A Provincia do Pará 27 de abril de 1947

1 ' • • ,- 11stonas Willinm SAROYAN I - GROENLANDIA ç: •a ~~~l ~;;;g.~~;:i~ me t u o -Hcn.!d Tribune J:5:.., : •• oe Non, York. que t:ata de c....crttos de todas as ~péocies e ue todu a.1 cspkUS de escri– tc· e.,:;. U :.tlt.-lj e:tio iendo lm– P:cG.104, muJtoa amda nAo o ee– L.w e eu goatar:i.a de cabe: de u.;na. únJca qua dro da cidade o.:..C:c nlo ha/11 ; ;e.lo mc:io.1 um cscrttor e, te ex. Lste em Bfgum lt.p: ema p3que;u &lC:~• de cJ•• (iaên\A pe;.soe.s onde z:.lo vlve l!!ll C!Crito~. gost:iria de lr a e a?deb e det.cobrlr porque um do a ::ew c1nqucr.ta.5 habt– tant.ea nio ~tâ tenttllldo con– tar a h atoria ào homem na ter– ra . Go:t4rb de caminhar pela alo.e;a de nl4Jlhi e 1r calm.a– n:.!?ltc até a rlm prlnc1in1. u.a– nwa-la, ol.ha.r para suu ca5&S e·tstudar os movimento:. de !eus hahJtanw, porque ctnqucnta pouor..s aão n1WW ~ e 01 n:o:nentos de :;u.a \ 1da sàO mul– to,. Oootar1a de conhecer t.al aldeia, ma.s estou ceno ~ que e lu1ar nlo ex1Jt.e. nem mu– mo na Oroe.la.ndia, e, se \'OC! pes.t.:a ,ue estou brincando o que tem a rour e 1r até a bl- ~'t:/:;~.P:!1~~o:iari~:,';3:oc\ d.!tc.obrtr, que aquele pais eatá cne..o de poeta., e pro!adores, lllJU.i.U mL:.!to oon,. A Po~ e Ot-oe n!andia e a proa.a ~ Oro– e lla.nd ,a. Nw.JO pa11, a Amé– r ica, é srande auneiuaona.men • t~. e t.emô.i multOJ ex.nt.0rea e meu própno escrito e Mo i-ra:iciJco e nAo l toda São . tuci.soo, e a parte ocidental, d! Carl Stteet ao Oceano )Ja– cJ.Jco. E' a Uroeland!A, t nio 1..1111 r:ipaz lntc.Jaente e voce Po– de dar graça.J a Deus Por her aulm; nao a aabedor10, mu o lugar, nio a ai te exat.1.mente. m··.., a i.1e, ,la Jl!Aade a un~ca COJ"ll, Groeh1r.dfa . r,J ,ou ue r 11:..co, o ne'/Oetro, o, apitos. o oceano. a, monta– nhu. u dunu, a melancolia do 1u1a.r. m1nna cldadc ac..ornci.1, o ponto onde caminhei pela ter- Letras e Artes /o·,. Lt c..;,1 .! o o.bandonoJ o I0fflll?C.e qJ e \lnh& elCfeHn– do .. Cerca Viva", cuja sçl o u cie•enroJnva r.o lntenor numJ– nerue. o autor do "Otelo da ran~ <!.. açucar.. eatt. piepa ran– t!o m.1 , a n:uraç&o da ttma r.or – destlno . X X X Ji ae encoutn1 nas livraria.a 1 no·.·a b:o raíin d, c a,tro Al– \'!: . de autoria 121 Pedro C3l– mon. X X X Atualmente ucrnem roda• pêa de cr1tlca llterArl• noa Jor– nBis do Rlo e 8 . Paulo o.s ae• gwnta es.crltores . no ..Olario de 8 . PauJo•, àa qulnw -felru , Antlmfo Candtdo; no "C<>n'tlo da Manhl ... àa uxtas-fetraa. Alnro wn.s: no .. o Jornal", aos domJIIID!;, Monle Brito: no "Diarlo Car1oca", aos domin- 803, Serg1o Mllllet: no .. Dlarlo de NoUcl&a... ao, domingos. OHvk> Mont.enecro: no "Estado de 15. Pauto", ta aext.a.s-tetru , Pllnlo Barreto. XXX JOliJ COnd~. Homero eena. Paulo Mendu Caml)Oa, Raul Lima e Adonlu l"Uho l1o oe reapoooáveb pelas aecç6eJ ln– lormallvu doo. suplemento, U- ~J~~ ."~g:i.,dae=: • "D!&rlo de Nouc1..• e • A Na: nhl, respecttvammtfl . XXX Pouca pnte aabe quem or– l&lliaa u P'«lnu de lltoratura • arte doo 111plomento, dominl• e&1a da lmprtnu. carioca. lldta 110 Púl lnlelro . A do •correio da .Ylnhl 6 lei!.& Pelo cr!Uco AI..,.., Lin.,; a do ·o JornaJ• polo Jonwlsta e cr!Uoo de arte J'red.erico Barata; a do "Dlarlo C&r1oca •, Por Pompeu de BoUJa arttlco de teatro; a do "Dia~ tullf~:•.J::u ~~ o IU)llemmlo de "A Manhl·. ~ dlrllldo pelo JonwJata Jol'le Mllla. . . . Monle Brito, qw, vem eocre- ~=•."!t.~ "t:~u~ MW- fue.udo, • aeu modo, uma re-na&o doa princlpaa valorea da IIOla literatura modema. ~ um doe •cuoe• mab dllcuUdoe no mundo llterf.rto carioca. o. •UJ mmiloe alo dllcutldos e •lofenl&mfflte oepdoe por vt– rto, eoc:rltmoo. !: & IU& lden– tUlcaçlo ainda nlo foi lelt.a. NPoDdo-ae ,ualmente tratar... de paeudo~ do eacrltor pa– ,..U,.no Allrfo Meu. VOIDtftt– lel. IMrlo Couto vai aer tdll.&do brenmente. Publlcarf. a um 16 lempo um Um, de oontoe e uma - de teatro. Os ortctn,.ls Ji eatAo ent.esuea a uma editora carioca. . l!!