A Provincia do Pará de 27 de abril de 1947

....,-~,1, ~94-1, , lt\Võ UV,U,U.U .. gos. Sergío Milliet: no '•Díario de Notícias". !'IOb domingos. Olivio Montenegro; no "Estado de S. Paulo", às sextas-feiras, P!inio Barret-0. X l-: X José Condé, Homero Ser.a, Paulo Mendes Campos, Raul Lima e Adon1ai; Filho são os responsáveis pellls secções in– formativas dos suplementos li• terários do "Correio da Manhã", "O Jornal" "Diario Carioca" "Diario de Noticias" e "A Ma.: nhã, respectivamente. XXX Pouca. gente sabe quem or– ganiza, as páginas de Ute:atura e arte dos suplementos don1ih1- cals da unpreni.a carioca lidts no pai:; inteiro. A do "Óorreto d.a Ml&nhã é feita pelo critico Alvaro Llns; a do "0 Jornal" pelo jornalista e critico de nl'te FrederlCG Barata; a. do ·'Diario Carioca", por Pompeu de souza, crttlco de teatro; a do "Diar1o de Noticias", pelo Jornalista Raul Lima; e "Letras e Artes", o suplemento de "A Manhã", é dirigido pelo Jornalista Jorge Mata. ••• Monte Bríro, que vem escre– vendo 'W?la serie de rodapés no "ô Jornal", a.través doa quais está. fazendo, a seu modo, uma revisão dos principais valores d& nossa literatura moderna, é um dos "casos" mais discutidos no mundo literário carioca. Os seus méritos são discutidos e violentamente negados Por vá.– rios escritores. E a sua iden– titlcaçã-0 ainda não foi feita. supondo-se geralmente tratar-se de pseudonimo do escritor pa– ~iba.no Alír1o Meira Vander– lei. • • • M'ár~o Couto vai ser editado brevemente. Publicará a um só tempa um livro de contos e uma peoa, de teat.t'o. Os originais já estão entregues a uma editora carioca. • • * Sairâ ainda este ano o novo :l.vro de poemas de Rui Barata, "0 Fio da Espada". Sem dúvida nenhuma. ao demonio não interessa o mo– vimento. As grandes e as pe– quenas agitações do nosso mundo são patrocinadas pe– los anjos bons. Para o prin– cipe das trevas, a mon ·onia é mais lucrativa. A ,tln o negócio do diabo , te tm balha sobre o téd ,o d, l- sagens e das a!.... ·1 .n r - tanto, muita gen ,, nga- na e a própria crend1c s põe erradamente que os tr - f2gos sacís frequentam os re– demoinhos. Engano, repito. O vento aborrece Satã, sen– do um convite à viagem. sal– vo um vento singular.· uma cri:.::a morna de estio. que em vrz de agitar, parece parali– sar as folhas. as ruas, as ca– sas. Da mesma. maneira. er– ramos redondamente quando im;:,.ginamos o diabo presente r.a ·, enormes confusões da tida. O diabo não quer con– \·sões, a esperança demonia– ~ nio se funda do torveli- .ho das paixões huma.nas o ?,o::.~ g:êZ!:: di&o -♦- nho, nos ê~l5'e!'to~ estêrels, onde .n~o vingue o sentimen– t ., nc.3 is tenro. O plano do c:rneta consiste essencial- cida . São . -anclsco, e e ool, multo brilhante. o luga.r. e é o ar, muito claro e snu eu mesmo. vivendo, e é a terra. Groelandia.. não a sabedoria. América, não as palavras. Esta é a primeira história e se não gostar do estilo pode parar de ler, porque é assim tudo o mais, o lugar e o tempo do lugar e o que pensamos é menos impor– tant,e do que o que sentimos e quando o tempo está co– mo eate &entimos que es– tamos vivos, e este senti– mento é grande prosa e é mui– to importante, vindo primeiro o lugar em seguida nós, e é tudo, Groelandia. América minha ci~ dade, e São Francisco, você e eu, respirando. sabendo que estamos vivos, bebendo água e vinho. alimentando-nos. passe• ando, vendo-nos uns aos outros. e são todos os anonimos e des– conhecidos escritores em toda parte, e eles