A Provincia do Pará de 04 de abril de 1947

1'ãglna 8 A PROvtNCIA DO PARA Se-xba-fen, 4 de abrll de ™7 - -----· ·- -------------------'-------------- No "cliché" acima, vemos parte da magnifica frota de navios fluviais que foi arrendada pela Rubber Development Corporation à SNAPP, e que se encontra em inatividade, em virtude de estarem penhorados, proveniente da ação ju– dicial movida pelo Loide Brasileiro contra aquela emprêsa "yankee", -----------------, .. -----------------------·--- ----------------- • • , ... , Mulheres norte-ainer1canas v1rao estudar nossos costumes, comercio • e • l " 1naustr1a • A Argentina ficaria com os Estados Unidos - Importantes declarações do embaixador de A PROVINCIA DO PARA' no caso de um conflito russo-americano arl!entino nos Estados Unidos à reportagem - Não acredito que seja possf– VJ!l uma guerra entre os Estados Unidos e a Rússia, - declarou– nos o sr. Oscar Ivanissevich, em– baixador da Argentina nos Esta– dos Unidos, ao ser interrogado, ci,ntem, per nosso repórter, no ae– l'oporto de Val-de-Cans, onde passou alguns minutos, enquanto o "Clipper", da "Pan American", da linha Belém-Buenos Aires, se l'eabastecia. A longa permanência daquêle diplomata nos Estados Unidos permitira-lhe observar os rumos que póde tomar. rep!)nti– namente, a política internacional. Interêsses particulares levam o sr. Oscar Ivanissiwich ao seu pafs. Ao entrarmos em contacto com o l'epresentante do govêrno do co- rnnPl 'P..eirnn i11nt.n on O'n·uS,..,-,~" ,:u:~.- b;ente de um p ovo que se mocracia. re11peitando, assim, o prepara para a guerra. Nada de espírito democrático das Améri– anormal se póde perceber, pois o cas. trabalho, alf, se vem processando normalmente. l:JM MILHÃO DE MULHERES ACOMPANHARIA A DEMOCRACIA · Mostra-se surpreso, o embaixa– dor argentino junto ao govêrno dos Estados Unidos, quando é in– terrogado sôbre a atitude que a Argentina toma::-ia diante da pos– sib1lidatle de um conflito entre os países citados, e declara-nos : - Não estou autorizado a falar em nome da Argentina neui de seu povo. Mas o pensamento de ni~!: ~?~êr~o- e_ ?_e:.._1.:1~.:1~-~a?"í~?s Fala-nos, agora, o sr. Oscar Ivanissevich a propósito do mo– vimento que se vem verificando nos Estados Unidos referente ao intercâmbio sul-americano : - No terreno das relações in– ternacionais assistiremos a uma das maiores experiências de in– tercâmbio, quer na parte comer– cial quer na parte cultural. As– sombroso movimento êsse que os Estados Unidos pretendem desen– volver dentro em breve. E de mo– vimentos como êsse depende a se- -·--~-- ..:11- '1... ....-.; ... -#.t..... 'I.... _,..,.ª presenta a connança que entre nossos povos d~ve existir. Dêsse amplo plano faz parte a visita de um milhão de mulheres aos paí– ses sul americanos, afim de estu– dar, com ·todos os detalhes, nossos costumes, nossas indústrias e nos– sa agricultura. E, terminando suas declara– ções, o sr. Oscar Ivariissevich dfs– se-nos: - É um programa sem prece– dentes na história mundial. M G r NAVIO NTE o re Embarcações de menor calado para a navegação destinada àquele Território - Não há "deficit" de tonelagem no SNAPP - Material adquirido pa:ra renovar a frota - Motores dos Estados Unidos e chapas de aço de Volta Redonda A navegação para o Acre e para as praias balneárias de Mosqueiro e Soure, foi objeto de criticas e dis– cussões, com às noticias recentemen– te chegadas daquele Território Fe– deral, e com a unificação das duas últimas linhas em uma só. Do Acre, Informavam ser grave a. situação, pois se achava lnterrompl– di, a navegação fluvial, unlco melo <le comunicação desse Território com o resto do pais. Enquanto Isso, as linhas de Mosqueiro· e Soure passa– ram a ser executadas por um unlco navio, o que acarreta sérios prejul– zos àqueles que ·procuram essas es– tância~ balneárias. l!! os comentários surgiram procla– mando-se que o S. de Navegação da Amazônia e Administração dos Por– tos do Pará (SNAPP) era mais um dos serviços públicos que merecem reorganização, slnão, reforma