A Provincia do Pará de 03 de abril de 1947

ampla e perfeita. cooperação nor– te-americana. ,Já. no Pará temos, agora mes– mo, a presença de técnicos e em– r~P•"''ledores ianques, examinan– JJ<2Ssibilidades de eficiente ,çao auri!era do Gurupf ~peração com empresário; que expomos nas suas li– erais, veio a tempo de con– os insidiosos inimigos do .1ericanismo, que no Pará Josijavam nestes três últi– dias com a transferência do oite da Pan-American, a au– la dos acionistas norte-ame– ·?S na eleição e participação )1retoria do Banco da Borra- ., e a declaração do gerente da 1?· q., de possivel preferência mdustria ianque pela borra- Il!&. do Oriente. em virtude de preço e volume; acontecimentos triviais nas suas relações ordiná– ~ias, mas .de facil especulação ;unto às m::tssas populares. tos ·da crise ãtüaf e- indicar-lhes- a solução, surgem, por exemplo, cri– tivas severas ao Chefe da Nação pelo fato de não agir contra co– merciantes do Rio à semelhança do que . fez o marechal Floriano em 1893, como se o presidente da República em 1047 pudesse aban– donar os absorventes problemas nacionais e internacionais para descer a desempenhar as funções de agente da eC"onomia popular. Tenho profunda admiração pela energia e inteireza de caráter do Marechal de Ferro, mas invocar sua atuação contra açambarcado– res cariocas há mais de melo sé– .culo como exemplo a ser fielmen– te repetido pelo presidente da Re– pública em nossos dias, é turl ·· quanto .há de mais primário. D· fato: em 1893, o Distrito Feder8 - não contava talvez 400.000 habi– tantes, e hoje r:onta mais de .. . . 2.000.000; ao tempo de Florianc não existiam a rigor partid:1s po– líticos de ambito nacional, e3- Atravessamos um momento r · d ' t· t t - crucial da· civ·i· - h 1z, m 1s m amen e para todo. , . 11zaç~ umana e os povos. são necessanas atitudes claras, 1 Em relação à Amazônia, o pla– Be~ tergi'~•ersações_ no do govêrno federal. a que no~ · ~nca Justamente como agora, referimos acima. certamente po:;– é/?üe e iicaz a couper9:ção bra- sibilitará ao Brasil, utilizar uma 81 eira-nor e-americana, mtegran-,• das regiões mais favorecidas de do a Política da pi..-: ?onstrutiva recursos naturais, neste ciclo d('. qu_e a Democracia, realiza, no de- readaptação econômica e Eocia' 6-eJo de um mundo próspero e fe- da humanidade. - --De Peres Sobral & Cia. - A' 3a.. secção para extraçãc, do talão de serviço extraordinário e depois arquivar. --De Ovidio Bastos & Cia. - Ao chefe de serviço no Porto do Sal para providenciar e co• brar os imposto:;. --De S. AI White Martins - Dada baixa no, manifesto geral, verificado, entregue-se. --De Oy!dio Bastos & Cia. - A' 2a. secção para os devidos !ins. -- De Tacito & Cia, Ltda. - A' 2a. secção para extração do "alão do serviço extrordinário e '.lcpois arquivar. -- De M. F. Gomes & Cia. ·,tda. - Como. pede, processado J despacho. --De Panai!' do Brasil S. A ., ~ de Shell Mex Brasil Limited - Dada baixa no manUesto geral, •entregue-se. -· De Ferreira d'Oliveira & : obrinho - A' la. secçã.o, para )roceder na forma da lei. --- De ;Maia & Cia. - A' 2a. .