A Provincia do Pará de 19 de abril de 1947

r~;P))':.';•~. ~t(- r,n 1r' '.,j ";',t'-! (,l -:, 1"".~·,1 r·,:r !) merito r:si m1est~,i fio frr 'ui.mPnto da .ruventudP Comunisia. chama– va a ;üenc.'io da Cas'.l para a im– pronrirclnde das moçõ<?s de r.pl ~,u– so :10 °EXP"Ut.ivo, pois é <'aracteris– tico elo n•girnP, p::,rlamentar. To– davia.. 0cupava-se do assunto para expôr o pnnto de vista d0- UDN. r'Rfü'\IJ.ATURO Antes de ma:s Dada, declarou ser prrmaturo <J voto de congra– tulações, um::i vez que o assunto dependP de julgamento, não pare– cendo licito, ao orador, o açoda– mento, Ao começar sua argu– ;;nentaçãc, pergunta. à guisa de preâmbulo; - "Como conciliar uma orgnnização desse tipo, com e regime democtático?" Faz, en- ão, consideracõ,.s sobre o papel ~a €scola. na educação da juven– tude, nara concluir dizendo que as contendas politica.s não cjevem in– terferir na educaçii.o, nem pene– trar nas escola~. Apoiando sua assertiva, recorda o que se fez na Italla e na Ahimanha, deturpan– dq-se, por uma educação secta– ria, a mentalidade juvenil em ple– no desenvolvimento. Ao abuso verificado naqueles países chamou de exploração das escolas e de– n·: nstrou que o nrtificialísmo pro– positado da edncação desviou o curso natural da formação juve– nil. Passou, em seguida, ao caso russo. Depois de mostrar o tra– balho constante de desgaste exe– cutado pelas escolas soviéticas, acentuou a sua condenação ao re– gime lá existente, de incutir na mocidade a paixão pela ideologia dominante. Em breve - diz o orador - n!nguem mais compre– ende outra vida senão a que se vive na dltadum proletária. Cita Lenin, cuja principal fina– lidade era demolir a burguesia até seus últilnos alicerces e afirmava que "a instruçã::i jamais será in– dependente da política". Con– cluindo esta parte, lembra que a prática revolucionária era prece– dida pela pedagogia revolucioná– ria. Recorda o orador as pala– vras do brigadeiro Eduardo Go– mes. no discurso de Salvador, em que condenou o arbitrlo do Esta– do na questão do ensino, conde– nando, tambem, a Juventude Bra– sileira pre-militarizada. Refere– se ao programa da UDN e declara que deverão ser escoimados do en– sino os resquícios ditatoriais e da Carta Brasileira de Educação De– mocrática, elaborada pela Associa– ção Brasileira, propondo seja evi– tada, na escola, a influencia do– gmática. Afirma que não acom– 'PlW)ha a Executiva, na fundamen– tµ.ção do ato que fechou a União di Juventude Comunista. porque entende que o mesmo devia es– ter baseado na Constituição de 18 de setembro, que defere à União traçar as diretrizes da educação. Surge, então, e primeiro aparte da bancada comunista, na pala– vra do deputado Arruda Camara, que diz que o "Ministro Costa Neto" havia, naturalmente, enco– mendado tais 3rgumentos "a ele orador". O sr. Prado Kelly res– ponde, rebatendo os argumentos do aparteante, P., quasi concluin– do. afirma : - "A educação é a chave do mundo novo". A outro b(-;Cf . e::.