A Provincia do Pará de 19 de abril de 1947

seja". !>7iuna pass:i.gem do dlsc,,rso. le– vantou-se o sr. Aldebaro Klautau e exclamou : esta. Assembléia sugira aeoa1xo·I couaiu.lv . ""'"" ...... .,.............. _ do mais profundo respeito e aca- feito ". -- - -·1- - ----- - - -- - --- tamento, ao exmo. sr. governador O sr. Sílvio Meira entrou na I da 8.ª R Militar do Estado, major Luiz Gcolás discussão e afirmàu : 1 Em v· g • d • • de Moura Carvalho. u'a medida 1 ª em E:, mspeçao, segue pronta e ficaz no_. sentido de os - "V. excia. não deve confun- amaónhã, para Boa Vista, no Ter- t rit rio Federal do Rio Branco 0 ransoprtes mant1mos a vapor dir pedra fundamental com pe- general Dimas Siqueira de 11:e- 1norticinio post-inundações, quan– do vierem as secas, e as pestes provenientes das atuais cheias. VC\.lt::: 1.ll.la, ,I..LV ~-~,."' ~.,..,, • .,....,, _.., solveu deixar a comissão, seguin– do para sua fazenda, situada nas proximidades de Chaves,. l\.i0Dlr1I.1U~U U ll'9 ,;;K.,11•.U.•- k'-~--- - Seu moço, nós sofremos mais do que sovaco de aleijado. ERAM NOVE SERINGUEffiOS trabalhando pa,ra pagar a parte que lhes coube. DEZENAS DE CRIANÇAS SUB• .t\LIMENTADAS - "V. excia. nãl póde cha'mat de fascista a t.odo mundo. Cite os partidos que v. excia. julga rea– cionários. Nós. quando atacamos o comunismo, o fazemos de fre11- te, claramente, sem os subterfu– gios que v. exc!a. está usando". que trafegam no grande rio To- dras para construção". nezes. cantins aportem à cidade de Ca- E o discurso do sr. Lobão da O ilustre militar viajará Nesta etapa de viagem, temos a acrescentar o aparecimento de mosquitos de todas espécies, cara– punãs, "maruin" e mesmo de co– em. bras "sacais" e "jararacas", já notadas tambem na etapa descri– tr. ontem. Causam, tambem, gran– c.es transtornos oo gado, esses in– setos e cobras, que aumentarão de Enquanto isso, os restantes membros continua.raro em seu ro– teiro de regresso; passando pelos rios Mocoões e Cururú, e fazendo quasi que as· mesmas escalas do, viagem de idá. Antonio Silva e mais oito com– panheiros deixaram sua cidade natal, no Maranhão, paira cerrar fileiras ·, na legião de voluntários que se dirigiu aos altos seringais amazônicos. I)esse grupo, apenas Antonio Silva vive atualmente. Sete morreram em plena luta, na Ao redor dos barracões da Hos– .pedaria de Tapaná, brincavam dezenas de crianças sub-alimen– tadas. Eram filhos dos soldados da borracha. Várias, de menos idade, nasceram nos serin:;;ais, sem qualquer espécie de assisttn– cia médica. Urna delas, de oito meses, cega de uma vista, deixa– va adivinhar estranhas molés– tias, adquiridas na Amazônia. Outras, em idade escolar, não ha– viam frequent~do ainda qualquer escola nem, por certo, possuí– do qualquer livro. Longe da ci– vilização, vivendo em plena sel– va, não podiam, de maneira al– guma, receber os primeiros ein– sinamentos. Os deputados Cupertino Con– tente, Flavio Moreira, Augusto Correia. L-0bíí.o da Silveira e ou– tros, também apartearam segui– damente o orador. metá, levando e trazendo as ma- ·silveira terminou com um reque- a.viã.o da .F. A. B.. las do Correio e conduzindo tam- rimento de arquivamento do "Jor– bém passageiros e cargas de Ca- nal de Caeté", exemplar que metá a Belém e vice-versa; ser- apresentava no momento, o que LUSTRES viço esse que deverá ser feito foi aprovado unanimemen;e. N ·a num ambiente de paz e harmonia, ENCERRADA A SESSAO ovi ades de após-guerra, gran- de variedade, recebeu e está. ven- o que certamente