A Provincia do Pará de 06 de abril de 1947

,__,,_~_-n_a_s_ _ ·==lõilStlill■U----,aiiFTFãiiiiíiiii7Zilolll20,!;lí!FIY·r:e:sr-i!ll:xn ... r _ ____ .._____ ,A_P_R_-,o __ ·"1_- N __CI __ A_.:D_O:_:::P.....:.A::.::R.=A______ _ _________________ n_o_m __ in_~_- . 8 de abril de 19'f1___ O AMOR PLA TONICO Continuação da s~tlma p11.gfna) m prologo. cinco ato, • um -,t• l!!;io, o,, melhor. em <:lnco atos. à c~na principal se desenrol1< ,,,, ~.no de 416 A. e.. no caminho ".jUF l11v;,, rte FalPra. a Atenas, a uns • ; CJ u!lometros da Capital. em .,casa ., Agáton, :;-r11.ndP. poêta. tr-árrlco, omem ele fortu1111. r,eS!oal e aml– " dP Eurined~-,. Conta Arlstófa!IP~ que ele pos– •11~ a pcJ 'tiva e fina . a.s feições r~cloAAs e ~ vo· Memlnacl.a. Dlo– ~n~ Laerclo dedicou-lhe •ms vw;– ~ QU" <11zlam: ··Qu~ndo Agáton b~l.1><va ~;ni.r" meus lábio~· minha ,·l,n" J;>arava olh~-ndo: E 11.ll desfalPClda. F"1 ~i, va fora do corpo . r·on t.~ v,. Socrateg µnr P~~q, épor. ano-• de ldadi:,. n n1ot.1··,..,, ,:l~ tert,11Ua er:l eom~w n· r.i··~ r <> triunfo d f" Agât.on naR n amplaàas, como primeiro poeu, •· à ~lco cif! A t,-nas. n costume e , pro.tl <1a Cio~ be n– Q 11~t.e~ nn !und<>. f.!ram a remi– "'hcencl& de um oficio sagrad o, pa– r;1. o qual se r.onvldavam os n,Pm– r>r('~ rf;1 trit>u que deverla1n 9;ir- 1 lclnar da presen~a ele Zeus. O Ia. 11"'1 c,e comer~ beber os mesmo::; ali– mr·nLO?-, e no !im do repasr.o, :c;~– c--! ficf\l" o vinho, b~oflr entoar l ,ino~ ~ Zeus é multo signlflca– ri,·n A l\cademla rte Platão era ,rna sociedade nessas condições. t:rm 11ma d utrina fix::t.. 1n:LS con\ " caracterlstlcas es~enciats de ums relem rellglos··. Sru8 menil:lros sr · P\in hHl t odo~ o .. u.,,es~:... uo à ia d o "-~l"'JmPnt-o rt0- 1nestrP. que coinc1- c : :i 'r:,m o l:e Apolo De!!°· . p~rR rr::i 11iGP r ir·"' b::t.n q uete. ~Pg, · :.:o dP. 1 111a ~onversnclío !llosM!c~. Aconteceu nicquele dla. que au • 1:-tc;1r-se pa1~ a casa ele •.:i-át00. a companhlll de Arlstodenio. Sn– cr ates se deteve em llma c,,sa proxl– rna. Inspirado por uma certn voo. dl– f • rente da vóz h11mana, por uma '• na v{>'-' divina, r.01no a ·11allfl- u Platão, o detinha sern - Pr 0 n ., mozp.ento L.e agir. Quando Socrates apareceu. de- 1'\ols de procurado por 11m escre.vn ue voltou com it noticia de que • e estavJ\ absorto. sozinho. Junto ª" portão de uma. casa viz!nna. A::-~too convidou -o: rsro cf;. Socrates, de1ta-tP. ~o n,11~ lado, Dols quero saborear nm .,uco d" sa.bedorla que adqulrl~te •n meditar sob o alpendrP." F .Socrates confessou numa lma– •m tle Ironia. flamejante: Bom sena. Agáton, <111e a $8 he– ". , \~ •0ss?. ""' tg l na.cureza que 1 "l' simples contato de uns ~om "' outros corresse do mais chP!o rau o mais vazio. conio a ag1ts •n tre rtol3 vazas comunlcl\r> tes. Se fora asstn1. louvaria aoa aeuses ,::1:.c::– ts ,. :sentado Junto " U. porqu e Jn, s ~lr.., 'lt:e havela de ver-m<> Ch.,to da ~l)unélante e clarls:1lm11 sa– t--Ptil"tríP qnP. possues". ,~aton Percebeu o "olorido ,i~ fronJ~ A convidou-o p;:irn. .:;. CP,)~. '! r~ W"!ll-R~ em seguldJt 11ma. .oalef;;tn::; •m torno <lo vlnho. na. qual Erl- 1maco provou que o e:rcesso rt~ t\ 4 b!d:t é !unesto ~o homem: e ••·onselhou que hebMsem. não para ~ embriagar. mas para gozar ,) hor do vtnho "pr"ncfpalmPnt,p Ci..lalH.io A r:abe~~ i::1\n(1R ~té. ton- 1 pela orgia da vesper~ " I Platão deixou de mencionar ois fatos Importantes: prlme!ro oPmlíi'> de Socratc., - ··que 0 ; ~, .los 1"1vem par~ r,01n@r ª para brb~r. -enquanto os homen~ tle l>;,m l'lval entre oa gr--,gos, Nf!w-ma a Pprlcles, !Ilho de Xantlpo". Me:c,:ueno 1nt.,rrompe: --·'Por ventura aludflll ,. .A~pa– sü,. ? 11 E Sor.rates reclto1.1 o dlsctlrso q uP dls,,e ter ouvido da amante de PP.r!cles. Aspa~la era versada em retorl– ca e polltlr.a; 1n1 a me11tr11, de Pe- 1lcles e 8or.ratp.s, Foi a mulner de quem os gregos diziam com orgu– lho: "da clnt11rn p,na cima. é uma perfeita dama; da cintura para baixo, nma denc~" . º" artista,; 11 · zeram dela um símbolo e a repre– i::.entaram como uma virgem. uma. Bmazona, uma s ita s•cerdotlza, uma. de11~a do amor. Contam que Fldlas se desesperava, tentando re– produzir a doct tPrnura daquela r.utls. a rosada chBmn daquelE's Jal)los e o suave resplendor da– q uela c• belelra. O velho artista qoebrou os pinceis e s. palheta e paf.~D 1 .t a reptcsentnr em pec'ra e m nrmor"' n q11e. aflt,al, tugia à lm– pressilo de lni passivei: a beleza Aspas!• DiotlrnR Pxistit\. como Aspa:-..il,( . numa scclPd~de onde apena.a o~ homens tinham acesso. O dlsc•1rso de Socrates está dt– ,·tdldo c•m duas partPs: a no.t,11- rezs.. ou mefüor, o mito do n•a– chnento do Amor; e os beneficio~ qne ele oferece aos homens. O mito do nascimento <10 Amor f a mal~ compreenslvel das criações poetlcas de Platão: é clara e Jacll df' enten<.ler. Pffib0't"a os P.Xegeta3 rP.– clamPm previamente umR expllca– ç,,o do papel que representam o~ gentas 11~ teoloi,ta platonlca e dn :, proprledadef !mortais da alma DP. maneira simples. ln~enLta, supnfl– clal. podemos comparar os genlos aos anjos do car.ollclsmo que guar– di• 'll os homens. Inspiram-nos p ~ervem de mecllanelros entre os mesmos homens e Delis. A alma ;i:oza, do principio da lmortalldacle, ê dotada cle movimento continuo. u~o tem principio nem fim. encar• na-~o para servir a um corpo e dPtxa-o temporarlam.,nte até Ini– ciar outra viagem. caso seja pre– ciso. O Amor é um genlo, c11.10 corpo • aéreo e a vlda eterna. é um ""r animado, senslvel e dotado da fa. culdade de raciocinar. Ora parti• clpa do mortal ora do Imortal : num mesmo dia aparece e desapa– .rrcP, 11r.otovela-se com os homens e aproxima-se de Deus. Como rol gerado por ocasião do nascimento de Afrodite a. deusa d a. harmonia " da beleza do Universo, tPm inclinação pelo que é belo " !!rACloso. Seu pai r.hamava-se