A Provincia do Pará de 13 de abril de 1947

P!g!na 12 UIC e • r a A PROV!NCIA DO PAP~ , l~ de Am-ft de 1 ,r • o pan a -tecedente·s da tra guma d edia: be_..Je • • e ras "Pensei que fosse uma bomba", a impressão M Odesc· ao ouvir o tiro que a ai!.:.teu - :Na presen~;a de um policial o suicidio - A vítima inspirava um grande am,.. i..' - "Pequena, qur..l é o teu caso? V 1·a o R' ?" - O último dialogo entre os dvis personagens da tr g-édia de ontem MORRE O PIVO'l' DA TRAGOU. a :pal"Ilda doe!& por vi& aera0,. '.le- O chauf!eur que conduziu a vl- t)elltléiido apenas da remellllu de nu- 1 tima parn o Pronto sócorro v:,i em ni;J!rarlo. '!Ue Humberto deveria en• , ségulda para a Central de Policia e vlar proximamente. comunica o ocorrido. O del~do de DÊCLARAÇO!:S DA V!TIM"A pl:mtfio. C!!-rlos de Carvalho, éhegan- A nossa rei,ortag_em entrou eni , do a«;> locá!, provkiel\elou a rep109ão contacto com a vltlma nri filant:: ; ,:e Yperr:r para o Hos)'ital da Or- Cítia onde se achFt Internada. Ante- J ctem '1'ercelra, pois o mesmo se en- ríorrnente. lnfo1•mi1ndo-nos no Pron- , com.rava em estado de choque. Lá to Socorro a cerca de sen est' .l.do . ! c :1egan.do foi imediatamente levado soubemos, que, apesar c:a nâk.rcim do 1 a::, ~-aio X r.fír.1 dll veflti'.iar on(\e t.1- fedmetlt'o, nllo é de ~nele gr,-,,i- j LÜl,: re u.loj ,u.lo r. bala. Foi eonsta- elude. , r..~üo fe!.•iroenLo perf-uro--corituso A bela. pr:x.iu2-tu•HH~ um ferinu~rn·, } tr,:,1.,fl::a.ure ccro orl!1cio de entra- pei:f,uro clintii,o, r.'rF.osflxantc co,.,, 1 d~ nn pàrlnal d-lrctfo e de se.Ida na orlfielo ~ édtrada na rei1.\!lo glu~ 1 Mgiã-:, suprc,-orhft«rlF. (111QU~rda. t'e'l " salda na r'e;1!ão sunm lntern'.t Uol'i<l,-1/lrJo à n1esa c!n or,P?'Oi<Jôe->-i. fot da. co.txa d1r~ita. cóin frac·-turn con1: ~ 1 constac,arlo pelo11 dr,. Saint-Clalr nui;tva do temur cotrt>•,pondec1t/i'. M 0 rt.in« e Atahualpa :p;ernande3 que Feita a operáç!o, a bala foi ex- 0 r:,tacJo do rri.es1iJ.o r•rfl. dnsesperh- tráic1r-t · No Hosplt,1-l da Santa c~.~n.• foram tir;;•fa.s estas dua3 fotugmfía~ •I~ o de~c,1,,. A' esquerda aparece a vit.ima q,iando palestrava com o Tepórter. A cidade fol abaiada. ontem à -r.&r– cle cõin a notlei" de uma tragec!ia C:t:orrlcta na zona boemia do Belém. Dln Jovem, qqe mal começava a se eô.camlrihll.r nà's lutas da vida. foi o •·plvót" da. terrível ocorrencici., verl– " licatla. na rua General Gurjào. Pre– cisamente>' às quatorze horas e trinta m,tnutos. a proprlei,arla da pensão C}_ty ouve um ruido seco. <,egulcto de gr!tos de socori'o. Gorro 1- atender e c!J1P8<!ª com a munctana Odescla Ruth Be~erra., ca.!da à porta de seu q,uJ.r– r,o. C!:.Vainr~ci-:se ~z:i .-;anGue; dá. o alarme e pede por socorro. Chegam os giiardas civis nc. 252, 433 f' 281, oue providenciam o transporto da fe– -r1\.:a pàra a Assitência Municipal, en– t!·ando em seguida no quarto on<l, se encontrava o criminoso. o Jovem Y,perry Lima. Este. an ver a pollcla, ci;:.: para o gunrda civil que lhe con– v!don a entre!,;ar-~e : "O primeiro que encosi;r,r eu mato"' . O guarúa civil Rui Aminta.8 apela ao treslocado moço parr, entrei:ar-se, o que ele pro– mete fazer sob a condição <!e lhe da– rer-11 uma dose dA wis!r.e~'. de 1nna garrafa que se encontrava na TI.lesa de cabeceira. O guarda vai atender. n1as, ao virar as cost1'~. Yperry ]P.Va a !lrma à propri~, cabeçi,. e põü ter– mo à vida com um t.lro no ouvldo. dor, sendo fi,tto npena1 0 trata.manto Ape,1;ar de ter se sumbet.ido à tn– olrurgko. pois o po,cl<"?nts nl\o resb- 1 ter.11cnç:\o. ;>ara extraça.o da bl\b. r tlrla a um~ oper:iç~o. Quani:to Yper- vij;!ma.