A Provincia do Pará de 03 de abril de 1947

HOJE e AMANHÃ, no MO· DERNO, INDEPENDENCIA, UNIVERSAL e VITORIA. EM MATINAL, VESPERAL, E SARAU. MATINAL INFANTIL às 9 horas - com A VIDA DE CRISTO --e-- Amor e He– roicidade A' tarde e à noite, ~;omente duas sessões, às 15 e às 20 horas, com "Capitão Fúria" A's 14,30 e às 20 horas - o pungente d.ama argentino AMOR E HEROICIDADE e o drama do cinema ar• gentino e! LIBERTAD LAMARQUE e o filme religioso AMORE HEROICIDADE VIDA DE CRISTO com LIBERTAD LAMARQUE AMANHÃ: - A's 9.14, 30 • 19 e AMANHA: - A's 14,30-19·21 21 horas. horas. PO EI RA I RIS Hoje, às 14,30-15,30-19,30 e Hoje às 14,30-15,30 e das 19 21 horas - 0 filme religioso horas em diante - o filme , religioso /I/IJ! ,/. VIDA DE VIDA DE 1· " MR S. PARK I N G T ~ N " CRISTO CRISTO_· A MULHER INSPIRAÇAO - MATINAIS AMANHA: - no Poeira, A VIDA DE CRISTO AMANHÃ • Horário: As 9-14,30 - no Guarani e Olfmpla, A VIDA DE CRISTO e AMOR e 19-21 hs. "Mrs. Parkington" HEROICIDADE - no Iracema, MRS. PARKINGTON. DOMINGO, no OLIMPIA - 'Xs 9-14,30 -16,30 -18,30 - 20,30 RAY MILLAND, OLIVIA DE HAVILLAND e SONNY TUFTS NO MARAVILHOSO E SEDUTOR ROMANCE QUE ATRAI E SEDUZ a a , Cr$ 1,80. POPULAR: A's 14,30 e às 20 horas - "Amor e Heroicidade" e "A Vida de Cristo" - Cr$ 3,60 - Cr$. l,80. POEIRA: A's 14,30 - 15,30 - 19 - 29 e 21 horas - "A Vida de Cristo" - Cr$ 2,40 - Cr$ 1;20. IRIS: A's 14,30 - 15,30 e das 19 h9,i-~ em diante - "A Vida de Ci:ls– to" - Cr$ 2,40 - Cr$ 1,20. SAO JOAO: A's 14 e das 19,30 horas ~ diante - "A Vida de Cristo" . - Cr$ 2,40. MODERNO: A's 9 horas - "A canção do deserto" e "A canção do nU'– Iagre". A's 14 e 20 horas - "~;iscl– mento, Infancia, Vida, Paixão e Morte de N. S. Jesus Cristo" e "A canção do deserto"; INDEPENDENCIA: A's 9 horas - "A canção do milagre" e "A canção do de– serto" - Cr$ 3,50 - Cr$ 2,40. A's 14 horas - "A canção do deserto" e "Nascimento, Infan– c!a, Vida, Paixão e Morte de N. S. Jesus Cristo". A's 20 horas - "Nascimento, Infancia, Vida, Paixão e J.\lfaot– te de N. S. Jesus Cristo" e "A canção do deserto". UNIVERSAL: As 14 horas - "A canção do deserto" e "Nascimento, Ifüarl– cia, Vida, Paixão e Morte de N. S . Jesus Cristo". A's 20 horas - "Nascimento. Infancia. Vida, Paixão e :Mar– te de N. S. de Jesus CristÕ'' e "A canção do milagre". VITóRIA: A's 14 horas - "Nascimento. Infancia, Vida, Pa:ixão e Mqi;.t;e de N. S. Jesus Cristo" e "Do fundo da noite". A's 20 horas - "A canção do milagre" e "Nascimento, Infan– cia. Vida, Paixão e Morte de N. S. Jesus Cristo". CAPITULO XLIII gou àquele o dinheiro, mas co- I - mo havia dito antes a Henri- O NOSSO FOLHETIM nome fosse Rosny, diziam ao abatê-las: "E' um Rosny, faça– mos dela um Biron". tação má, disse Tallement de Réaux, que por ser multo se– vero para com Sully nós nos contentaremos em chamá-la. de duvidosa. Os dois especta– dores, por forç:1 das ·circuns– tâncias se tornarar.1 a tores, eram· o president::i de Chevry e o senhor de Chevignie. Hen~:que IV tinha entre que IV, Henriette d' Entragues nossos reis essa especialidade, não lhe concedeu o amor. a de estar sempre amoroso. E' obvio dizer que Henrique Apenas Gabriella morreu e ele IV, ao risco do que poderia ficou enamorado de Henriette acontecer com isso refez a pro– d'Entragues, filha de Maria messa de casamento rasgada Touchet. Para ceder ela exigiu por sully. uma promessa de casamento; Sully, a quem se chamava para que S'.la filha ceJesse, 0 o restaurador da fortuna pú– pai pediu quinhentos mil 1ran- blica, não perdeu como Sancy t.:fiS. • a sua nessa restauração. Não O rei mostrou a promessa de queremos dizer que fosse um casamento a Sully e lhe orde- . concessionário mas sabia ar– nou de contar quinhentos mil 'I ranjar seus n~gocios não per– francos para o pai daquela. dendo jamais uma ocasião de Sully rompeu a promessa de ganhar. Henrique IV sabia dis cas?lme~to. e derramou um so e muitas vezes fa12:ia espiri– me10 m1lhao em 1:1-oedas de to a proposito. Atravessando o prata no quarto contiguo ao de páteo do Louvre e querendo de dormir de Henrique IV. saudar o rei que estava na sa- - _o: ! - exclamou el.