&lrt &Inda ute &no o novo Avro de ..,...... de ltlll Barala •o Pio da .Bapo.da•. ' Bem dúvida nenhuma, ao demonlo não lntereaaa o mo– vimento. Aa grande, e a1 pe– quenu agttaçõe1 do n00$0 mundo alo patrocinadas pe– lo• anjos bon.,. Para o prln– clpe dao trevno, a monotonia é mala lucrativa . A rotina é o ncióclo do diabo, ele tra• balha sobre o tédio clu paJ. sagen1 e du almu. Entre– tanto, multa gente ae en&a• na e a própria crendice Ili• põe erradamente que os tre– r~gos 1aclo frequentam OI re– demoinhos . Engano, repito. O vento aborrece Satã, 1en– do um convite à viagem, 111I– N um vento singular, uma brl:a morna de estio. que em v~z de agitar, parece parall– t-P.r as rolh:is, as runs, as ca- 63.S. Da mc3ma maneira., er– ramos redondamente quando lntnglnamoo o diabo presente r.a.1 enormes contusões da rida . o diabo nii.o quer con- !óes, a eaperança demonla- n:ío se funda do torvell– ,.llo du paixões humana., • 5,1;:.,..gz:?<e!& de .... n ho, nos d- estéret1, onde n:i.o vlni;ue o sentlmen– t, n· Is tenro O plano do c~oeta con.,lste e:isenclal- ra. antes do amanhecer e noi– te alta, a cJdade por oude \'OU e venho. e o lugar o nde t?nho meu quarto e meu !onõça.to . Pois bem. eu amo e. ta cidade , e 1ua tetura ~ t.d ori v el ~ mtm. E a verdade 6 que eu nl.0 M>U mesmo de todo um eacrttor, e a nrdade i que nlo quero aer um escritor. Nunca. t.ento dJur qualquer coua. Nlo tenho que tentar. Digo apenu aquilo que n.1o pouo t'Vit&r <li? dlt.::. e nunc a u10 um d!clonarlo. nunca ra.oo cot.sat acabadaa. Toda a pros a do mundo permanece ain– da tora do1 livro.a e princlpa.J– mente tora da llncuaaem. e tudo o que faço 6 caminhar pela mlnha c1d4de conaervando .. olhoa &bertoa. Cada d SUoda o u terça.feira folheio u pa1t.nu duae Jornal que me n m de N ova York e olho u !lguru no Jornal e uma \'t!Z por outra leto Al(UlJlU pa– lavras aqui e acolé. os nome.a doa Uvros e os nomes dos escri– tores. Quero u ber o que eat.A sendo escrito pelos homens que estlo se.ndo 1mpreaao6, porque quando eu souber o que está aendo editado, poMO compreen– der o que não eatá ,.=?:4'<, edi– tado. e acho que a prosa. ma.ia importante da Am,rtca ~ a pro– M que ~ secreta. e todo~ sabem que p:ira cada livro lmprcuo exl.1t!m ,•tnte ou trinta ou qua– renlA que nio o do : A.m~rlca, como a Oroelandla, a meama col!A . Quanto a mim. .aou um e1CCl- ~nc':u/,to u~: :s J!º r~~l~= eacritorea, ou porque nunca fre– quentei coleilO, e ~ porque o luJ• r ~ maUI Importante pua mim do que a pessoa : ~ mais ,ólldo. e nlo tala. e os eacrlto– re, editado, !alam demals e. ~lo tolice,. na mo.lortn . O~la· ria de sa~r l!to : Existe alru– ms co1"6 de que ae talar, &endo nm e!oerltor ? a,1 oue hA multo de que se calar. sen·do um cscrt– ror Bel que M multo de que !1-lar nlo como t!crltor eaprt– clalmente o tempo, ah. adoravel, ado:avel o ao! tio adotavel eA– ta. manhã, e a,slm por diante. rruu naturaim,.nte por omra" paturra~ e-trnlflcando a metma r..olsa ~im : hoje ~ o quarto d~ que tlco em meu quart.o. Tem sido tl:o bom e eu me aen– tlru1o tAo !ellz, e a1ora pouo fica:- em meu quarto a despei– to do ar cla:o e quente. Precl– io tlca:· aqui e tentar talar c&.!mamente desta cidade, e nl o como um escritor . O que vem a dar n.lato : 101- t.arla de Untar dizer tudo aqui– lo que os escrit.orea 1.nb: Utoa e.a– tariam aptos a te ntar dizer ae esttveuem aqui, ae tlvelMJll vl– \"ldo esgcs tres dlu de tempo luminoso. !: ce.rtamente nlo estou tehtando escrever uma hl !Ulrla . A hl5torla estA aQul. é cla.ro. E' impo.,sh 1 el omitir a hb torl a . Ela ê1t.i sempre pre– sente. mesmo ae vocf escrenr aóbre a tabrJcaçlo de relógiog ou máquinas tletrlca, de la\'ar - semi,re presente. E' a minha cidade, Sl o Francisco, e é o 101. multo brilhante. o lugar. e ' 6 o ar. multo claro e !OU eu meamo, vivendo. e é a terra. Oroelandia. não a :-.abedorta. Am6rlca. nlo u palavru. Eata é a primeira hbt.ória e se nlo 101tar do ~ too pode parar de ler. porque é ustm tudo o mall, o lugar e o tempo do lugar e ':a~~ i:~ o' ::~.~/:~ e quando o lempo es~ co– mo este aenttmoa que 811• ta.moa vtvos, e este aentt– mento f aran,de prosa e é mul– to lml)Ortante, vindo primeiro o lupr em aegulda nóo. e 6 tudo. Or<>elandl&. ~lrlca minha ci– dade, e 8io P'rancuoo, vod e eu, reaplrando. sabendo que estamo. TIYOI, bebendo igua e vinho. allment.