A Provincia do Pará de 04 de abril de 1947

...:.,..,.... .. ...... u .............. "º <;10 U,\.,-',.l,.GL 1,J.1..U-',-',1,10., DI t;;J.Q,JJU.l..a.\;'t:liU uu-=:; ilU::S::SU::S J:!.i::St,U,.. tutos, convido a todos os sra. associados em pleno gozo de seus di– reitos sociais, a comparecerem em nossa sede social, no próximo domingo, 6 do corrente mês, às 15 horas, afim de ouvirem a leitura e .aprovação do referido Estatuto, o qual deverá entrar em vigor, após o prazo determinado pelos Estatutos. A,;:iteclpadamente esperamos o maior número posslvel dos asso– ciados desta Sociedade. Belém, li de abrll de 1947. A DIRETORIA , .,...._~ ...... ·. ·1·.. = -(â~7'l"A"", l· , o/U}Ji{~ _ . , 'f' -~ 0,/.__ ·. ~ "~~~ ,' ,~o/3l'4. ' . t!J - '~.-~.l;LrA:~lA~f!r;. li frí _,,,'lflWí wk Jt IL · /1~se1e/u · - ._., g ML HOJE, no MODERNO, INDE– PENDENCIA, UNIVERSAL e VITORIA - .EM MATINAL, VESPERAL e SARAU (838 11 Todas as pessoas que têm visitado a CASA SILVA manl!eetam sua satisfação n!l.o somente pelo tratamento que lhes é dispensado coip.o também pela qu8.lidade doa tecidos ali em estoque. RUA 13 DE MAIO, N. 138 ---~~-----:;:.-----. -- 1 ·1 ii i:f anos; e à avenida c.;_eara, "º"• ,.,v– ft A. SEGUIR: - "NINGUEM VIVE SEM AMOR" .- belo filme romantlco, com Shlrley Temple, Jerome •.• rioel Roque Ferreira, paraense, i• · ;: branco, com '1 dias. t Courtland, Walter Abel e outros. d TOTAL_ 16 óbitos; 15endo 8 de · ib::-::,u-::-::•::•:S-::•W.:•:}:}:t,:}::-::-::,::,::,~::•::•::-::-::-::-::-::•::•::-::.::::-::-::-::-::-::-::•::•::-::-::-::•::-::•::-::•::-::•::•::,::-::-::-::-::-::-::-::-::-::-::-::-::-::•::-f crianças e 8 de adultos. .·.,ATJNAL INFANTIL, às 9 horas - "AMOR MATINAL, às 9 horas;VESPERAL, às 14,30 e 2 sessões E HEROICIDADE", com L1bertad Lamarque; e à noite, às 19 e às 21 horas. O novo grande sucesso de A VIDA. DE CRISTO, As 15 e às 20 horas. Até sábado Orem.- &uson - ,valter Pidgeon B.R.IAN AHERNE, VICTOR MAC LAGLEN, PAUL LUKAS, JOHN CARRADINE e JUNE LANG, em CAPITÃO FURIA Amor! Aventura! Reroismo! Â INGTON A Ml~r.L11::EK IN~PJKAÇÃO Uma obra prima da "Metro" 4.ª-feira! Dorothy Lamour e Ray 3.ª-feira: Lana Turner, em "Dois • Milland, em "Idilio na Selva" contra o Mundo", .e/ John Shelton GUARANí/POPULAlR POEI RA A's 14,30-15,30 e das 19 A's 9--14,30-19-21 hs. A's 14,30-19-21 horas A's 9-14,30-15,30-19-20 e 21 hs.. O grande tilme horas em diante A VIDA DE CRISTO copia nova "Movietone" _.,.'.3:'.VfPJ""RS CAPITULO XLIV Dois filmes! A copia nova, "Movtetone", de A VIDA DE 'CRISTO e o pungente drama do cinema argentino AMOR E HEROICIDADE com LIBERTAD LAMARQUE que estivesse há muito '"5ra da A VIDA DE CRISTO copia nova "Movtetone" Fl~ • no , í l L ·t füM ~ I Á As 9-14,30-16,30-18,30-20,30 1 vom1ngo, U1 .E. lV.11 ll.