Treze de maio - 1846
[2] ào Santissimo Padre GrPgOrio XVI em um Of– ficio do teor seguiute - Tendo f,ded lo Sua San– ti dade Gregorio X VI de saudosa memoria, fi– cando a I g,·t: ja Catholica orfãa de seu Supremo P astor, q ue ~om tanta sahPdoria, e prudencia p_resedía á Ca·ieira de S. Pedro, e ct1mprindo :uaõ só ma ni fr~t"r nesta ra 1 te da Ch: istandade {IS justos sentimentos de dolorosa saudade pela f ilta de taõ di:.?;nO e virtu.,:-.o f-'ontifice, como t ·nh<> m fazer praticar os actos R e ligiosos, que :i l ()'rt'j a recommenda, a fün <l' implorar-se ao Cé;.., a justa recompensa de suas virtudes Chris– tã t':-:. Ha ~- M. O I mpe rador por bem, que V. l'.x.ª mande fa %e r nas Igrej as <lesse Bispado os fl' ff. -1!!;io.; , evidos á r epresentaçaõ do 1-l_uprerno Cn~ fci Ja I i;reja , e que é de costume pra!tcal'em– 'S" Pm simiíhantes occasiões - Deos Guarde a V. Ex ª - José Joaq-uim :Ferreira Torres - Snr. l ~i --po do Pará-Em cumprimento pois_das or– il• .i de S . .M. L é no~s o dever dispertar nes– ta occasiaõ os dolorosos e Hdigiosos sentimentos <ie nossos Diocesanos a -fim d' honrarwos as cin– .zas elo virtuoso Pontifice, í]Ue depois d' uma vi– da <le 81 annos, a morte a.caba de roubar-n0s, tendo elle deixado no espaço de 16 ann ns de seu Pontificado p ara o ÔPtlli iio da hist~1 ia as mais relevantes e sunlimes aeç1-1es de v1 tudf's: ,a IO'reja Paraense distuH·, a por i-eus i-ni-tina-· ntos º . d . orthodoxos, naõ pod;; d, 1."ar e netta < casiaõ ma;1ifastcir- lhe o füial trihuto de s11 a l'd igiosa ·Sl111 hde, depol'-itando sobre os reí-t iS •lo \ f'nenan– .(!o e \'Í; tuüso Pomifice as lagriwas exprtssivas C:e sua d r. ,Os ft~1t0s admiraveis de eu edificante, sa– 'f,i ,_ i!l •, 1 1) ir.:iverno: o zdo e irudt:nc ia, com c1 n •\ -o Ht:'cdei ro da Fé e prerog;:frn~ -de Pedro :s0u he concili..1r os in teiesses rla I ;rreJa com os -Ous E. b<los, con zinJo com fi. ·meza e ctestre– z3 por entre perjgos e escolnos a bar<'a i-1nta, -~~ reservam para b rilhar nas pa~;nas da H i-,to– 'l · a do UOS'-O Sf'C" lo; e i-ua r ecorda,_< a,'i en xug,1 d' ~ :-.rum modo nos-;as l.ig · i nas , mitiga nossos luc– t uo.,os seu,ciwentos, po. l:ue o j usto naõ morre, -s·-nerior ao tPmpo vive t :-iu nfau 1 e de sua vor-a– ciJ,Hle; naõ é a qui po1 étn o l ugar para tecer o e10a;; o de suas virtudes; illustradas pen nas ·se :aparam p ara escrever e levar á pros peridade os memoia,·eis feitos de seu brilhante Pontifica– do. Mas ah ! permi ttí úm desabafo á nossa dor: e que vos reco rde. que essa maõ que exis– te fria no tumulo, é aquella mesma qne col– locou sobre n ossa cabeça a mitra Paraense por tantos titulos digna de tud. Js o ; respeitos, em– •bora hoje se vfja ella embaciada pel os ,nossos dtfeitos: é um duplicado motivo, q1,e · -desafia nJssa saudade, e que junta ao dever fi- li--d, que todos nós temos de dirigir ao Céo o :tritmto de 110::,sas funebres orações, a gratidaõ 1 que nos obriga á recorda1;aõ dos beneficio11 pã,.; ra cobrir de benções a maõ bemft,itora. Cho– remos pois s~re as cinzas do P; 0 i comrrum dos fieis e tribulemos- lhe o funebre obs,-..q uio de nossas orações. Ordenamos pois, que no rlia 23- de Outu• bro <lo presente anno se f.,çaõ na no-.-:a ~é e Cathedral os devidos suthagios pel ., alma do mesmo Santo Padre Gregori o X\' l com toda aquella pompa e magnificen ci: q ,1e he devi la a sua alta repre.senta~'.aó, e q 11e os R e,• Prf•n– dos Parochos pr-atiquem o mesmo nns sua:- 1 .rre- . . o Jas, espe rando que todos nossos Dio('esanos nos arompanharão nesta funebre cen..mr.nia para implorarmos o eterno descanço ,1e sua 'Alma. E para que chegue a notida de todns, m:mdamos, que esta seja' publicada em t vdas as Freguezias do Bispado á estaçaõ <la Missa Con– ventu al. Dada nesta Cidade do Pará ~ob sig– nal e sello de nossas Armas aos 27 dt: Setem– bro de 1846. , L. S. t JosE' B1sPo. O Conego .9.ntonio José de Souza Loureiro. Correspondencia do Rio de Janeiro 5 de &lembro de 18-.16. Encerrou-se no dia 4 a Assembléa Geral,' e a falia do Throno he mui lizongeira para os Reprezentantes da Naçaõ a quem. S. M. O I m- - perador agradece os bons serviços, que fizerar5. Naõ foraõ muitas as Leis, mas saõ irnp0r1an– tes. A Lei de eleições, se naõ he pe1 feita. uaõ- he má, e pelo menos temos Lei em rnalt I ia taõ im– portante, e naõ pode mais o Governo inno\'a– la com Regulamentos. A Lei de Guarda Nacional mõ pôrle ain– da ser concluida, e he isto St'nsivt'l á P1 odn– cia do Pará, que ain<la a naó tPm. Ha quatro - annos que o D eputado da Provincia o Snr. Sou– za .Franco trabalha para c111e esta L.-i passe, e se o naô tem conseguido ttlm pdo me• nos satisfeito seu dever. Pelo lado das finanças porém ganhou a fi– nal a Provincia, e se ainda naô obtne su 1-ori– mento especia~ \'e-se dezembara~·ada de pagar o Secr·etario da Prezide11cia, o p c~i-oal, e ma– terial da Cathedral, o que naõ he pe4ueno . ali– vio para os Cofres Provinciat>s, pois que c:htga a 21 contos de réis por anno. Quanto á indu~tria votou-sf> a Lei que cria uma fabrica de productos chimico~, e aul ,- s rle s11a theoria e applicaçaõ, e maquinis :110 de fa. bricas &I'. a qual poJe dar m il ito adiantamento aos trabalhos j1 txistt·ntes no J mpeiio. O Pa– rá pode aprend~r wuito ne:)te Estabeltscimen:
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