&ndo-nos. pt.Me• ando, vendo-nos un, aos outros. e alo todo& oe anonlmoa e dea– conhecldos escritores em toda parte, e eles est.l.o dizendo o que e.atou dlzendo : que todos e.at.amoa vlvM e respirando por– tanto 86 o e1t0o desagrada-lhe voce s,ode J6r o Jornal da tarde e ri para o 1.nfemo. II VLADIMIR Vladlmlr Horowtt.z e1teve aqui hi aliU,n.& dlu, e urna noite no San Franct.sco Opera House ele tocou pl&no, e senboru rtra, aplaudiram, e multo se fnlou sobre wo. Ainda !&Iam da., mio de Vladimir. e multo do que II dli é tollce, e : paren– temente I lmposah·cJ e\•lta:-ac de falar tolices. VladJmlr n ~ a eata cidade e na noite de terça.-telra. 27 de !evere.iro de 1943. tocou piaro e toda.a u marrL, e gordas da– ma., rlca.s aplaudiram-no e ele pecou &eu dlnehlro e tol-ae em– bora, para Los Anaeles ,u. acho. e aa damas alnda estio talando nele, trr~pt.ravelment.e. embora, 6 claro. usexualmcnt.e. Ji que a arte ~ do csplrlto e nlo da carne. PoL~ bem, Lsao é comtco , eu próprio ouvt virias senhoru talando das (Continua na oitava pá,tna) mente em reduzir ., terra e o., seua lnqulétos habitantes a uma mesma chatice, fazer com que a humanidade se sinta confortavelmente em suu monótonu poltronno. O diabo é paclllco, burguê1 e lamlllar . Ele Jamni., •e 11.lln às revoluções, ainda que elas prometam multo s3.ngu,.,, multa lnJuotlça, multa per– - , , dade. O que o demonlo qu, -.iego. quer que os bomen... ~ c.aavn e sosse– ruem . Nlo _ lntere50n o dlvórclo e nem 1.1 ~mo 03 amores adultero . E' contra o amor o diabo . Em m..térla de cuamento, ele prefer o "marlage de ralaon" ou qua quer outra forma lncona1,. tente de conjunção matrimo– nial, na certeza de que os conj uges se aborrecerão e ae odiarão ao lnllnlto, sem per– der, entretanto, a compostu– ra, sem aasuolnatos, sem de– sonru. Um lar calmo, em que a mulher engorde e crie Whos, em que o marido bo– ,... ..... ....._ _._ lfios, ela a famflla ll!etll "9fla o demonlo. Ele adora os fun– cioná rios exemplares . Adora, porém, acima de todu u A rei>roduçiio acima dá-nos uma ideia da tkcnica de Plgnon que conf .sou, em 1942, desejar encontrar "forro as mais vivas e menos abstrai.as " o «IRREALISMO » Bernard DORIVAL t_Tradu('lo de Mirto J'ausUno, para A. PROVlNClA DO PARA·) Por interessantes que aeJam •• dlr<ç0:,., tomadas pelos her– delro:i do realismo e destruido– res do surrenllimo. o tenomeno prlnc pai dutes anos de guerra é a ureno·vnçlo 1 • do movimento "lrreall.sta '\, ,. ''desumanlr.a– ~o" da •• plnfura pura... que todoa nós perui.\'Bm08 estarem dc:flnltlvamente utlntos. De tal ii~~cr.~r~:c~:â,~n~~e,;:~~ em 1S36 pronunciava nestes ter– mo:; a. oraçtlo rnnebre de umn de auu prlnclpa manlteataç6es, o cub!smo: ''0 t:Hbl.smo pertence ao pa.s.sado. Os homens Jove.na de hoje. os que sejam capazes de imprimir à plnturn tranceaa um novo lmpu1'-o, voltam-lhe a, costas francamente". A questão que cate mcam,, critico propu– nha. entlo: " Estam01 no come• ço de uma nova idade cJAaai– cn. ?", reapondeu-ae em 1941, com a c.xpoaíçA.> que doa "Pln– torce Jovens di! Tradição Fran• cê:l" orgnniz.n~nm na galerln Br1t.un, e que m.rca a reuurrel– ç~o dn pintura nvançadn. Resaurrelçl.o aparentemente para toXl<'a, po.sto que se reall– U>u aos 01h03 e "nas barboa" de peu:,aa que !tu.:lam pro!IA&lo de aiJjurar a a.rt.e · degenerada'' co– mo IC dlzfa ' Maa rCMurrelçlo, M!m embargo. lógica. e que não Unha podido ter lUiar r.em a O• cup&ção. Era J"'l~tsaar1 o, co m e- ~toso:~ ;1;0~~1: ~nº;;e cg:: 1ar aulm a se• maia decidida• mente sua. Deb:ilxo do golpe de !erro da derrota, a pintura tran• cêsa, como toda a França, tendia para essa e,cota. Se não tinha !eito anle1, era f:tj~. ~ln~g~es 1 jfve~nd~~ antados eram temperamentos perauadidoa, oom J oo.n Bazaine, ?i-°aen~~:n nvd~~a d:a ctrfq~!