Treze de maio - 1846

, Europa e farilita aos emprezarios nas tran– sa :ç,ies que 'precisem fazer para a levar ao firn. Quero ainJa con~iderar a empreza sob alguns pontos de v1str1, que n.iõ saõ de tlf'sprezar, e · bem que tt'nha si lo e seja ainda agora parti– •(li~ta da opiniaõ que o Bra;ül deve ser princi– .palmeute agricula, porque seria pouco razoavel perder os g1 andes lucros que nos offerecem terras as mais frrteis do mundo, e que nos po– dem fazer sustentar a concu1 rencia em proJuc- . ções · agriculas com qualquer n;;çaü, tenho igual– mente declarado que a adopçaõ de certas indus– trias saô igualmente necessarias para aproveitar ~apitaes, que, por diversas circunstancias, naõ iriaõ se empregar na agricultura, e dar empre– gos a braços existt ntes nas cidades e povoados. Mas agora exporei ainda outra razaô menos conhecida, e é anecessidade de contrariar a dis– persaü dos habitantes do lmperio, que tanto se faz sentir, e que em muita parte provém da in– dustria agricula. A dispersaõ dos habitantes é um grave emha_raço á divisa6 Judicial'Ía ( apoirt– dos), é um grave embaraço ao augmento da ri– quen publica (apoiados), é um gravi~siroo em– baraço á administrnça<> publica do paiz (apoiados). O Sr. Campos Mello: - Muito bem. O Sr. Souza Franco: - E pois a dispersaõ dos habitantes é favorecida pela industria agri· cola, pela am biçaõ de ter vastos terrenos para arar e pelo isolamento em 4ue fica o layrador, o qual para seus trabalhos não precisa mais, en– 'tre nós, que de si e seus escravos. E diga-se o que se q11izer -em favor da perfeiçaõ dos instru– mentos d ,~ lavrar e preparar as terras, e doJ di– versos méios de às tornar mais fecundas, em quanto o lavrador brazileiro tiver em torno de si terrenos n .vo, ha de preferir mudar todos os i\nlDS e ir trabalhar terra nova, que sem custo lhe dá granrle colheita, a ter m11ito incommo– do com preparar o mesmo terreno, que por me– lhor que SP-ja trabalhado nunca da producto li– quiuo s11perior ao dns terrenos lll)VOS . A agricul– tura ha <le pois por muito tempo favorecer a dispersaõ dos h abitantes. A industria reunindo os braços em torno das fabricas e nas vizinhanças das povoações ten– de a concentrar a popuhção, e dahi o melhora– mento das estradas e vias de comnrnnicacão o desenvolvimento da civilisação e a fa cilitaç~o dos meios de pro1npta e regular administração da justiça (apoiado.~) . Voto pois em favor da em– preza, pon1ue, co~n toda a prol-iabi!í.Jade de boa direcção, ella vi1·á pt·incipalmente favorecer os trabalhos materiaes do paiz, charnar os Brazilei– ros ela cult11ra das letras abstractas ou theoricas pãra sua app!icação á in lustria; e J)Ol'f}Ue ' igual– mente en~inará meios de aperfeiçoar trabalhos, que entre nós se fazem quasi sem arte e com muito atrazo, que por isso não dão todo o re- - sultado qué com os novos processos dão esses mesmos trabalhos nos paize~ ~rn que está mais desenvolvido o espírito humano , Em seguida lembrarei algumas pequenas alterações a ·fazer na proposta. Discussaõ fica adiada pela hora . ( Do Jornal do Commercio N. 0 234.) ASSEMBLÉA LEGISLATIVA PROVIN~ CIAL DO PAHA\ 5.ª LEGISLATURA. Presidencio. do Snr. J. F. P. Guimarães. Sessaõ . em 19 de Setembro de 18:16. As 10 horas e um quarto faz-se a chamada, e achaõ-se presentes os Snrs. Deputados Guima4 rãt>s, Paes, Magalhães, p_e Procopio. C r>sta, San• tarem, Severino, Mattos, 'I'emeiro Aranha, Joaõ de Deos, Miranda, Chermont., Marct·llino Car• dozo, Napoles, lfoque J orge, e Damasceno, fal• tan com cauza parti t~ ipad a os Snrs. üeputados D. José, Diníz, l\1arcos Martins, Campos, Ange– lo, e Malcher. Porque ha numero sufficiente de membros pa .. ra haver caza, o Snr. P residente declara aberta a Sessaõ. E' lida acta da Se1-sa0 antecedente. O Sr. Castro pedP se declare nella em resumo o contheúJo do Projecto n. 0 ~!6: o Sr. Presidente sujeita a discussaô· da Ca •nara, q11e resolve estar co nforme a acta, e por isso fi ··a a pprovada. Existem sobre a \ l e za os Oipl J rnas dos Snrs. Deputados S 1p ilt·ntes Jo,1õ H ~aiiques de lHattos, e Antonio Manod de ~011za Trovaõ, e antes de hirem a Commissaõ rei.pectiva, o Sr, Presidente consulta a Camara, se o 2. 0 Secretario deve lar– ~ar a cadeira para trabalhar na Commissc1C: se resolve, qne se charne o im rnediato em votos pa4 ra supri!' ao 2, 0 Secretario. Hecorre-,e a lista dos votados, e ella indica o Sr. '.\liranàa. A Commissaõ recebe os Diplomas, e se recolhe a sala competen– te, e depois de algum tempo de demora volta com o se~uinte parecer-·'.-\. Comrnissaõ de Con~titui ◄ çaõ e Poderes examinando os Diplomas dos Srs. _Deputados Supplent,·s Joaõ Heariques de '.\lattos.,. e Antonio Manod de SJuza 'frovaõ, os acha con ◄ formes a acta geral, e por is&o é de pare;;er, que os mesmos Srs. tomem assento ne: ta Assembléa. Sala das Commissões d' Assem 'lléa L 0 gislativa Provincial 19 de Setembro de l~-16 , - José de N apoles Telle,; de Men ez es - \la noel Gomes Corrêa de Miranda."- E' a p;Jrovado o Parecer; · e o Sr. Presidente convida os Sr. Marcellino Oardozo, Roque Jorge, e Severino de i\b.ttos·

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