· nos recebeu e prestou-nos cte– 'T ern ccmrlu~ldo parn. um dos quar- efa?ações , Censo Domidlíar Conforme Já IJLtl<'ian,o,. a 3eC:•· çã-0 de Abastecimento e Co:.1trói.~ de Carnes Verdes, Pescado:; e Ma– riscos, está distribuindo nos do– m:cflios, um formulárjo referente ~o Censo Domic!l!ar qm, está se:n - c;lo feito em Belém. A Secção aoe– ~e.. por µosso intermédio, à p'.l– pulação, no :::entido i:1e :,er pre<1n– chido o referick; fornmléi-io <le :maneira a não persi~tlr 2 menor (lúvida quanto :t0 número de pes– soas residentes na nwrnciia. bem como o grau lle inst~uç;;o. a ida- 4e, profisi;ão e local de trabalho das mesmas. As comc:· .. oracoes do Dia Pm1-An·~ericano Em todo~ as paises do Novo Mundo será ,x;memorado, ama– nhã, o Dia. P:m-hmericano. com um gmncz prngi 'ri.ma ele feste los e rnal17aç-'5:",. · Em Belém. h.-1 verá. nela manhã Um desfile milit.2r ;:,,~(~ Cid.ade, no q,:n.l t.nmbém t0m:-rão parte .os e3colares, alén1 r:c :€ t!\~.•e~tan~e~-: de várias lnstitmçóes. NO COL~OIO NAZARt E111penhado o governo Sodré na volta do nst1tuto ·O Irá ao Rio um representante do E com o Ministro da Aeronáutica Ao deflagrai· o último confllto · mundial. o Min!rrté:rio da Aero– n;j,utlca. 1-~ndo em vista a proteção do t.erritorio nacional e no senti– do de as:;;eg-urar a defesa do con– tinente americano, requisitou o e:J.!ficio onde desde 1906 estava instaladP. a Escola Profissional do Eitado "Jnstttuto Lauro Sodré", parl.! servir de quartel da Base Aerea ,!e Belém. Cim a :·equisiçãi de seu edifício- . éde, o traclicional educ:::.ndârio, fundado ,;m 1872 e que já chegou . a 0 er considerado o mais eficien– t-.e c1R América do Sul. teve de transfe.ri ,-se parn o prédfo em qu~ funcionava o grupo escolar "Paulino de Brito", à avenida Tit() Franco. n. 285. O prédio. po– ré,:'. n - o t.in h?.. l'anacidade parn comportar i.s instalações da Esco– ln Profissional, ficando, em con– sequênci'.t. várias de suas ofici– Das ões1n:mt.ada1> e prejuãicada a. r ;ire11diz.1gem de centenas (je jo– vens mntriculados em fau11 c'li– vt:-ho3 cu~sos profisRionail,. Dada ... --,.~---- neira ll se tornarem operá,rios conscient.es e c:mazes, que, difun– dido:-; UOG diversos ramo, das in– dústrias, estria atualmente inte– grados à legião dos eficientes construtores da. economia e cul– tura da Nação. Instalar.a em ma– jestoso prédio, que era um dos mais nobres e suntuosos do Es– tado, a Escola Profissinal "Iru;– tituto Lauro Sodré" vinha de– senvolvendo a sua esplendida fi– nalidade. no sentido de atender aos interesses do trabalhador, ren.lizan<lo a sua preparação pro– fissional e a :ma formação hu– manr.. A guerra, recentemente deflagra.d0. na. Europa e 110 Ori– ente repercutiu. profunda e do– lorosamente, em noss9 Escola Profissional, quase fazendo-a de– saparecer do cenário educacional do pais.-Requlsitado pelo Minis– t.