , .',atín . União Pan-Amrricana, ,cguncl) ,:;.!l!entarcio a apuramo.s. 6erá representada por criaçh, .;sa com seu diretor geral, Lleras Camargo. clarou ·e o C e pelo chefe da revisão Jurídica, A1:ler 1:i Ecor,ô Manuel Cayes. qun !l.1 ,c1· rP 60b REPRESENTARA O MS:.XICO Ums.e Pun-A'1,eric RIO, 1 (Mertcüonal) - Proce- duz1u qu:-.lqUt;t xes dente de NoYa Orleans aportou em seus tioi• an.1~ O enterramento do des. Nogueira aqui o ''Delsuit'' da Deltn. Line. O navio ::imencano. conduz em trànsit:, pa!'a Buenos Aires 63 passageiro:; e trouxe 15 para o Rio. Entre os passageiros se en– contram o diplomata Francisco Alorre, o coronel do exército uru- • guaio J~an Carlos Villar e Jorge RIO, 1 (M) - Foi '1o. ,. Gramaim:i, diplomata argentino. hoje, no cemtério de Jo Entre os passageiros destinados Batista, o desembarzador J ao Rio, figura O sr. Raul Spino- Antonio Nogueira, membro do la, diplomata. o sr. Spínola de- 1:SE, ontem falecido em gua, r • clarou a imprensa que vem ser- s1dência. O feretro saiu da. ca&& vir na embaixada do México da- enlutada, acompanhado de gran• _g_~i. no cargo de secretário e:eral.. ~e número de pessõas autor! •

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