A Provincia do Pará de 19 de abril de 1947

A PROV!NCIA· DO PAUA _____ ____________..:..;.;,;;;.:;;::::;::::;;;;::::::::::::=;.;;::.:...::..:::...::..___;:._~;.___________________::___::__________:.;;;:__ Sábado, 19 de Abril de 1947 ---------------- ---- --------- ------------:- 1, EX-SOLDADOS DA BATALHA DA BORRACHA - Sub-::llmcntados, vítimas de impaludismo e outras doene,as, morüido por cobras venenozas, eaustos, assim estão rc•:;re"s::a (o os ex-enm:mtN tes do fro:.t 2,m3zonko onde, enfrentando:, hostilidade da selva, ali levarb~ per uma falsa propagan– ·da.. trabalharam tríci, ou quatro anos tlr.indo a borracha que em muito contribuiu pára a vitoria das nações aliadas. Vemos, 1<clma, alfuns fotos dos chamdaos '"arigós" que sacrificaram sua saúde e abanµonaram seu lar para adoecer u empobrecer na selma amazonlca. (Futos Britli Phlto, ..........................,.. para A PROVINCIA DO PARAt), ................... . r erracl1a ivent s ve~tam ~ Ili • li e~~~r;a I elgr n Mais pobres do que quando partiram As doen~as e os mistérios do vale - Ouvindo o depoimento de cerca de 109 nordestinos que r-etornam desiludidos da grande aventura - Um aspecto sombrio ~ia Batalha da Borracha Nenhum assunto mais delicado para ser abartlãdo nüma reportagem, que o da Batalha da Borarcha, em tôrno da qual existe já vastissima literatura àe combate e de apologia. Ela apresenta, na realidade, aspectos demasiadamente complexos para que a simples impressão que nos transmita um deles possa ser tida como elemento de julgamento dos seus resul– tados ou do seu fracasso. Ai temos como principais saldos positivos a elevação da produção gomifera a se manter mes– mo no período de após-guerra, se bem que ainda sob a vigên– cia dos preços garantidos pelos Acôrdos de Washington, e a prosperidade do Banco de Crédito da Borracha, quesobreviveu ao período de emergência a que devia atender e se apresenta para transformar-se em órgáo financiador de um piar.o per-· manente de valorização da região amazônica. Embora se legue que a quéda dos preços, tida como inevitavcl, provocará nova derrocada da produção da borracha, deve-se ter em con– ta que durante este período cresceu o consunw nacional. da an1i1.n._ r>.nm. n rlP...'i:P.'ll.1'nl'nimJ.ntn ilrt. inr1.úsdrit1. r1.P. n.rtPfnfn':! ti.R. DINREIRO ? NEM A CôR ! Falamos, a seguir, com José Fernandes de Sousa, Antonio Ro- . drigues Ferreira, Manuel Ferrei– ra. Sobrinho Francisco Porfirio da Silva e josé Brasil da Silva. Nem um destes está com sua saúde perfeita. Falidos pelo im– paludismo, as pern~s in~hadas, reumaticos. o orgamsmo intoxi– cado pelos 'remédios tomados sem prescrição médica, demonstravam apenas o desejo de volta:, regres– sar o mais depressa poss1vel, para seus municipios, no Ceará, onde a chuva está caindo. Disse-nos Manuel Sobrinho: - Não trabalhei em seringais. Dediquei-me à agricultura. Fal- , tou-me a vista ao mesmo tempo -,rr, '"'" ru:: febres me atacavan1. ,

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0