A Provincia do Pará de 09 de abril de 1947

"á,gfna 6 A PRO'\rfNCIA. DO PARA Quarta-feira, 9 de aoril de 1947 10 E~ C. Bahia virá a Belem, por conta própria, jogar, de graça, com o Remo, em troca de Dilern1ando ! . , ------------ ------- -·- - - ~-- ------------------- - --------- ----------- - - ------- -- - ----- - - - --- ------ - e sandú é clu eu r ve Manuel Pedro ao presidente do Pret·ende abra mio • centro-médio que de seu contrato ro de 1 Quando a delegação do Clube quer falar com você!, - disse altns próceres do · Leão Azul . do :Remo andava, ainda, pelo .Re- Adriano Pimentel. Abordamo-lo e o que dêle ouvi- clte, e até lá. chegaram a.s pri- Foi aí que Manuel Pedro me- mos 'foi isto: mlíiras noticias de que o PaiH.n- teu a mão no bolso e puxou uma _:_ Só o presidente Nestor Bas– d'ií, aqui, enta:ara . em litígio com carta, entregando-a ao sr. José tos resolverá o assunto·. Vamos a F. P. D .. buscando asaegurar- Mesquita. Era para o presidente esperá-lo. para isso. se do direito preferencial sôbre do Clube do. Remo e estava fe- O REMO NAO ABRIRA' o seu antigo centro-médio tetra- chada. Adriano Pimentel 11,inda MAO campeão, um dos confrades desta insistiu para que Mesquita a lesse, O prócer a quem falamos, en- capital trouxe a público uma lon- mas este recusou, preferindo . tretanto. acedeu em dar o ~eu aa entrevista que lhe teria sido guardá-la. Era para o presidente ponto de vista pessoal, dizendo: Ó!)ncedida por Manuel Pedro. Já e só o. presidente podia abri-la. - Na minha opinião, o Remo ínesmo na terra pernambucana.. RUMO A' FEDERAÇAO não deverá abrir mão do contra- Nessa entrevista, Manuel Pe- Da Joalheria Drago. Manuel to que Manuel Pedro firmou. Nós dr,:i indagava: Pedro, Adriano Pimentel e o ·te- tinhamas Jambo em nossas fi- - Por que só agora o Pai.san- nente Osório dirigiram-se à séde leiras e, quando o Cruzeiro. de dú se lembra de mim, quando um da F P . D ., onde deixarnm um Minas, o pretendeu, nós só não de seus diretores chegou a me o!iciÓ firmado pelo centro-mé- fizemos uso do direito de prefe– diler que eu era um jogador ve- d!o e capeando, para conhecimen- rênci11. que a. lei nos assegurava ltio e cansado ? to da entidade, cópia da carta en- para que êle aqui ficasse, pagan- E o era.que concluía: dereçada ao presidente do Clube do-lhe os trinta mil cruzeiros -Agora, é tarde. Estou sat!s- do Remo. que pagou o clube mineiro, por- feito dentro .do Clube do Remo! "0 PAISANDú E' O CLUBE que já tínhamos Manuel Pedro A entrevista tranquilizou a tor- I DO MEU CORAÇAO !" r.onosco. E' preciso, por isso, cida, enquanto, do outro lado . .. A reportagem, logo que Goube I atentar que, por êsse lado. êle nos Não é preciso dizer a impres- de quanto estava ocorrendo pôs- prejudicou. Leão Azul profissional digna presidência, quero expôr a ,·. s. o seguinte · Em momento de irreflexão, es– quecendo razões múltiplas que me impediriam de fazê-lo numa oca– sião de serenidade de espírito, aceitei a proposta que me foi fei– ta para assinatura de um contra– to de ·profissional de futebol com êsse clube. Há muitos anos, como é bem sabido, pertenciá ao Paisandú E. Clube, em cujo seio senti engran– decer o meu nome; dando tudo na defesa de suas côres, propugnan– do com os meus esforços pelo ~u engrandecimento. visto que desde muito tempo considerei o Paisan– dú o clube de meti coração. Mas. errar é dos homens ... , ·a persis– ~ência no êrro não se actmite. não ,se póde ao menos perdoar .. . emo -Por que só agora o Paisandú se lembra de mim, quando estou bem no Remo? ·• são que ela causou nos arraiais se em campo. ansiosa de conhe- E. assim, aí está, no futebol pa– alvi-azues. Entre a torcida, bem cer os têrmos da ca.rta de Ma- raense, o "caso" Manuel Pedro entendido, vorque entre os altos nuel Pedro ao Clube do Remo. sob novo e sensacional aspecto. E eu quero corrigir a minh~ falta. Conheço a dignidade e ~ linha de conduta da diretoria do Clube do Remo. Toda ela é com– posta de desportistas decentes e incapaze,s de uma ação que possa manchar a reputação ·de minh!.'1 terra. -Desde muito tempo quP- 1> Paisan'.lú i\ o club~ rlc- meu· •:oraraol paredros continuava o mesmo tra- Mas, só a noite que pôde dei- xxx balho junto à. F. P. D.. .no sen- tar-lhe os olhos. E' uma carta Damos, a seguir, a íntegra da li CARTAZ DO DIA tido de o Paisandú avocar o con- longa. em que o craque confes- carta de Manuel Pedro ao presi– trat.o que Manuel Pedro firmára sa que assinou contrato com o dente do Remo : 1 com o Remo. Remo em momento de irreflexão "Ilmo. sr. dr. Presidente do mas que o Paisandú é que é ~ Club~ do Remo · . ! UM ENCONTRO COM ADRIANO clube dt? seu coração. A!:!