-:ecçâo, pata extração do talão do s~rviço e::~raordinár!o e depois :i.rquivar. --De Emp:êsa Aqu~daban Ltda. Ao chefe do serviço no Cáis do Porto. para assistir e via. - ao coere ao serviço no Cáis do Porto para assistir e ates– tar, neste e na 2a. via do mani– festo, as medições totais, parciais e o corte. • - .- De Marcos Athias & Cia. - A distribuir, Ao oficial Fran- ça. para iniciar o serviço. --De Cla. Industrial do Bra~ sil - A' 2a. secção para extração do talão do serviço extraordiná– rio e depois arquivar. --De Companhia Industrial do Brasil - Ao funcionário do serviço no Cáis do Porto para as– sistir e atestar, neste e na 2a. via do manifesto, as medições totais, parciais e o corte. --De Banco de Crédito da Borracha S. A. - Ao chefe do serviço no Cáis do Porto para designar um funcionário afim de assistir e informar. --De José dos Santos Gar– cia - Ao chefe do serviço no Ve:::--o-Pêso para permitir a saí– da e devolver informada à 2a secção, para os ulteriores de di~ reitos. EM TRANSMISSõES N. 667, de Adelfo Cunha 717 de Thomaz Santos de M. Rego'. 315, de Thomaz •Rego, ~07. cts Edgar Chermont. e 656, de Lau– ro Chaves - A' la. secção. ......... ........,,..........-.u ................... OU.L'-4.~u..:.;o, .:Ot;; J.J.UV , ..,.., .........,.................. ~ ..................,-..,...,..., - .... ...."".............. º - nesse caso. um gerador da crise A' consideração -superior de s. social, em que nos debatemos, en- excia. o sr. Major Governador. trou a controlar a sua aplicação, --Arací Miranda Mont'Alver– através da Fiscalizaçfío Bancár1·a · ne - A' consideração superior do - • Major Governador. e do Departamento de Moeda e --Maria Barra Bastos, pede Crédito. Decretou-se, como era transferencia de escolas - A' se– obvio, o fim dos audaciosos e dos gunda secção, para informar. temerarios, Evitou-se continuar --Oli~da iytcdesto Gonçalves, a oferecer recursos para a joga-1 pede des1gnaçao pa~a servlr em t· d 1 . • bil" . grupo es-::olar da capital - A' se- ma e va 01 es .1mo 1ar10s, com- gunda secção, para informar. pra <!e apartamentos µara espe- -Judith de Araujo cavalcan– culaçao, etc. O esforço está sen~o te-, pede noventa (90) dias de ]1. para fazer v~ltar o país ao regi- ccnça, para tratamento de saúde me das naçoes, que enriquecem - A' segunda secção, para 1nfor-. graças ao trabalho s:mdavel. pe- mar; la acumulação da riqueza produ- --Dos Lírios M. de Araujo, zida e, nunca, por obra do gol- pedin_do _férias regulamentares - pismo de especuladores dest·t ._ .Ao f1c~ari~ para dizer sobre a , 1 UI convemenc1a do pedido. dos de escrupulos. Recor,.am-se --Ana Coelho das Neves, pe– os leitores desta coluna da firme- dindo prorrogação de licença - za e da insistencia com que es- Submeta-se à inspeção de saúde. Designa~ão no Dep. de Educação --·rornanao :stuu e.H!HU u ut:- c.Q • ereto de 27 de março flndo, que --Lauro Teixeira de Sousa. nomeou Romeu Pessoa da Cunha (com anexos, pedido de pagamen– para exercer o cargo de escrivão to, aluguéis de casa - Maracanã) da Coletoria das Rendas do Es- - Ao sr. coletor ··de Rendas da tado em Muaná. Maracanã, para dizer. · --Concedendo, a Maria Xa- --Camilo C:aldeira (pedido (t vier de Sena, ocupante do cargo exoneração) - Faça-se o ato. Kt:J de professor de escola isolada. do D. S. P .. interior, padrão D, do Quadro Em ofieios, capeando l)etiçóes 1 Unico, lotado na escola. isolada Departamento de Finanças (ca. de Béja, município de Abaetetu- peando petição n. 547, de Joaquim ba, sessenta (60) dias de licença, Roque da Cruz e Silva, pedido de a contar de 31 de fevereiro p, p. pagamento) - Aguarde oportuni• a 21 de abril corrente. dade. -Concedendo, a Maria Alda --Departamento de Finanças Girão da Fonseca, ocup;i,nte do (capeando petição n. 590, de Ma.