~: enoa, era o único caminho razo~– veJ. e re.spondlam a Chapeloin– Midy, su.stenta·.ido, como se vtu, que nestes domlnlos já !e Unha cheg:ado ao objetivo". Pergunta– vam tambem co;n Bau.lne: " Te– mos n65 direito de renunolar a tanta rlqueta reencont.rada e te o h a r ob1tln11damente o 1 01h01 ? " 0 1 pl':ltorcs Jovena nl.o ~ : ~~e: i~;~~~-n~~?i~~r~ sem repetl-loa. Recuuvam se– gulr as pegadas d~t~s meatrea. .P'-altava o trampollm de parti– da que permltlru aos Navls, no, F-auves. aos CUbtataa lnnça.r-s.e mais !acllmente na ta..rrelra de " colocar-se'' c,pondo-ae. Estes antece.saores, dos quais relvtncU– cavam a herança, que lhes dei– xavam a deacorirlr ? Que tuer em presença ~aquela liberdade ~= ~~v:f~s d~~~e~ q~~~<;!: Notas de um caderno 1 mo tc.m !l<W;. oportunidade e nosso m.alo!' p lsro ? ". pe rgun- tavn um dclct- C"•m lcgit.lm: i nn– ,ustla. "TudQ t-tá dito e se che– ga <1emutado tarde ... " E o pcor l que tbclGS estes co.mlnh01 erradol ua.m opostos uns noa outros. Aq11ele grnndcs exem• Ploa O&r m t-xclutr-se: Onu– i;uln. Va,\ Ooah. Rouaull, Rous– seau. Mut\ase. ou Braque... A :;~~fo\lJ:-~~~ 0 ~:erT~ 1D44 cat"rf'via de tonna b!l..Stante f""'pllcrt.a; ...A quondo de meu ~~~i~~~~cS:1:.~~Jn~; um movimento de mnls pro!un- ~~~:1~~i,'!i~':~':t~n h::.eri: ça, penaando bem, cm um mo– me:nt.s, de dese.spero.nça. sobre o povir da cultura francesa, que era n eceuarlo )Jl"lmelro cultuvar ae~ a.mor o. continuar de1tro- ~ifc~:s.00rrJ:;;!~:e~t~róp~~ i:'.'revcnl-lo, os extremos ae toca- 11í.m._ Aqutlo que mo parecia uma \mpoaslvel oposição, Bonnard– ,Plca55o, par exrmplo, achnvn-o }: ~~~°1~~!~~() I~l~b~r~~"n~ daquele trabalho. Tudo se C&• claclt\ depois dn guerra, por e– telto dos acontecimentos". A ?aec~ss~~BdtS~l~:r ª!lv~~ç~~ª~: ,n.ncava auim 08 pintores do m&raamo no qu:0 tinha-os man- 1do longamente a c1l11culdnde t1e proasegulr ? irreallsmo e de ee reallmrcm a a( proprtos sem ene ar BUB peraonalldade. Como seus prlmogenttos de vanguarda, os pintores Jovens abnndonavam. então, os meios inexistente ! ~~i~~:~ •~u~t~~~OO~'~?~~: ! ra ,iencontrar e, es.senctal por / ~r~éd.!,~r'!:.J~~:f.!"lhl ªn~~ Alpbonsus de Guimarães FILHO lPara a A PROVINCIA DO PARA' ) BBLO HORIZONTE. Abril - l - Poesia . . . Manoel Ban– deira reuniu dezenas de defini– ções e nio sel qual será a que mais se aprox.Jma da ( ? ) JJU!. terk>aa. Ela ae alimenta de mi.&• tfrio e. diante do mlatérto ne• nhum caminho extate a nlo ser o da humildade . Pol! sejamos humlldeo dlante da poesia. i - Nl.o há nada demais em ser miaUco e viver como que numa atmoatera de lau!-perene. E' apenas a criatura que reco– nhece a fonte de onde. proveio e à sua oombra se recolhe. Na– tur&lmente. Como quem pede a bençl.o a oeu pai. 3 - Para mim, o que hA. de grandJ050 para um calóUco é sentir-se U1ado a um todo tn– dlvl1lvel, de que participa e a que faz falta. Para o Corpo Mi.suco. numa 1maaem propoat• talmente brutaJ. somos todos a peça de uma máquina 1nteir1ça. Não vivemos aó para nóe, mas para tudo o que nos cerca e que. também parUclpa de noua vida. numa fusão que a ambo• dá a fôrça necessária para en– frentar o mundo . 4 - Não abandonemos o &1:ande enslnament.o crlstão : enquanto houver um pobre es– quecido de seus semelhantes. enquanto houver uma criatura a que nltl,iUem e.,tendcu a mão para !&lvá•la da mtsérl.a. Cristo eatad. sofrendo a tortura. dos era voa na Cruz. 5 - A' lnlà.ncla oe liga de Imediato a Idéia de madrugada . E t&ia lntlncla tem propr1e– dadu que n diferem da.s outras. como uma madrugada não ~ Igual a nenhuma outra. Isao que:- dlur que. com amb3.I, o m'..111tlo se renova. E. renovan– do-o elas l que apresentam tneg,,·el Identidade. pelo me.nos lfrlc3, que é a melhor. A ma– dru.ga.d:i conserva em si. como " lnftncla, uma pul cão, uma !Orça e.m tado se:lvage.m. Me- ~~~ e~~~~"~":ºX!r;~- ~ uet':"D.r de uma palpitação que nAo vem apenas de ~ua clari– dade ou de sua atm03.fera re- temperadora . E a.1gum& couJ. que o ugo às fontes da v1iiil. que o faz sentir-&e oorre1pon!.. ,avo! par vld.. que olncl& nAd na.sceram ou que lhe &ecn&D\ no principio do mundo. Aaela· ~=- q~e~:~~:!ª~ ! coraçto no receptáculo onde vii b:ram todos os aentlmentol, v&r,- =d~';,,~m;or~1:ç~:U..d&a':1~ dr\lllada como a lnl&ncla a'4 ,randiO&U na sua tr..,Uld&4e, :'1.s= uqu~fêc!11:~âç~r~:c= traido percebe. E nunca seNl. l)Os.a(vel reslatlr•lhes . J t1rª:-c1:i'~~ ~~~ei~ rz~ rou com Lula s'/i Camõea ._ tei;11'.:."