--, - cada, Sully tropeçou um dia. que e isso ? - Não vos espanteis com - São quinhentos mil fran- esse passo em falso, disse o rei. cos com os quais pagais o se- Se o mais vigoroso de meus nhor d' Entragues um amor suissos tivesse tanto vinho na que não vos concederá absolu- cabeça quanto Sully tem nos ,.:.me1:te sua filha. bolsos, ele não se contentaria - Santo Deus ! - disse o de tropeçar, mas de cair ao ! ei. Jamais acreditei que qui- longo do corpo. nhentos mil francos fizessem Ainda que superintendente tão grande ruma. Procurai ar- das finanças, Sully, avaro para 'ranjar a coisa pela metade, ele como na França, não dis• r11eu bom Sully. punha de carro e trotava por Sully arranjou a coisa ~:;r Paris a cavalo. Como montas– trezentos mil francos e entre- se bastante mal, todo o mun- ESFI VERMEL ROMANCE HISTóRICO DE ALEXANDRE DUMAS l1 édito na. língua . portuguesa - Direitos de tradução e reprodução asseguratios a A PROVtNCIA DO PMA em todo o Estado - Copyright France-Presse do, até as crianças, sorriam de– lP. Jamais não houve superin– tendente mais rebarbativo. Um italiano vindo pela quinta ou sexta vez do Arsenal, sem con– seguir que lhe pagassem o que lhe deviam, ellCclamou vendo três malfeitores enforcados em Greve: - O' bemaventurados en– forcados que não tínheis nada a tratar com esse inescrupu– loso Sully ? ! Sully não tinha com todo mundo à mesma sorte que com esse digno italiano que se con– tentava_ em invejar a fortuna desses enforcados que não ti– nham mais negocio com ele. Um tal de Pradel, antigo "mai– tre d' hotel" de Biron, não to– l~fa Va Sully, que não soment.~ não quís pagar seus salários como procurou ainda pô-lo pa– ra fóra pelo braço. Mas, como o fato se passasse na sala de jantar de Sully e estivesse ar– rumado o talher, Pradel lan– çou mão de uma faca sôbre a mesa e perseguiu Sully até à porta de seu quarto que ele fechou a tempo no nariz do irrascivel criador. Mas, Pradel, com a faca na mão, foi pro– curar o rei, dizendo-lhe que lhe seria indiferente ser en– forcado desde que abrisse o ventre de Sully. Sully pagou o débito. Ele tinha sido o primeiro a plantar olmos nas estradas,mas era de tal. forma detestado, que os tr:;,n;;~,•rnt~s cortavam as ar– vores por prazer _e como seu A propósito de Biron, Sully conta em suas memórias que o marechal e os doze mais ga– lantes da Côrte, tendo organi– rzado um baile que não podia sair, o rei lhes disse: "Vós não saire1s jamais desse impasse se Rosny não vos ajudar". E que ele tomando a direção o baile esse organizou-se ime– diatamente. • Se se tratasse e dançar com uma criatura leviana, ele pode– ria se contentar com a duque– sa de Sully, de que aliás o pro– cedimento lhe inquietava tão pouco que todos os meses por ocasião de dar-lhe a sua ren– da, ele lhe dizia: "Tanto para a mesa, tanto para vossa toi– lete, tanto para vossos aman. tes". Um dia, aborrecido de encon– trar em sua escada tanta gen– te que não tinha nada a vê:. com ele e que lhe perguntava por madame a duquesa, ele mandou fazer uma éscada que dava acesso para os aposentos dela. Quando a escada termi– nou disse-lhe: E' que - coisa aliás difícil de dar-se . crédito, quando se vê Sully através dos historia– dores, com sua figura de hu– guenote - é que Sully era lou– co por dança. Todas as noites, até à morte _de Henrique IV - a partir dessa morte ele não dançou mais - todas as noi– tes um criado de quarto do rei, chamado Laroche, executava em seu alaúde as dancas do tempo e às primeiras· vibra– ções da corda Sully punha-se a dançar sosinho, penteado e com um boné extraordinário - Madame, mandei fazer de que eie tinha o hábito de uma escada especialmente para cobrir a cabeça em seu gabi- vós. Fazei passar por ela as nete. Não havia, é verdade, se- pessôas que vós sabeis, Pois não dol1 espectadores, · a me- se encont~ar algum tranaita»• nos que para não tornar a do pela mmha eu lhe farei sá-1~ fe:::ta mais completa não se fos-1 tar· todos os degraus. .se procurar mulheres de repu- _ (Co-ntinúa amanhl)

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