A Provncia do Pará 01 de agosto de 1947

• aoces. VIAJANTES Dr. RAIMUNDO DE GOES TE– LES - Procedente de Muaná, seguirá hoje para Bragança o dr. Raimundo Campos de Goes Teles, afim de reassumir as funções de promotor público daquela co– marca. Maria Luiza, Raimundo e Geral.: do Gama de Azevedo. Ouçam a R ADIO TUPI 1280 Kilociclos A JOALHERIA s Contlnuarã este mês a vender o seu grande estoque de joias a.o preço de liquidação c!ando o desconto excepcional de 40 por cento nas voltas e medalhas de ouro, que são os artigos de sua fabricação e 20 por cento nos outros artigos. Joalheria A MARANHENSE A CASA DOS BONS RELOGIOS JOÃO ALFREDO, 25 - Fone: 2751 (DESQUITE OU DIVÓRCIO ?) ÚLTIMA REPRESENTAÇÃO w,u com;muava a oater até que fi – nalmente o fizeram entrar. Contou então sua m!lagrosa llbertaçâo, deu suas determinações e deixou a cida– de. Para onde se dirigiu êle ? 'Js Atos dos Apóstolos evitam dizê-lo para não trair o seu escondenj ,• Quer a tradição que tenha ido a Roma, onde !oi Bispo durante ?.!5 anos. l"ORMULARIO DA MISSA - Mlsaa p~c:iprla. de São Pedro "ad vincula", com paramentos brancos, comemo– r/1,ÇÕ~s de São Paulo e dos Santos Ma,cabeus. Credo. Pre!âclo dos Ap61!– tolos. -Nas Igrejas onde se fizer, peia manhã, algum ato de piedade em hon.ra do Sagr. Coraciw de Jesus, pode-se celebrar um Missa da !esta do mesmo Coração de Jesus, sem nenhuma outra comemoração. ORAÇAO PQ DIA - O' Deus que tivestes o apóatolo S. Pedro das ca– delas, e o fizestes sair ileso do cár– cere, livrai-nos, Vos pedimos, gos la– ços de nQ/!SOB p~9ados e a!astàl b_e– nlgn11mente de nóe todos os male3. Por N . s . 8,A'NTOS DA IGREJA - Valdomlto, Menandro, l>Umlé!ii.'n'ó, LeÓilêio : Fé,' EIIP.cranç,a, Cii.rlli.ade. ,PRECEITO CRISTAO - Ainda que não chegue a padecer com a],:.llf}â, sofro com paclêncta. - Fr. Bemaclo Derte!ani. O. F. M . ....Y-- Geral Primeira e segunda convocações De ordem do sr. presidente do Conselho Deliberativo, convido to– dos os associados, em pleno gôzo de seus direitos sociais, para a reunião de Assembléia Geral, que se realizará em nossa séde social, à avenida 16 de Novembro, 406, em a noite oo 1 de agôsto do cor– rente âno, às 20 horas, a-fim-de sérem eleitos os novos corpos ad– ministrativos para o exercício de 1W7 a 1948 e o que ocorrer. Belém, 30 de julho de 1947. Alter,êdo Argemiro Pinto Primeiro secretário (3055 De Gr aca E' e o preço dos calçados nas "FEI– RAS LIVRES" do Ver-o-Peso e Largo de São Braz. Sapatos para homem solado de borracha - desde Cr$ 45,00. VER PA~A CRER PREÇO DE FABRICAÇÃO Çf:OÜ CAPITULO XVII Lídia estava nervosa; preci– sava fazer força para contro-– lar a sua excitação. - Que história é essa? - Paulo saiu. Não p assou nem meia hora no quarto. Eu ainda nem tinha mudado a roupa, quando ele passou pelo corredor. - Mas saiu? Assim? - Pois é. - Mas o que é que houve? - Não sei, não sei. Só sei que foi embora. - E você está toda satis– feita, não é? Está sim! :_ Não! Não! - recuou Lí– dia, vendo na tia uma ameaça crescendo, crescendo. - Está, pensa que eu não sei, não vejo? :M:as primeiro quero falar com essa .. . essa .. . Só uma coisa estava presen-• te no seu pensamento: o neto. Ficou um momento parada, rr.