A Província do Pará Abril 1947\A Provincia do Pará de 02 de abril de 1947

Página 6 A PROVÍNCIA DO FARA • e OIS e a os rasileiros e e f CARTAZ Acidentada a DOiiiiiiiiii_..iiiiiiii D.iiiiiiii:I;;;;;;;;;;; A~ I ontem, em São peleja de Januario O DRAMA DE ITAGUAR1 NILO FRANCO n drama de itaguarí, o primeiro ItallJUarí que surgiu e brilhou r,o noszo futebol, é o drama de toda uma mocidade a que as glórias conq,a[-tadas nas lides do esporte bretão deslumbraram, cegando-a rara a realidade crúa da vida. Nascido no interior. na terra de onde lhe havia de provir, mais tarde, o nome de guerra, Itaguarí, medindo, um dia, as suas habili– dades, as suas virtudes para a prática do futebol, sonhou com as flórhs da cidade. Os nomes e os feitos dos craques da capital chegavam-lhe, lá na sua terra distante, pelas páginas dos jornais .ou pela voz dos rádios, como os nomes e os feitos de uns heróis de legenda. :e;1e aspirou, assim, ser um desses heróis, também. Imaginou-se •·orn a camisa de um dos grandes clubes da cidade, seu nome grita– do r.le mil bocas, no entusiasmo incontido das arquibancadas. E seu retrato enchendo colunas e colunas dos jornais. Foi assim que êle veio para a capital. Ingressou no Paisandú, vestiu a jaqueta alvi-azul e brilhou. Passou para o Remo, vestiu a camisa azUl, foi para Recüe, e continuou a brilhar. MU bôcas, em. tardes momoraveis, gritaram-lhe o nome vitorioso, seu retrato andf)Ll pelos jornais. · JOÃO ETZEL O JUIZ tardou que Heleno aumentasse ·a ruo, 1 <Meridional) - Já está contagem fazendo o terceiro pon– no meio do campo, com seus au- to brasileiro. xi_liares. o árbitro paulista João OS URUGUAIOS REAGEM E FAZEM DOIS Etzel, que vai dirigir a contenda. RIO, 1 (Meridional) - Medina, As duas equipes alinham com a . -- ,11 belo estilo, marca o primeiro constituição anunciada, haven- nonto uruguaio, para, logo depois. do pisado o gamado debaixo de Rodolfo balançar, novamente, as 1 - d t ·d rêdes de Luiz, aproveitando uma ac a.maçoes a orei a.. falha do arqueiro brasileiro. TESOURINHA FULMINA A torcida raspou um susto ·ven- RIO, 1 (Meridional) - Mal se do chegar a 3 a 2, o placard. iniciou a peleja, poota a bola em Manéco está cm campo mas na- circulação, Tesourinha balança as da produz. rêdes uruguais, assinalando o E, assim, com essa cqnt~q,~ de primeiro ponto brasileiro, aos 15 3 a 2, a favor do Brastl, tennina. segundos de J-0. go. 0 jOgo. A RENDA FóRA DE CAMPO RIO. 1 (Meri'dioriaD - A renda RIO, 1 (Meridional) - · Reini- do préli.o de hoje atingiu a eia.da a peleja, os dois bandos se Cr$ 690 .150.00. empregam com ardor. Muito não tardou, entretanto, surgisse o pri– meiro incidente, levando o juiz a expulsar de campo os jogadores Da.nilo, brasileiro, e José Garcia, uruguaio. OS URUGUAIOS NAO QUE– RIAM CONTINUAR O Julio Cesar treina hoje a Quarfa-Jeira, 2 de ao i1 de 1947 e z r • e IS Eram os seus sonhos que se tornavam realidade. Tudo aquilo que êle pensou viu concretizado. E até uma cousa que êle não chegou a pensar, aconteceu: - ganhar dinheiro, ·bastante dinheiro nos dias de jogo. Os diretores do clube, os "fans'' mais entusias– ta~ e mais "recheiados ". Um goal às vezes valia quinhentos. E esses quinhentos sobravam nos bolsos do craque, porque o craque , .ão tinha problemas. O de cada dia, o . clube pagava. E' verdade oue num hotel de segunda ou terceira classe, um frége não muito lá para que dissesse, mas que sempre servia. Até melhor que lá no interior••• RIO, 1 <Meridional) - Aos 33 minutos do primeiro tempo, He– leno fez foul em Medina. O couro continuou, entretanto, em poder de Medina, que levou vantagem no lance, em razão do que João Etzel não marcou a falta de He– leno. Foi quanto bastou para que Wedina insuttasse o juiz, que o pôs fóra de campo. · No campo do Clube do Remo, haverá hoje, à tarde, . rigoroso treino para os quadros do Julio Cesar, ~endo imprescindível a. comparência de todos os joga– dores. O esquadrão do Clube do