estão dizendo o que estou dizendo : que todos estamos vivos e respirando por– tanto só o estilo desagrada-lhe você pode lér o jornal da tarde e vá para o inferno. II VLADIMIR Vladimir Horowitz esteve aqui há alguns dias, e uma noite no San Francisco Opera House eh" tocou oiano. e senhoras ri,,as aplaudiram,· e multo se falou sobre isso . A1nd!', falam das mão de VJ.e.dimir, e muito do que se dli é tolice, e i:pR1·eu– temente " impossh-el evitfl:--se de falar t-0lices. Vladimir velo a esta cidade e na noite de t.erça-!elra. 27 d':) fevereiro de 1943. tocou pía,:o e todas as magras e gordas <li! - mas ricas apla.udh·am-no e ele pegou seu dinehlro e foi-se em– bora. para Los Angeles PU. acho'. e as damas 11índa estão falando nele. irrespiravelmente, embora é claro, e.ssexualmei1t~, já que· a arte é do e,;1,[ritn i– não da carne . Pol~ bem, 1ssr> i' comico e eu próprin ouvi várias senhor:i.s fala,ndo das (Continua na oitavl'l página) mente em reduzir a terra e os seus inquiétos habitantes a uma mesma chatice, iazer com que a humanidade se sinta confortavelmente em suas monótonas poltronas. O diabo é pacifico. burguês e familiar. Ele jamais se alia às revoluções, ainda que elas pr metam muito sangue, n,. injustiça, muita per- o que o demonio o quer que os •n e sosse- 11 Tessa o .ÍVOI' an.o e d t.ero o amor o dJC! bo. de casame1, •o e "mariage de r . on quer outra form .. 1 tente de conjunção ru ... rh 10- nial, na certeza d e fll e conjuges se aborreCf" odiarão ao infinito, • 1; pe - der, entretanto, a c, mp tu– ra, sem assassinatos, sem de– sonras. Um lar calmo, em que a mulher engorde e crie filhos, em que o marido bo– ..,.._. __. w .... dios, eis a famfl!a. tdetrt ,.,_ o demonio. Ele adora os fun– cionfaíos exemplares. Adora, porém, acima de todas as BELO HORIZONTE. Abril - l •- PoeEia. . . Me.noel Ban– deira reuniu dezenas de defini– cões e não sei qual será a que mais se aproxima da ( ? ) m18- teriosa. Ela se alimenta de mis– tério e, diante do mistério ne– nhum caminho existe a não ser o da humildade. Pois sejamos humildes diante da poesia. 2 - Não há nada demais em ser místico e ·viver como que numa atmosfera de laus-pererie. E' apenas a criatura que reco– nhece a fonte de onde proveio e à sua sombra se recolhe. Na– turalmente. Como quem pede a benção a seu pai. 3 - Para mim. o que há de grandioso para um católico é sentir-se ligado a um todo in– divisível, de que participa e a que faz falta. Para o Corpo Místico, numa imagem proposi• talmente brutal, somos todos a peça de uma máquina inteiriça. Não vivemos só para nós, mas para mdo o que nos cerca, e que também participa de nossa vida, numa fusão que a. ambos dá a fôrça necessária para en– frentar o mundo. 1 - Não abandonemos o grande ensinamento cristão : enquanto houver um pobre es– quecido cie ~eus semelhantes, enq•.canto houver uma criatura 11 que ninguem estendeu a mão pa:a saivá-la da miséria. Cristo estará. ~ofrendo a tortura dos cravos na Cruz. 5 -- A' infáncia se liga de imefüaw a idéia de madrugada. E tôda infância tem proprie– dades que a. diferem das outras. < ;o.no uma madrugada não é igual a nenh:ima outra. Isso quer dizer que, com ambas, o munc!o se renova. E. renoYan– do-o elas é que apresentam inegãvel identidade. pelo menos lfrica, que é a melhor. A ma– drugada conserva em si. como a inféncia., uma pulsação, uma fórça em estado selvagem. Me– lhor: em e~ti:,.do primog~nio. Em ambas o homem se deixa pe– net~·ar de uma palpitação que não vem apenas de sua clari– dade ou de sua atmosfera re- temperadora. que o liga às fontes d que o faz sentir-se co; savel por vidas que aind nasceram ou que lhe no principio do mund !.