A Provincia do Pará de 18 de abril de 1947

ordem está sendo gradualmente restabelecida na cidade. Novas explosões iluminar!l,m us céus do centro industrial de estaleiros do Texas, cuja população, ne>s últi– mos anos, cresceu de 5 mil para 15 mil com a abertura de novas fá– bricas. As primeiras horas da ma– nhã de hoje foi pelos ares o car– gueiro norte-americano "High Flyel", de 6.214 toneladas, carre– gado com 900 toneldadas de amo– nio. O navio estava sendo rebo– cado para fóra do porto. Regis– taram-se novas vítimas quando o:. pedaços do navio atingiram a cidade, e cobriram de fumaça os trabalhadores que se encontra– vam recolhendo os corpos das vi– timas. REPLICA DA BOMBA ATOMICA As fotografias publicadas hoje sôbre a explosão ocorrida ontem com o navio francês "Grand Cam.p" e na fábrica de produtos químicos Monsanto. foram des– c_ritas como replicas às explosões d~ bomba atôtimac de Bikini. O nf.vio "High Flyer" incendiou-se efu. consequência das chamas que se alestravam nas docas, apesar dos esforços das autoridades por– tuárias para evit.i,,r o sinistro. A segunda explosão acredita-se que tenha ocorrido nos grandes tan– ques de petróleo que se encontram ao longo do cáis da cidade, não sendo porém confirmada a noti– cia. Três outras explosões ocor– ridas horas depois, diz-se terem sido em consequência de um in– cendio em tanques de petróleo. Essas explosões ailalaram a ci– dade de Texas, e secuciiram os e'.çlificios de Galveston, que se en– contra há 15 milhas ,de distan– cia, para onde estão sendo con– duzidas as vítimas da hecatom– ~- Outra. explosão foi registada :q~ man:qã de hoje,porém a su~ q,rjgem não está suficientemente clara. O EXODO Gigantescas linhas de car.ros i::omeçaram a movimentar-se loo-o após que o navio "High Flye;" fõi pelos ares, precendo as estra– d~s de evacuação na Europa du– rante a última guerra. Um po– liéial declarou que toda a cidade está em perigo. "Se o vento mu– dar da direção sul", disse ele "toda a cidade poderá ser incen~ di~da, se os tanques de petróleo existentes começarem a queimar"_ Muitas pessôas fogem da cidade temendo que uma nuvem de gás mortífero possa envolvê-las o~ que não perderam todos os 'seus haveres nas chamas e ruínas, dei– xaram atrás o que não puderam transportar. As autoridades decla– ram que as noticias sôbre a exis– tência de gases venenosos são verdadeiras. "E' possível" dizem, "que o gás tenha se formado em consequên– cl,a da oxidação da carga de ni– tr'?-to de amonio que o "High F,!:Yer" conduzia, transformando .em gás de riso". Todavia, os policiais pedem às p,essôas que se aproximam da área sinistrada, que se afastem 1:0,v. ~-, l.MenmonalJ - Allor– dado pela imprensa, sôbre as pl·o– vidências tomadas em tôrno da União da Juventude Comunista o ministro da, Justiça adiantou que, no momento, a polícia limi– ta-se à vigllâncla, para evitar que a entidade desrespeite a decisão do govêrno, que determinou a sus~ pensão, por seis meses, de suas atividades. mais movimentadas e prolongadas sessõe~, manifestando sua conde– nação à Juyentude Comunista, através da palavra dos lideres do PSD e da UDN. ~se assunto político do momento e a defesa da legislação social do Estado Novo, feita pelo ex-ministro do Trabalho, sr. Mar– condes Filho, foram os têmas que 1:t1v, n t.Mena10na11 - .!:'ara debater os problemas relativos à imediata execução do plano agrí– cola de fomento e produção, es– tiveram reunidos no Ministério da Agricultura diversos diretores de departamentos do Ministério. Na reunião, na parte referente às ex– periências sôbre o fomento e es– tudos das zonas de produção, fi– cou resolvido c;_ue sejam criados vinte centros de treinamento ru– ral no norte e nordeste, e que sejam estimulados os já existen– tes nos Estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais. Juru.a.J1~•1ut 4.LH ~ \,;UJU.