Po– rns. o deus da abundo.nela. dp rl– q,1e7~" do esp1rlto: P 'sua mãe Pe– n ta, a personl!lcação da necessi– dade, do desejo Insatisfeito O Amor. filho de um casal dominado por sentimentos contradltorios. li .Justamente a harmonia dos con– : ,.,,,.,,es. Da mãe herdou a pobreza: '·anda sujo, desce.Iço. sem lar. dor– me no cbli.o, sem leito nem confor– to". Por ln!luêncla da natureza do p>1l P belo. audaz. '·constante ,. gra nele caçador; está ssmprP. ~. de• liberar e a urdir maquinações, a dP– seJar e a adqulrlr conhecimentos. /ilosofa durante t,oda sua vlcta: é grandr feiticeiro. mago " ;o!ls– tfl". ~ - o anseio tntenso de con– <iulstac n Belo. expP.rimentand0 com grandeza <:!alma as v1c1ssltudes do ·d:astlno r.omn nntca pos~lb1Jidada de alcançar Juntamente com ele a perretção. O beneficio q11e o Amor ~ansa aos homens esu!. em diminuir as vl:•– genl'< da. alma, concedendo a "'" tem um dlrP.itll sobre • !gnorl\n!A'!, escreveu Platão, - o direito d" instrui-lo". Aquele qup >1sslm pro– cede, ama conforme Platão. por– que o amor platonlco - romo po– de se.r de!lnldo - é o ctesejo de lmortalidade, atrr és dll crlt,çã.o da beleza, seg,1 do corpo $e111-1ndo o f!Splrito , Senhores. crm dia Pm q11e Socralea pas.,e– •va pelos <:ampo.~ dP. Atenas, fol edvMt,lào por uma c1>rta vóz dlvl– ª " ql\P. o impediu de atraves.~ar o arrolo Illsso. ~nte" <1e oferecer aos rteuses uma expiação, como se hou– Yesse cometido alguma lmpledadP.. O mestre parou um instante à sombra <!e frondo.~a arvore e pe– nltenclou-se ali mesmo do pecado de haver feito um discurso o!P.n– slY0 ao Amor. Teve Socrates receio de ser castl~ado com a perda da tuz doi; olhos, caso nll.o contessasse !mediatamente a proprla. nulpa. Assim elf! pror.edeu, e no final, :pa– ra conqularnr a generosidade do Olimpo, perguntou a Fedro : - "Nho convem que !açamos uma pl'ecc aos de?ISP.s daqui entes rie llOS TPtirarmoJJ ?" :Pedro coneordon. E é ""m a prr,. <'e de Soe-rates que LP.rmlnn, no s.n– ,,.,to de conseguir a m1mlflcencla do genlo do Amor para os pecados que cometi: •·o· Mlnt'n·A. rie11$11, da prudêncl" e t'ia ~mbedorla. ~ ~ós outras as M11- ~•s lnsp!ructoras dos a.rtlstas criado– •~• da l)pJeza segundo o esplrltn. "concedei-me a beleza Interior <1a a !ma e !a.zel qi:e o exterior esteir. em ba.rmonla com essa beleza ea– plrih.1Rl! Q1.1e o sablo me pareça i-,r.mnre rico: q11~ P.H poss11a unica– mente aquelas riquezas que 1Jm ho– nuim senr.a.to {)osi:;a, suportar e,, ~m-– µrP..r;ar. Teremos alguma outra 3H• plica que elevar? Por mlnlrn ver– te, cr~lo que r,etll o suilciente•·. Notas de critica H:ontinuaçã.o d:i. $étima pagina) romo diz profundamente o A– manuense Belmiro. Em seu ro– mance "Vidas Avulsas", talvez os melhores l-apítulos sejam os que evocam a infancia da he– roína: muitos óos seus contos 1 dos seus excelentes contos 1, se ligam igualmente a reminiscen– cias. Em "Sílvia Pélica" ele se encontro