• .J , 1 ·" ~ c.s a.::gume11L.o:" do orador. Não me limito ao atn do Presidente da República. O que precisamos evitar é a corrupçi"l,o da r.o~sa juventud-~. Do contrário, cuviremo~. de novo. a frase italia– na: o Duce tem ~em11re razão ... " Insiste o sr . Arruda Câmara em declarar que a ctitude do orador é de capitulação, ao que ele res– ponde : - "Quando v. excia. ti– ver argumento nevo, avise, que lhe concederei -aparte". O ár. Fran– cisco Gomes, tambem comunista, declarou que o orador estava ser– vindo aos que querem "enterrar a Democracia " . Concluindo seu discurso, disse o sr. Hermes Lima que é "esquer– dista de formação democrática e não de formação sectária", acres– cEntando que "•)S senhores comu– nistas só veem a política com antôlhos ... " APOIO DO P. S. D. Manifestando, em nome do P. S. D., inteiro apoio ao ato do Presidente da Hepública, o sr. Acúrcio Torres r:ede ao sr. Barre– to Pinto que retirasse seu requeri– mento, em face dás restrições le– vantadas quanto ao seu cabimen– to. O representante comunista, Carlos Marighela, ocupa a tribuna e faz novas críticas ao ato do fe– chamento dit UJC, estranhando a atitude assumida pelo sr. Prado Kelly e tambem pelo sr. Hermes Lima. O sr. Barreto Pinto retira seu n:querimento. alegando que o con– siderava aprovado por aclamação, em consequencia do pronuncia– mento dos lideres das correntes democráticas. SEMANA DO INDIO Em seguida o i;residentc !l.omeia (Continúa na 3.ª pág.) vo1oa1~c1,, o mini;k~~·cÍ~ .. T;:;b~lh~, · para prestar informações ao Par– lamento. BORGHI NO •:'ATEI'E - RIO, 18 <Meridional) - O sr. Hug.o Borç:hl tem comparecido ultimamente ao Catete. Ontem ali esteve, tendo sido recebido pelo presidente Dutra. Avistou-se tam– bém com o sr. Pereira Lira, com quem conferenciou longamente. O sr. Hugo Borghi vem anunciando para os próximos dias, !l. insta– lação do diretôrio do- Partido Po– pular Trabalhista na capital, afir– mando que dele farão parte al– guns antigos fundadores do PT'B. BANANA EM VEZ DE MACARRA'O RIQ, 18 (Meridionl) - Um jornal informa que o sr. Hugo BoTghl, depois de organizado o seu novo partido, preterlcie desen– volver intensa ação política junto às massas. Agora, porém, o Rio será o local -escolhido para a sua experiência, apenas com uma di– ferença: em vez de tendas de macarrão, os caTiocas vão conhe– cer tendas de banana ... RECURSO CONTRA A DIPLO- MAÇAO DO SENADOR RIO, 18 (Meridional) - O PSD paulista interpôs um recurso no TSE pleiteando a cassaç~ do _di– ploma· de senador por Sao Paulo, expedido em favor do sr. Eucli– des Vieira, eleito pelo PSP, a 19 de janeiro. INGRESSARAO NO PR · RIO, 18 (Meridional) - Sob a presidência do sr. Bernardes Fi– lho, reuniram os proceres do PR. Segundo apurou a reporta– gem, é pensamento do sr. Ç>ta– cilio Negrão Lima e seus amigos, ingressarem no PR. das C. Estaduais de Preqos RIO, 18 (Meridional) - A r.,,.or– tagem acreditada Junto ao Ministério do Trabalho ouviu, pelo telefone, o coronel l\larto Gomes, presentemen– te em São Paulo. Sobre sua visita àquele Estado, cUs– se ele: "Estou colhendo os melhores frutos de minha viagem. Em contas– to com as autoridades estaduais e classes produtoras, pude observar o interesse qúe as mesmas têm em 110- lucionar todos os nossos problemas economlcoe. Ainda. ontem estive reu– nido coin uma. comissÀO eonstltu1da de htm,ens ·de grande ttroclnio. Tive oportunidade de fala.r da confian– ça que o pr8l!U1ente Dutra deposita em São Pâülo, não só no tocante à produção, mas também no que con– cerne à solução de nossa crise eco– .nomica. Escalarecf que não temos o objetivo de perseguir ou prejudicar a indústria ou o comercio, e sim