}JJ.Ct:;U.UIC' o sentlmentl> de muitos ar– gentinos a respeito da ln– terferencia da America do Norte nos assuntos Internos do Beu país". "Tenho muitos am!,:os latino-amerlcanos que desaprovam completamente a prática dos Estados Unidos com relação à Argentina", a– crescentou Wallace, "porém Isso não significa que eles a p o i e m incondicionalmente Peron, presidente da Repú– blica. Alguns destes meus a– migos acreditam mesmo que a polltica norte-americana tem servido para fortalecer Peron. Não desconhrço o que o che– fe da nação argentina tem feito com relação aos traba– lhadores. Também sei o que ele fez em pró! das massas. ·Porém o meu coração está RIO, 17 (Meridional) - Estiveram ,·pi_midas as comissões incumbidas organizar a convençíl.o nacional 1 0 PSD e examinar os projetos de RIO, 17 (Meridional) - A pro– pósito do fechamento de. "Juven– tude Comunista" o sr. Alceu Bar– bêdo, prestou as · seguintes decla– rações : "Se o cancelamento do registo do PCB é um atentado à democracia e à negação do direi– to, outra significação não terá a suspensão ou dissolução da juven– tude comunista. Não há como separar um acontecimento do ou– tro. Se o Partido Comunista é democrático, portanto não atenta contra a Constituição, também democrática e !feita que há de ser a iniciativa tendente a propagar entre a juventude a ideologia do partido democrático, a não ser como certos espetáculos em que se considere o comunismo aconse– lhável apenas para adultos de juizo formado, ':! assim, impróprio para menores. Dentro do critério dos adversários do meu parecer, a outra conclusão não se poderá chegar. Eu continúo de acôrdo com o parecer, e com o recente de~reto governamental que aliás, veio corroborar t dar fôrça àque– le". INACEITAVEL RECIFE, 17· cMeridional) Abordado pela imprensa :::ôbre o fechamento da ,Juventude Comu– nista, o brigadeiro Dias da Costa, comandante da segunda zona aé– rea, declarou considerar a referi– da Juventude, ir.aceitável, pois é incompatível com a nossa orga– nização democrática. NAO HA CLIMA PARA O COMUKISMO RECIFE, 17 <Meridional) Entrevista,fo pela reportagem rô– bre o fechamento da Juventude Comunista, tJ comandante do ter– ceiro distrito Naval, afirm:m que o ministro da Marinha já e:üer– nou o seu pen,,amento rôbrc a Juventude e o PCB, e que (3te pensamento reflete o de toda ::i Marinha, acrescentando : "\fão temos um clima no Brr.sil para o comunismo, e muito mz:.100 pa:!.?, a sua pretensa Jtl'!cntude. cumurin - do aps respom:áveis pela i:1tegri– dade da famíli:1 brasileira re2gir contra os agitadores". ENFRAQUEOCRA 08 ES7ElOS DA NACIONALIDADE RECIFE, 17 1Meridicnall - O general Castelo Branco, coman– dat\te da Regiãn, através do seu ajudante de ordens, declarou qu8 o Exército e tô:las as fôrças ar– madas, assim como todos os b~·a - sileiros bem intencionados. estão contra a formação da Juventê,de Comunista, que não tem out::o objetivo senão e11fraquecer os es– tzios da nacionalidade. MOÇAO DE APLAUSOS AO ATO DO GOVf<.:RNO encheram a tarde de hoje, no Monroe, contribuindo para que a sessão durasse até às 18,15 horas. DEFESA DA LEGISLAÇÃO SOCIAL O primeiro orndor, s e n a d o r Marcondes Filho, declarou que trazia ll,lguns esclarecimentos, pois. verificara, pelos debates havidos há dias, que só por equívoco se poderia dizer que a ação dos Ins– titutos de Previdência tinha sido falha. Depois de relembrar que, ao as– sumir a pasta, em 1942, encontra– ra copiosa legislação, imprescin– dível, no decênio posterior a 1930, para atender à plataforma do sr. Getúlio Vargas, necessária foi a sua sistematização. Duas corren– tes então se formaram : uma, fa– vorável à organização do Código do Trabalho; ontra, à Consolida– ção, corrente, .t que se filiou e que, por fim, foi vitoriosa. A nos– sa legislação social era uma