– fletindo, acabou se resolvendo, enquanto Lidia, a poucos pas– sos, silenciosa, sentia um me– do horrivel. - Vamos lá. Eu quero falar com ela, Leninha estava na janela, wfrendo ainda com a humi– lhação, qus,ndo a sogra, acom– panhada de Lídia, entrou no quarto. D. Consuelo lutava consigo mesma. Tinha vonta– de nem sabia de que. Respon– sa!)!}!zava Leninha. por a.que• le fracasso. Ia ser como foi o outro casamento, agora por motivos diferentes. Porque Le•– ninha não fôra bastante mu– lher, bastante atraente. E a sua irritação aumentou,· vendo a atitude de Leninha, a calma da moça. Estava séria, com uma severidade de fisionomia muito grande; mas o que D. Consuelo achava era que urna noiva, naquelas condições de– via estar chorando, desespera.. da. Desconfiava, tinha raiv.i, das mulheres que não choram iembora ela mesma não cho– rasse). Dirigiu-se a Leninh~ que não foi a seu encontro (J á. i&so D. Consuelo achou um de– saforo) .As duas, que antes, as três (Lídia tambem) , pressen– tiram que ia haver um choque, talvez irreparavel. No primei– ro momento D. Cons,.ielo ainda procurou se controlar, não ser violenta demais ; e limitou-se a perguntar, se bem que com vc12 alterada. - Que !oi que aconteceu : Sim, sua voz tremia, ela viu lc,go que acabaria estourandL,. - Nada. - Nada? - perguntou D Consuelo, sentindo que não a– guentaria mesmo - Nada e,>- mo? Então não aconteceu na.-– da e Paulo largou você, assim, vai embora? - A senhora sabia ou quer me dizer que não sabia? - O quEl é que ~u sabia? UM DRAMA VIBRANTE, COM IDA LUPINO Olivia de Havilland PAUL HENREID DOMINGO! A's 9-14,30-16,,30-18,30-10,30 OUTRO GRANDE SUCESSO DA "WARNER BROS" GARY COOPER -- em -- º GRANDE SEGRE DO ARROJADO DRAMA DE AVENTURAS, APRESENTANDO A NOVA SENSAÇ.'\O DA TELA: LILY PALMER "º GUl!:Ltta a RO t,1':LAi\":l'AGO" (1.ª série, - 1.º 'ilplsódlo); e JEAN ;>j l,; l 'iL '\I S NO ROMANCI': 'XECNICOLOR Os Anjos e os Gangs– ters, com Leo Gorcey Coração Enamorados --com- DANA ANJ>REWS --em-- ESCOI.• 1\. DE SERE I A em TECNICOLOR,, com ESTHER WILLIAMS RED SKELTON BASIL RATHBONE Donald Meek Carlos Ramirez E AS ORQUESTRAS DE IIARRY JA• MES, COM HELEN FORRES·r; e XA– VIER GUGAT, COM LINA ROMAY. NUNCA SE VIU l:M: ESPETACULO .!\IAlS UQ XITO! A's t:J,7.j e a~ 20 1:oras Um amor em cada vida "O GUERREIRO .ltE1,AMI•AGO" (2." série - 2. 0 e 3. 0 episódios); e Cilada na Fronteira com JEN.NIFER JONES no mesmo progr3Illa : Os 3 desejos" com JOHN MOC BROWN. S. JOÃO - As 20 hs.: - AMARGA IRONIA e SEGREDO DE UMA ESTUDANTE DOMINGO! 2 RETUMBANTES MATINAIS P / A PETIZADA no IRACEMA e GUARANí No IRACEMA - Nacional - "Os 3 De1ejo1" - Desenhos do Popeye e \ No GUARANt - Nacional - "BOMBALF:RA" - Fox Jornal - CiêncL'l UMA COMEDIA DO GORDO E O MAGRO - FOX JORNAL; e a 2.'' Popular - "Tocador de Harmontca" - "Mextco llrlco" - Mais dui~ série de "0 GUERREIRO RELAMPAGO" - ENTRADA: Cr$ 3,00. des. e a 1.'' sé11e de "O GUERREIRO RELAMPAGO" - ENT.: Cr$ I,SO, DOMINGO, no POEIRA! A's 14,30 e à1 20 horas - Ultimas exlbiçl!