contar com a cooperação dessas clas– ses. Disse que o Presidente da Re– pública vencerá. a crise, custll o que custar e para isso precisava contar com o patriotismo e a boa vontade da gente de São ·Paulo". Informou o presidente da CCP que considerava. necessário o tabelamen– to no Brasil, mas que ele devia ser efetuado, tambem, nas fontes de pro– dução. Adiantou que, para tanto, convoeará, dentro de 30 dias, todos os presidentes das Comissões Estaduais, para uma reunião aqui, afim de se– rem acertadas medidas uniformes pa– ra a ação conjunta e identica em todo o territorio n!.cional. ,_.-,,. l-.,u.!:H Jct,~ .6Ui!U.~ .:,jll,lll:i'Ub."' A'.H.J J.11 L.;rior, xsso devido à muõanç:;, n~-. direção dos ventos. As autoridades da guarda cos– teira determinaram a abertura cte rigoroso inquérito, para apurar as cansas da explosão, ocorrida em Galveston, a bordo do navio francês· que .ali se achava anco– rado. Essa explosão deu margem ao holocausto em consequência do qual pereceram niais de mfl pes– sõas. TEXAS, 18 (AP) - Hoje, qua– renta e oito horas após o navio francês "Grand Camp" ter exp!o– d1do, gigantei;cos incendios ainda estão devastando os tanques do petlróleo, cujo valor é calculado em vários milhões de dólares. As áreas residenciais da cidade, na sua maioria. grandemente danifi– cadas, não se encontram ainda a sál-iro diís chamas. Ignora-se o total dos danos materiais, e quan– tas pessôas pereceram no tremen– do sin1st'ro. No entanto, a cida– de está calma, .e não se regista-. fam saques de espécie alguma. Os policiais do Texas e das cidades vizinhas trabalham com verda– deira disciplina para manter a ordem, e isolar a área destruída. Poucos minutos após a explo– são que espatifou os vidros de todas as janelas, os moradores es– tavam colocando sanefas proteto– ras, e horas mais tarde, com gran– de otimismo colocavam-se vidros novos. Poucas pessôas tem aten– dido à determinação das autori– dades para que se mantenham fóra da cidade. Milhares de fami– lias, inclusive muitas que perde– ram vários membros na catástro– fe, permanecem em seus lares, trabàlhando ativamente, para _re- (Continúa na 3.ª pãg.) s ta.ni.os destr'L1indo as n·ações unidas? Surnner WELLES (Ex-Sub-Secretário de Sstado dos Estados Unidos) Copyright dos Diários A3Sociados") NOVA YORK - Via rz,àio - A ori~ntação da propagan<:1-a que a União Soviétic::1. ad.ctará ni sc-u e;:;forç::, 1:ara ccmoater a pol!tica ex– terior americana iá EJ re· ·ela nitidamente nos editoriais publicados no ··I2vestia ., C' " 0 Pravda •·. . . Esses pr:mc,rcs ataoues repisr.ú1 duas afirm:lth·as. A primeira e s. acusação de c;ue o prÔpcsso auxilio à gre_cia e ~ '?-'urquia pelo_s E~– tados Unidos 1;:,da muis é qwi "e:;:pansao im;?erml!sta. sob o ~ilsfa. - ce de caridade··. Este 2"r1sumento não causara mmta im9res~a? nos Estados Unidos, m:is prociuzirá rêsultados. na ;Euro'.)a e servira pa– ra provocar suspeitas nacioDalistas no Oriente Prox1mo. A segunc:a acuGaç::.o é qU:) &s propostas do presidente Truman destruirão as Nacões Unidas. Esta idéh recebeu f;rande acolhimen– to popular nc, Ésbdc3 Unidcs e na I11G")at2rrn e s2rá_ en_rpregada sempre com maior frequência pel::,s cumpLces c:iretos e mdiretos da União Soviética n2is dsmccracias ocidentais. A impreEsa coEtrol2.da pelos russos proclama que se as re~cmer_i– dações do presidente fore1:1 seguidas, o apoio dos Estados Umdos as Nações Unidas so torne.rã sem valor, e declara que "embora Mr. Truman tenha mencionado várias vezes na sua mcnsD.gem as ~9:– ções Unidas is'~o foi obviamente nece:c:rnrio ressalvar a responsabil!