-imado, excl~1va~ente pe]o PIMENTEL ' Ressalta as atenções que sem- ·sentimento de smcendade, na-0 · , pre recebeu da gente remista, querendo trair, em absoluto_. a Entre a gente do Paisandu mas O que êle quer em suma ~ lealdade que sempre caracterizou não se escondia a esperança de que • 0 Remo aceda e:U tornar F~~ tôdos os _meus a,tos na minha lar- O meu contrato assinado com êsse grande clube ainda não foi encaminhado aos poderes compe– t,entes porque a êle faltam juntar certos e determinados documen– tos. Não quero. f'm absoluto. dar prejuízos ao C,lube do Remn. Re– c.ebf a título de "luvas" a quantia de quatro mil cruzeiros e também já dei ao Clube do Remo o meu esfôrço e a minha leal dedicação .r.essa br!lhantr e incomparável excursão há pouco empreendida. Não pretendo, porém, continuRr nas suas fileiras Pleiteio da Di– retoria do Clube do Remo. me– diante· a restituição da quantia acima mencionada. que me foi aàiantada. inteira liberdade <ie ação para o& dias futuros dP. mi– nha vida. Quero reingressar no convívio dcs meus antigos compa– nheii,os. Um propós!tn apenas me anima : - ser êo Pai'sandú : ex– clusivamente. Assim . sr. Pn:3identc. ::;cm aue– br<! de minha riignidade. absÕlu~ tamente bem c-.:m rninha cons– ciêncii,. aguardo serenamente a decisão honesta e honrosa dos di• rigentes do glorioso Clube do Re,. mo no caso em téln . Com o~ orotcGto~ <le meu reco– Ehecimento. apreõento a v. s. e ao Clube cto Remo, as minhas 1111,u.. dações. DIFICIL DE DESCASCAR. NILO FRANCO f.Tin 0ficio chegou, ontem, à secretaria da F. P. D., vindo da Con– feder0-.ç(;.0 Brasileira de Desportos. O assunto é o rumoroso "caso" c,·i:.tló em Lôrno da última regata, na qual, apeng,s. dois dos clubes filhclor,. o Paisanãú e a Tuna, competiram, enquanto o Remo e a Recrear.iva, erradamente. preferiram não alinhar seus .barcos. Não sabemos se o ilustre gestor da mentora regional e quem quer mais que já o tenha lido atentaram, devida.mente, para os tê:r;mos da :re:spo: ta cebedense à consulta que daqui lhe foi feita . A nós, porém, se afigurou que, agora, é que o "caso" toma ver– ~ladei,.amente fóros disso mesmo, tornando-se um verdadeiro "aba– r•axí ,. , bem difícil de despericarpar, como, enfáticamente, lá dizia certa pesFôa de meu -conhecimento. Pois é isso mesmo. A C. B. D. limitou-se a remeter cópia das "considerações" espen– didas pelo seu secretário, em tôrno do assunto, por estar a entidade máxima nacional de acôrdo com a parte final das mesmas, - assi– na!?.. no seu ofício, d sr. José Lins do Rêgo, o ilustre Zé Lins do Rêgo, d.o "1',,ienino de engenho", que, nos seus ócios de escritor admirável, "' o i;ecretárir, geral cebedense, homem de esportes, dos mais apai– xonados. E af ~ que está tudo. As "considerações" argúem de regular a segunda regata. salien– tam a ilegalidade da última ·reunião do Conselho de Julgamentos, da F . P. D., mas conclúem que a e. B. D. só em grau de r'~ÚrM poderá decidir definitivamente o assunto. E nós, agora, perguntamos : - Mas, quem fará êsse recm·so ? . O l:'aisandú e a Tuna não hão de ser, porque ambos competiram que, quando Adriano Pimentel, " ga carreira d J d d f t b I esforçado diretor de. esportes ter- efeito o aludido contrato cujas ·. ~ oga or e u e o , restres do tetra-campeão, tudo se responsabilidades o Paisandú as- com o respeito que devo a essa h t t sumirá. · avia de arranjar a con en o, com 80 , 0 PRESIDENTE a volta do craque ao ninho anti- ~;~cf~;fi:o l~Tlii!i~JK~~:; ~t!E!t ~;~~~::p·o:~~lmo; Do' m1· n' go' P' ro'x1· dar o panorama do "caso". Ontem, logo à.s primeiras ho- saber. A carta, José Mesquita. ras da tarde, começou -a cidade mantinha-a fechada . tal como a a encher-se de noticias: recebera. O presidente Nestor -Manuel Pedro foi almoçar Bastos está ·ausente da cidade, no com Adriano Pimentel ! M.arajó, e só à noite o vice-pre- Paisa~~~~el Pedro vai voltar ao ~~1~f~~~~ a~~de:e e~;l~m:~ Tuna v 1· a· ~· ara' run10 a Se nem· tudo era. verdade, · em Já às 22 horàs, mais ou mil- alguma cousa havia muito de nos, em frente ao ·Grande Ho– real. tel. avistamo-nos com um dos B!)lém. ~ dP 'lbril dl" 1947. Manuel Pedro da Sil11a". o a ão Luiz APARECE UMA CARTA DO CR!,.QUE Sim, porque pouco depois das 16;30, Manuel Pedro entrava na Joalheri.a Drago', de propriedadP. do sr. José Mesquita, diretor de esportes terrestres do Clube do Remo. Com êle. entravam, tam– bém, Adriano Pimentel e o te– nente Osório, diretor de campo do Paisandú. TUDO RONTO PARA e MEÇAR Organizada a delegação, o CAMPEONAT DE UTEBOL que seguirá pelo Itaimb€ · - Mesquita, ti\ Manuel Pedro Aprovado, ontem, na F :P. D..., - o Regulamento para o certame O sr.. Joã<1 ,:ia Rocha Leonardo. ., _ --·---·•- -'-----. .1...---- · . ..

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