A Provincia do Pará de 11 de abril de 1947

1 Ol!ffi PAGIHAS 2 M.ILHOE PARA A VITIMAS D CHEI VOTADOPELACAMARA O CRÉDITO ESPECIAL Pedida urgência para o projeto de lJlOratoria aos castanheiros do Pará RIO, 10 (li,{) - Sob a presidência do sr. Samuel Duarte, a Câ– mara iniciou, às 14 horas, a reunião de hoje. No expediente. foi lida a meru:agem e.o presidente da República, encaminhando o ante• :orojew da abertm.., de ,um crédito de 40 milhões de cruzeiros, parn ocorrer às despesas com a imigração intensiva. Também foi Ud::i o oficio do TRE da Bahia, ca– peando a lista dos suplentes de deputados federais. figurando, en– t re êles, o sr. João Mangabeira, que deverá ser convocado. Na hora do expediente. o sr. Barreto Pinto apresentou um requerimen– to, que foi aprovado por 67 votos contra 16, solicitando um voto de pesar pela morte de Henry Ford. ;,,, bancada comunista, bem como iú(uns outros representantes, vo– taram contra e~se rea_uer,mento. O sr. Deoclecio Duarte, pesr-ectis– ,.a pot,iguar. ocupou a t:-lbuna para responder ao discurso do sr. Café Filho. Em virtude, po– rém, de imperativo reg-Jmental, teie de pedir nova inscriçã0, para a reunião de amanhã, :i.;ando ent.ão prosseguirá em sua ·.1rac,áil. O sr. L~.meira Bittencourt. do PSD paraense; reclamou t..rgén– cia para o seu projeto de mo :a– to+ , Que visa bene:fiiciar •"S c.a~– tanheü !1S de seu Estado. Pass!l..1- do ci 01 áem do· dia. fo"i aprovado, em primeira discussão, o pr;ijeto qm nrre um crédito dP. :!O mi– lhó,'s de cruzeiros, desfü1ad-Js a sornrru as vitimas das inu:i~– ções em todo o país. Esse nrcje– to re~t:.ltou da fusão de ~irias pro~os1ções, com o mesmo r!·:,e– tlv" e feitas à Comissão de Fi– nanç:;~ tudo de acôrdo com f'. re– s1;;1.;çto do p'enário, isso para evitat dispe~ ..ão de matérlllo ae ir.tt. . crnr co· .mm. MOHATORIA PARA AS ZONAS ATINGIDAS A di'.a Comissão pronur.ciou– se favoravelmente à mora;;oria pau as zonas atingidas, 'lr.Je, de um modo geral, "as populações, pela sua incrível pobreza e l'aixo n!ve! de vid~ que tj.esfrutam, des– ce,n.lJe(:em o crédito e ·,omente 'tomam conhecimento da ·,briga– çâ:> <!e pagar, à bôca do t..o!.. a, o minguado pão de cada dfa.. Di.s– t>õe o projeto que ·, · -- 0 d11;0 -, o projeto de ei. Foi então, posto em discussão o projeto de refo~– ma do artigo quinto, da lei n. 8. de 19 de dezembro de 1946, refe– rente à moratoria conreC.:ida aos pecuarii;tas nacionais. O sr. Da– niel Faraco, do PSD ga-ícho, apresentou ao projeto em discL!s– são, uma emenda consubstanc;an– dc as medidas recentement.P rro– pn,:;,.: Pf;lo Congresso ao t O\lr– no. Foi ela vigorosamente comba· .,:Ja reios qu.J reclamam medídaf em favor <ia pecuáriu e enten– r,em q.1e o ,vlte-proj,to :remetido ao Fxecutivo anula ia ·emunente os benefícios da moratoria. Coube ao sr. João Cleófas, udenista pet– nambucano, defender o projeh) em discussão, por êle apresente– do à Comi3são de Finanças. Sa– lientando qm! se deve tratar de uma lei geral, regulando a /'.;ma– ção da. pecuária, o repre.:;,mtante pei.ambucano su,;tentou q 1,~ a interpretação do anigo 5.º, da lei :ri 8, é necessária em ron~e– quc•:1c-ía do "fato curioso" de ~F. e!i,,ontrar na impossibillria Je oe ,on.;eder tais fi:ri.u1::iamento•; a Cartêlra de Créd •Lu Agriçol, t Industrial do Banco do Brasil, que tradicionalmente custeia a p:-o– dução agrícola nacional de cana de açúcar, café, algodão. cae;c,,u, ete. :sabido, como é, qll':! nãv re.ro o produtor ag1icola tem a~socia– da, à sua principal atividade, uma atividade pecuária, embora em menor escala e vulto. O CONCEITO DE PJ!ICUA:RISTA Acrescenta, nos têrmos de seu parecer o.~,resentado à Comissão, que a lei n. 8, em seu artigo 1/, generalizou o assunto. Interpre– tando o que se contem no refe– rido artigo. o Banco do Brasil alo::go'.l o conceito de pecuarista a qualquer um qu~ embora nã') fo.ze1:c.o de tal atividade seu obj~– tivo oriucit"llll. é também cria.dor 16. 