Treze de maio - 1846

tica os meios de lhes impor garantias, sobre -tudo pepois das · ·gràves perdás, que seus abu– zos occazionaraõ na Inglaterra, e especialmen– te nos Estados Unidos onde uma Igreja, um .Banco, e uma H ospedaria eraõ sempre os pri– meiros estabele~cimeotàs de todas as povoações nascentes. Emissões f'Xcessivas' de bilhetes, mui– to alem do fundo gara111.idor _ foraõ de ordinario as cauzas das quebras destes E<3tabelescimentos, que perdiaõ por estarem absolutamente - livr:es de toda a iríspeçaõ da autoi;idade, quando ou– tros perdem por lhe estarêm demaziadam~n– te sujeitos. Pol'em ainda neste ponto tem mos– trado longa prafr::a, que benefica a influencia da , administraçaõ em -quanto se limita a cohi– bir abuzos se tor·na· ' nociva quando alem se estende, e vai a - direcçaõ. · ~ -Considerados em si, repetiremos, saõ os Bancos Estabeléscimentos seguros, porque lhes dâ regras de direçaõ a Assembléa Geral dos Accionistas, especialmente interessados na se– g_tJrança, e manejo <le fundos sçus proprios - porque he dentre os de maior n. 0 de ac,;õ~s, que se escolhe a direçaõ cujos bons, ou ma– os actos saõ ell~& os primeiros a sentir, ou gozar - e pela fiscalisaç:aõ de todos os aecio– nistas, que em epochas determinadas tomaõ inteiro conhecimento das trarnmções, e do pu– Qlico tudo, que as conhece pela Imprensa, e tam– bern uza neste como em muito-; outros cazos, da s:ançaõ da opiniaõ. A final o ni.esmo G~verno do Paiz he uma das garantias quando auto– i:izado para verificar se a emissaõ naõ excede a concessaõ, e prejudica os interesses do Es– tabelescimento, e do Publit:o. Saõ ja provi– dencias, que garantem a certeza de regular, e vantajoza <lireçaõ destes estahelescimento~ naõ se devendo suppor, que' os primeiro~ interes– sados em sua pl'Osperidade naõ sejaõ os mais aptos para se esforçar por consegui-la. Ha comtudo ainda outras garantias, que i:eforcem em f1vor dos dirigi11os a prohabili– qade, ou certeza que o interesse dos Directo– res lhes dá da boa gestaô dos llf'gocÍos. E saõ a prohibiçaõ ao Director ou Directores de ser– viço de garantirem com sua assignatura letras de que saõ elles os fi~caes - a responsabilida– de individual em que incorrem p 1 )r seus actos, elles, e todos os Empregados do Estabelesci– mento - e as E!ra11dt>s fian~·as, ou depozitos de dinheiro, ou effeito~ com que garantem seus serviços, e sem q11e não podem ser nomea– dos. Em sí pois estão ei.tes Estabelescimentos garantidos yuanto he possivel, e resta ve1· s~ inífoencia externa não porle tamhern prejudi– car~lhe. Podemas reduzir a duas classes a in• fluencia externa capaz de operar sobre o Ban– co, e o apartar d_a regµlar dü-ecça.§, que -~ (2) daria a vontade livre de seus accionistag, He a influencia do Governo - yuer ordene, abu– zanrlo da força que tem - quer recorra a pre– texto,- ou por occaziaõ de necessidade publica, cuja urgencia possa vencer a reú,tencia da Direçaõ - he em 2. 0 lugar os dscos_, yue po.- – dern correr seus fundos por tentativas indivi– duaes, izoladas, ou pot' violencias da anarq 11ia, ou desregradamento das turbas. . S<tõ inco11ve.. nientes reaes, que naõ procuramos dissimular, mas suppomos poder mostrar, que destes mes– mos receios i,e tiraõ antes motivos · para o es- tabelesci.mento dos Bancos. . _ Os riscos, que ~ rique~a, quer· recolhida. · nos cofres individuaes, quer posta em giro po.r meio de associações, corre-- da parte . dos Go– vernantes he mui grande nos Governos Dcs– p oticos, como o da Turquia, e outros, mas dimi– nuem nos Governns rP~ulares, e dl:'saparecem de todo no-s Governos - Re-µrezentativns que sujeitos a,é certo pont::> a opiniã,, a naõ combatem nunca de frente violentando aquelles cuja posiçaõ social f, .. z ter nella mui grande influencia. Assim vê~. se, que os Baneos medraõ nos Governos Re~ preu-ntativos, e de publicidade, e q11e nuncá por meio. de violencia, e mesmo por influencia. directa tornilráõ estes Governos para seu uz0: fundo~ Bancaes. He só a pretexto, por , occaziaõ de neces– ~idades, e urgen_cicts puhlicas, que os Banco~ se podem ver obrigados a esgotar para dtfe– za do Governo fundos, que alias era seu fi01 destribuir as inJustrias que os precizem. Ma& a questaô toma entaõ uiua face taõ elevada, q11e sem t'Dtrarmos _em seu desenvolvimento perguntaremos apeoas, que outr9 uzo mais im– portante se pôde dar aos c;1pitaes de qualquer Paiz <lo que defender o Paiz, a vida de se-. us habitantes, ou assegurar sul\ mesma conser– vaçaõ 1 A411elles, que homens sem patria, O:, sem domicilio fixo, podem escapar ao naufra-. gio geral levando nas bolsas seus bens, podem ter resposta especial; porém a generalidade dos habitantes deve dar-se por satisfeita ·quando o sacrificio de parte de seus bens lhes assegura.. a outra parte, e a existencia. Neste cazo a . rêuniaõ de capitaes em 11m Banco os naõ ex– poem mais do que estaõ expostos, quando em– prei?ados em giro de especie diversa, porem re• gularizada a contribuiçaô de cada um, e mais– pronta a dos meios com que se sustente o Go-. verno mais garantia ha para a Sociedade, e s~_ us bens. A questaõ he sémpre garantir, porem_ fa– zer prosperar, a Sociedade, e ainda neste pon– to tem efficacia os Bancos. Ja de al/;{uma sor– te involvemos na apreciaçaõ dos riscos provin-. dos do Governo, os que tem orig~m nas de-, zo(<;le_ps populares, e c911tiuuaieLUQS - com esta,

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0