Treze de maio - 1847

. Art. 32. Os Colletados que naõ tive1'em pago os impostos nos prazos marcados no art. antecedente, pagarão mais a multa de S por cento do valor dos impostos a que forem obri– gados, aqual será applicada aos recebedores da ],_:staçaõ fiscal que fizerem a arrecadaçaõ no do– micilio dos devedores. Os que ;;ssim naõ tive– rem pago o imp0sto, e a multa dentro do se– mestre seguinte ao vencimento, Sf'I ão ex.ecuta– dos pelos impostos vencidos ~ multa incorrida. E para que ninguem allegue ignorancia, man– dei afixar o prezente nos lugares publicos. Re– cebedoria de Rendas internas do Pará 2 de Ja– neiro de 1847. José Joaquim Rodrigues Martins. CORRESPONDENCIA DA CÔRTE. Rio de Janeiro 19 de .Novembro· de 1846. He já reconhecido, que durante o encer– r amento da Assembléa Geral . a política como q ue descança , e de facto estamos em especie de tre!.':0as, 011 foriados, de que a penas he interru p– çaô a liri2;oagem mais animarla, que vaô toman- 'o as folhas da oppoziçaõ. O Governo mar– d ia nas vias ordinarias, e segundo se diz tem avido questues sobre a execuçaõ imediata da Lei do meio circulante, q ue parece ter de fi càr para o principio do anno de 1847. Cons– ta-me que para a prata foi adoptada a antiga relaça ô de 15 -~ a r-esp P.ito <lo ouro, o que tor– na os patacões recebiveis nas Estações publi – cas pelo valor de L9~0 l'éis cada um . Assisti ao batizado da S erinissima Prince za, que foi celebra,fo com n: uita pompa em tar– de m•1ito magnifica Como ja ahi se sabe esta– va dezignado o dia 15 do corrente, no qual se fez, e espera-se o dia 22, que he o <lo Solem– IH' l'e-Deum e publicaçaõ das Graças. Ao que se diz ha alguns despachos honoríficos; porém quánto á promoçaõ no Exercito, e Armadâ, ou a naô . ha, ou muito pequena, especialmente nas forças de terra em que está mais que completo o quadro, e apenas exige nova revizaõ, e des– tribuiçaõ, naõ de patentes, porém de comman– dos e lugal'es. Temos em scena um3: q_uestaõ, que he agora a ordem do dia, e CUJ a 1mportanc1a ape– nas o publico reconheceu por occaziaõ das fes– tas do batizado para que naõ concorreraõ nem a Corveta Americana surta neste Porto a qual naõ embandeirou, nem salvou, e menos ainda o Ministro Plenipotenciario dos Estados l1 ni– dos, o Snr. Wise, que naô assistiu ao batiza– do Foi a mais inqualificavel das desfeitas ir– rogadas ao Governo I 111perial pela occorrencia mais simples do Mundo. O que passa por certo he que acometten– do um marinheiro da Corveta Americana - Sa 4 -· . - ratoga - a outros com uma faca o prendeu a patrulha rondante no Caes do Pharoux, e com elle a mais dois outros da dezord em, mas que– rendo-os levar para o Corpo da guarda se lhes oppoz um individuo, que depois se reconheceu ser officiai !la Corveta, quando indo a um arma– zem se apprezentou armado com •ima e"'pada. Acudiu entaõ uma escol ta de fuzilei ros, e trou– xe a força os prezos para a Guarda do Paço Imperial para onde os seguiu o Official sempre com a espada dezembainhada, e ameaç;; ndo a patrulha-, até que foi prezo · pelo Commandante da .Guarda do Paço. Di:t-se, que postedormente o Governo [m• perial por benevolencia mandara soltar o Offici• ai, e por que se lhe rep rezf:'ntou que a Corve– tá tinha de seguir viagem. Deste facto rezultou troca de officios entre o Governo lmperial, e Ministro Americano, e chegarem as coizas ao ponto de naô salvar, nem embandeirar a Cor– veta Americana quando todos os N avíos ·N acio– naes, e Estrangeiros se p resta vaõ a fe;stejar o batizado da S erenissima P rinceza Brazi leira. N aõ prezencif' i os factos, . e na , posso asse– gurar se ho1J ve, ou na11 to ia á justiça, e rnode• raçaõ da pa rte da pat ru lha, que p rendeu os ma– rinheiros Americanos; supponho. que sim Mas supponha-se, q ue naõ; ha ainda a, sim em facto tão si.mpl t>s algum motivo para ó p rocedimento, que tive rão o Min istro Americll no, e Comman– dante da Corveta , que se diz chegaraõ a amea– çar o Governo I mpt'r ial 1 · P ortem ell es exie;ir, que o Governo f 1npefr1.l se dirija nestes cazos por outras informai;ões , 1 uJ naô as offi -iaes. pol" exempln pelas do oflicial, e mHinht> iros µ rezos ou seus ca uaradas, inte re---:ados em rlefonde-los 1 E sobre tud" he toleravt 1, que asS Li ll fal tas– sem por aci •1te aos deveres de e;id lidade para com a Familia lmpt:' rí al do Bra zil, e pa:-a com Sua Ma!!estade O I mpera.l ir, que, Mona rcha de um Governo Reprez eutat1vo, naõ tem influ– encia directa nestas questões de policia j ud1cia– ria 1 Sou muito afferto á brioza N açaõ ~ orte Americana, mas deploro que SP não aprexime quanto antes essa p1·()spn id;i !e f itu "'a do l mpe• rio do .B razil, que hahilitará para repPl ír com toda a energia as agressões injustas <le Nações agora mais poderozas. 011 de seus imprudentes Agentes. Quan to aos effei tos da questaõ teve taõ insignificante começo, que he de e ·perar naõ dê si mais rezultados, que a cessaçaõ pro– xima dos escandalos, que prezenceamos. NOTICIAS DIVERSAS. No dia 15 do passado tere lugar na capella imperial o baptizado de S. A. , a P rinceza re– cemnascida, que receheu o nome de lzabel Chris– tina Leopoldina A ug1Jst { ~ l i, ·haella G abriella Ra. phaela Gonzaga. Foi padrinho S, M. D. .fernan::

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