total. Entretanto, nada ficou esclareci~o sôbre essa situação e a verdade ãos fâtos continuou desconhecida. NAVEGAÇÃO PARA O ACRE ~oticlas continuam chegando do Acre, informando d'à. situação grave de seus habitantes sem comunica– ção nenhuma com o resto do mun– do e com seu abastecimento de ma– térias primas parallzado, em face da Interrupção da navegação !luvia.l l?J(– ra ali. Apuramos, entretanto, ontem, ----------- -----------------"-- A 118 s·R'iv:·ANA SAN,.fA Catedral de Belem O itinerário da procissão do Senhor Morto - As cerimonias ontem realizadas Ontem, quinta-feira santa, com- 1presentado por uma grande vela. pareceu à nossa catedral uma ladeada por outras menores. As compacta multidão de fiéis para velas são apagadas, pouco a pau– assistir aos solenes atos, que a co, representando as trevas que Igreja Católica celebre. com toda hão de descer sõbre o mundo. a sua liturgia. Permanece acêsa a vela que re- Pela manhã, às 8 horas, foi ce- presenta o filho de Deus, só indo lebrada missa pontifical, oficiada apaga:r-se na Sexta-Feira, quan– por s. Excia. Revdma. Dom Má- do êle morre na Cruz para redi- ria Vilas-Bôas. mir os homens. Seguiu-se a sagração dos San- Com êste ofício. ficam encerra- óleos, transporte do Santíssimo das as cerimônias da quinta-feira Sacramento e desnudação dos ai- Santa na Catedral de Belém. tares. A CEP.IMôNIA DO LAVA-PtS Precisamente às 16 30, S. Excia. Revdma. o sr. Arcebispü, começou a cerimônia do lava-pés. A .ceri– mônia representa a humildade de Jesús Cristo, para com os ho– mens. Dpze seminaristas que repre– sentam os doze apóstolos, apre– sentam seus pés desnudos, para que o sr. Arcebispo, que represen– ta Jesús Cristo, os lave e beije, em sinal de humildade. Seguiu-se o sermão das trevas, pregado pelo Revdmo. padre Milton Corrêa Pe– reira. OFíCIO DAS TREVAS Oficia.do também pelo sr. Ar– cebispo. segue-se o ofício das tre– vas. Nesta cerimônia, Jesús é re- HOJE SERA . REALIZADA A SOLENE PROCISSAO DO SENHOR MORTO Precisamente às 17 horas de hoje, deverá sair a solene procv,– são do Senhor Morto, que 01:ie– decerá o seguintr. percurso : Catedral, rua Dr. Assis, traves– sa de Alenquer, rua Dr. Malcher, rua Joaquim Távora, rua 16 de Novembro, avenida Portugal, pra– ça Frei Caetano Brandão e Ca– tedral. SERMÃO DAS LAGRIMAS Ao recolher-se à Catedral a procissão do Senhor Morto, subi– rá ao púlpito o Revdmo. padre Adolfo Serra, que pregará o emo– cionante sermão das lágrimas, en– cerrando, assim. as cerimônias da Sexta-feira Santa. que não havia falta de transportes. Os navios deixavam Belém abarrota– dos de mercadorias e rumavam •para .lá, onde não chegavam, pois enca– lhavam entre Manaus e o seu des– ttn'o, devido à. secante dos rios. Pelas informações que colhemos nos serviços estatlsticos da SNAPP, o problema da navegação para aque– le Territ6rio Federal, depende da ut111zação de embarcaç~es de menor cilado do que aa atul/i.lmente empre– gadas pois estã pro,,acfo que as que a SNAPP possue não são próprias para essa linha. No momento, aproveitando o tem– po de cheta, que é o mais curto dls– ponlvel, a SNAPP mob111zou todas as súas embarcações afim de fazer todo o transporte que lhe foi soli– citado, em consequencia da grande vasante do rio, que virá depois. Na próxima estação, esta situação de emergencla não se repetirá, pois com as embarcações que estão sendo re– paradas a capacidade de transporte estará multo aumentada e não ha– verá necessidade dessa mob111zação total que quasi parallza outras li– nhas de somenos lmportancia. MOSQUJHRO E SOURE do a tarifa do·frete e. em consequên– cia., diminuldo a produção e a to– nelagem de car::;a :. ser transportada. O Serviço de Navegaçli.o da Ama– zônia e Admlnist.raçi o dos Portos do Pará não tem n °nh um pedido d,e transporte que n i><> ha_la sido aten– dido, nestes últimos tempo~. MOVIMENTO CARGA DE NAVIOS Jl A frota da. SNAPP atualmente cons– ta. de 98 embarcaçóes '!e diversos il– pos, com um deslocamento -i:;otnl de 31.159 toneladas. Isto representa um decresclmo apreclavel se compa.rar– mos estes numeros com os que ri,– presentavam a frota e a tonelagem da referida emwêsa em 1944,. quang.o havia 133 embarcações com a tonela– gem de 45 .264. E' verdade que L SNAPP conta atualmente com maior numero d,e navios e outras embarcações do que recebeu como acervo .:l;i extinta .AJife.