– dade dessa ~rganização, a despe:tD da:; cbrigações C'Xistentes entre o Govêrno americano e as Nações Unidas". Essa propaganda é alt9:mente efetiva_ de muitas centenas de mi– lhares de pessoas neste pais acredham smceramente que, agora 9ue as Nações Unidas estão estabelecidas, devem esta,·. em consequen– cia automaticamente preparadas para resolver todos os problemas qu~ possam surgir, Sentem que se este país d~ixar atualmente ~e submeter às Nações Unidas questões cuja soluçao devem afetar vi– talmente a sua p:ópria segurança, isso corresponde a sabotagem da organização internacional. - , . O único meio adequado de ccmbater com ex1to a propaganda dessa classe está na resolução dos cidadãos americanos se familia– rizarem com o aqual "statu" das Nações Unidas e procurar com– preender as suas atuais limitações. A verdade é que as Nações Unidas estão no primeiro estágio de sua formação. o Conselho de Segurança não controla departamen– tos para aplic~.- , d!\ l~i; não conseguiu, até a_ql_li. chegar a um &• côrdo sobre a ( :. __stitu!çao de uma !orça de poltc1a internacional, de t'.m programa cte desarmamento, ou de um "statu" para o contr?le da energia atômica. Nem a Assembléia nei_n. o ConselI:o ~conômico e Social disuõem ainda de fundos para aliviar emergencias econo– rnicas, o ponto crucial da questão é, sem dúvida, que_ os objetivos_ co– Lmados pela União Soviética e pelos Estados Umdos n_o Med1ter– raneo Oriental são diametralmente opostos. MoSC(!U de_seJa a exten– são da influência russa sobre a Grecia e a Turqma, !1ªº obstante a irredutível oposição ao comunismo de gr~ndes ma1o[ias daq~eles países. Os Estados Unidos procuram garantir a essas auas naç<?es a capacidade de se manterem independentes e preservar a sua mte- gridade politica. . _ Nesta fase do s0u desenvolvimento, as Nações Umdas nao po– dem tomar ação positiva através d~-Consel_hó_ de ~eg_urança, a ,me– nos que os Estados Unidos e a Umao Soviética c~teJai:n de .acordo quanto à polit;ca a ser seguida. A' luz dessa verc!_ade ax10mática, co– mo podem as Nações Unidas tentar qualquer- aç:3-0 no _caso da. Gr~c eia sem com isso ac0;:it.uar os existentes antagomsmos mt!;_rn!:c1onais e pôr em risco uma colisão entre as duas maiores potencias do mi.:nd::,? . A política enunciada pelo presidente T~uman é destmada a p~o– mover o segundo objetivo das Naç~es .1:!mdas,. co_nl'ta!1te _do artigo urimeiro da Carta. "respeito pelo prmc1p10 de direitos iguai~ e _auto– determinação dos povos". E' uma política _que só pode c?1:1t.:ib1pr pa– t;1 o clesenvolvimento das condições mundiais que permitirao as Na– cões Unidas se tornar gradualmente mais fortes e assumir eventual- mente todas as suas legitimas responsabilidad~s. , . . Uma crise tal como a que surgiu na Grecia so poderia ser cm– dada pelas Nações Unidas com alguma perspectiv:, de êxi~o depois aue as principais potências tivessem concordado sobre o~ aJustes de paz, depois que a organização obtiv_esse a força e a. aut(!nd:3-de neces– sarias para pôr em pratica os objetivos para os quais foi criada, e de– pois que cada uma das grandes potências se convencesse ~e que exis– te no mundo força suficiente para sufocar novas !en~a~1vas de e~– pansão militar ou ideologica e que a su:3- segurança ~nd_iv;dual ~st_ar~a melhor salvaguardada pelo respeito umversal ao prmcip10 de direi- tos iguais e auto-~eti:.