ex– periência num país novo e a Consolidação era mais aconselhá– vel, para sofrer as influências que a experiência indicasse. Vivamente aparteado, durante o seu discurso, pelos udenistas, principalmente pelo sr. José Amé- · ricG, o orador Mstoriou a orga– -nização dos Institutos de Previ– dência, procurando ressaltar os seus b,mefícios. Foi quando o sr, Bernardes Filh) aparteou-o para de-,:larar que os cálculos atuais falharam_ porque depois dêsses cálculos tem aumentado sucessiva– mente a contribu:ção dos associa– C::os. F. :c3scg.ue o orador em sua r p:·eciaçã,o sôbre o emprêgo do üinheiro dos Institutos, quando o si·. Artur_ Santo::; interrompe-o pa– nt afirm::-_r que êsse dinheiro era ::tplicado na con~trução de arra– :.1ha-céus. FveJponde o sr. Salgado 1:'ilho que csSJ, aplicação imobiliá– ria, era uma fó1~n1a segura de in– versE.'.J de capit:lL Por sua ve:c. acusa o .sr. tT0.sé Américo o govêr– no c'.e imc)&r. nos Instítutou, a nquisiçZ:o ccmJuJ~órla de apólice:::, p~rJ. r.1~-!lt~r ::::u-1s cotações. Contim:and0 s:1:1s considerações, refere-se o s:.·. '\1:arcondes Filho a l'm a:xtrt~ d 1 ~cn2.dcr Bernardes 1 ____ 1~l:C")~~2Ju?;~~ o quu!4- cs !-~1stitu- • 'U f., .. ~--C---- c,r.1 con0,TUÇO~S (llle ,Jroduzlram grandes lucros, Diz ?star de Qrôrdo, mas c:ue ('\~se lu– .....-r~ nrovinha ~a valoriz:-i cão na– h:::-ai, ao fim ela rnnstrucãÓ finan– '-'ad~" :j'.: nésse caso o Instituto só t:nh:i. à grmhar, p0is seu capital ,,tav:1 ,nc'\'.s gar;:ntido. Retr1..~ca o sr. Eern:1rdes Filho. :Eze:1do f:star -de acôrdo quanto a cer no1·mal, n'.l rcgócio, essa va– hri:::~çib. Ma:; a especulação - afirmou o representante mineiro - verificava-se f'Uand:i indivíduos cu firmns privilegiadas tinham fi- 21rJ.nciamento p::tra construções e, ,em gasbr re:Il, negociavam essa ,-r-~:•idade d2 fi0anciament() com -r:.-c\~s lucros. Ai é que os Ins– ;:t,,tcs fn:voreciam as especula- In~:agou, então, o sr. José Amé- RIO, 17 (Meridional) - A pro- ric::,, do orador, como justificava pósito da recém-medida oficial êle q1w as aplicações imobiliáriao suspendendo o fltncionamento da c'.o IAPC tivessem subido grada– " Juventude Comunista", o sr. tivamente, de três milhões, pouco Barrêto Pinto deverá apresentar antes, para atingirem, .em 1945, a "ª sessão de hoje, da Câmara, cifra de 306 milhões. Diz então, uma moção de flplausos à inicia- o orador que eifrns isoladas não tiva do govêrno. Já são conheci- têm significação, ao que responde dos os oronunciamentos da UDN o sr. J-0sé Améric:i: - "Mas de e do PSD a respeito do ato do t.m áno suspeito·• Cruzam-se r.u– govêrno, e um jornal revela que merosos &partes e o ambiênte tor– a EGquerda Democrática, por oca- 1 na-:e agitado. O presidente faz Giã::i da moção do de:mt~c.o B:::.r- ~crr o tímn,a!,o f', fin:,Jmente_, sc- ··c~~0.tlos os ânin1c~, conti2.1úH, o (Continua na oitan pagina) orador afirmand,) que é desêjo de alguns dos presentes provocar o tumulto em torno de seu discurso. Em seguida, lê dados Iécnicos pa– ra dizer que a solução da casa própria, destintda aos associados dos Institutos, é rroblema comple– xo, pois, em números redondos, existem três milhões de contri– buintes. A construção de casas de vinte mil cruzeiros importaria no gasto de sessenta biliões de cru– zeiros. DESRESPEITO A TABÉLA 1 ,i eleitorai e lei or(?;anica dos par– tidos. O senador Dario Cardoso. foi Pncarregado de relatar as sugestões 0 10 PSD sôbre as citadas leis, A con– ~enção do partido oficial está mar- 1 cada pari,i, a primeira quinzena. de junho no Rio, CURITIBA, 17 (Meridional) - Transcorreu- fo,-malmente a sessão da 1 ,,ssembléia Legislativa sob a presi– dencia do sr, João Hade, Nos meios 1 polit!cos aguarda-se grande celeuma 1 por ocasião da assinatura pelo go- l vernador Moisés Lupion dos decretos nomeando prefeitos da UDN e a a.pre– l ~entação, pelo deputado A, Bacelar, representante udenista de provas contra os maus prefeitos do nort'e do Estado. Tal crise está esboçada para hoje ou amanr.