&– te-se então a uma ger ... . a o misteriosa, que transfor • coração no receptáculo .. . bram t.odos os sentimen· o ridos de uma emoção ~ u grandiosa. Porque ta.mo drugada. como a infânc grandiosas na sua fra 11 ., no seu efêmero. Pre1,unclam coisas que o coração nJRi• di.: 0 • traido percebe. E n : e . ,, possfvel resistir-lhes. 6 - Não me cans.:.rei de r tlr : Oh quem ainda. , o rou com Luís .de C •. lembranças de Sião 7 - Em tempos como r. a poesia tem o efeito mir <' ~ loso de um desaba! role ho Nas suas águas trr.:-iq•;ll ç sacudidas por todo~ do mundo, bebemos que estava faltando bre condição de. a ! homens que lutam centrar num mundo ismo, sob as formal' , tes, tornou irrespirm·• . sia, essência da vic.,. ,, que não se perd . desamparo. Resgu rd truição as ilhas r' sangue renovado, um,r. ção de vida que se ref serva na nossa incon sêde de absoluto, o de o completação. a necess1d , , pureza. De tudo qunn o nha uma possibllidad de lno - cência. Somos. todos, P , modo, uns viajantes .que perco••· re111 sempre terras d nr, • C'idas. Se uns mal as en , ~ outros há para quem l a única paisagem, er.tenud. abertas como um convir• l·•• t os "arquipelelagos sidera, · de que nos fala Rimbauc! i tia que se transforma em \ if 1 ,, l ·.1.,. que se revigora em lu;· P'-' 1 estranha alquimia capaz clt> fundir à1; coisas uma per · 1• nente ressurreição. (Continua, na oitava \ Sôbre o demôn·o Paulo Mendes CAMPOS (Para A PROVINCIA DO PARA') coisas, a burocracia em sua acepç;;.o mais abstrata de quase divindade. Nesse sen– tido metafisico, pode-se di– zer que a bnrocracia é a dou– trina filosófica do capeta. A P,ente, por exemplo, um dia qual.quer, sente vont:iõ ·e ir e.,.> . : • !. r u ·0.1 -~cl ner t1n 'i1er.t· co- quJ.st.ado- dr t \i 10 er r a '11, .. o 1,.'1<'Ju e encontra– n.os pela frente uma mura- 11-- , urocrática. um exérci- 1, cautelosos funcioná– Esm cujos guichés em sé- \ se esfacelando a nos– icada loucura. E' o 'E.'t'Jtadlu • •~ , l; n pormenor obje~o s · !' filosofia infernal. B ue o dese90 de :lu- gir somente ocorre ouan . marulha em nós as va · 1. •.• vida e é contra a viàe. o demoniJ combate. guém como ele sabe danação não está no de vita'ir: nhum ·p. ministros trário, sem crenças e co , 1 t.(~ ~~~ 1G.::,.J'I !:Xi~~~: set:ts amigo!!. 1.. plano especial z· nó!.osia mostra. ~t::J.t'.\:iUV u.~ 1.1.(.'.&-.r.~ t;,;:u ;:> ~ .i.v- r os r et-ursos, para situar-se ua _1Qtavilhosa .:l,i;;ponibilidade do • nbre" u qual, despojada de , ,da a tradição, está aberta a todas as conquistas. Poucos pro– ,·~sscs, poucos propositos delibi,- r ,,dos. Nada mais que os ic:·andes processos indispensa– eis "Para que indispensaveis ? Para a imitação da Natureza ? t ndispensavels primeiramente para a creação de um objeto plastico, de uma pintura, de um quadro de "superfície plana co– berta de cores dispostas numa certa ordem", "Reduzir a for– ma universal, a luz, .o ·espaço, a cor, ao jogo único das dimen– sões coloridas, este é o proble– ma chave da pintura, que se patenteia mais uma vez, em to– da sua pureza". Os nús de Gís– chia são bons exemplos: todos os jovens pint9res rechaçam noya– mente a perspectiva, o moctelo o claro-escuro; acusam-nos das dimensões organicas da obra; resumem e deformam os objetos e os personagens, afim de