– cargo da classe H, da carreira de noel dos Santos Moreira, pedido escriturário, do Quadro Unico, de pagamento> - Aguarde opor• com exercício no Departamento tunidade. Estadual de Saúde, trinta (30) --Departamento de Finanças dias de licença, em prorrogação, a (capeando oficio n. 259-570, da contar de 3 de março último a 1 Liga contra a Lepra, imposto pró• de abril corrente. lepra) - Dê-se ciencia deste pa. --Concedendo, a Maria Xa- recer ao sr. presidente da Liga vier de Sena, ocupante do cargo Contra a Lepra. crevemos tantas vezes aqui. di– zendo que o si-. Co•Têa e C;i,stro não iria sentar-r,e na secn:tar'a da Fazenda, como um atômico ou como um desertor do seu pas~ sado e do seu destino de homem de ação. Seria crivei, com eí"eito, que o reformador cio Banco do Brasil, o transúgurador do Lar Brasileiro concordasse em aceita,: " '1osto mais delicado e impor– t9.nte da sua carreira d"e perito financeiro, para concorde,r em de professor de escola isolada do --Departamento de Finanças interior, padrão D, do Quadro (capeando oficio n. 56, da Divisão Unico, lotado na escola isolada de de Fiscalização e Tomada de Con– Béja, município de Abaetetuba, tas, oficio sem número 841, do sessenta (60) dias de licença, a Consultor Geral, petição n. 561, O sr. Alvaro Paz do Nascimen- contar de 21 de fevereiro p. p. a 4171 e 1755, de João da Silva Me• to, diretor do Departamento de 21 de abril corrente. lo, oficio n. 2825. 7582, do D. s. Educação e Cultura., assinou on- --Concedendo, a Dalva Cha- P., oficio 2654-7109, 2373, 2285, tem portaria designando a nor- ves Pereira, ocupante do cargo da 6040, do D. F . , carta n. 127, do malist", Elza Brazão e Silva de classe E, da carreira de auxiliar mesmo cidadão, juntada n. 38, Barros, para servir de secretária de escritor:o, do Quadro Un!co, 812, 797, do Arquivo da S. G. E., no Grupo Escolc.r de Ponta de Pe- cem ~xercicio r,o Departamento processo do ex-coletor estadual de dras, a contar do dia três (3) de f de Educa.ção e Cultura, noventa I março do Mrrente ano. (90) dias de licença a con~ar de 7 (Contlnúa na sétima pãg.) LIS~OA, março-Mais . tie duas I riadas vicissitudes. em todos os admirar-se de si mesmo, em des- 1 mU crianças, educadas em algu• 1 séculos da nossa historia - é a c:endo o Tabor, e p~ssada a trans- u ~as. das instituições culturais de fonte cristalina e puríssima da figuração . Agora a ve.riedade da In, • en10 te as suas p'lcGias é reconhecer nas para louvàr o poeta que foi pre discreta e voluntariament& esta verdade. Mas para a sua - na frase de Antero. de Eça humilde, pelo problema do a::ial– <?onfirmação devemos também de Queiroz. de Oliveira Martins iabetlsmo português. O carinho e João de BARROS <Coµyrtght doe Diários Aesoctadoe, adquirido pela nossa sucursal em L1st,ôa) meditar sóbi·e a página que trans- - um herddrn de Camões, a ternura com que forjou o ins• crevi ·- e em