ã. Passou o senador trabalhista a fazer a defesa da orientação que seguiu, na, pasta do Trabalho, quando o representante Artur Santos o aparteia, dizendo : - "V. excia. era govêrno e vinha para o rádio, todos os dias, dar bôa noite aos trabalhadores e di– zer que tudo estava resolvido". Vários apartes são novamente trocados, mas o sr. Marcondes Filho continúa, referíndo-se ao problema das favélas, que consi– dera insolúvel. E em abono de sua tése, cita 1E1merosas grandes cidades da EurJpa e América, que rão conseguiram extinguir as suas favélas. E em conclusão, dis– se o orador que a :-:alução de todos êsses :i;,roblemas está dependendo d u m a planifr:.ação econômica. pela preocupação que vai exigir de todos, para c_ue se possa dar a solução adequada e necessária nos grandes as,nntos nacionais. RIO, 17 (Meridional) - Várias denúncias estão chegando ao co– nhecimento da CCP, sôbre o des– respeito à tabéla de preços, por parte dos comerciantes de Nite– rói. Em virtude ele não terem sido tomadas, pela CCP, as providên– cias cabíveis, isso a despeito dos reiterados pedidos que fez nêsse sentido, o presidente da CCP re– solveu intervir diretamente na fis– calização dos preç_os, no Estado com aqueles professores que perderam os seus cargos, pois tenho grande simpatia pelos professores e jornalistas, mi.,s acho quo Isso não co.nstl tue motivo pE-m os Estados Uni– <los intert'eri~ern ~os ::-~ssuntos lnternos c!os outros pa!ses". RENUNCIARA' SE NÃO PR0- 7AR AS ACUSAÇÕES CURITIBA, 17 (Meridional) - Em virtude dos acontecimentq/il da As– sembléia o deputado Afdo Silva, li– der do PTB declarou que, se por· acaso não provar as acusações for– muladas sôbre o desvirtuamento da campanhc. promovida pela Cruz Ver- (Continua na oitava pág\na) (Continua na terceira página) POLITICA OU C UZADA Walter LIPPMANN CONTRA A JUVENTUDE COMUNISTA (Copyr!ght c!cs Diários Associados) Esgojada, a m,1téria da ordem do dia, falou, 'm explicação pes– soal, o zenndor Ivo de Aquino, lí– der da maioria, para, em nome ,:i PSD, apresentar a:i govêrno as ~ongratulações de SEU partido, pela suspensão cas ativi'.lac'.cs da Juventude Comunista. :C, justifi– cando o sau ponw de vista, decla– rnu não admitir a .Juvent,,.de Co– munista, como qt1alqm)r outra que se proponha ligar a juventade à :·i cnt::ção p01ítfoa. O senador Lniz C::rlos Prestes ~parte:n1 o oracl0r, cens1!i·ando o 8t0 do govêrno ~~cusand'.l o ::;r. I,-o de Aquino rle estar defend:m– C:o um'.1 medida <'cntrárh à Cons– tituição, Seguíu-se, entã::,, acalo– rado debate, do c;ual pnrticiJaram v-6,rios repre2ei"".i.t8.:1t2.0. crJ.e c:.::teí~– nara1n oniniã.o co:1trária f'j téss C,efendidã pelo 1 ,p::-e~ent~.nte co– :1:unist:1. A mensagem do Presidente se divide em duas partes, que podem ser examinadas sepa– radamente. A primeira parte é a justificação da assistência à Grecia e à Turquia, sob a for– ma de dinheiro, abastecimentos, equipamento de pessoal civil e militar. A segunda parte consta da declaração de que haverá "enormes consequênGias", se o auxilio fôr prestado. 'E' esta a segunda parte que exige o mais cuida– doso exame e um debate completo. De fato, ela não passa de uma matéria de opinião, que não faz parte integrante das ra– zões essenciais que condicionam a decisão. Há de :::obra motivos de ordem prática, humanitá– ria e ,estratégica para que os Estados Unidos intervenham no Oriente Médio para impedir, como disse o Presidente, "mudanças no Sta– tuquo", com violação da Carta das Nações Unidas, por meios .tai.s como a coação e subter– fúgios tais como a infiltração política". Mas se há razões suficientes para que o Congresso dê autorização para a intervenção no Oriente FALA o SR. P.IESTES Médio, não se segue necessariamente daí que A ssgdr, o ~:onado:· Luiz C.::.rlo~ ele aceite a idéia de que as nossas interven– ::'restes ocupou :, tribu: 1 ::1 e <lu- ções terão de ser doravante gerais e globais. rante quase dn,·s hc:rr.s, inquinou **• de ilegal o ato de• presiC:ent3 Du- tra, custentan'lo vivo debate em A respeito desta segunda parte, isto é, das :ttEi tomaram I?