- .l A COMEDIA DO ANO! 1· UM ROMANCE MARAVILHOSO E SEDUTOR, COM O GAL A VENCEDOR DO PREMIO DA ACADEMIA! ~ 1 1~ ir~t il i~ 1~ - ;& - ---------,-- - - ~------- -- - ' e A I\i F A 1 r ~ E P A R A o o 1 ~til. Matinais domingo: Iracema, "Capit&o Fúria"; Guaraní, "Acontece quel sou rico"; Poeira, desenhos, shorts educativos, comedias para a petizada/ Quando foi nomeado grã– mestre de Artilharia adotou como brazão uma aguia sus– ~entando um raio com a divi– sa: "Quo Juama Jovis". moda um grande robe de chambre encobria o seu gibão e caía até seus sapatos, com suas voltas de ouro, como se fosse, à hora do costume, assis– tir ao Conselho ·de Henrique IV. O NOSSO FOLHETIM ,. te por mim, senl1,or duque. Aprendi poesia, não para ser poeta, mas para julgar as poe– sias e recompensar os poe– tas. prestar serviços aos herdeir?s de Jullieis, devolver-lhes os do– minios conquistados pelo im– perador Matias. O do cardeal Richelieu, quem subia as escadas de Sully, era, se estão lembrados, uma aguia nas nuvens como - Aquila. in Nubilens. · 1 - A quem devo anunciar ? perguntou o criado que prece– dia o visitante matinal ? - Anuncie, respondeu este, antegozando o efeito que estas palavras iriam produzir, anun– cie Sua Eminencia Mor, o car– deal de Richelieu. Na verdade se o nome de al– guem já produziu um efeito inesperado foi aquele que atin– giu os ouvidos de Sully ao vol– tar-se para ver qual o impor– tuno que vinha incomoda-lo J.n~-es da aurora. Estava ele ocupado nas vo- lumosas memórias, que nos dei– l xou e ergueu-se do sofá a voz 1 do criado. 1 Estava vestido à moda de 1610, quer dizer, com um atra– ~o de dezoito ou vinte anos, de veludo negro, com as meias e o gibão sarjados de setim vio- 1 leta; ele trazia os cabelos cur– tos e longa barba; nesta bar– ba corno na de Collgny havia um palito, para evitar ter que se levantar e ir procura-lo caso estivesse muito longe; se bem GE VE l • A Cêrca de uma hora, quando fazia um belo tempo, vi(l.-se– lhe, menos o "robe de cham– bre", descer do hotel com todo este aparato, seguido por qua– tro suissos que ele aliciava pa- ROMANCE HISTóRICO DE ALEXANDRE DUMAS ~ .iidito 1!.ª língua portuguesa - Direi~os de trad~ção e reproüuçao . asseg-ura1:1os a A PROVíNCIA DO P'J.'..RA em rodo o Estado - Copyright France-Presse ,·a lhes servirem de guardas e i passearem pelas arcadas do Palais-Royal, onde todos se renta e <.:,ois anos e Sully s~– destinam para o olharem, mo- senta e oito - avançou em di– ver-se gravemente e com len- reção do velho amigo de Hen– tidão, como um fantasma do rique IV com o respeito devido seculo passado. à sua idade e reputação. Sully designou-lhe um sofá. Cada um dos dois homens, Richelieu ocupou uma cadeira. que se encontravam agora pela O velho orgulhoso, familiar primeira vez, eS t avam singu- com a etiqueta das contas, no– larmente representado pelas tou esse detalhe. respectivas divisas - aquila in _·Senhor duque, disse-lhe 0 nubilens, a aguia nas nuvens cardeal sorrindo, minha visita e no seio dás nuvens ainda se- mi-velada por elas, divisava- vos surpreende ? se toda a França, representava - Eu confesso, respondeu admiravelmente o ministro que Sully com sua brusquidão or– era tudo, e devido a quem Luiz dinária, que ela nunca me XIII era rei, enquanto, se bem passou pela cabeça. que de outro modo, a aguia - Porque então, senhor du– lançando o raio, pintava de que? Todos os ministros que um modo caracteristico Sully, trabalham pela grandeza do braço dh-eito de Henrique IV, reino sob o qual são chamados mas obedecendo em tudo a a