que se encontra • trumento que mais adequado lhe um pequeno tratado de poesia e • " rareceu - e efetivamente era -.i, Lisbôa, depu~era1n flores no dis-, sua inspiração. A mulher, o amõr natureza não é da folha para fo– creto mas sugestivo monumento e Deus - são os temas da sua lha de rosdra qt.:e se observa, consagrado à glória de João de obra, cm que a sensualidade logo nem de rosu para rosa: é da ro~ DP-us. oculto quase entre as árvo- se transforma em adoração, Pa- seira para o cédro. e do cédro res e as flores do Jardim da Es- ra além de clássicos e de roman- para o homem: os indivíduos da tl_'ela, encantador refugio de silen- ticos. de tendencias e ambições mesma espécie têm todos os mes- pós!to, sacrificando-me à qual!- . da frase não tem nada cem o cio. onde mal chega o ruido da de escolas, a sua intuição genial, mos tipo . E a que vem a lei da dade de VC!'So que 2.doteL nem 1 1 compasso do verso. São duas coi– <;apital. Visitaram, em seguida. o afastou-o de tudo o que fosse natureza fls!ca ? 0 que importa é falto r.o s. nd amento prcci~o- n.en -i ~as diferentes. comp1o-.sso e anda – Museu e O Jardim-Escola - es- transitorio, muctavel. efémero na a r:.1tureza do homem, e a natu- caio no vicio, ele um'.l co:1cisao ou · mento. Todos os verGos da mesma cola de ensino pré-primário - alma portuguesa. A nossa velha rc3a do ho:ncm é o compasso e prolixidade excessiva, que resul-1 qualidade têm o mesmo compas– que. sob a égide do no_me do Poe- poesia dos trovadores r~~::u~cito·,1 a r:1U ~ica. Lazo :1 ll:~::;:1::.:::::;n m::13 ta.rã? Ver-me ro fim com uma co. .D.1:·-Ihcs o me~mo and,anen– ta. se encontram al! próximos, os seus curtos poemas ~ com um I perfeita. a verdadeira. no sentido fc~fo'.11onotona, ,:ue é o mi.lor c'e- to só quei_~1 o:; ll!io sabe l~r. ou frente à estátua de Pedro Alva- acento mais intenso. com a mes- 1 de Platto a mais natural a mais quem os nao sabe fazer". -✓ersu'icação. Toao eh :bew; for- Pul·ece que a João de Deus para combater esr-:;,. vergo:nh-a, na• mula ali un:a lei, que r,1ais tar- contemporâneo e anugo de ,._ 11 _ ! dc::ial, revelam não só raras fa• de os ec,11diosos da estética ha- tero, de Eça de Quei"OZ. de Oli- 1 culdades de pedagogo. mas ainda. vbm de rrnside~rr ft:ndamental, veira Martins de Teófilo P"aga ! e sempre a delicadíssima e fecun– e o que o !\ de f;,t:-,· - o ritmo _ de q,.ianto; atuaram no vasto I da ~ensibilidade do Poeta. do verso. :1áo é exterior, não de- movimento de idéias que em Por- A figura de João de Deus não pende do número das sílabas, mas tugal se desencadeou desde a. cé- ficaria claramente esboçada se fim da comi--\naçâo desta~ e da lebre Questão Cai,; . ,.-c,s acon- não m«rcn,ssemos nitidamente eG• interàepei.,.d,...,-,ia dos acentos pelo teci...,.entos e casos que se davam ta face do :;e11 gen!o e <.la .;ua bor,– qual se revelam, verdadeirar':len- res Cab:al, oferecida pelo Brasil, ma limpidez de vibração. E An- 1 humana. ~ed a mais co~nassa- "Nenhuma de:;tas co~1dderaçõ20. P que s_ao amh?s,_ ~useu e E~co- tero, seu amigo e contemporâneo. ! ela e musica!. E teria qu~ vêr- tem fundamento sólido; e dir-ee– !a. dev1d._os à m1c1ativa admua- considerando-o um sucessor de ; Ee O . belo. a perfeição inimiga ia que a inteligencia do a,itor da 'el do filho do Poeta, dr. João Camões lirico, não fazia mais do ' inconciliável do meio têrmo, es- Conversação Preambular fez n1s. de .Deu~ Ramos. En~ernecedora que fixar bem o lugar que lhe tava justamente. em matéria de to como a luz lambendo a super– ::,enmom~, comemor~tiva do 5~. 