~s d e "CASA DE BONECAS" - com DELIA GARCES; e ESTREIA DO DRAM/\ "PARIS SUBTERRANEO" - com JORGE RIGAUD - NA VESPERAL MAIS A SEGUNOA (2.") SERIE DE " O GUERREIRO RELAMPAGO" ----·-----·--···---- xzcz f 15¼SW ,......., O NOSSO FOLHETIM " eu Destino E' Pecar" Romat1ce de SUZANA FLAG Direitos de reprodução reservados em todo o Brasil pelos "DIARIOS ASSOCIADOS" - Eu não disse na sala. a senhora não ouviu? Que eu não gostava dele, que odiava? - Você afinal, é ou não é mulher? Sogra e nora estavam faca a face. Não havia mais ceri– mônias, hipocrisias, respeito mutuo, mas um sentimento de hostilidade que iria aumen– tando. Lídia olhava a cêna. com se~ ereta alegria. Briga de mulhe– res era uma coisa baixa, quase sempre abjeta; mas, ainda as– sim, a atraia, irresistivelmen– te. - O que é que a senhora quer dizer com isso? - Se você fosse mulher, te– ria vergonha - está ouvindo? - vergonha de ser abandonada pelo marido, assim, na primei– ra noite do casamento! - :Vergonha, ~u? - Vergonha, sim. - Eu não gosto do seu filho . Por mim, ele pode desaparecer, quantas vezes quizer. Tanto faz. Se eu gostasse, aí era di • ierente! - Pois olhe, minha filha: quando eu era moça, se acon– tecesse uma coisa dessas. - O que é que a senhora fa– zia? - Se meu marido me aban– donasse na primeira noite, eu nem sei, meu Deus. Ia ter ver– gonha de mim mesma. Ia. achar que meu corp•J era hor– rível. Ia. achar que não era mulher; não era coisa nenhu– ma. - Pois eu sou. - Você ainda dw "eu sou"! Se você pensa qutl ele ia sair assim? Largar você? Se ele fe7, isso é porque não sentiu nada por voe~, mas naqa, aqsoluU\- mente nada! Sentiu menos du que sentiria por uma desconhl'\ cida, uma qualquer! Leninha, então. quis zomb~.r, irritar bem a out-ra: - Ele não me quer, não faz mal. Outros querem! - Nenhum! Nenhum, ou– viu? Você precisa se olhar no espelho! - Eu me olho. - Pois então devia saber que é de uma falta de graça, mas de uma falta de graça que dói! - E a senhora? Algum dia foi bonita? - Pelo menos me casei. - Por isso, não. Tambem me casei, ora essa! - Eu sei, mas o meu marido não me largou nunca. Gostava até muito de mim. Tinha ciu– mes, minha. filha! Não podia vêr homem nenhum olhar para mim. E eu tenho cartas, no meu gavetão. Uma até nem posso mostrar. - Há gosto para tudo l - E outra coisa, Leninha: você está muito enganada comigo. Olhe que eu não sou da sua idade. Não estou aqui para aturar suas insolencias - Insolente é a senhora. - A sogra aproximou-se mais, ofegante. Estava tram,– figurada pelo ódio, rouca: - Não me desrespeite, Le– ajrnia ! Porque eu fa~o com você o que fiz com Lídia, quer vêr? - Não tenho medo! - rea.. giu Leninha. - D. Consuelo puxou Lidia., que abriu muito os olhos, as.. sustada. Descobriu o ombro da sobrinha; agastou a al~a ct~ e:ombinação; e Leninha, então, pôde vêr, uma marca horrível na carne da moça. - Está vendo isso aqui? E9'– tá vendo? ·E' ferro em brasa. Lídia tambem pensou que po– dia brincar comigo, me fazer de bôba. Olhe o resultado. Eu faço isso com você, Lenlnha, marco você~tambe•_ ,; se vocé nã.o melhorar, ouvi"? Estou :,._ visando! , Antes que Leninha. pudes-~e prevêr, defender-se, pegou – lhe o pulso, torceu: - Quebro-lhe o braço. a.t<;– sim ! Leninha sentiu que aquela mulher louca de raiva, era ca– paz mesmo de lhe quebrar o braço, fazer uma loucura. Ia gritar, a outra largou. Leni– nha correu para a porta. - Pare! Mas as três se imobilwaram. Alguem gritara lá fóra; e, imediatamente, ouviu-se um tiro, e novos gritos. D. Con-– suelo e Lídia correram para a, janela. Leninha ficou imovel, sentindo que uma nova tragé– dia estava para acontecer oa Já acontEl<:ªra.. - (Contimia.)

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