~&11~ Pos :o:... onouo.l a poeala tem o eleito mlr&c\lf IMO de um desabafo coleUvo Naa suu água.a trlUlQ.ulJU ~ sacudida.a por todo" oa ven do mundo, bebemos o ele.mm que estava faltando à noM& po bre c.ondlçAo de at01&d01. e homona que lutam por ee en– contrar num mundo que o ~– Ismo. 50b as torm8JI mata ,10leJ?– tes, tornou lrresplravtl . A poe. ala. eaaêncla da vida, Uumlna o que nAo ae perdeu no ~ deamparo. ReStl\l&rda da de4- trulçl.o aa 1lbna onde ~ um aanguc renovado, UOlJI palruta ... çlo de vida que se refu . Con1 ~a d°: a:O~u!~~~~ d~ completaç.6.o. a necesatdadc df purez.n . De tudo quanto contef ~~cl~~:~bl~~~~ :e~ modo. ura vlaJantea que perco • ~f~.se~~r~I ::ir:: e~=:~;;~ outros bà para quem tlM alo a únJc:a pal.Mgem, estcndtda.s e &bcrtu como um convite ~ra os "arqulpelelagos alderal111:" if1e que nos !ala Rlmbaud. Vida qu~ se trnnaforma em vldn. 1\1 que ~ revigora em luz, 1>0e!"J& e.st.rBnh3 alquimia capaz de" 1- - lundlr às coisa., uma P,""'\· ncnte. ressurrelçlo. (Continua. na oitava pj..rl.nai Kleçáo de cores <! de formas ele– mentares". Tcdos se esforçam no sentido de utlllzar seus pro– prtoa reeurS05, pBra sltuar•se na • 1 :;iaravtlhosa disponJb111dade do ~:e~ fro~~~i,, di;&.°J!g!rta d~ todas a,g conq~n.a. Poucos pro– cessos, poucos proposttos dellbe• do:,. Nada mala que OJ grandes proce&SO& indispensa– vels p~~ ª1aJ~n~N~ee~ ; Indiapensaveb primeiramente para. a creaç.Ao de um objeto pJa.stlco, de uma plntura. de um quadro de "supertlcle plano. co– bctta do corea d.1.spoat.u numa certa ordem"...Reduzir o for– ma universal, a luz, _o espaço, a cor, ao Jogo llntco du dtmen– aõel color1daa, eat.e é o proble– ma chave da ptnt.ura, que ae patente.la mall uma vez, em to– dn sua pu reza". Os núa do Ol.e- J~:n.~~~C:x~~~~~~~ mente a pe.rspectlvn, o modelo o claro-escuro: acu.snm-noa das dlmenoõea organlcas da obra; resumem e deformam os objetos e 01 pe.raonagcns, at1m de de.. monatrar que eles nAo apare– cem na plntura a titulo de ob· Jetoe e per1011agen.s, oenão como objetos pla.8tlcos: orgBnlzam guas obraa 50brc esquemaa multo rellelldo1; lnl.roduum ritmos evidentes, para que seJnm mo– numentnta. Servem-se. enfim, de procca,oa mBls francos. A fi~1:i~U:ªe~n:t~!:~~~ ur ;;:; tradição ("hi um começo cm tudo, assim como na tradlçlo ", dl~a Remy de OOurmont), a U'adlcão lrreallsta. enoontra aa– &tm quem a continue. E' des.,a mane.Ira, c.omo os plntorea francesea: sAo levad01 a aceitar aa dlve.rau herança.a, da.s qual! elaa IJio umn alntae; a– quelas heranças, em particular, do expreulonJ.amo, do cubl&mo e do rauvlsmo. Do primeiro deatea: movimento&, alguns dentre ae novoa pintores ; eccbem BUa ca– pn.cldade para <.!enornJnnrem aa precauç6cl e.strit.ame?-te ptc– torlcas. ..Eu quisera. escrevta P!gnon em 19t2. trocar meu eat.Uo e en– contrar tormu ma.18 vivas e me– (Contlnua na oltaTa P•rtna> S~bre o demônic) de paróquia& em que o dia– bo vive em harmonioso con– tubérnlo Intelectual com os respectivos vigários . o tédio é a mlstlca do dia– bo e, de fato. não existem melhore1 paladinos do tédio do que certos curas de cida– dezinhas sem horizontes, em que a poeira du ruas ade– re de maneira patética às paredes da alma . Sendo a , ua mllltlca, o diabo procura Introduzir o tédio na nature– ,. de t.odu M COUIM, ten– ando fazer acreditar que a monotonia é a coisa primei– ra e última e que a mesqul– nltez é a substância Intima do universo. Não nos Uudn– mos. Os poétas malditos do século XIX só foram dlabó– llco1 parctalmente e Isso por– que representaram de ma– neira multo exata a luta en– tre o demonlo e o anjo, e derradeira luta ent re os dois. Na verdade, o século passado rcpreienta o momento precl- 81> em q ue o diabo deu hum._.,. llld.o.de •,. lAdac ~– d co de sse õuélo permanece nos vcrcos dos ch~m:,.dos poéta.s. Dai pa ra a frente, Paulo Mendes CAMPOS {Para A PROVTNCIA 00 PARA') cols:i.s. o. burocrncla em sua. acepç:.o mais abstrata de quase divindade. Ne1Se sen– tido metallslco. pode-se di– zer que a burocracia é a dou– trina lllos6llca do capeta. A 11ente, por exemplo. um dia qunlquer, sente vontade c!e Ir c.