de– monstrar que tles não apare– cem na pintura a titulo de ob– jetos e personagens, senão como objetos plasticos; organizam suas obras sobre esquemas muito refletidos; introduzem ritmos evidentes, para que sejam mo– numentais. Servem-se, enfim, de processos ma.is francos. A pintura é nesta forma uma rea• lidade em sí mesma. A nova tradição ("há um começo em tudo, assim como na tradição", dizia Remy de Gourmont), a tradícão irrealista encontra as– ;im auem a continue. E' -dessa maneira, r:omo os pintores francêses são leva.dos a aceitar as diversas heranças, das quais elas são uma sintese; a• ,1uelas heranças, em particular, lo expressionismo, do cubismo e , o fauvlsmo. Do primeiro destes movimentos, alguns dentre os 1 :ovos pintores .:ecebem sua ca– pacidade para clenominarem as irecauções estr!tame,r-.te pic– r oricas. "Eu quisera. escrevia Ptgnon •m 1942, trocar meu estilo e en– '0>1trar formas mais vivas e me• (Continua na. oitava. 1>ágina) "I paróquias em que o dia- 10 vive em harmonioso con– ubérnio intelectual com os ispectivos vigários. O tédio é a mística do dia– o e, de fato, não existem . elhores paladinos do tédio o que certos curas d e cida- ctezinhas sem horizontes, em nue a poeira das ruas ade– e de maneira patética às a redes da a lma. Sendo a • a mistica, o diabo p rocura ~ruduzir o tédio na nature– d e todas as coisas, ten– .ldO fazer acreditar que a 1Jnotonia é a coisa primei- e última e que a mesqui- 11hez é a substância intima do universo. Não nos iluda– mos. Os poéta.s m a lditos do século XIX só foram diabó– licos parcialmente e isso por– que r epresentaram de ma– neira muito exata a luta en– t re o demonio e o anjo, e derradeira luta entr e os dois. Na verdade, o século passado r eprejjlenta o momento preci- se em que o diabo deu hum:ta– ~d~.e lt ,._ !':.~'11.":.tHl W. -àl~ ~Ô.· t1co desse áuéio permanece nos vemos dos ch1-nadcs poétas. Daí para a .frente, grado. :Nao r ect:t.,e:u. ~l,l;;;!.... -– pr6mio Nobel nem dispoe da máquina publicitária de gran– des editores e por isso está menos conhecido entre os :seus próprios correligionários do que certos grandes nomes burgue– ses Va,le porém a pena. afirmar cm~ Brecht é O maior talento li– terário em que a emigração alemã. Aquela epopéia dran,ié.– tica dá um panorama comp,eto da vida torturada. sob o nazis– mo em cenas de humerismo fantástico e outras de ten·or autenticamente trágico. Uma dessas cenas o delator, repre– sentando O medo tremendo <;te ufu casal alemão cujo garoto, nàzista fanático, denuncia a. Gestapo as conversas em cas~ _ essa cena impressionou pro– fundamente os espectadores an– glo-saxónicos. Ouviram-se J:lO entanto restrições : o estilo de :Brecht, entre brutalidade e ilu– sões· sutis, revelaria a ~en111,- 1idr.de de um intelectual ~dig– nado, de um "high-brow"; a. obra seria portanto pouco 11:~– sivel às massâS: e não havel.'la, na. obra inteira, nenhum rato de esperança, nada daquele o~i– mismo que pareoo, 1nd1spensá".~ aós ativistas; ti,final, a P~ ~i~ ria. u1IU1, lição de "defaitiWl.