será de imenso Nada mais houve, tendo o pre- dendo aos melhores preços a alcance patriótico em proveito sidente encerrado a sessão, mar- daquele povo que há mais de um cando outra para terça-feira vin- C A S A D R A G A O século nunca se viu segregado do doura, por ser segunda-feira fe- Travessa 7 de setembro, 20 e 22 DfiCLARAÇÃO I convivia de seus semelhantes. ha- riado, Dia de Ti_ra_d_e_n_te_s_. ______ ______ __ ,_ 60_7:_ COMERCIAL! BOCHA. PINHEIRO & OIA., comunicam às Aut0- t'idades e Repairtições pú– blicas, federais, estaduais e municipais, aos Bancos e Casas Bancárias, ao respei– tavel Corpo ComerciaJ. em ~ral e a quem mais inte– ressair possa, que por escri– tura pública, de 20 de mar– ço do mês findo, lavrada ~ notas da tabeliã Joana qe Vasconcelos Diniz e de– vidamente arquivada na K. M. Junta ComerciaJ deste Estado, em despacho dê 12 do mês corrente, sob o n. 0 112/47, reconstituiu– ae a socieqade comercial que girava nesta praça sob\ a. razão social de ROCHA & PINHEIRO, com escritó– rio de Importação e Expor– tação de madeiras, à trai.. vessa Padre Eutiquio, 66 (altos), e proprietários da Estan:Cia "1.º de Maio", à avenida Senador Lemos, nºs. 718/26, que foi trans– formada para: ROCHA, PINHEIRO & CIA em virtude da, admissão do novio sócio quotista Lean– dro Gonzaga de Oliveira, da qual farão uso indistin– tamente todos os sócios, iendo o capital elevado para Cr$ 600.000,00 (SEIS– CENTOS MIL CRUZEI– ROS), já integralizados, passando à- firma, ora cons– ti tuida, a propriedade do Ativo e responsabilidade do Passivo, para exploração d-e idêntico ramo de co– mércio, sem solução de continuidade, nos me@-mos; estabelecimentos. Belém, 18 de abril de 1947. ' (a) &OCH.1, PINHEIRO & CIA.. (832 Pulmões sodios e arejados, onde não ''moram" micróbios! Pulmões que fazem inveja, s5.o pulmões "tratados" com o Cognac de Alcatrão! -~~vite as tosses, as gripes e as bronquites; enfrente as chu– vas e os "golpes de ar", desmoralize os resfriados. tomando o Cognac de Alcatrão Xavier. O Cognac de Alcatrão Xavier previne as doenças pulmonare~ Molhe-se como um pinto, mos, tome t UM ?!!OOUlO OV · 1,AllOIIATÓ~lO Ul!el:' t)Í:Í~CA~~ MVleg $. A., JOTAV:Ê-Pro/'<f:ad,,.GAI número no pe:iodo de estiagem. GRANDE MORTANDADE Após sairmos de "Santo Elias", fizemos nossa primeira escala do dia, na fazenda "Alegre", de propriedade do sr. Djalma Ma– chado, com 3.000 cabeças de ga– do, e uma das que mais foram atingidas pela grande cheia. Nesta fazenda, desabou um pe– queno temporal, com ventos for– tes, um .d~s sinais ~videntes de. secas prox1mas. Em "Alegre". assistimos a um espetáculo até então inédito para os nossos olhos · cerca de 16 re– zes, jaziam boiando à superficie das águas, a poucos ·metros de dis– tância, uma das outras. Po1tco mais ao longe, viam-se mais al– gumas rezes, também mortas, ao sabor das águas, enquanto que na '"maromba" da fazenda, somente lá. restavam duas rezes, uma mor,– rendo, já não mais se levantando, .e outra à procura do que comer. PROSSEGUE A VIAGEM SINAIS DE VERAO De "Mongubas", saimos às 16 hostilidade da floresta. O outro, horas do ~ 13, com destino a de nome Josias, veio com Antonio "Silnto Ellás", onde chegamos às para Belém. Não chogou, porém, 19 horas. , a nosso porto. Vítima de doen- Durante o trajeto tivemos oca- ças mortàis, não resistiu, fale– sião de constatar mais alguns si- cendo a bordo do "Distrito Fe– nals de verão m~ito próximo, den- deral". tre eles o aparecimento da "Iraú-1 TRABALmRAM PARA PAGAR