ªr~e quas2 todos "enormes consequências", seria conveniente os se,;~:dº!~~~ u~~mst~s, .encwant~ tomar o conselho que Alexander Pape deu aos cs P~~~e;:1 1 u•.~\:·~n ~e. 1 -~a~am ficai I poetas, dizendo que eles deviam escrever com como ITI-ros eu 1 JC-t~ao, eu, f • • - · 1 A ' Aquêlss, condenando por tôdas '.1na, _mas co:ng1r c~m cama. s consequen- 'S fó·m:i.s a Juventude Comunis- c1as sao apon.,adas tao vagamente, com tanta ::1, manifestaram-se, entretanto. largueza e tanta retórica, que não é possível _ êir. à libc:r~ade de ação do basear nelas qualquer política viável. Elas po- ~,~~ti,Sio Ce:munms'.ªi com?. ª~:e- dem significar tudo, qualquer coisa ou muito •:-•·çao pollt!c~,_ cuJ~ sob.evn~n- pouco e palavras assim quando pronunciadas eia, nas atuais circunstâncias, ' ' . - consideram in1;.spensá·,el para O por um chefe de _Estado, numa ~poc~ ~e crise c;:2rcício da Democracia. intensa e de apaixonada confusao sao 1mpru- Novamente le,antada a quzstã.o dentes. Os pronunciamentos de um govêrno ~a antiga d::claração _do senador poderoso devem ser definidqs e precisos, para ~'.'-'~~te:;, de Cf.~l~ lutaria :ºn\:ª o que não sejam entendidos como mais ameaça– .m ~rno brauil_-iro, reafi~mc.:u O dores dotque pretendem e mais promissores do orador o que dISsera antenormen- - te, isto é, que no caso do Brasil que podell?, se~·· . , . . "r~r levado, peh govêrno, a uma A expenencia Ja nos devia ter ensmado que r;uerra imperialista, contra os in- há bôas ratzões para que a diplomacia e:xrperi– terêsses do povo brasiieiro", êle mentada seja muito parca das sensacionais '·lutaria contra êss_e govêrno". declarações em que ae compra.z a política. "Ho- acalorndos deb::,t~~'.ltl1'Ja~!E~~~::is e~ {e, estdão toca~do,, os 0 shi~ob~t; admanhã estarão represent~-n~: 3 n'cnid:::s pcrs-a:,- orcen .º as maos . a I o a reserva, _que talvez Julguemos caracteristicamente ingles e (Continúa na oitava pág.) na ,realidade típico dos dipl~matas expe~imen- tados e competentes em toda a parte. As gran– des generalitlades apaixonadas que tanto ama– vamos quàndo não nos cabia a responsabili– dade primária no mundo, não são mais para nós. Constituem uma indulgência, de que um grande Estado deve aprender abter-se. Elas em geral significam, como disse, certa vez, creio que Elihu Root, qu:i, primeiro, sacodem– se os punhos e, depois, sacodem-se os dedos. A própria declaração do Presidente prova essa tendência: "A política dos Estados Uni– dos deve ser a de apoiar os povos livres que estão resistindo ao domínio de minorias arma– das ou a pressões externas". E mais açliante, porém: "Acredito que o nosso apoio deve .tra– duzir-se principalmente em ajuda econômi– ca e financeira". Ao invés ,l,le tão vasta promessa seguida por uma queáa tão grande, seria melhor, me– nos perigoso e mais eficiênte anunciar, não numa política global, mas uma política ameri– cana para o Oriente Médio. Ao invés de não fazer referências à União Soviética. seria me– lhor falar diretamente à União Soviética e dizer que em virtude da pressão sôbre a Ore– eia e a Turquia, nós vamos reforçar esses paí– ses; que o nosso objetivo é fazer cessar a in– vasão da Grecia por bandos armados e prepa– rados na Iugoslavia, na Bulgária e na Albâ– nia e assegurar a conclusão do acôrdo entre a União Soviética e a Turquia por meio de negociações e não pela força; e que, .além da proteção dessa garantia temporária e especí– fica, nós vamos dar assistência econômica e financeira, para reviver e fortificar a vida na– cional naqueles dois pai.