Treze de maio - 1846
determinpções rloCéo a fo;reja ParaenFie; desde que pisamps as praias de _fü•Jem, nos temos considera– do, como 8. Paulo, ( 1) huma victima voluntaria sacrificada a seos interesses: nenhum incommodo .._ pois ner~püa_ fadi~a, nenhüd consi,foraçaõ nos poderá separar , dQ cuidado em diligentemente cu ltivarmos esta porçaõ da vinha do Senhor, e emprega nJws todos os disvellos em utilidade da salvaçaô da grei, que nos foi_ confiada. O ra i pois, amados filhos, como vos pedimos, p orque assiro ' taõhem o fazemos por vos, e roga– mos sempre ao Senhor, que sejais cheios do co– nhecim'ento da. vontade de Jesus Christo em toda : a sabedoria, e · intelligencia espiritual: para · que aiideis dignamente diante de Deos agradando– lhe em tuáo, fructi.ficando em toda boa obra....(2) A pa.z.-do S enhor esteja sempre. com vosco. , . E ·pàrl! que _che~ue a notiria de todos, manda– D)OS, q!:}e esta Nossa carta Pastoral seja lida a estacaõ da Missa conv rntual. Dada nesta C ida– de do G raõ Pará em Casas de Nossa Residen– ci sob o signal, e Sello de Nossas Armas, ·aos 25 de Dezernbro de 1845. L .S. O Conego .11,ntonio de Souza Loureiro, · · Secretario. . He fora de du~id~, que se o terrenc~ desta Pro– vincia naõ he o mais fertil do Mundo, he taõ fertil . como os n:ais ferteis, e os que o obsei·vaõ, ' admiraõ continuamente a força com que taz ge r..: minar em dois, ou t res dias as sementes, e dá ás plantas crescimento espantoso. Em outros Paizes germinaõ as sementes em 15, ~O, 30 e mai~ _dias, e crescem em annos, q 1~azi tanto co– ':mo no Pará em mezes. He que alem de nos fa– vorecer a 150;,. ' çlisposiçaõ da te1Ta, aj udaõ-na hu– mi,lade, _e _~alor 'não interrompidos, que são os pri 1civaes agentes da vegetaçaõ~_Hum P '.> iz des- .tes deve buscar na agricultur3: sua p1·incipal ri– queza, e ser éssericial'merite agricol~ .na certeza ,de que na competenci~ com os outros tem·' pro- p orções, que nenhum outro tem. . P art indo destes princípios he ce}to, que fará · grande serviço a Provinda quem ensinar os meios, não tanto de cultivar novos productos, como rle mel hor · preparar ~s gei.-:i eros a que es– .tão affeitos seus habitantes: _O tabaco por exem– .plo, e em segundo lugar · o c,affé s~o gene_ros, cu– ja cultura he preciso generaJisar , ' e aperfeiçoar, e começaremos d0 1. 0 P<tlo µzo g~ral, qµe tem no ~une!<? - -porque o Pará o produz taõ bom, co– mo o melhor conhec1dõ7 e nâõ he- ma1~ s·egredõ, ( l) .9.d Philip. 2 17. (2) JJ.d Colos. 1 9•. que o tabaco do Amazonas, conhecido pelo nome' de ,, tabaco do Saracá ,, he · tão bom como o melhor da Havana; e que o dos outros D~stri– ctos pode melhorar, e quazi o igu alar se for . bem . cultivado, e p repa1·ado - e finalmente por que he genero de muito valor em péquerto · volµme, e desses que dando comparativamente pouco trabalho deixa lucro avultado aos culti– vadores. Hé o que mais admira aos Estrangeiros, que sendo o }3razil, Paiz novo, e de abun,fantes, e festilissimas terras receba de fóra productos bru– tos çla Agricultura como madeiras, folhas de taba• co, trigo & e de creaçã_o animãl wmo carnes, man– teiga, queijos&. O Pará por exemplo que recebe algóm tabaco, charutos, e folhas para estes; pode sem m_uito trabalho produzir o suficiente paras.eu consumo, e para exportar para outras Provin- . cias, onde como na Corte he immenso o con– sumo do tabaco, e charutos, e se dá pr1r fO' ... · lhas de tabaco Americano 10, 12, e 14$ réis por arroba. O pequeno artigo, que traduzimos contem idéas aproveitaveis, adoptando-se com cautella o que ad– mitte odima, diverso, da nossa Provinda. Já não será pouco se com mais algum cuidado na cul– tura melhorar o fabrico do tabaco, chamado de lri tuia e se nlj.o perder tanto por mal 'cultiva– do, e fabricado, como por ahi se perde. · , .11 cultura do tabaco. Na cultura do tabaco o tratamento da planta não he a menos difidl operação para aquelles, , que lhe não estão habituados. Eu logo que es– colho o terreno para a plantação queimo-lhe ecíi ciiua lenha miúda a fim de destruir as sementes, e ra izes, que contenha, e de favorecer o cres– dmento da P,la!1ta, e depois faço cuvar, e revol– ver bem a terra, e lhe lanço as sementes as quaes p refiro awassar com as rriesmas cost?S da pá, é nãú uzo do ensinho Sobre esta terra semeada lanço grades, ou . qu~lquer eoiza deste genero, que com tudo t_1ão toque na teUa, e as cubro com palha mu i del~ada e quanto Bá, tP para im– pedir a passagem dos Hi ioi.s do sol. ·Poüe-se en– tão molhar a pl~nta, mesmo por 'cimà 1 da-Cpalha, e uma vez por 'dia, ou até duas · vêzls se for muito sêcco o ~e n,po, sémpr e de'ºso,rte qúe até ·Q inteiro nascimt>nto da phin ta nunca esteja sec– ca a superficie da terra. Depois ·de nascida, e com algum crescimento tira- se-lhe a palha se fór o tempo humi<lo, ou son1brio, e ~e for secco tem se a cautela de a continuar a regar-, O mez de Agosto he o tempo ,mais proprio _para semear . o tabaco ( o Autor escrev~ para a Australia, e não para o Bra:zil onde sendo mais tarde o invemo he mais tarefo que se faz Ia ·plantàçãô) e como gefmtna em t.rés sernanãs ~a semente podem mudar-se no fm1-- de·Outu-Hvb a$
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