-nbora, de vtaiar, sumir, • sente vontad~ au!rtt het , a e repenUnalllente CO· mo o:, nt11101 , ~nqw.,tado– rea d& t.. !\ Vamoa querer realizar o desejo e encontra– moe pela frente uma mura- 1>-a burocrática, um exérci– to de cautelooos funcioná– rios em cujos guiché& em sé– rie vai •e eo!acelando a nos– • IMUlflcadll. loucura. !:' o ....._ &t.~F « ~ llca, um pormenor objetivo de 1ua fllosolla Infernal. li: lalo J)Ol"que o clegejo de fu- glr somente ocorre quando marulha em nós a.s vagri.s da vtda e é contra n. vida que o demonb combate. Nin– guém como ele sabe Que A danação não está no exce so de vlt.a'tdade, mas na dell– clencla de, e, todas a, vez em <1ue nos debl&tera. .-v ,.,,._ l'ICL"" p áslaro i ,>ra •apar à vk•:i t ,lbern.tl do)( tempoo mode:no e, bav> Qlbs fatal– mente com ló.~ nOI pla– nos do demo Satã não é I talmente tão anti-clerical quanto parece. Pelo menos. nlo tem ne– nhum •·partl-prls" -:ontra os mlnllltros de Deua, J11elo con– trário, sem dlatlngul classes, crençaa e condl~ talare:>, 4'c'i ...:::ll•~~-.. ae.is am!go. . Uindo \a =• plan o especializado, a ~;mo– nologia mostra. muito.l \ºª.., poeta político Otto Maria CARPEAUX ruo. abril. Ji oe tem falodo multo - e a provivel re:n.ucença da P'· pela em nouo t-e.mpo. A. a 1tr!<.a oomo expr o tlplat. t\o 1tvu1ualtsmo, a&ta.rJ. oonde– a• ..ú!a; ma., t.!' nstorman40• n, t ""· m Indo pela 11o.r– an lc.!' ool Uv • 11 po,1 tulr • a. ºº"ª r.po J • E' allls qanl1dr:dt oa ract.e t.1lica d as ,ra.rut, cpupM&a de que os aeua uttN101 nic, tem "tlm"; a /lfo– do t.eruilnn oom a pcrapecllva do tuturo 1ncmd1o de trota, e no !1m do Paradlae Lo1t abre– t.e a vaata pen:pecUva da hia· torla do gcnero humano. expul– ao do paralso. A no,·a epopi1a ~~l~e ':u~ ~::~. ::-~:.; do "coletlvo" Humarúdade. Estas ~lrma9õu incluem uma profecia de ordem aoclológlca, i.ranscedendo dcat.e modo os 11· mltcs da critica Utuirla e UI· \'CZ OI dl\ própria socloloa;la. Ma.3 o que pode ser dL&cuttdo em un moa da critica da literatura é a torma. do gênero recomen– daJo : o conceito da Epo~ia. D~ que &e trnta. nftnal ? De nc-.o:. Lu.llado,, Gttttsalemmu lfb(";ata., e Paraf.JoJ perdfdos, sub6LltuindO· SC apenas o &5.'!Un– to crl!itio pela ideologia colet1- \ lata ? E\ltõentemente nAo. A rtvi\'ificaçft.o do gênero obso!e– .,, ..epapéla vcrgllllllla" nAo oe– ri powv cl nem ó desejavel. A 1mtt:n.çilo de Verglllo produziu a lgumAS - J)OUQUls5lmal obras-primas, enquan to o nu– mero enorme das te.nt .'1Uva.s tracnsudas di a ver dadei– ro. medida do gt!ncro : g6• nero llyresco, ob.-as llcglvels. A epopéia renucentist.n, livresca, de:;tlna.,·n-se a ser Udn, e justa– mente por 1Mo j6. nlo é lida. Mao b epopéia auténLlca des– llnarn-.se a ur reclt.nda cm pre– ça pública. A epapêla do futuro tambtm serlB reci ada, cm co-– mlclos, em .salas de con!eren– clu, no teatro, nlo dispensan– do o elemento mimlco, quer di– zer. o gesto stgnlllcath· o qu e an– tecipa a ação; pata a o.çl o 6 o fim permanente de t oda arte ooletlvn. A. torma para J.uo está pronta : nas crônicas dra m•– tlcas de St.rlndberg, Wcdeklnd e outros expreastonlatas, se.rte:s m11Ls ou menos incoerentes de cenas das quB1s cada uma é uma haiada m.lm.lcamcnt.e reci– tada enquanto o conjunto re– pre&énta a. epopóla. encenade. de uma vlda, de um ambiente, de uma época. Se foSAe J>O$&(vel criar um teatro BS1lm, d e lnlpl– rnçáo colettvtat.a, entAo eata.va ai a primeira forma da epo~la do futuro. Jà existe porventura use t~a– tro épico ? Exlat.e, ou pelo me– nos pr etende e xt.stlr. Criou-o o poeta alem.lo Bert Brecht, co– munl.B ta exila do . No exlllo es– creveu em aue. Ungua materna a série de cenas Terror e Mf– itrta.t do Terceiro R.eich, que foi traduzida e parcialmente repre– sentada na lnglaterra. e nos Estados Unidos. Brecht nAo é um nome otlc1alm.eDte consa– grado Não recebeu nenhum premio Nobel nem dispõe da máquina publicitária de gran– des edltorea e por 1MO catá menoa conhccldo entre oa seus próprios correUg1onArlos do que certos grandes nomes burgue– sea. Vale por6m a. pena attrma.r que Brecht é o malor talento li· t.cràrio em que a. emlgraçlo alemã. Aquela epapéla dramá• Uca dê. um panorama completo da vida torturado. oob o na.zia– mo cm cenaa de humerllmo tant"-'tlco e outr.. de terror autenttcament.e trágico. Uma deasaa cenas o delator, repre– sentando O medo tremendo <!