000 produtos farmáceuticos adulterados RIO, 10 (Meridional) - O sr. Ro'berval Cordeiro de Fa• rias, em declarações à repor– tagem, afirmou que o Servi– ço Nacional de Fiscalização de Medicina, do qual é dire– tor, mantem atualmente um serviço permanente de fiscali– zação dos estabelecimentos farmaceuticos, retirando rlo mercado os produtos que não se acham devidamente licen– ciados. Acrescentou que os últimos produtos apreendidos e inutilizados alcançaram cer– ca de 16 m!l unidades, cor• respondenda a 2.360 especiali– dades tarmaceutlcas postas à venda rei:ularmente sem li– cença. Informou que será. pu– blicado brevemente um cata• logo organizado pelo serviço que dirige, discriminando as especialidades regularmente llcenciadaa em número apro– ximado de 14 mil. 1 1 EMPOSSADO ILEGITI .1A VITORIA ATRIBUIDA AO SR. BARBOSA LIMA SOBRINHO RIO, 10 (Meridional) - Aqui se encontram, a fim de acompanhar a "batalha judiciária" que se está travando no TSE, em tôrno das eleições pernambucanas de 19 de Janeiro, os estudantes Jônas Aquino Lucílna, presidente do Centro AcaN,mico 11 de Agôsto, da Faculdade de Dlre:~•.o do Recife e Francisco Assis Araújo, Barrêto Campêlo e Joio Ter:ceira Carvalho, todos pei'foncentes à corrente acadêmica que apoia a candidatura do sr. Neto t:.,mpêlo. Em visita à, redaçio da. "Meridional"· e falando em nom, da mocidade coligacionista per– nambucana, entregaram um manll'esto em que ~.1plicam à Nação como se desenrolaram as eleições wrquêle Estado do nordeste, ressal– tando, ainda, a ilegitimidade da vitinia atribuida ao sr. Barbosa Lima Sobrinho, candidato do PSD. Saii~nfa, êsse manifesto que "o sr. Neto Campêlo Junior foi estrondos:smente eleito nas principais clda~ des de Pernambuco, onde pôde h-,.ver opinião consciente e livre : Recife, Olini!.a, Vitória, Goiitna, Ese .da. Garanhuns, Grllvatá, Palma~ res, Amara, Carpina, Ribeirão e também Açú. A votçáo do sr. Ba.r– bosa Lima foi obtida, toda ela, em wngínquos lugarejos do sertão, a bem dizer em fazendas arvoradas "m municípios, como Serrito, onde a vontade dUDI só homem comanda a. massa eleitoral analfabeta. ou fictícia, que se limita. a cobrir as assinaturas escrlts a lápis, nas fôlhas de votação; finalmente, declara o manifesto que uma pequena maio– ria de 575 votos, a favor do sr. Barbosa Lima, constitúe, apenas, a depuração do sr. Neto Campêlo, "por um advogado do PSD, traves– tido ·de juiz". o sr. Heitor Guaiherto, enviado do governador Ademar de Barros, a fim de explicar ao presidente Dutra. a verdadeira situação pb&lca bandeirante, assim como o ponto de vista do govêrno do Estado. O recém chega.do nada qufa dizer, além do seguinte: - "Tudo caminha bem". · A BANCADA DO NOVO PARTIDO RIO. 10 (Meridional) - Diz um vespertino que o novo partido potitico que está sendo formado !)elos srs. Sousa. Leio e Vitorino Freire, cuja orientação ,,i,rá. de apôio ao govêrno do presidente Dutra., )á conta com uma ban11ada de mais de vinte deputados. Adianta, segundo os cálculos do :;r, Eurico Sousa Leão, os parlamentares que ingressarão no novo partido estão assim distribuidos : Pará, - três, sendo dois do PSD e um da UDN: Maranhão cinco, sendo todos do PPB; Pernambucano - Quatro do PSD, inclusive o suplente do sr. Barbosa Lima; Sergipe - dois; Espírito Santo - três; Estado do Rio - três, todos do PSD. OITO DEPUTADOS DO P. T. B. APOIAM BOB.Gm RIO, 10 (Meridional) - O sr. Hugo Borghi decfarou à reportagem na Câmara, que 250 diretórios romperam com o PTB, de São Pa.ulo. para constituir o Movimento Popular Trabalhista., e está autoriza.do a entrar em entendimentos com as fôrças políticas dos demais Esta- SAO PAULO, "TUDO CAMINHA BEM" j dos pâra a formação de um novo partido de âmbito nacionl. Asse- verou que já conta com a solidariedade de oito membros da bancada 10 (Meridional} - Reiireseou da capital do país, do PTB na Câmara, e mais o deputado Manoel Vítor, do PDC. o SR. OTAVIO