Treze de maio - 1846

rle Djizé . postoqlte distem somente 4 legoas do Cairo; postoque visitadas por hüa multidaõ de viajantes ainda naõ há conformidade nas suas dimmsõ.es. " Faltou-me o pequeno em dilJersas materias parecendo-me notaveis seus conhecimen– tos na geogruphia e na historia, mas qual naõ teria sido o meu pe.zar quando ví que meu fi– lho• sabendo a historia de povos que elle nunca , . d . I vera Z_!~nora a o seie paiz. . ... ,• . Fiz-lhe ver que eu era sensivel a esse cama despreso que nelle sentia pelas couzas da terra do seu nascimento, aconselhei-o a ser mais soli– cito pela terra que lhe deo o ser, Quanto a isso, me respondea a meu e$lit– dante, naõ tenha o meu pae cuidado porque amo muito o meu paiz; hei de estudar-lhe a historia para sabe-la contar a minha familia pois Deos me defenderá de /altar rtellrt em publico por qite passarei por importuno e impostor, -Oh, rapaz, estás louco! -Naõ Snr., meu pae: pois ignora ou ja se naõ lembra que: Non est pmpheta sine honore nisi in patria sua, et in domo Süa? Hoje mais que nunca se cumprem estas palavras do Evan– gelho. Comece de lidar com esse ·povo de Deo.s e vrrá Vmc. que seit filho naõ s6 naô tem perdido o tempo senaõ que se vae costumando a pensar com madureza sobre os costumes acluaes, · Orà, ~snr. Editor, confesso que naõ deixei de alegrar-me por ver qu,e o rapaz tem tino para conduzir-se O certo he que suas prevenções ser– "-'iraõ-me de muito para o diante. .Mas naõ notará o Snr. · Editor a mínha im– pertinente digressaõ, quando estabelecí por assum– pto desta correspondencia Q querer achar a dif– f erença dos prestimos das cazacas de 1830 e das de 1846 ? Perdoe, Sr. Editor; naõ serei ett o unico a qtiem falta unidade no escrever, nem o primeiro em transpor os limites marcados pe– la arte. Prevenido por meu filho le7tcioneí ser o mais circunspecto em minhas conversaçijes quer nds que dissessem respeito a Lavoz~ra, quer nas que versassem sobre mttra materia. O primeiro dia em que ti1Je de sahir foi o de S l de .Maio deste anno - dia âa Pascoa do Espirita Santo. Confesso que ao vestir~me naõ tive a menor lembrança de que a min_ha azul– celeste seria o alvo das setas dos tafuP.s: ape– nas sahí' de caza dirigi-me á Cathedral para ttssistir a Mi~sa do Espírito Santo. Que de cozt– zas ali ví ! ... .IP minha frenfe pouzou hum naõ pequen'o numero de manabos q1te pela sua idct– de e minha continua rezidencia no in'terior, naõ me deviaõ conhecer: notei que todos vinha_õ apr:e– sentar-me os seus respeitos e considerações .'lle- . grei-me por ver que no meu pmz .r;e hia prati– cand<> o lozwavel costume que f et florecer a an– tiga Roma e ,llthenas - o respeito ú 1.,1elhice. l)n- tretanto o esmero com que vinhaô 1>esti'dos, o 'ilia-· do por que dehutaYaõ punhaõ em duvida o mc1t juizo. ' Hum, mais polido, tirando de !ma linda cai– xa em cuía tampa se via Cepbalo e Procris, of– fereceõ-me huma excellente pitada do Princeza a que elle com reqitintarla modestia chamou es - terco; engajoü conversaçaõ comigo; faltou-me em maqtânas 1 em inventos; em estradas &'c, Eu, de– sesperado, !tia já entrar em campo com a agri– culhtra, mas lembr,mdo .... me dos conselhos de meu filho, tive de s6 ouvir e hir fazendo aquellas ob– servaçõer1 que os e'a::os pediao. Jl.' final dei.xou– me este p11rct virem outros, ou todos que tiveraõ interesse em engajàt" debttte comigo. . Felizmente comprehendí a todos; e como os visse coóertós corn huns àlfotges, perguntei se aquelle éra o ultimo modelo de cazaca r -· - - Sim, :Sr., me respondeo !mm; agora ttzaü-– se as tazacas á Potka. Ett, que tenho por gosto viajar sobre os map– pas e sobre as cartas naõ tendo idea de ter en~ contrado tal nome, suppoz que éra tempo de en– trar com o meu debute. --A' qtte parte do globo, meus Snrs.,fica es– se pai:t, ou se esse Pollrn he algum homem notavel, onde e.-f:içfio, ou existe presentemente? ........._ ca por mim, meu caro Snr., naõ lhe pos– so dizer se naõ que assim como m'o deraõ assini o dou. ~Eu lambem, nada sei á respeito, --.MP1nos eu. -}] eu, - - Parecê-me, respondeo hum dos tafues qu~ linha seus visos de possuir mais prudencía, pa– rece-me que serei mais satisfato rio em responder ao Snr. Este tmme ( se bem me lembro) he o de huma dança naõ sei de que poiz: o que lhe pos– so afirmar he que s6 a acho prnpria para meninos: veío parar..anos cá como tudo o mais; mas gene– ralizott-se de tal modo que até nos assougues nos vendem carne á Poika . , .. U que quer Vmc. isto de faltarmos mais nnquilto que menos enten– demos he anti~o 1zeste mundo. --Obrigadc,; responderaõ os outros como cor- ridos pelo amígG. . .Neste ponto clregoa novo reforçó~ e hum dos que veio, julgimdo pelv meu trajar que eu éra hum roce-iro da gema, e que a estes l1e vedado o saber jrnncez pergtmlo1t aos companheiros: Es– te sujeito vestido á Polka será algmn Delega– do de Uurem '! Este mancebo: o mais mgraçado que tenha visto, tinha ditos taõ agudos que era !tum lou– var a Deos; mordev em ludo e cansada a sua ~onsciencia provou que ainda que o meu vesti~ era diverso do sett, eu eslava perfeitamente a Polka. Trajava sobre-cazaca de panno azul-es– c:mo com golla e canhões de velludo, cal,m da

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