• um ca,al alemAo cujo garot.Q, nazista tanttlco, denuncia à. Oeltapo as conversa.a em ~ - essa cena. !ms,resslODOU pro• fundamente oa espectadores an– glo-saxõnlcoa. ouviram•&e J\O entanto restrições : o estilo d"e Brecb.t, ent re brutali dade e Uu– aões sutis revela.na a menta– lidade de 'u m tnt.elec wal lodll· nado de um .. hJ1h.-broW" ; t. obro '6Crla portanto pouoo apea– stvel à8 ttUWB.11: o nAo ba~ na obra. tntelra, nenhum r de esperança nada daquele otl· mismo que párece !ndt,pená\1!1 aos auvi.taa; a.llnal, a peça,,. ria uma Ução de "def&ltlal!>!'". Leram· &e dlscussõe.s apa.1• dâa a respeito; maa em tlrlam sido ev1tave1a, ae melhor conhecido o paaaado 1· tenrto de Brecht que o IOJJ!µ logicamente & produzir aquef& obra. Brecht 6 ! Ilho dwn& l~ pequeno-burgUeoa, uma dri<II!.•· Jes tamllla3 que sotrer6o ~ t.arde o • terror e mWrl& a.o Terceiro ReJch "' . Quase ment.Do ainda combateu na fl\lerr& de J914-iD18 e no terror o mlaérl• das tr1nclietraa Jà se lbe ~~ zeram os oonceitoa de ll1W1U crtstl e honra. de ... ,enueman" ~~~a~ºor;:~t!.~&1~ auu<tado desequWbrado, u– mm como' ele descreverà fflN.8 tarde. num& balada, a sua ii– t!incla : Satã pa&Ou a execut.ar 01 seua plano.,, In centivand o o progreaso, Inspirando teorlaa hlglênlcu a rellJ)elto dos ne– gócios da alma espaneJando a escuridão, diminuindo u dllltànclas a fim de torná-laa menOI convldaUvu, fazendo crêr que o mlatérlo n ão exil– te, submetendo oo sentimen– to• a propo1lção geométrica,, tomando o mundo uma equação perfeita, cuja lnco– gnlta fosse o desencanto . Não há maior apologista de uma planificação tot.al do que o diabo . O fe minism o, e creio que Já se começa a sen– tir o seu caráter diabólico nOI Estados Unidos, foi uma "rU88lte" do de{llonlo. TUdo entlm que repete ou Iguala é obra do chlírudo. TUdo que amesquinha e escarnece a criatura é presidido pelo prlnclpe das trevu. Escrito– res como Anatole France ou Machado de Assis foram li– teralmente po,:seasos nn ap:i.– ;eoi:li- ir~ t:Uat ~ ,tq '!!!• :avanv;.:: ,.. -.u a c-!~:?.l d& cntz, o d.c3vn1rL"Tnc, o 111. ~ nerosldade dizimam o demo– nlo, (~.lr:l or. t)! r'.01 Aa,cis_, •a,, Borl Jlrecht IOU ,....., ~a,ou-m~ crade... • A • mt, •, no cuo, foi a 111<11'· ra. e a •otdade" a kUm da IO'fO•t& comwllllta de llpartaco : ob o amblenlê da primeira pega cfe Breohtd 1aml>oro, M lvmdl. ~ ~~tià v:J':o~a d~: amante de um outro; dumpe– rado, procura a. camaradaa, e toco se encontn. no melo da - oluQio. :11&1 quando &po.reoe a noiva, bulcando-o, ele prete– rtrt, apear de tudo, a moça ao, devere, revoluclocJ.rtos la.nçan<lo &01 u pectadorea o deM!lo final : ..au aou um porco, e o porco ;:~? ~ ~ -lsa~~f~~n:; roD".&nUc~ente UIUJtado !" Els o Ponto de parUd& de Brecht : na euerra acabcram toda.s u bolu truea da moral burrueaa. Compreen®ram? Na trincheira a criatura humana torna-ae a.nlmal, perdendo a persoruilldade, perdenao 9 pró- t~~~ ~lm:i~u~~o:~e:!'nS: ra mairnlllca na peça Solda.do t aold44.o : 60ldado1 1n11eses nu– ma colônia aslátlca, tentando .saquear um templo, perdem um dos seu.s na luta com 01 todip– na.s, e para ocultar a façanha e eacapar à punlQ-1.o, obr11am um homem qualquer, um e.sth·ador, entrar naa Ulelru do batalhlo com o nome suposto do morto; ntnguem perceber, a diforença., aolde.do é aoldado . A conclU• alo lóg ica desse apersonnlbmo 6 um materialismo nada tuo– sótlco. tora da moral bUJ'IUe.u ma.s t.ambô.m tora de qualquer moral nwo1uclon6.rta, um clnt1- mo porlelw. Esta · llloaolla" Jt. nl.o pode 1,.CI'Ylr de ba'8 a uma dramaturgia séria . Em com– per..r;:i.