na atmosfera d::i sua predilec:io. o São Paulo dos úl– rlmos anos do século XIX, na casa de um antepassad0 queri– do. o "seu Cesar" do livro. A historia tia engeitadinha, bati– zada pela familia. numa ses.são memorável. com os nomes pom– posos de Sílvia Pélica Capeço– sa Belchior de Pontes Rebelo de Oliveira Trancoso de Sousa Valongo. é contada com uma graça e 1.1m senso de humor que '.,,z1!m honra ao tacto literário de Alfredo Mesquita. As crianças ,:,11e conheço têm ficado fasci– nac\::: s pelo lino. talvez mais ainda que os adulto~ ... Diga– se que parte da gloria cabe às maravilhosas ilustrações de II– de Weber, realmente deliciosa expressivas como poucas. As cri– anças que não :sabem ler, como Ana Luísa. preferem a parte 1lust.radora. As outras dividem o entusiasmo. O mPu amigo Pim- nn 1,:a. n h 1,rn t.nAn •h -1TV1- -fnl• Â.g,pectos da assimila~o e... ·(Continui.tção da sétima pagina) por Alfredo Ellís, nos seus ;p,g. tudos sôbre as populações pa1,– listas, quando escreve que o Por– tuguês tem a tendência a ,se unir "com a patrícia que tam– bém vem :::olteira". E explica: "A ter de contrair matrimônio, o luso prefere se arriscar com uma "cachopa", lusa como êle. E' o que se verifica mais em São Paulo, enquanto que no Rio a ligação dêle com a negra ou com a mulata é mais de se ob– iservar. E' por isso que no qua– dro de cruzamentos. o portu - g·uês figura de um modo infe– rior ao italiano, mas acima do espanhol (PopulaçõP.s Pauli•:as, São Paulo, pag. 174). Os índl– res de nupcialidade o connr– mam. Somente no interior do Er.t..ado ês~e índice f' elevJtdo •60,4"·à ). mas na capital é me– nos 147,3 % ) que os índices com- birrados de endogamia e de ca– l"amento com estrangeiros ele outra nacionalidade 142, % e 10.7% respectiva mente) num to– tal de 52.7"1,,. A. conclusão a. tirn.r-se de t.!,– do isso é Que a amalgamação do Português é hoje menor que i>m outros tempos. Embora o processo dessa assimilação bio– lóg-ica não seja tão importante quanto o da assimilação social, não deixa de haver influên:-üts reciprocas de um <;ôbre o outro. Q.q processog coloniais eram di– ferentes. Fixando-se no novo meio, o Português ;,,.q11i cons– Lit.uía familia. legal ou não, com elementos étnico~ de vária pro– cedência. inclush·é os negros, e índio:::, como está. fartamente provado nos documentos do pe- literaría ainda não tinha r.hega.do por– que tinha ido lev:ir rcupn i>m C'lsa da vizinha da Comadre .P p:15sado ante1, na Vendinha, encomendar • mantimento pr~ familia da pobre, é que Nhá Lica, que era muito boa e ,iá Linhit. dado banho na criançit , vestido ela, bonitinha, com a roupinha nova que Sinházinha tinha comprado na lojinha: fraldinha. sapatinho, coeirlnho, camizinha, sapatinho, camisoli– nha. babadorsinho e tudo, apa– receu na sala de jantar com a criancinh!I nos braços pra to– dos verem". Aí estão os per– sonagens principais. o estilo do livro e a cadeira de balanço dos dois irmãos. que o 3travessa co– mo um motivo condutor. Moti– vo mais sociologico do que ou– tra coisa. resumindo num traço a educação do filho de familia "boa·• daqueles tempos. Tem– pos. seja dito. que Alfredo Mes– GUita acha bem melhores que os de agora. Seu Cesar mand:wa na polftic~ mas era acessível, despretenc1oso e bom. Ajudava o cunhado, seu Maneco. a ser presidente d.