-rminação dos povos". . . Seria uma grande coisa para esta democracia se todos ~1' cida; dãos americanos analizassem a propaganda com que este pais esta sendo agora inundado à luz desses frios e inquestionaveis fat(!S. Se a;:sim fizerem, verão que a política recomendada I?elo _presidente Truman não destruiri as Nações Unidas, mas ao contrario, tornar– lhe-á possivel sobreviver. O que na verdade poderia destruir as Na– ções Unidas, e rapidamente, seria nosso gov~rno ~o~çar _essa orga– nizucáo a t::imar conhecimento das controvers1as .ba1;1Cas mternac10- nais ·nesta fase da sua existência, em que não se acha preparada pa– ra resolvê-las, et, du. 1:.T' ... .,,1_r--.::• .... 1 Cesar e Elisiario Ba1 )osa q~e 1.•.::f~í•:·P:-.r ten• ,r- ·-:J,ni'ler- •.ini;·:·~~~~ J;~;.~ ~ ~:'~:.;;P./i~~f-JUU sas barbantlau!S da poliua do SIT•JAÇõES DOS INSTITUTOS chegaram ao O<Jntro <;om sinais de espancamento, e, não con tente com a providencia, deixou um policial de guarda na porta da casa forte. Pouco depois vá– rios policiais apareceram no Cen– tro para levar :;.~ impressões di– gitais, de ordem do T. S. N .. Mais tarde soube que haviam sido condenados pelo T. S. N., Dio– cesano a 30 anos de cadeia e Eli– siário a 20. Dadas as suas precá– rias condições fi~icas, os dois pa– cientes morrerar.1 dentro de pouco tempo. TORTURADO Narrou tambení. o carn de F11~n– ciseo Caruso que entrou no hos– nicio a 2 de fevereiro de 1942 com ô corpo todo marcado de tortu– ras·. Continuando, o ~. Samuel L1;,pes Pereira. acrescentou: "Esse caso comoveu-me. Fran– cisco tinha. as pcnta-:s dos dedos queimadas e as unhas arranca– das, e sinais ele fogo nas náde– gas. Enfim, era um frangalho hu- 1:::1ano. Ele passou aqui algumas semana::; semt-morto. Pepois dc– so.pareceu. Levaram-rio. Creio que foi assassinudo ". PROVAS Interrogado lle h! vá:r~ • de tais crÍ,l!les, tespo:µtl~: · ' no arqulv'b do Centro :Ps'lqu • O fechamento da Juventude Comunista RIO, l~ •,::lk~ldlonal) - A propoe,lto do fec:t,amcnto da "Juventude Co– munista", a reportai:em ouviu o pro– curador Tem!stocle3 Cavalcante, que disse Ji\ ter designado o procurador Plinio Travassos pare. in!cier ainda hoje a competente ação ordlnã.r!a perante a Vara da Fazenda a que couber a distribuição. Assim a ação correrá ao mesmo tempo com o in– quérito pcfücial, inquérito esse tam– bem acompanhado pelo procurador designado. Indagado sôbre qual o recurso que caberá a decisão final do tribunal, o procurador Temlstocles Cavalcante respondeu: "Será uma apelação para o tribunal de recursos, e quanto aos seus efeitos é um caso a ser estudado". Lembramos que o tribunal ainda não estava constituldo, pois o Con~resso não resolveu em de– finitivo sôbre a matéria. Estará o tribunal funcionando dentro de seis meses ? Perguntou o reporter. O sr. Temistocles Cavalcante esclareceu que deverá ser apreciado no trans– curso da ação. Por fim perguntamos se no fin. de seis meses, caso a ação não estivesse julgada, poderia o go– vêrno prorrogou o prazo de