érfo c!;i, Aeronáutica o seu edificio– séde para quartel da Base Aérea de Belém, aflm de preparar a de– fesa do nosso território ~ do con– tinente americano, o Instituto Louro Sodró foi forA:&do. m f e r, :,ousa dq asstmto O CRIMINOSO 'Yperry, conformo declarações cm sua familia, depois das fnst~s carna– valescas dera para passar a• noite~ fora ele casa. Frequentava a~ p~n– da Aeronáuticri nas antigas ms- soes alegres <lo rn" Geueral GurJCT.o, talaçóes da Base Aérea de Belem. onde, com mulheres e aml~os, cone– o major Moura Carvalho teria tantemente se entrer,ava a libações telegrafado ao brigadeiro Arman- alcoollcas. Foi n" pcn•tio ZP7.é que d u jovem Yperry conheceu a pen•to-· do Trompowsky m.an !festan o ll nista Odescia Bezerra. Ni10 se pode sua esperança no sentido de re- dizer que Odescia tosse amante do torn&r o prédio à posse do 'Est.u- ,m!c1da, pols suas relações com a do, afim de que o govêrno poS&a mesma datc<vc,m de apem.s oito dias. restaurar a Escola Profissional Yperry simpatlsou com Odescla. do Estado sobretudo no instante Na _sexta-feira à _noite, Ypert').' che- • · ~ d 1 ga a pensão e la escolhura Ode•cia em que o governo .e era procura I par,i. con 1 ixmhelra da Jest.,.. Dh~ desenvolver e,µi todo o país o en- nnte.s a c.ompanhelra do s.ulcidn fora sino industriàl. ., mulher que na "Ze'.lé" nt.Pnde pelo nome de Mary. Segunao as com- WSS.ARIO DO GOVl!:RNO panhelras de Odes.ela estn. não dera l!I I" devida <ttenção a Yperry. O governador Moura Carvalho Na noite dE' sextl!.-teira, po1·em, com155ionôu também o sr. R.1i- Odescla e Yperry beberam muHo e mundo de Oli-veira Machado, di· preclsamPnte às vinte e treo. l1or;1.s d I t ·t •~ L r Sodré sairam para o bCl~ cta Condor. sen– retor o ns 1 Uw au O • do por isto a mundana repreendida para estudar no ~ul do país a pela propr!etída da pensão, Madame moderna or nizaçao dr~s escolas Iracema. Odescla e mais duas com– técnica!I e escolas industriais do pauhelra.s de Ode5cla, e:s:a não derci Rio de JanüirO, São Paulo e Mi- do constantemente rnpreendlda,;. ,Pe– nas Gerais a:nm de que a. res- lll conduta q~e mantinham. As 3 A•~ 'J. Escol• Profissional hora.a da madrus:ada de ontem. che– taura~ ,..a ~ "' · guram os dois, r<!colbP.n•.lo-se ao seja operada dentro dai; normas qun,·to. Deqpertaram so,nente às 9 diretora da lef. orgânica do en- looro.o, ,. para 11· par~ a pen~áo "Ctr.y". im 11:Jll\i:181:cll~ mbém pa1·a · ctescfa resolvera mio 011vlr mais tos do ref<>rlrlo l1osplta,l, en~:m em De principio no.• dl55e que não hou- ·:ri; Lfn·, , .., suicid estarlo agon\<'.o, vindo a falecer às ve discussão aliUma e nem motl• quatro e trlnt,, rln wrcle. voa para o crime. Disse-nos que, ml- "YPERRY nutos antes de ser alvejada. Yperry S0111ent~ ~ ·ª feira ... . . . 1 d A nas virou-se para ela. e perguntou : "Pe- (Co ti · d rlmeira p•• ) ,: perr~ "'ª "atura O roa~ 924 • quena, qual é o teu caso" ? Eu, rin- n nuaç;,o a P .... · o:1cte nas~era a 21 d_: maio de mad~ do me, respondi que nenhum. Ele Filho l~g 1 ; 1 moAd~ 6 t1;en~l~~~~erque me convidou Ir para o Rio, na I ect1fic10 por numerosos investiga– d? Exerc to ,.~ º~" D Maria Lima. proxima terça-feira. Eu respondi <;«~ ,toces (lp. delegacia da ordem so– ~~\~!i:od~i~:,i\,. ~, ~urs~ cte hum,.ni- não Iria. Jl:!e então ctisse que ,1r1't 8;,,:, supe;·,nte!ldidos pelo proprio dades, iazenclo presentemente o Cur•• ~~!~~ojá a~º~!