– zon Rlver. Os dados abaixo dão 9 Idéia do movimento de navios e car– gas tranRport adas da SNAPP : 26 navios a vapor, com 12.100 to– nelaàas; 5 .rebocadores, com 499 t?i– n eladas; 8 lanchas, com 136 tonef11· das; 2 dragas, com 1.418 toneladas; O problema dea.sas duas linhas 2 lameiras, com 1.616 toneladas; 3 à.gora agravado com a concentraçã~ cábreas, com 536 toneladas; 3 alva– de .esfo.rço_s em uma delas, será defl-1 rengas-tanqu_cs, com 3.000 t.one·l·!".– nltlvamente resolvido tão logo a das; 2 pontoes. com 945 toneladas; SNAPP receba dos Estados Unidos, 26 alvarengas, com 5.:l92 tonela.d.1\1, o material que já adquiriu, tão bem perfazendo o total de 77 emba,.rQl.– como o que está séndo esperado de . ções diversas, com 25 -642 tonela.dM. Uma embarcação motorizada fará 44 navios ~ vapor. com 25.237 to.- Volta Redonda. l Em 1944 a SNAPP possuia: todo o serviço dessas duas linhas - neladas; 1 navio a motor, com 180 como está sendo atualmente feito - toneladas; 9 rebocadores, com 814 tó– com a clrcwistancla de gastar me- neladas; 10 lanchas, com 164 tonela– nos tempo nas viagens. Enquanto das; 2 dragas, com 1.U8 toneladAS; Isso, uma segunda embarcação, tam- 2 lameiras, com 1.616 toneladas; 3 bem motorizada, de reserva, a.tende• cábreas, com 536 toneladas; 11 alva– rá a.os periodos de maior movi1rrnn- rengas-tanques, com 6.232 toneladas; to e permitirá os reparos que a prl- 2 pontões, com 945 toneladas; 31 al- melra exigirá periodicamente. varengas, com 6.242 toneladas; 8 · landing barges, com 600 toneladas.: RF.NOVAÇÃO DA FROTA 13 H!gglns K. D. barges, com 1.300 toneladas: num total de 136 Elp;Lbàr– Embarcações melhores e apropria– das para a navegação ein nossos rios serão adquiridas dentro do mais breve tempo posslvel. Essa foi outra Informação que co– lhemos tambem na SNAPP. Enquanto isso, parte da frota será motorizada com os motores mar~tl– mos que já foram adquiridos, desta– cando-se o "Almirante Alexandrino", que continuará na linha Mosqueiro- Soure. · Esta renovação será feita dentro das possib1lldades tlnancelras.. seja com recursos próprios, seja com au– x1llos que lhe venham a ser atrlbu!– dos, colocando-se nesse melo os seis milhões de cruzeiros que lhe são di– vididos e os 7 milhões de cruzeiros de uma subvenção que o govêrno concedeu a SNAPP. NÃO HA.' "DEFICIT" DE TONE– LlíGEl'ÍI Com relação a transportes, atual– mente, informa a SNAPP, não há "de!iclt'' de tonelagem a cobrir. A capacidade de transporte das embar– cações existentes é superior ao mo– vimento de carga atual, ou seja por– que tenha passado o tempo da gu~r– ra com o grande movimento que c,.ções diversas, com 45.264 11é:mela• das. · Atualmente só existem: 31 navios a vapor, côw 18.u neladas; 7 rebocadorPS, copi 5\11) . - neladas, 8 lanchas, cum 136 ton - das; 2 dragas, com 1.418 ton ; 2 lameiras, com 1.616 toneladas; 3 cábreas, com 536 toneladas; 4 slvs– rengas-tanques, com 5.532 toneladas; 2 pontões, com 945 tonela.d!l-5; 28 alvarengas, com 5.992 tonelàdas; 6 landing barges, com 450 toneladas; 5 Higgins K. D. barges, com 500 ro– neladas; ou sejam 98 embarcações diversas, com 31.159 toneladas. Carg_a transportada p·elos :Q,ftV.Ulll da SNAPP, durante os segl!ti!tÍl!B anos: 1939 . . ......... 77.0?3.! qut- 1944 • • •.. .. .. • 13~.5'1;. . · 19~6 • • .. • • • • • • • 83.363. • Ainda a respeito da diminuição 4t, frota da SNAPP, de 1944 aos di\s cfe hoje, deve-se dizer que a meírina. é devida à. pa,ra.lização dos barcos da. Rubber Development Corp_oration, pe– nhorados em conseg_uência de ll,lllª ação Judicial movida pelo Loide Bra– sileiro. Esse navios, col:Y:o se sa..b.e, ~ arrenda.d~s .ªº sernço de Nâ've~•

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