suspensão da Juventude. Respondeu-nos o pro– curador: "A lei que serviu de base ao decreto sôbre a suspensão não cogita da prorrogação. A sua conta– gem não correrá durante o prazo do processo. o prazo, é para assim di– zer I somente para ser iniciada a ação" • Perdidos nas matas da Tijuca RIO, 18 (Meridional) - Dois al,u- Distrito Fedem 1. A policia trans– formou o hospicio num campo de concentração. Só nos ~abia resti– tuir a razão àqueles que porven– tura a perdessem. Ao contrãrio assistíamos à morte deles". Não conheceu do recurso RIO, 18 (M.) - O Supremo Tribu– nal Federal não conheceu, por una– nimidade, do recurso extraordinário n. 4.654, procedente do Pará, em qU1l é recorrente Fernando Barros Fran– ko e recorrida a Fazenda Nacional. NEGADO PROVIMENTO RIO, 18 (M.) - O Supremo Trl)?_u– nal Federal negou provimento, una– nimemente, ao recurso extraordinário n. ll.354, procedente do Pará, sendo recorrente, Felipe F.arah, e rêcorr1dôs Hlgson & Cia. Ltda, 50 milhões para a Caixa de Crétl~o Cooperativo n,:o, 13 (M.) - Foi assinado decre– to abrindo, ~,o Ministério da Agi'ftiul– t .::a, -um cc·ó<llto especial de 50 ml– ::1õ~. do cruzeiros, para !ti;i,anc1a– me,u'tlll dt.& -opetações da Ca1xa de crcsitho C09perat1vo. Aumentado o capiial do City Bank ,:Iü, 13 \M.) - Por decreto de ho– l3, !õi 11proraóC1 o 11umento de 9 pal',1t Ji, m\}.h<l..a de cruze!ros, do capltâl 13.o r.auw.-1 C1.1Y I!ar.k or New York, 'pua. auts 0pcira~ to Brasil. Libertação da ener.gia atômica para fins industriais HAR7 ,F.LL . EERKSHI:aE, 18 (Ro; na.ld BeMord. da &eut1,n;) - Duran• te a ccnrer6ncta dedlcr,da a.os habt– antes C:e Har-w-.11, cidade atômica nun1oro un1, da G~ã.--'3retanha, o õr. W. J. Whltehouae, um dos cient!s– fas das usinas locais, ut1l1zou a areia : adio-ativa do deserto do 1-lovo Me– x:co, onde a primeira bomba atômi– ca foi lançada. Essa areia foi empre– gada para Ilustrar os efeitos mortais dos ralos gama e beta, que têm 11- gação com a energia atômica. A conferência em questão !az par– te de uma série de palestras desti– nadas a pôr termo aos boatos !an– tastlcos de que a energia atômica. está causando males aos habitantes. O secretário assistente da British Chemical Workers Union (Sindica– to dos Empregados em Indústrias Quimicas da Grã-Bretanha) alegou, há uma semana atrás, que os operá– rios da estação atômica da Inglater– ra setentrional estavam ficando es– téreis. o dr. Whitehouse negou que isso pudesse acontecer e citou, como ex.emplo, os operários de Chalk Ri– ver, no Canadá, onde todos os que empregam suas atividades em mistér !dentice gozam excelente Saúde. Disse o conferencista: - "Já est11- mos quasi resolvendo o problema da libertação da energia atômica para fins práticos de engenharia. Quando digo quasi, isso significa uns 10 anos, mais ou 1nenos~'. 1 3533 nos do Colégio São José, dos Irmãos Maristas no Tijuca, à tarde de on:- l/ tem após o banho na piscina, inter– naram-se nas matas que circudam o educandário, trajando apenas cal• / ções, e não mais regressando. Como ,1 até às 11 horas da nQjte os alunos não tivessem regressaâõ, foi solici– tado o ·auxll!o dos bombeiros os quais não demoraram muito a localizar os estudantes que são os jovens Antonio Càr'os Pessia e Kreber Carvalho Melo. P..mbos foram encontrados dormindo nob uma arvore. onde pretendiam passar a ncite, pois haviam se per– dido nas matas. E' O NUMERO DO telefone automático -DA-· GAKAGE DO COMERCIO- -DE– JGAQUJM COUTQ Inir.ialmente. ao abordar a si– tuação dos Institutos de Previ– dência. declarou que não é esti'– ril e nem passará esse debate en– tmanto não se de~vanecer o velho ,, impertinente equívoco da Legis– la:;iio Trabalhistr,. do Estado Novo. Afirmou o orador que. defenden– do e~sa legislação. o sr.