-t República , e o amigo, Dr. Bernardino, e. fazer reformas de ensino ("pois é. já naquele tempo ... ", comenta o autor): levava no fim de tudo um pontapé .mas continuava nrP.xt.imn.c;o ~ d,:a.~h,.tol".OC:,CZ-Ol'ln r\r ríodo colonial e mesmo depoi:, déste. A larga próle patriarcal o fixava no novo meio e os la– ços com a metrópole eram cor– tados. Nem sempre, porém. is.,o a– contece nos dias de hoje. "Com um lar mal constituído, com um.a familia provisória. o por– t.uguê::: lacrimoso de saudii,des de Portugal, não se sente atrai– do pelo nosso meio rural. tào fagueiro, convidativo e pron1i.s– sor. para os que têm familia,; bem solidamente formadas, na paz. e no labutai· remunernti– vo. que lhes dá a vida nos Ia– tifundio::: cafeeirc;; das zonas velhas 011 nos ;,,itios d:is i::ona~ novas", escreve Alfredo Elis. que acrescenta: "E' por b :o que 0 português não se fixa .rr1üto .no interior. Prefere os m1r,c, - rPs provi,sórios de cn:e !\e pode desvencilhar quando o,; recur– so3 se fazem pingues para mr.a. vo1ta a Portugal. Por isso é ,,j .. slvel a tendência do r,ortuguês em ser, no interior, ferroviário e a nermanecer n as cidade~ Ai se entrega aos oficiois de leitri– ro, de jardineiro, de padeiro. de chautfeur. df' tirador de arein. do Tietê, de motorneiro. de c,- ~. roceiro, de condutor. de come,·– ciário, et-.c.'' 1d., ibid, p~s. 17!- 172, . A mesma coisa acontece nas grandes cidades que rcc?b~m ront! ngent.es imigratorlo~ por– tugueses. Se em São Paulo êies constituem 6% da pooula~ão, em Santos e~a percentagem é de 11,9% e no Rio de Janeiro, H a 16"1,.. de acórdo com o Re– censeamento de 1920. Nito é o Português, portanto. elemento rural Que se emparelhe ao:, ita - lianos ou ao grupo germáni::o <'ll e,;lavo. Eles são preferencial– mente elementos urbanos dis– tribuindo-se nas profissões ele motoristas. carregadores. car:·o– ceiros e condutores de bondes. jardineiros. padeiros. leiteiros. ,i:irdlneiros. padeiros, leiteiro~. ma1·crneir<'s, ;,çougueiros. ir d11~t riais, negociantes... pro– fissõe~ onde se der.tacam ilr.e– dl»t.11 m~nre ci:i massa gf'ral da pooulaç:,o . Para comprar ou vender aconselhamos procurar a CASA CAHEN, que oferece fit>mpr e as maiores vanta~ens. 13 de Maio, n. 153. (561 1 O telefone tilintou... (f:onü n11açáo da sétima pagina) continuar naquela inconscien– cla, corria, :sofrego, às gar ra • fas. Uma. noite qui, começava a adormecer, saltou de repente. assustado. correndo para a me– sa. PareciR-lhe ter <'UVido o t.e– lefone t.