na", pequena ave, que, nos cam- UMA CONTA po~ la".l"ados co'!?o do Marajó, usa História interessante é a que a Arumara.na ' como pouso. nos conta José Viana da Silva: RUMO A BELEM - Eu e màis três companheiros trabalhavamos no seringal "São De "Santo Elias", saímos ~ Romão". Ali compramos oito conr 14, às 3,-!!0 horas, escalando em tos de mercadorias. Viajavamos "Desterro", "Nossa Senhora do com nossa compara num batelão, Brasil", "São Luiz", "santa Ro- quando a lancha de propriedade sa", de Manuel Lobato, que sofreu de um senhor de nome Abraim, prejuizo quasi que total, e "Santa pôs a pique nosso barco. Perde– Maria", onde chegamos às 12,10 mos a mercadoria, salvando ape– horas, imediatamente partindo pa- nas uma lata de querozene e uma ra Belém, a bordo da "Souza Ma- garrafa de cachaça. O resultado tos". é que fomos obrigados a traba- Aportamos em Arariuna, onde lhar, eu e José Brasil, cêrca de chegamos às dezaI;J.ove horas, para, 1 ano e meio para pagar a parte às 3 horas e 30 minutos do dia que nos cabia na compra. Marco– seguinte, partirmos rumo a Beléµi, lino Vicente e Raimundo Rozen- Tumultos ..• Mais um navio para o Loide OUTROS DEPOIMENTOS Ouvimos, depois, · José Viana: -Eu trabalhava da 1 da ma• drugada às 8 da noite. Comiamos pirarucú, carne de macaco, da onça e capivara. Alguns compa– nheiros en,louqueceram. Começa– vam a "maginar" ... Um dos ex-soldados da batalha da borracha conta-nos o se– guinte: - No seringa! de Ponta Pela– da, encontrei um jovem de nome Deby, filho d.o capitão de policia. Joaquim Ml!nuel, ·fazendeiro no Ceará, na serra do Pereiro. Aque– le jovem, que possuia todo o con– forto em sua terra natal, ao lado de sua familia, está em situação A viilva de Miguel Emilio No– Saindo de "Alegre", estivemos na fazenda "Glória", do mesmo proprietário, e ;inde também a mortandade foi grande, sendo in~meras as rezes mortas que boiavam à flôr das águas, cerca– das de urubús que devoravam os últimos restos da carne dos ani– mais. (Continuação da 1.• p~.) culpa que as verdades surjafu e atinjam a quem atingirem. E' um homem sensivelmente marcado pelo passado. Não dese– ja ofendê-lo. Já foi advertido para det:x.M- o passado e tratar do futuro. Mas o presente - con– cluiu -- nasce do passado. DEFENDE-SE O SR. PRESTES 1 crítica, sem qualquer recurso pa.h. regressar. ruo, 18 (M.) - Aqul chegou O gueira, falecido misteriosamente, "Rio Amazonas" segunda unfdade 1a declara-nos que ela e seu esposo frota de dezoito cargueiros, adquiri- subiram com seus sete :filhos. Vol,.. dos, no: Estados Unidos, pelo Loide tando, .Joana Alves da Silva (na– Brasileiro. tural de Baturité) , só pôde trazer Continuando en:1 nossa viagem, atravessamos o rio Cururú, pas– sando pela fazenda "Pacoval", com 2 . 000 cabeças de gado, de propriedade do sr, Eraldo Souza, indo ter à fazenda "Mongubas", com 6. 000 rezes, dos herdeiros de Benjamin Magno, onde chegamos às 18 horas. . O PRIMEIRO "TESO" Dia 12, às 8,30, continuamos via– gem rumo à fazenda "Mar~)á", ,ia contra-costa noroeste da ilha e situada a alg).ms quilometros da cidade de Chaves, no municipio do mesmo nome . De "Mongubas", estivemos de passagem pela fazenda "Santa Bárbara", chegando .