Remo, que de1:erã. começar a chegar hoje a Belé:,·, viajando uma parte dP. seus integrantes em avião da i\erovias E porque o dinheiro sobrava no bolso do craque lá ia êle gastá– lo em noitadas boêmias. Havia, também, "fans" entre o outro sexo, a P.mpolgar o craque com os seus atrativos, as suas seduções. E o alcoó!, sob mil formas, deliciava. O craque vivia, assim, num mundo diferente. Não era possi– ·vel maior ventura na vida, Por isso, o craque não pensava no que havia de vir. Dinheiro não :;e fez para guardar. Quem deu hoje, daria amanhã, também. Trabalhar, não era preciso. Quando que os que trabalhavam, os que enfrentava:. "batente" duro, levavam vida igual, tão bôa como a do craque?! ••• Até que um dia, as pernas começaram a fracassar. Chegou o declínio, Atrás de dia vem dia. Atrás de craque vem craque. Novos valores surgiram, - foram tomando lugar, monopolizando os aplausos da torcida. O craque foi ficando esquecido, esquecido ... Não mais as boêmias doiradas de outros tempos. A intemperança, apenas, ficou para arrastar o craque, despenhadeiro abaixo. Veio descendo "a ronda de todos os crepúsculos". Atê que uma cama de hospital recebeu o herói abatido, vencido, humilhado, esquecido. O drama. de Itaguarf é o mesmo drama de tantos outros.. . - Jogarão, O quadro uruguaio, com exce– ção do goleiro, solidarizou-se com Medina, tentando abandonar o campo. · do se resolve, ficando, entretanto, Depois de várias demarches tu– Medina em campo. JAIR FAZ O SEGUNDO o ■ ra V ca peo ■ o e ar t e 7 RIO, 1 (Meridional) - Reini– ciada a luta, os brasileiros fazem diversas investidas até que Jair, concluindo uma bela combinação de Tesourinha e Ademir, marca o segundo ponto brasileiro, pla– card que se manteve até esgotar o primeiro tempo. O que houve, n_a_F_P_D_,_o_n-te_lll_ 1 \0 APROVADOS O REGIMENTO E PARTE DO REGULAMENTO clube eletric licenciar-seda . deseja P. D. MAIS UM OOAL : - HELENO Decotteu num ambiente de cal- sem emenda, a ata da sessão an- RIO, 1 <Meridional) - As duas ma, - fruto, talvez, da Semana terior. equipes, que haviam feito quase Santa, - a reunião de ontem, do APROVADO O REGIMENTO todo o segundo tempo com dez Conselho Deliberativo da F.P,D.. INTERNO homens cada, voltam a campo Apesar da chuva, os srs. con- Em seguida, foi posto em dis- completos para 11 fase final, apa- selheiros, à hora prefixada esta- cussão o projéto do Regimento recendo Elf, na linha 'média bra- vam todos a postos. Interno do Conselho. sileira. Assim, aberta a sessão pelo ma- Vários dos presentes se mani- , ~ÍlJ.J\:l~S!.a a p~rtida, muitp ny.o jor Josué Freire, foi aprovada, ffstaram sôbre pontos diversos, _______________________ ....::... ____ __;_ entre n ' os - - estabelecendo-se. assim, animado mas cordial debate. Por fim, com algumas emondas julgadas aconselháveis, foi o Re– gimento aprovado. AGORA O REGULAMENTO DO CAMPEONATO Aprovado o Regimento, passou– se a discutir parte do projeto do Regulamento do · Campeonato de Futebol. Novos e cordiais debates, pro– pondo alguns conselheiros emen– das a vàrios artigos do projeto. Só A TI.: O CAPíTULO SEXTO A naT"f-.o rtn P _Aanlan"\o.ntn .om • Soubemos. ontem, em fonte que 1 A F P. D. NO CONHECIMENTO merece crédito, que o Transviá- DO CASO rio está disposto a não disputar Informaram-nus, ainda, que a o campeonato oficial de futebol F. P. D. já esià no conhecimento da cidade. do que pretende o Transviário, RAZOES íNTIMAS, NO CASO pois a ela o clube "elétrico" já se Nosso informante não soube teria dirigido, pleiteando uma li• precisar bem quais os motivos de- cença por um àno. · terminantes dêsse gesto dos "elé– tricos", salientando apenas, que se tratava de questões de ordem íntima, problemas internos com que vem lutando o clube da pas– sagem Alberto ]i:ngelhard. · NADA, ENTRETANTO, DECIDIDO A F. P. D., apesar de procura.g,a, nada ainda decidiu quanto a pre– tensão do Transviário,

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0