Treze de maio - 1846
(2) .. a idade maior-; porque bastavà que houvesse a . capacidade physica de supportar a milícia. O Sr. Sôuza Franco: -Tenho de peâir á commissaq que formulou o projecto que discu• tirnos, o seu auxilio em favor de um paragra– pho additivo que vou apresentar. Eu entendo, Sr. presidente, que ha uma dasse no paiz em favor da qual é r,iecessario tomar al:{uma pro– videncia, e a vou propôr. E' reconhecido ge• ralmente, e com s,entimento de todos, que o commercio do Imperio está todo nas maõs de estrangeiros [apoiados], e que muito convirá o chatru1lo quanto for possível para maõs naciona– es [apoiados], e o meio que me occorre é favo– recer aquelles que se daõ ao tirocínio desta vida, porque é a profissaõ de caixeiro o seminario dos commerciantes, e em quanto os Brasileiros en• contrarem tantos óbstaculos á sua conservaçaõ nesfa carreira, naõ é possivel esperar que elles possaõ sustentar-se na, profissaõ do commercio. E come, um dos graves obstaculos á vida de ..caixeiro é o serviço da guarda n~cionat eu pro– ponho que sejaõ dispensados delle todos os cai- . •.xeiros das casas de commercio menores . de 21 annos. Digo caixeiros das casas de commercio, por que como se está confeccionando o codigo com. mercial, é de esperar que se designe o que saõ casas de commercio, de sorte a naõ esten– der este farnr a todas as vendas, botequins, etc., que, se em verdade claõ lucros. naõ con4 Lu– em profissaõ commerciaJ de grande futuro pa- ra o p::iiz. • Digo os menores de 2 I, por que tenho in– tenções de fa,,orecer a classe do commercio em geral , lançando a carga do serviço sobre as ou– tr.1s, mas simplesmente de dar tempo ;.ios _1 ove11s a que se habilitem no commercio. Depoi: dos 2 l annos ou já saõ socios e patrões ou já tem nelles ta'nta confiança os patrões que os naõ despedem faeilmente, mesmo porque a idade os garaute contra as' sedueções frequentes em oc– casiaõ da liberdade que lhes dá o serviço mi– litar. Entaô podem-se conservar no commercio sem favores especiaes sempre odio~os. E naõ ha razaõ para temer tanto os ahu– sos que pndt-m provir de1:->ta dispensa: primeiro, porque naõ é taô grande o numero dos caixei– ros brasileiros menores de ~ l annos, que façaõ gravlf fid ta ao servi:;o; e segundo, pol'que, es ta– belecida como , ai ser a qualifir.açaô por mei•) dos capitães de companhia e eht-f. s de batalhai\ e sEndo e:-.tes , italicios e inte r,.·ssádos no au~ - rnento do numero dt> se us subordinados e st!a dr sci µlina, naõ se póde rel' ear que com,intaõ dispem:)dos guardas que el les elevem saber que na0 saõ caixeiros eff,_ctivos ou menores de 21 zileiros como um meio de fazer os nacionaes mais participantes das vantagens que offerece a profissaõ do commercio. E' lida e approvada a eguinte emenda ad– ditiva do Sr. Souza Franco. " ~ 6. 0 Os caixeiros de casa de commer– c10 que forem menores de 21 annos de idade. ,, (Do Jornal do CommerciJ .N. 0 164.) PROVINCIA DO RlO DE JANEIRO . Paraty, 9 de Julho. Chegando noticia á camara municipal d 'es– ta cidade que na ilha de Araujo, distante desta mesma cidade uma legua se ouviraõ varias es– tamp~doQ subterraneos no dia 26 de junho p. p. , o que deo causa a que os habitantes da mesma ilha, qué montaõ a mais de 400 pessoas, possui– dos de susto !ie refugiassem para terra firme, onde actualmente se acbaõ, o presidente da ca- mara com algunQ vereadores, e os engenheiros Joaquim J isé Cabral, Xavier Smids de Bellec– ken e Joaõ Mamede Junior passaraõ áquelle lugar a exammal-o, e o que ahi se observou ve– rá dos documentos juntos. A camara leva todo o occorrido ao conhecimento do governoy rovin– cial. " Illm. 0 Sr. - Em virtude do convite de V. S.ª, no q11al me pede, que me dirija á ilha de Joaõ de Araujo, a fim de examinar e veri• fi car os estampidos subterraneos, que a algum tempo tem espalhado o terror sobre seus habi– tantes. Tenho . a informar a V. S.•, que haven– do-me dirigido a dita ilha no dia 5 do corren• te, ahi me demorei até 7 do ·mesmo mez em visitar os mais importantes lugares, e bem as– sim todos os corregos, e algumas caverna,;; que encontrei, de facto, na occasiaõ que percorria esses lugares presenciei uns estampidos sftrdos no ínte l'ior do. terreno produzindo para o mar grande éco, na direcçaô que se sente interior– mente rebentar espalhando ao longe da costa o mesmo éco, de maneira tal, que todo o peixe visinho se atemorisa e fog 0 , torn ::. ndo-se bas– tante visível os \ 1 estigios que após de sí dei– xaõ da velocidade com que se· affastaô: occa– siôes ha em que os mesmos esta.mpidos tornaô– se bastantes freqüente~, e mais fortes sentindo– se rebentar consecutivos uns aos outrns em di– versas direeções da ilha, partindo muitas vezes do mais alto cume, porém de ordinario aflu • em interiormente muito mais no lugar por on – de passa um corregn, e tem uma pequena ca– ~rna situada n'uma immf n.;a pedra, em geral ·annos. E spero que a camara ::-e di~ne apprnv ar este· farnr concedido á- classe dvs caix~iros bra- -· todo o terreno da ilha é formado de enormes
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