A E MANGABEIRA EC As solenidades de posse do governador da Bahia BAHIA, 10 CM.eridional) - Em sessão solene da Assembléia e com a presença de senadores, de~ putados, delegações especiais, al– tas autoridades civis e milítan.'s e grande massa popular, empos– sou-se hoje, o sr. Otavio Manga– beira, no govêrno do Estado da Bahia. Uma companhia militar, em frente à Câmara, prestou-lhe as honras devidas. O governador . foi recebido por uma comissão de deputados e levado ao recinto, onde prestou o juramento do es"– tilo, em meio a aplausos. Logo :;.pós, foi s1,'!Spensa a sessão da Câmara, havendo o sr. Mar,ga • beira se demorado no gabinete da- pres1Elência, conversando com ã~ pessoos que ali se encontra– vam. A's 16 horas, acompanhado rlo AAr:r.At.6.rin nn Tnt.P.finr. dPmi~~ A G u TRABALHOU REFUTA W. AUST.l N TRE ME U A PELO HOMEM ASACUSAÇÕES RUSSAS TERR A NA D o e AM p o Compreensivel o pedido de auxilio aos EE. e ALIF o RNIA Ouvido com TJU. - afirma o senador norte-americano intt1:resse no Senado ..:,AKE SUCCESS, 10 (R) - Respondendo às a,msações sovié- 'lh ticas, de que, auxiliando a Grécia e a Turquia, os Estados Unidos O SI". Salgado F1 O f estáriam interferindo nos negócios internos desses dois países, e além 1 disso, 1nfringindo os princípios Msicos da Carta das Nações Unida~, RIO, 10 (Meridiana~, - 9 s_r. 1 o sr. Warren Austin, falando hoje, perante o Conselho de Segurança, Salgado Filho, tr'l.balh1sta gaucho, disse: "As propostas do presi• fez hoje, na sessão do Senado, a dente ao Congresso foram feitas rem, sob vigilância, as fronteiras defesa de sua geS t áo frente ao! consoante o~ pedidos formulado• _seten1r!onais daquele país. Ministério do Trabalho. !: que o • • . - senador Artur Santos proferiu, há J'.'ºlos governos const~uidos Ja Pediu. outrossim, que fos.;1:– POUCO" dhs. um (il;,cursp em ·,r e J d"' l' rqm,,. ..., pr oposto aciiaJa a resolução i;oviética, re- Durou 50 segundos o abalo sismico LOS ANGELES, 10 (R) -- Vio– lento tremor de terra sacudia hoje, às 15 horas. a região em que está situada esta cidade, Os tremores foram igualmente sen– tidos em San Diego e regiões ad– jacentes, não havendo. porém, nenh1ima noticia de danos. CONVOCADO OMINISTÉRIO Será discutida a extinção do Dasp RIO, 10 (Meridional) - Se• gundo um vespert.in ~, o ge– neral nutra deverá convocar o Ministério para ·'=" 11ova reunião, poss,,·uJ.ro.t-.'.lte i ·.::is primeirns dlaP ao. e111ma.ll' \ vin– doura. Acresce..-êa e infon:ian. te. que, nessa oc&&lão, .será novament~ abnrc!~ u.ia a pro– posta orçc.mcntaria para iMS, be_m como discutida a extln• çiio do DASP. GRÉVE DO M01.\ )RIS :i i S DE ONI BU As autoridades cariocas, p~rém, abafaram logo o movimento RIO, 10 <Meridional\ - Várias linhas de ônibus dtf :;~iu foram amea<;adas, às primeira~ h ornr-, de hoje, por uma greve oo~: empre– gados, originada em virtude da resistência de determinadas em– presas em pagar o salário profis• sional, estabelecido pelo Minist-é– rio do Trabalho, pare os tr:icao.u- 1·es, motoristas e fisc[•is. O movi• mento foi apena~ esboçado, paia oi: trabalhadorr:!s atendendv d"o , t)êlo do sindicato de classe re– ·:êlveram iniciar o trabalho. sé~ ·'.iundo fomos informados, a polí• c-b deteve três motoristas apon• :a dos como os chefes do movi– mento. As autoridades poli-:::ials. cientes desde a noite d.e Gntem,. da articulação do m,,vimento, to– :naram severas providências para impedir a gréve. Nésse sentido, foram postos à nisposição das em– oresas de ônibus os motorista s do Exército e da policia, <' rppa l'ti~ ções públicas. Alguns onibus 0stão circulando dirigidos por policiais, No jardim do. Méier. segunào in– forma um vespertino. um ônibu1 foi depredado pelos gi-evistas. ELEMENTOS PERNICIO~OS RIO, 10 lMeridionaJ\ - Ouvido a propósito do movimento gr~,•is– ta dos trabalhadores de órn ~:.:,. o sr. Edgar ~str_êh , ducwr do wr-

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