ç5.o. toda frase de Breoht re\lei:l o lirismo rll.stlco e no entanto comovente da b&lada popUlnr, lembrando u xUorra– vuru prlmiUvaa doa tolheLos que vendem nu telru, ma.a reproduzldaa por um poeta tn– telcctual que conhece e odora VUlon, nlo !tcando mul\.O abal· xo do modelo : d o ualm 01 próprios poe maa de B recht., &11 s:uas baladas, eacrlt.aa nlo para serem lida.a, mu rec itadas ou antes cantadu. M\alt&s ct.n– ç6e& Ullm, reunldu, darl&m uma espêcie de ópera : OI ln– gt,ses do RCulo XVllt cultJva• ram mesmo o 1Ane.ro da "bel· Jad-opera", e Brecht. deu 1010 uma verd e da mala famo1a ~:"J:le~-:·o~~":'~~~";:~ ródla de grande opera llrlca, cant!ld~ Por ladrõea e pn»U• tu~: Brceht ciprovelta oa mu– mos per10na.Ken11 para parodtar todos oa conceitos da moral bur- - : ·l'oll .... 91ft o llo– ie nlo .-...... eodllll· ,ul&ndo, dmlrantlo • - .... lllmo&IOClaboralO– IÕ IOllreVI.. pela eapaolllade de -- o 'ª"' do ... - man•. com__,_, 11111 kt Brecllt oome,oa a - ~~f:: :1:"11anmalae11~ r-.:: mu nl.o __,,. • - · •Omundo nlo I Nlm,- ape,,u multo cheio". JC de ..,.... • poeta Brecht muda de tom: &ln• da Imita com cl- lnferml a ~~~~~· parodli•lU e atm pua eul:: tUf•lU por ·hino&· de uma OII• tra Ill""Ja. •Nlo olha oom INa olllll (161 O lndlvlduo t&m dob OIIIOI o Partido tem mn olhos O Partlda .. - - o lndlvlduo 1't uma cidade o lndlvlihlG tam - hora Ma.s o Partido t4III\ mr,tu rhnru O lncllvldua podo ..,. d••· ltr,;l<lo Mas o Partido nlo pode ... ldutrulclõ", S.tea verao1, 1:16.rbu'ol e IDle• nes ao meamo tempo como o credo rude de uma DOft r.11• llJo, es!Ao na poça A N..U.. Brecht encontrOU a reJllll,o QU8 Jh• permite 111ponar a 111a a• perltnrla lundamental. & ·,rrda da lndMdualldada. Ao ""' ff'.0 temPo. enoontrari nova for:"":& de expttul.o. a "b<\bda m•m•• ca". recltada e M10mpt11nh!"t'. •' ee....~•. 'Em A Mt!lf4lt., ,. -~t-o carr.!lr do, \'Olt.a.m ct1 ,..ht par:a lulltiflcar 1\ a,Ja r.· "llc;~ revo'1"•1o"l.1rt:i-r,?ttntt " ",1'-o de fl 1uçi o.. em l.o!:'O'l-t . F.6t&va com e.Je.s um qu'nto tr·• tn.Jou tudo peloe oeu, •– precipitados de um 1dea11~: ,e• queno-burguh: derun turtt preaença do oompanhetro m• ~ro:~tt:":.mto:•u~:' mot.i-lo, eliminando o lndlvl~uo que Ji oe tomou embaraço P-'\r& a oolttlvldade. Oampraend•• =~d~u;6=..;t1::•~:m; •me.dtda•. m o toro do cama– radas JUJU!le&•N : As:· terr1vel matar um ,.,.._ rmen . Ma-i nlo t6 mat.,~.an1011 ou.. r troa. e sim no, tT.Nmo • (quando t6r ptt ... !•o Porque aô pe1j,;;01~;•~ &et-. mundo mortltero. 11: uslm o oabem todoa .. {..VOI. Ainda nlo - dlaNmaa - Podamo, viver 11m matar. ■ Pol& ,·ontade de modlltea• o {mundo Nt& JUJlllletl<'a A Mtdlda". (Cont11111a • - .. p6ctuJ A BARRAI \fl.eC.o·daçlo de um tJa •~ ltff, c.01111 e '·\llftU" .. Ou.a,Jari. A' mnn6r1a •• almJra,1t, ua10 Maftr). Romeu MARIZ (D& AeadtmJ• Pa:unae Ct L, Uu) A B:inn . AI r ~·J , deacem Bnn· ·n, -~. VcrmtHuu, J; a quil ha do OO IINfMIO Parte n corrent.ea . Vae Ind o... nlo -. r& . .. J: ele vem Sob aa atenl.u Vlatu doo gJ orto-Pal'i, ..... vlden""' Mar, Oe t.oda a .Miíaaonia. t:!~~~~te, A lhe belJ&r ~a'i,":.ªi~~ .. _ ta, Pltndo, Prohwdo, A rellellr o • - • ...._ ffaquela hon. Matinal. Bandelru bdacam, m&lWcorN, Acenando V-. A bfll':Ylndt., Mea,.u linda Viagem .Pela cosi.a 51ra. Se.udadea. . 11:sperança llea llza<la De rever a t«Ta qu...W.. Amada, ..., dos maru.Joo paraenau, Pe bordo do 'li!Ao de naaa Armada. t,i estt ale:rado. Trnnqullo, repousado Oo enJõo do 111&1'-alto, ,u Minu Gera.el" ..• r.i ~::t!º· Tellé. Almlrantellald&l>h&. CUltodlo de JN!lo. Ç~ 1 remlnlacendu de llorll.. 3;: palpitar fr...,roeo Oae ~ conqulal.u Oa DCJM& nactonalldacle. f oções do pUAdo, trevbtaa marlnhJ da ati;a}k!úe, u~--~. A Barra.. . A Ban& eotJ. 1' dWanle. Ouard&ndo a ent.ralla do porto.. . Pobre Barra .. . Poste a &talai& formldavel. Jnl.r&n1ponlvol, Oo temPo em que ta queste. Teu Ul)OCJ.o apa•arante ro''r.~~lo. na noite, Bra um fantuma que • alevanlava, Na deteaa tnexpuanavel d& oldade .•• Hoje, o teu PNlllclo ' morto. E tu dorma o aono de uma edade .•• Pela mudu do teu allanelo, Sombru _m, atlenclo&u, ~'ê'ni~ J:~J)rOCbllo de aaudau... . VI.o rezando O rnlsenre de aua dar. VI.o cantando Um& litania de amor, - Lembrança dai - que &lt pu Piedade I Piedade 1.. , A. Barra•. . ~o,,:=~:i:=toll~b~~ ' 11.espelu, à velbloe, Obelo da mell\llOtl De um tarte. B da venonç&o pelo ..-. A Barra .. . o .. Mlnaa" eatá calado. Olhando a correnta. Que deaee, barrenta. ~ .... Par&-Belem,

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