prestar serviços à França, Henrique IV, não sendo nada ·porque não eu, que sirvo hu– senão por Henrique IV. mildemente ao filho, não viria Richelieu, jovem em relação procurar ur..1 apoio, conselhos, a Sul'ly - tinha som.ente qua- informações mesmo, com aque- le que tão gloriosamente s0r– v"ia o pai ? - Bom, faz Sully com amar– gura, quem há de se lembrar dos serviços prestados .desde que aquele que os prestava se tornou inutil ? Velha arvore mqrta, nem mesmo .para ~azer fogo serve, nem a honra de abatê-la fazem-lhe. - Muitas verzes a madeira morta alumia a noite, senhor duque, quando a madeira viva perde-se na escuridão. Mas, graças a Deus ! - eu aceito a comparação - vós sois sem– pre um carvalho e eu espero que em vossos ramos cantem harmoniosamente os passaras a vossa gloria que se chama recordação. - Disseram-me que o se– nhor fazia versos, dtsse desde– nhosamente Sully. -- Sim, em meus momentos ~e lazer, mas não precisamen- - Em meu tempo, redarguiu Sully, não nos ocupâvâmos com esses senhores. - Vosso tempo senhor, res– pondeu Richelieu, foi um tem– po glorioso, registavam-se no– mes de batalhas que se chama.– varo Coutras, Arques, Ivri, Fon– taine Française; esboçavam-se os projetos de Francisco I e de Henrique II contra a casa da Austria, e vós ereis um dos sus– tentaculos desses grandes pro- jetos... · - O que me indispôs com a rainha mãe _.. - Estabelecia-se a influen– cia francesa na Italia, conti– nuou o cardeal, sem parecer dar atenção à interrupção, que ele no entanto registrava cui– dadosamente em sua memória, adquiria-se a Savoia, a Prus– sia o Bugey e o Valmorey, sus– tentava-se a insurreicão dos Paises Baixos contra a Espa– nha, fazia-se a aproximação dos luteranos com os católicos, na Alema"1ha, formava-se o projeto e creis vós o instiga– dor desse projeto, duma espe– cie de República cristã, onde todos os litigios se1·iam julga– dos por , uma dieta soberana, onde t odas as religiosas .seriam ~Jostas no mesmo pé de igual– d! l.de; que seri?, armada para. - Sim, foi no me,io desses projetos que o atingiram o~ parricidas. Richelieu registrou a segun– da interrupção junto à primei– ra, pois tanto à segunda como à pr:meira desejava voltar, e conti:Q.uou : - Em tão gloriosos tempos, não havia lazer para ser em– pregado no cuidado às Ictrn:;, não é sob Cesar que nasc~m os Horácios e •os Virgilios. ou se eles nascem sob Cesar, é :x;b Augusto somente que ele::; c::i~,– tam. Eu admiro os vossos g;;.c:·– :reiros e os vossos legi::;la..~:::·es, senhor de Sully, não dê t2do o seu desprezo aos meus pJe– tas. Os reinos são grande::; pe– los guerreiros e legislado– res, mas é pelos poetas que -eles são luminosos. O futuro é unia noite como o passado, os poe– tas são os faróis dessa noite. Perguntei quais são os minis– tros de Augusto, citar-se-à Agripa; todos os outros estão esquecidos. Perguntai quais são os protegidos de Mecenas, ci– tar-se-ão Virgilio, Horácio, Va– rios, Tibullio. . . Ovidio pros– crito é uma mancha no reino do primo de Cesar. Eu não pos– so ser Agripa, ou Sully, permi– ta-me ser Mecenas. <Continúa amanhã.)

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