à "Marajá", às 14,30 horas, tl'das estas fazen– d::ts de propried:!de dos herdeiros de Benjamin M~.gno. Na fazenda "Marajá", foi a pri– meira e única, onde tivemos oca– sião de ver o gado em terra firme isto é, onde vimos pela primeira vez um "teso" que não estivesse submerso, isto depois de cortarmos o Marajó de costa a costa. O último orador foi o senador Luiz Carlos Prestes, que se de– fendeu das acusações contidas no noticiário das agências estrà.ngei– ras, relativas à apreensão aos comunistas paraguaios, de éartas d~ sua autoria, denunciando liga– çoes com os comunistas brasi- leiros. · O orador afirmou que estivera c.om o ministro ·do Exterior ha– vendo este autorizado deéLarar que ia providenciar, junto à Em– baixada Brasileira no Paraguai no sentido de serem obtidas a~ cartas em apreço, as quais se– gundo afirma o senador Préstes não existem. ' Há, disse o representante cod munista, cartas que enviou aos di– rigentes do:i Partidos Comunis– tas do Continente, convidando-os para o IV Congresso do PCB. Por isso, reputava caluniosas as noti– cias das agências estrangeiras. ------·---- ·------- O fumo encobre ..• 90 POR CENTO DA PRODUÇÃO (Continuação da 1.• pág.) mover os escombros da área in- Em palestra com um criador dustrial. ~s comunidades circun– tivemos ocasião de saber que ~ vizinhas oferecem tudo o que po– prejuizo na produção de bezerros dem afim de auxiliar as vitimas do corrente ano, co·m as atuais e eficientes esquadrões de salva~ inundações, atingirá a so por cen- mento foram organizados pelos to, enquanto que o cálculo para a cidadãos nos limites da zona de– perda do gado 2dulto, não será vastada. Tudo está sendo feito inferior a 10 ou 15 por cento do sem aborrecimente>s, ou apêles total . flxtravagantes ao sentimento ci- llecl&rou-DOa o l!Hsmo ffl!Mior, vico <io dever. QU. uâQ n~ta serem esses l)álculos modestos, de estimulo. O cáis da cidade foi pois que as águas atl:ngindo o ni- completamente dest::uido, e o pe– vel que atingiram, fizeram sub- tróleo .incandescenti, ameaca ot1- mergir as pastagens, ocasionando tras reservas que ue encóntram o enfraquecimento do gado, o ~ armazenadas. PREFE. ITURA MUNI- dois filhos menores. Os mais ve,.. lhos ficaram por falta de pafl,.. CIPAL. DE RELEM EDITAL A PREFEITURA MUNI– CIPAL DE BELEl\1, por meio do presente editaJ, convida os srs. contribuin– tes do imposto predial, a comparecerem ao Conten– cioso Municipal, afim de saldarem Os seus débitos atrazados até o dia 30 do corrente, sob pena de exe– cução judicial, de acôrdo com os dispositivos do de– creto-lei n. 0 112 (Código de Impostos e Taxas do :fy.Iu– nicipio de Belém) . tagem. Estirado na rêde, Antonio Fer• nandes de Azevedo, antigo a«ri• cultor na Paraiba, conta-nos: - Estive no seringa! de João Ca·rioca, no Jav0:ri. Devia rece– ber 7 cruzeiros diários, mas meu saldo foi zero. Não tenho roupa. Trouxe da Amazônia uma ferida braba e chumbo na perna. Tirei, em dois anos e pouco, 2.500 qui– los de borracha. Ouvimos José Rodrigues Farias: - Em seis meses, consegui ti– rar 550 quilos de borracha. Meu saldÕ ? Esta barriga inchada. E que saldo poderia ter, comp_ran– do jabá a 40 cruzeiros o quilo 'I Estou doido para chegar a So– bral, minha terra. Muitos nào voltarão mais. Ficaram enterra~ dos lá mesmo. De uma turma da 10, por exemplo, morreram oito, comidos por jacaré ou béri-béri. - Agora ? - interrogamos Pe~ dro Rodrigues da Silva: . . J - Estou pagando caro minha\ aventura. Fugi de casa para co, nhecer o mundo. Belém, 19.47. 18 de , abril de OUCAM A : (830 1 SRS. l\'.IECANICOS E 1 - GARAGISTAS i ' 1 LivN da f(;'i'L."\".!e-ro a s ~ ;!!, 1 , ~ ii;: \tie, ~/ > ,-.:,~,~~·~1 ç.ç;~ u;·.á so :1_vlreaç0.o cb ,._ ~ - :R O Z E lf" .M Peà.idoa -pelo a,.l'~cimit~so. '!35. ' (ôl,"1

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