0 competia nas letras patrias, quan- 1lnJ1<agem. na transição da pro• ficie. Seja qual íôr a qualidade amversár10 da apoteose da naçao do escrevia: sa para 0 verso. do cantochão pa• de ver:::o que eu adote. ora me a~ autor da "Cartilha Maternal". "D C _ t· h . . d ra a mu 31ca isto é no cantochão há de sobrar. ora faltar. Comba- "m que uma v . . fâ . e amoes a e oJe e gran e • - • t t to ~ . . ez mais a m nem o salto: só alma gême1l. da do a- fr:;uru lo co ditirambo. Porque é er. por an ' uma espccie de ver• lusiada prestou homenagem de t d N té i d" . ,• j ao ditirambo que a nova doutri- so por seh1elhante razão é pro~ ?·espeito e de venera~ão afet mau e e ª rc ª po ..na asdm · · cl m ! d d i . 1 : . uosa transpór 0 abisme, de três sfou- 1 ra nos leva direitos como uma a ar o rena o a prosa e ca i- a.que e que soube ser amigo das 1 ,. linha reta . Se cu deixo a oitava no pobre equivoco de i:>~!letan. <:i'lanças e carinhosamente servi- ºN~ t. 1 t . 1 _ ·ct d h Pela minha id"ia cabe~ em me' E que importa que sobre ou fal- ' · d • . a ura men e. simp 1c1 a e. ar- -✓ •• · - • • , - ,as no ensmo as pnmel!"as !e- 1 t id d d nos C"mr porque )lão deixarei te? O maior verso se reduz a ver- tras· e tambe1n na aprend· mona, ex rema capa.e a e e -- .o. M ni ' · ' • . iz~- emoção comunicativa _ tudo isso o verso de onze silabas, se me ovS peque nos, e e ae ver- gem de pensar luc1da;nente, pois . t 1 basta um deis seis ? E se passo Bos pequeninos ·se faz ur~ verso i! "Cartilha Maternal", além de ~xi~ e n?s S<:_U~ vers s. que fº ;~- da quadra para O terceto pela grande . Se é grande, fica o res• 1·.udo o ma' s é um instrumento an ° nao sao como se qu z Ju - 1 1 ,. • "i ,, d " to parn a outra idéia; se é p~- . · .' · ' · q-ar. verso~ espontâneos no senti- ~· "ª ' 9 .. c,.a e, ror c_,ue nuo pas- ;,erfeito de adestramento do ra- d' dá 1 t rnrci do verso de sete sUabas qucno, posso-o repetir. Pelos ver- •·1·oc1·n1·0. o que se vu garmente a es a d d- t d •o• ev r m d b i d ~ palavra. e que de :tl!rnm :noel.o pa:·a o e nove e es e para o e ~ ~ se es': e e e a xo um ;!-; Recordar João de Deus e a sua se traduz por incon:sciéncia. AI- onze? Mas para que se fez a pro- outros nao se _se~ue que se 11.1.0 < 1 bra. é sempre oportuno e justo. ta consciência da sua arte ,·tos --e- sa? r:x::,minaremos :>.s coisas por le1am em contmmdade, e por ~e SPndo um dos maiores genios tu- cursos e disciplina a 'l,Ue r);;ta • re mil.ido. Um verso sempre o mes-1 lerem em conti?uldade não se r,e~ t•,Jares da grei, João de Deus nun- d:'!ve ~ujeitar tinha-a João d:-! mo. scm~re do. mesmo ccmpri- gue que constituam um per,sa– r:ii deixa de ser moderno - não Deus . E moco ainda - êom 33 mento. o,erecera ora espaço de mento indivisível. Agora se para porqi.:e e atraíssem as novidades, anos _ expÓnha a sua borla rr..als, ora de menos.. à minha nos dar compasso e musica o pec– a odginalidade. o desejo. aliás poética no artigo ~ôhre cs LU- idéia, e