- Marcon– des Filho estava no ~eu papel, com o velho "bôa noite, traba– lhadores". Faz, entf.,. o sr.· José Américo, uma critica ao discur– so do sr. Marconde:;, Filho, ll.cusando-o de, prevalecendo-se do dom da oratória, querer avul– tar uma obra inexistente do Es– tado Novo. Depois de ler o seu requerimento de informações, o orador declara que, com essas in– formações, terá elementos para a resposta completa. ao discurso. muito embora já negasse, desde 1945, em discurso, as benemerên– cias do chamado Estado Novo. A maioria das leis existentes fo– ram votadas pela Câmara, ante– teriormente ao advento da revo– lução de. 1937. E citou, então, as datas da sanção d·e diversai; leis sociais, para mostrar 411e elas fo– ram anteriores ao Estacto Novo. TUMULTO Apartela o sr. Salgado Filho, , dizetl'dô <fue, com algumas exce– ções, essas leis não foram obra do Estlíàb Nõvo e sim do sr. Ge– túlio Vargas. Há numerosos con– tra-apartes, géneraliza-se o tu– multo, quando o sr. José Améri– co declara qúe o sr. Getúlio Var– ga~. depois de 19:jo, quando cer– cado dos verdadeiros democratas, de homens que queriam somente o bem e o progresso do pais, ha– via realizado obra social. Mas depois, houve o desvirtuamento. O sr. Etelvino Lins lembra a obra do govêrno, quando contava com ministros como o orador. Mas o sr. José Américo responde que a obra não foi realizada por êle e sim pelo sr. Lindolfo Color, cuja memória deveria merecer a a veneração de todos. Passou: então, o orador, a uma crítica mais severa ao Estado Novo, afirmando que, enquan~, se gastavam milhões em co1:.:t--t,– ções de palácios. o govérno a ',f1. - donava a casa, do trabalh::do.· J; crime maior, afirmou o r·:. iy,,, J'_mérico, foi desviar os di::~::::o., dos Institutos para o D::::'. .te > verou ainda que os Institutc.,. : : o, pressão de interernes, favorcccrr,n a inflção, citando o carn d~ un dêles, que adquirira um t::n1·c-r.c• por 4 milhões de cruzeiros, quando êsse mesmo terreno. m3ses atr~s. havia sido vendido por 200 mil cruzeiros. ESTATISTICA O orador pasrn;i a ler o quac'.ro estatístico das p::nsões co:1c2d'.– das, quando foi aparteado pelo ~,·. Fernandes Tavora. que citou o caso de uma empregada c,e ~eu escritório, que, após gra,1àc ú"– mora. conrnguiu uma pen[ão de 49 cruzeiros 1r. ensai:;. O sr. Salgado Filho contra– aparteou, gerando-se, er.t::o. tal confusão, que o presid,:1t2. c.:i:::1- te da exaltação de âni:~1os. ~~Yc de intervir. fazendo soar 03 t;'n– panos, para que a calma volta:se ao recinto. Serenados os ânimos·. o sr. José Américo declarou que não o-a calculada e apaixonadam0nte que criticava o Estado Novo. Tem um drama de r.onsciü,– cia com uma pessôa q,ue está. 1.u– t:ente '.queria refenr-se ao sr. Getúlio Varga. 0 , que não com;;ia– recera à. reunião, , mas nio tem 'tcontinúa na 3.ª pág.)

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