-0car. Esperou um mn– ment{), ancioso. Olhou para o pulso. 0 relogio marcava mei.1- noite. 't!n> grandf• alivio inun– clou-ihe o pP.ito. Apai:;011 a lm; 1ue esquecera aresa P. t-0rnou a s" deitar, com o cora,;áo b,1.– tendo num susto. Agorn sabia. :r,;o íntimo não desejava aquP– ia t:::'.efonada QUP lhe l'PYela;fa uma mulher vulgar. Seria m~.a decepçf!o. Constant.ino. dcsr-:.– ganado df' tod11:s a:-- inulhere. 0 • veio :OJ amar 'Linda. j i não tan– to a ~ua beleza : mar, as st.a::: ,.,,is recu~::i,; con~ecutiva~. Es~·"L historia não é nova : mai: i;em– pre haverá quem pense n a mu– lher ideal. Constantino penmu no casamento. o que paar ele ~ignificava tê-!:>. encontrado. Porisso o telefo!le par,.sou a ap<1- "0r::í -1o e não dormiu aq1i;•la. noite como se ji t:ve.sse vinc:o. de forte campainhada. a mor– te pal'a a sua ilusão. A sun Ilu– são conjugal Quànct0. n n 1.~r d,.. }:e~uiute <:ompimha-se pllra receb!'1· uma ~étima :recusa, - o telefone 1.i– lintou no apartamento. A' tarde. O só! punha no ouarto uma qule1-l1de coe" c– ,1~ f iva. O apar1>lho •,ih1·?,1'a. ~o– noro. Constantino. sentado na ra– ma. c1.poiou as miío• l:·êmu!Rs 118~ Joelhos. E1·:- "la. '•Gr. at.ia- tt c,e modo imrpreendente. Quando pela segundn vez ., t P.,efone tilinto,.: nn apartamim– to. Constantiuu levantou-se num salto e dirigiu-se rapida– mente para ele. Marco.~ o!J~av?. p11 ra o ro:<to do rapaz q.ie fF' !aw rlP:;or,.,P – nadamente. de•;cendo R porme– nores coniu~-os e n<! i orlo inu - teis. !vf....arco8 ;nt.P-rron,p~!~ ..o: - Espera, bebP isto. E ros ü, isto. Pagfü; a ciPspe7:s . -Hoje eu na"so tuoo! --· Começo a pel'ceber. Eh t€• lefonou. -Sim. Ainda não F'l':.m 4 hn– ra:,. Havia no ambiente . .. - Deixa o amlJiPn·e. De- pois ... percebo out.•a cou~a ! - Náo folP-~, ouve o re~1.o: <'la telefonou. - Em suma. i>.s marido Constantino ri'1, ;,legreu,en– te, alargando os ge,Jog : - Qnem, !'11? T11 i,,1< doi<iol Loiw eu ! O que :t:it !oi humi– J'1a-lll. ec:pezính:ic-la. rindo <ie ;,eu choro abafado. niío ,ieix:in– do (pte ~~ ju~tiiicn,se. - Esto-1 te vendo p~lo olho cego. Ainda. não disseste tudo. -.Sim. - Espalmou ai: .mãos na mesa, fortemente feliz. - E' uma mulher extraordinaria. Marcos. Fiquei aturdido quan– do a ouvi. "Mas espera Cons– tant.ino, (sua vóz tremia), dei– xa. que te explique. Eu te amo, sempre, sempre te amei. E es– J)('rava, não que me pedisse em casamento. pois não tenh0 temperamento para esposa. mas que me convidasses pars. uma corrida de automovel. E's um tolo. Constantino. Quero sP.r tua amante. !ui feita para ti. Para ser tua amante. Cons– tantino··. - E' de cortar o coração. Constantino passou a mão pt>los cabelo~ brilhantes. A :::en– srição de felicidade continua– va. - Estou meio tonto, desorien– tado. E podes crer. com o mundo nos bolsos. Foi tudo tão depressa! Conversamos depois clelictosamente, armamos pla– nos malucos. - Debruçou-se 11!1. mesa: -- E' fantastico , não :.cha,s,' Vou fazê-la rninhs a– :'Tlant.e. Quando cansar-me de– lR... - E' jn~tn que a faça~ tua esposa. LICOR, AMAZONIA N\A!S OE MEIO SECUI.O Dé– l?f.SULTADOS GARANTlDOS. Comp!et ~.,.i (. ·) PORCELANA , .,3) P: J.ra CHA ,, CAI"t:. f OiH,\l .ES– MP.LTAD/1 P ctr ALUMíNTO . 