~~~~~~~ ,.\ 0 ~eo~~~ aelegado José P:coreli. Os policiais so de Comé~cto. ExercP>I suas a.ti : desde sexta-feira, à. uma ho~a ~la ~ar~ cnco1~~rf:Vam-se oesde_ a e:,1trada vida,des em o~ersoso Jornais da ca de, quA bebíamos. .Em determlnacla d::• euiflcio e espalbavam-.,o _por pital como revisor•_ J!in, novembro ~o ocasião "Yperry vira-se para mim e • todas as dependências do trrnu– e.-no p,issado, co~eg';~erd~o~;ti,a~ v.ede q{ie eu va buscar a bacia. poi-~ 1:al até à sala àas sessões. Desde Dathografo ª": • - 0 ~ 11 aando a a!ei- la vomitar. Quando me viro ouço •-1s oito horas da manhã o movi– ct~s ~e Rodae:~~f~{-r PI: fins de reve- um tiro: peneel que to~se uma hnm- menta na:, proximidades do TSE ~!{;. 0 ~o~e~ses~g;ad~ para as funções ba, :.ião vi mais nada. Q'·;~c!o ncor- foi Intenso. E~ementos de todos os de paga<lor dr. referida repartição. dei, estava no Pronto Sovorro. matizes político,, enchiam. o 1·~- p.,e9ictia nesta Capita!. à rua Rui Bar- O INTERi\SSE DA De:·· DA ~ü1to onde a ordem mantmha-se bqsa 247, em companhia de sua fa.- PENSAO lnn.I•erarla. qu.::.ndo cêrr.a <le ~.30 mi:i"- Yp_erry tinha um defeito nu- Ao saber qm, Ode~<'!:-. tinha ,.,üo \,ora,: chegai! o n-lator do rr.oces- m:i das perna.-., pelo que uaa...-a mu- baleada, Medame lracema. proprlPta- ~o. sr. Sã F!HVJ. A reportagem let,rn. na da Pensão Zezé. encamtnha-F., r,bard◊U o sr. Sá Filho que negou- ,\ ARMA para o Pronto Socorro, p:.ra sab~r 63 a, qualquer declaraçí\,n. F,,1trou A anr.o. usatla. p3.ra o crime P s1li- do estado de O<lescia. Lá r.h<>gando, depois no TSE 0 pr?sinen~~ l. a– clclio f,l uni . e ,·olver de callôr" 38. providencia a. remoção de Odescla faiete Andrade. Sornde":'.;e cum- 1".larca Tanh. Foram dotona<l:ts <J.u,11,,s para um quarto de pensionista da • d r.npsulas, ficando no pente outras Santa Casa e contrata os trabalhos prilnent;::u 0S ore~entes ,,r,~·.:cu. 0 quatro. f!~;!~;~na~e::-.~~e:~1~;a~v~r~~~= ~!;;~1J~e:~~tJ:~nft~ ;r~~\;_:}:~?; A. VITIM.\. sito que Odesola saira da pensão Alceu BS-rbêr.:o ::nuhan F::.;-,:, "::,1- f'!hºma-se Odescla Ruth B.e. zerra., de Madame Iracema. por desobedien- t.f. Ent-raram .10 re.~mtn L':'.',O em -- ~ 'ela às ordens dPst-a t · · ~s ~t vitima. Nasceu en1 Ore.teus. no t~~uid3, o.~ ou r,)S ~u~~~~:-~! ~~ .~.;~: ceará, ntJ dia 27 ctr Junho dA 192tL ____________ . ao c',o t.rrnun::tl to1 !,,,,'- f· -- P,<>Cisamente bâ dois anos e melo "lrnmcncc às 9.10 hcr,L. n ; ·. Sá deixou sua terra natal, ill d o para .° FiE 1 o depois, 'in:ciou :,. ic,:... :'.l _do Maranhão. De lá foi ate ao Peru. Possível ain a - . . [,-j ;.ele.tório. ,e;cdo inté' .. ~o :regre5r-:ando n São Lul:!í. vindo para . 1_n ,,.~~,embaro-:idO~., R,0~~1,.1 !...J: g')a Bel~m em novembro do ano pasi;a- C tln - ~ ., do, indo morar n ... Pensão z.ezé, lil ( on uaçao da 1." a.1 , · .,, ·r,:•Un vista do proGLõ:-·, 1.1· 1 - ft.-:!a.nd0 até po1;cas 11.orit-s antes dn f ,ro,:,~·.rt:1 ri~sim, vut,;r:1 1 1~-,...-- : 1 \e. trl\~e:m,. lseg1x1iu para Bélo HoP1zonte, o sr.: , _, ..::v,,cnto do ju:,;um2;_•'. :i 00 INSl'IRA !\.MOR- t1ário Brant. 1 !ºC:Z. F.1lou em l'egui~'u n. c.:s-m- • ~ - --~- tem. ap __ Ant!~:..-~~:~a~: . l?ela. rep().f~•~- . 1 ar~a,.::~: li1;: 1 õ1:;[~h=-N~~u~~;:;-t.,~~ ~~

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