terei, portanto, ora de a ta se vê na necessidade de trans– nobre, de conquistar motivos não SIADAS E A cON\'ERSAÇAO fotar e empantufar em palavras formar a ordem natural da:; habituais para o seu lirismo. Nem PREAMBULAR. a p,·oposito do e.e mais, ora de a espalmar e en- idéias, ou de as submeter a um par .isso repetiu o que se fizera prefácio de castilho ao D. Jaime ta]ar em palavras de menos. Um ritmo forçado; se para nos dar ante5. nem por isso né,c, inovou, de Tomás Ribeiro. Escreveu João verso ~empre o mesmo, sempre uma linguagem mais perfeita que r·omo puro artista que era, não de Deus c:om sin,-;ular acuidade do ·mesmo compasso, terá sempre a prosa falta às virtudes mais fazenão da sua poesia o veículo de pensamento e límpida exposi- o mesn::> andamento, e portanto triviais da prosa, e até as condi– prnpositado de nenhuma filoso- ção: - . . "o argm;nentu de a fl"ase será ora mais vagarosa ções essenciais de tod~ a lingua– f ia, de 11enh1.1ma· ambição 1nte!e- facilidade não colhe em pontos do que pede a idéia que preten- gem, está visto que Deus não o· ~tua!.· Eterno ll1e chamamos, e de arte. E demais sabe o sr. A. de exprimir, faltando aquela ne- dotou daquela fala simetrica que melhor diríamos sempre atual. F. de castilho que n poeta em cessâria harmonia entre uma coi- tem não sei que semelhança com Com efeito. o sentimento amoro- certas ocasiões \·ôa por cima de sa e outra, que é a beleza do esti- o movimento periódico das esfé– "°'' " r,!i_sücu do nosrn i:orn - tôcl.as a~ dif!cu 1.'. 1 ~.:ies tão vitorio- lo . "Maõ rnpondo ninda que eu, ras cele~tes, e nada se rerele que er,;.1.qnent<>, iitravés da~ mais va·, samente que ê!e é o primeiro a I por rara coincidência ou de pro- não faça verso, "0 andamento I:ugenio de Castro, no seu belo opú:culo sôbre o "Ultimo retrato de João de Deus", numa confe– rência aplaudida e em outros mo– mentas r,.t su:.. v,da li.tera.ria, in– ~urgiu-se sen,1-rc co11trr, a con– vicç,!:ío - que João de D~1.1s C'Ol1• tribuiu a esvai.lar - da ignorfm– cia, incultura e a,uase inconsciê!l– cia do poeta. Quando há 117 anos, e~ 1830. , e.sµJ l1Gt! 11t.lo àf•: acllimaç;;,,j dos estudantes de Coimbr11.. que promovern,m a ro– magem nacional a sua casa, João de Deus escrevia : "Estas honras, este cul.. o, "BtJm se podiarn prest ::ir "A hom.-~n.• de gru.n'ie "i,ulto. "Mas a mzm, po~ta inculto, "Espontâneo , 7Jcpular " ... E' devera3 singular . .. ·.;7 ,m-se à letra esta confissão ~- ,ni>destia, tão concorde, aliás, com a dignidade sin'5"ela e auci::·, – ra de João de DPUS . De aí, a pen– sar-se, 01,e J'oão de Deus era uma especie de cantador de al– qeia, nâo tardou muito, talvez. Cra, este lírico da emoção natu– ral, do amôr casto e do misti– cismo ingenuo - manejava o seu instmmento de arte com profun– da e subtil intaligencia, com a mesma inteligencia agudíssima que pôs na invenção da "Carti– lha Maternal". Lêr atentamen- te cs movimentos da alma. nêsse campo eram indiferentes e dade - que d·~ qualquer maneira aJ,,da, os acontecimentos da p~lf~ ilumina e explica tambem. a sua Ritmo interior, que modela e tk"' ou da Bociedade. , arte. prodigiosa de perfeição e, caracteriza a fisionomia do verso Essa é a lenda. Mas a realida - ao mesmo tempo, cândida. casta, como a