~ • Leram-se discussões apai:l! dàs a respeito; mas em teriam siâ.o evita.veis, se . melhor conhecido o passado 1· terá.rio de Brecht que o lt!gíl_µ logicamente a produzir aquela obra. Brecht é filbo duma familia pequeno-burgUesa, uma~ daque– las familias que sofrerao mais tarde O "terror e miséria do Terceiro Reich". Quase menino ainda, combateu na guer~a de 1914 _19 18 e no terror e m1séria das trtnchetras já se lhe desfi· zeram os conceit.os de moral cristlí. e honra de "gentleman" que tinham formado a pel'.ll9J.1ª• lidade do adolescente. Voltou assustado, desequilibrado, a._s– sim como ele descreverá ?Il&'lis tj,!,rde, numa balada, a sua. in– fancia: satã passou a executar os seus planos, incentivando o progresso, inspirando teorias higiênicas a respeito d~s ne– gócios da alma espaneJando a escuridão, diminuindo as distâncias a fim de torná-Ias menos convidativas, fazendo crêr que o mistério não exis– te, submetendo os sentimen– tos a proposição geométricas, tornando o mundo uma equação perfeita, cuja inco– gnita fosse o desencanto. Não há maior apologista de uma planificação total do que o diabo. O feminismo, e creio que já se começa a sen– tir o seu caráter diabólico nos Estados Unidos, foi uma "russite" do demon io . Tudo enfim que repete ou iguala é obra do chifrudo. Tudo que amesquinha e escarnece a criatura é presidido pelo principe das trevas. Escrito– res como Anatole France ou Machado de Assis foram li– teralmente possessos na apa– ::êvc~ ir~;;:iI~ i;.. -.itJ<l t;'l.}l~ ~!.-'rlfF.~~ r. ""-;:.~"".i, ~ ·:!:'.'!.!;.! d& cr utZ, o 'le3v;~lricn1ú :J r... ~ :t– nerosido.de dizimam o demo– nio. ----------- ----- - vteco~daçã.o de um c!le ~e 192,. ,·mn " ··•'\Unas" 11<' Gu3.jará. A' memória do i,.J,-.!,:~•1,c Hti.go Mariz). Romeu MARIZ (Da ,\cademie, Pn,".e>.&6 ,:,e L,·:re.G) A Ba:.·r:i. As r- .... ,. :; descem Bar~(,;<_,. . Vermr:lbas . E a quilha do co!U'&fM1o Parte a correnteza. Vae indo. . . não esbarra . . . E ele vem i,ob as atentas Vistas dos pi'aticoa do Orlo-Pará, Jijsses vident~ cJo 148,r. De toda a r M'ii'e.r.onia. Êntrou no 11, Serenamente, A lhe beijar A eRcumosa IIPldelme de ee,pente. O.,anal de f~ .. .Fundo. Profundo, A rciletir o Verde ela l'IUl-rgem, ~aquela hora Matinal. Bandeiras br.lncllJll, ?p}!_l~iç.ores, Acenando vat'6l! tRi bffi-vinde.. Nessa linda Viagem ~ela costa brasüeira. Saudades. .t\'!?1~~. Esperança :fáígüelra Realizada De rever a terra querida, Amada, ,EJssa dos marujos paraenses, Pe bordo do Tit!o de noSSti Armada. Lá está aferrado, Tranquilo, repousado J),o enjôo do mar-alto. "Minas Oeraes"... .8,iachuélo. 'éarroso . Tefft,;. Almirante Saldanha. Custodio de l'l4!Jlo . Oh! reminisccncia.s de g!ori1t, No palpitar fragoroso ôa Fé, Das eternu conquistas Oa nossa nacionalldáde. tmoções do passado, i);ntreviatas t-;;e. m!tri~ da atWJ:lida,de, Do "Mtnsa" ehcoura:ç~ . A Barra... A Ban-a está lá distante. Guardando a entraâa do porto .. Pobre Barr'-1 . . . Foste a atalaia formidav11l, Intransponlvel. Po tempo em que te ei-gueste. Teu aspecto apavo:rante Assombrava, Jí: o teu vulto. 11a noite, Jilra um fantasma que Ili! alevantava. Na defesa inexpugnavel da cidade -. • Hoje, n teu prestigio é morto. E tu dormes o sono de uma edadr . .. Pela mudez do teu silencio, Sombras perpa~sam, silenciosas. Vagam, vaporosas, Monjas de uma procissão de saudacie .. . Víio rezando O miserere de sua dor. Vão cantando Uma litania de amor, - Lembrimça da-'! heroes que ali ça, Piedade ! Piedade !. .. A Barra ... O ":Minas" respeit,ou o lleU sllencic,, No esplendor de!lsa manhã, bizarra. Respeito à velhice, Cheio da me!guiee De um forte, e: da veneraç..'\o pelo paESaCIO. A Brrrra .. . o " l'.1'.in as" está calado. Olhando a conente-ia, Que desce, ba1·r~nta. ..,u;1l.~ 'Vi<:v.,:i;ta, Qa pl!à_c&_•.c::au.. fü:rt,,_:-., :Parà-Belém. { -------------------------- .

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0