1"\ – LHERES DE ALPACA . QneoP. Luz de Alabastro. Vende JH'l'J melhor preco :, (1 h. S .\ 1l H A G .li O a fér~. da l'U'-l SETE. refeit ra Municip 1 de Belém E DITAL A Prefeitura Municipal de Belém avisa as pessôas que requereram compra:5, prorrogações ou exumações de sepulturas, no Cemltério ele oau– ta Izabel, cujos requerimentos, já despachados, se encontram na Diretoria da Receita Municipal pa– ra cobrança, conforme a relação abaixo, que den~ tro do prazo de qu1nze (15) dias, a contar da pu– blicação deste Edital, venham satisfazer o paga- i mento devido sob pena de, exgotado esse praso, se~ rem cancelados os aludidos despachos e procedi– ! das as respectivas exumações. Belém, 28 de Março de 1947 . Requerimento de : Elieser Pereira de Barros. Raimunda. Luiz:- Fer– r~ir>'. João Cavalcante da. Silva.. Rosa C. Rebelo Pereira, Flora Ferrei– ra P8reira, Maria Lima Morais. Joana Furtado de Assis, José Nelson Medeiros. Bernard Stilianid, Ilda Bernardes da Silveira. Marn• E~– tela Vasconcelos Pereira, Altamira da Costa Spinelle. Adclilw Melo. ,lulia. da Silva Costa, Antonio Luiz de Melo. Adelino Melo, Luiz Ro1.,al Elias, Quirino Nunes de Carvalho, Valentim Novais de Oliveira., Meri~ Antonieta C. Corrêa, Arazeres Corréa. João Fernandes Rodrigue8, Di, – Jila Corrêa, Oswaldo Nogueira de Melo, Miguel Silva. Analia Mart?– dos Santos. Rufino Ribeiro de Sousa. Maria Amelia Silveira, Arlind1J Miranda da Rocha, Raimundo Duarte, Judith Conceição Morars. Ida - lina Macedo Martins, José de Lima Brandão, Admar e . Moreira, Rai– munda Guedei: Viana. Rosalia Pinto Ferreira, Adelino Melo. Mariíl Joaquina. Maria Eunice Torreão, MarietJ. Ferreira Machado, Raimu11~ l do Souza Barreiro:;, Bento Antonio Siquei!'a, Nagib Cecim, Dulcelina Lopes dos Santos, J. S. Moreira, Raimundo Angelim, Maria Amelia . Raimundo Pereira da Costn., Constancio Paulino de Almeid~ . Ar~ur Mesquita. José Tussi Marques, José Nogueira de Carvalho, MRximi.!1a Nunes dos Santos. Alzira da Silva Oliveira, Laura de Jei,us li. d1? Oliveira. Dolores Pinheiro A. Santos, Ambrosio Ferreira da Silv,;. Cordalia de Carvalho. Hilaria Ramos Fonseca. Ananias Saboia (•" Melo. Consuelo Pamplona de Oliveira. Raimundo Alves Pinto. Ercilia Basto."' da Silva, Elvira Rodrigues. Raimunda Lara Teixeira. SebasW<c• Sena. Raimunda Maria dos Anjos, Renée Corrêa de Miranda. Raimm1 - da Rosa Pantoja, Edgar Andrade, Arnaldo Manoel dos 8:mtos. Vin ~ lante Carvalho Freire, Homero Santos Gonçalves, Josefa ilz:.,·b·isa, Henrique Moreira da Silva, Arlindo dos Santos Cavalheiro, Dejad

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