vid<t do sentimento mo- de é outra, :.tle foi bem _ de~ cristalina. Arte realmente popn• dela e transforma a 1,sionomia monstram-no as suas poesias 511 _ lar, se _;:xir esta palo.vra enten– da gente. IRto é, versos da. mes- tíric0,s _ um homem do seu dermos tudo em que se condensa. r1a 11'<:c'ida métrica terão ritmos tempo, sentindo as magoas e er- e viva, magnificado, o instinto diverrns, de alegria ou tristeza, 1 ros, as calamidades e desgra.cas criador do povo. nas homs de ar– de entusiasmo ou dôr. de agita~ do peJs. A "Cartilha Matern;I" roubo místico ou no, momentos Ç''.~O ou marasmo, ~ conforme o .- método de leitt~ra, que Joã.o amoroso,; de in,,ênua ex~c.:taçâo ímpeto emotivo que os fez; ·nas- de Deus, depois de demorados como este que o Poeta cantou na cer . Es&a doutrina - que não trabalhos .e estudos, organizou 011, maravilhosa 1•0fsla que assim co• copiou, nnn aprendeu, mas que antes, inventou - teve a sua ori- meça : era a diréta expressão do seu .gem no pensamento generoso de :.-.n:i'<., - é a que se colhe na sua evitar à criança as torturas e as a:·te. E d Ir-se-ia que Paul Valéry angustias dos antigos procc~.sor; -- o intelectuali~simo noeta fran- de ensino. "As mães aue do core .. cês · - a conheceu, por l!JUitas ção professam a religião da ado– das suas sentenças favoritas na ravel inocencia, e até vor instin– mesma maneira de ver se inspi• to sabem que em , cérebros tão ram. tenros e mimÇJsos todo o cansaço "Não sei o que há de vago De incoercivel. purn. No uóo em que divago ,!· t:,.., 1".u,ca. Amôr ! No viio em que procuro, o rllsamo, o arôma que se uma forma toma, E' de impalpavel flôr .. . " ,Toão de Deus foi . na realidade. e violência pode deixar vest-í[lios um autentico nrecursor da re- t nd eleveis" é dedicada a "Carti- E' esrn figura exceucio'1al rpe ce;ite "poesia pura". E pura, no j lha Maternal"· Por seu intermé- em todos os meses dd março, re– se11 o})J:-'·o na sua forma, np..s 1 dlo, João de Deus - poeta sem ! ,c::.~•d:.,mt,., e:n Portugal mais viva– suas tendencias, no seu fervor, é escola e sem grupo, isolado r,..,_ mente e que este ano - mercê a st:a obra inteira de lírico, onde sua arte. - exerceu um apoS to - de circunstâncias felizes - re– "A Vida", "lVi.arina", "Carta" "A !_ado patriótico e social, que n~o cebeu a suprema consagração da tua busca, amôr", e tantos outros e um dos aspectos menos cati- presença amoravel de criancas poemas, são dos mais altos e mais vantes da sua personalidade . ensinadas a ler pela "Cartilha radiosos cimos da poesia portu• "Como condição da dignidade Maternal". Honra-se a minha. guesa. humana, diremos que o homem Pátria, honra-se o povo portu• "Campo de flôres? já não, - disse Junqueiro - cr,.~..Jo ele Es– trelas, jardim sideral". que não sabe lêr é um bárbaro". guês rendendo tão comovente ho– Sintetizam-se nests frase as preo- menagem ao espírito ,excelso G:J cupaç~es de natureza educa.tiva e quem tão fiel e nobremente ln– patriótica que levaram João de terpretou os seus anseios intimús • , .E é com efeito necessário Deus a interessar-se durante e lutou pela boa causa da. extiu– evo,;ar todas as harmonias divi- grande parte da sua viri.a, sem- çã,o do analfal>etísmo.

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