~es. ... A vantagem de adotar uma política defini– da no Oriente Médio é que ela pode ser con– trolada com o objetivo da manutenção da or– dem. Uma vag·a política universal, que parece o rebate de sino de uma crut11ada ideológica, não te~ limites, não pode ser contrair.da e as suas consequências não podem ser previstas. T_odo o mundo em toda. $, .parte interpretará nela os seus receios e as suas esperanças, de tal modo que ela poderá servir de incentivo à guerra civil nos países onde a cooperação na– cional dos p&l'tidos é delicada e wecária. muito embora. que nao reiomc.1- dara expressamente a sua divul- gação, . CENSURA DE TELEGRAM.AS O segundo item da con,oca:'ão referia-se. à censura de tele~;, 2.:.ias daqui expedidos pelos próccres da oposição, naquele Estado e que teriam sido retido~. Negando o fato, o orador acrescenta que. 2té então, o interventor fôra abPr– tamente elogiado, através da im– prensa, pelo próprio sr. Café Fi– lho. Este reclama. Há uma chu– va de apartes e contra-apartes, entre os representantes que per– maneciam de pé, junto à tribuna e perto do corredor central, en– quanto o ministro passa ao item seguinte: se enviou, ao Rio Gran– de do· Norte, um observador do ministro da Justiça, para fiscali– zar o Tribunal Regional Elei– toral. Afirma que o emissário foi en– viado e que o sr. Alceu Barbedo, procurador inter,,mo da Repú– blica, recomendõ'u o cumprimento de certas providências. Acrescen– tou que a viagem fói custeada pelo Ministério da J.ustiça, por– que o enviado estava a serviç0 oficial. Protestam os Bl'S. Café Fi– lho e José Augusto, alegando que aquele emissário estáva ligado, por laços de amizade, ao sr. Djal– ma Cunha Melo. Afirma o sr. Café Filho que este tinha pro-.. messa de ser nomeado pitra o car– go de juiz do. Tribunal Federal, por influência dos chefes · pessê– dista.~1 pctlguares. O outro item da convocação, perguntava quais as providências tomadas para apurar o caso da censura dos telegramas dos repre– sentantes da Nação, senadoras e deputados. Em primeiro lugar. trata o orador de um telegrama. que teria sido expedido pelo sr. José Augusto, afirmando que tal despacho não deu entrada na re– partição expedidora. Há uma ex– plosão no recinto. E do meio d<!la surgiu a voz do sr. Prado Kelly, líder da UDN, afirmando que a declaráção era muito importante, porque envolvia um representan, te da elevação moral de Jo~~ Augusto. Palmas aplaudem as pa .. lavras do sr. Prado Kélly. Tam– bém o ~r. Costa Neto provor,a aplausos com a seguinte declara– ção: - "Curvar-me-ei à eviàên– cia se me Iôr apresentado o re– cibo desse telegrama". O tumulto atinge o "climax", e, com muito esforço. restabe– lece-se a calma. O orador afirma. que não põe em dúvida a pala– vra do sr. José Augusto, mas por'! qualquer motivo estraho ao co– nhecimento do expedidot. o tc'.c– gramanão chegou à agência dá; Wertern, no Rio_ E reafirma que, se lhe apresentarem o recibo, to– mará providências. para qi,:c pros– siga o inquérito at:\ serem apu– radas as responsabilidades. Diz, então, o sr. José Augusto. que como presidente da UDN, uíío í!cava com os recibos dos te– legramas, cujo despacho era fei– to pelo partido. Os srs. Café Filho e Aluísio Alves' afirmam que tal telegrama, depois da intervenção diréta do ministro da Viação, so– licitada pelo expedidor, chegou as mãos de seu destinatário, o senador Ferreira de Sousa, no dia seguinte_ O ministro informa, efi'– tão, que estava se baseando e1h declarações do DCT. INTERFERENCIA NA CAMPA• NHA ELEITORAL Passando a analizar, mais am– plamen1e, a imparcialidade dó govêrno no pleito eleitornt. fai acusado, pela bancada comunis- (Continua na. oitava página)

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