Treze de maio - 1845

• . PARA' NA TYPOGRAPHIA DE SANTOS & MENORES, RUA D'ALFAMA N.15. -1!:l45, &* ?$§& ;s,:qtfit MI k t&AM& iíêe UIIAMi M &Z:Zik✓ii !t&íiW:J!§ tí#wiYM# §q A X O PENITENTE. rompeo o penitente, eu lhe pedirei hüa segun– da. E qual 1 Continuaçaõ do .N. 0 497. H uma morte prompta. N aõ tendes nada a esperar sobre a terra 1 A providencia reunio estes dous homens. E talvez que nada tenha taõbem no Céo. Hum dia entrou o penitente em casa de Este- Tomai cautella, Senhor; a vida he hum prew vaõ, e diz-lhe: Ha dez annos, Senhor Vigario sente de Deos; he preciso respeita-la, assim -que dei aos pobres todos os meos bens .... Oh! como tudo o que elle nos dá. . .... que naõ tenho tido merito em fazer isto: execu- Quando receber a absolviçaõ, que espero, a tei n1a ordem: naõ se me havia permittido con- viol a naõ será para mim mais do que um pe– servar si::naõ·· hüa pequena renda, que bastasse sado fardo . Nunca. conceberei ~ pensamento de para minha pobre existencia: nias hüa fatalida- me livrar della: mas farei eu hum crime pe– de acaba de roubar-me este ultimo recurso. He dindo a Oeos, que me chame á sí 1 ·p.ecis.o que agora trabalhe para ganhar o meo Estevaõ calou-se: naõ era este o momento de su<;tento: eu naõ me queixo deste golpe com que dar ao penitente nem lições, nem êonsolações. :o Céo méfere: Jonge de mim tal idea: se elle Esperou de achar no futuro muitas .occasiões de se occupa ainda de mim para me punir, talvez se lhe fa·1,er entender. Informou-se dos traba– que se occüpe taõbem hum dia para me per- lhos para que elle tra proprio, e a fim de nada doar. Venho pedir-vos que me procureis traba- mudar nos habitos do silencio, e do retiro, que lho, e antes me dirijo a vós, do que a outra elle tinha tomado, lhe offereceo o copiar ma• pessoa; porque me parece que tomais al~um nusctjptos. Esta proposta foi acceita. Deste dia mteresse pela minha sorte. Naõ o mereço Se- em diante relações assas proximas se estabele– nhor Vigario: . todavia vos exconjuro para que ceraõ entre o penitente, e o moço Vigario.. O tenhaes de mim piedade. Conservo a vida, vós procedimento de Estevaõ era cheio de cuida– bem o vedes naõ por ella mesma .... mas por dos taõ affectuosos, de attenções taõ fraternaes, que se morresse presentemente, se morresse an- que o penitente_ foi dellas internecido. Este ho– tes de ,;er relevado da minha penitencia, seria me ru , cuj a alma parecia para sempre cerrada i,. sem recurso condemnado por toda a eternida- todas as affeições humanas, conheceo pela pri– de ! ... Senhor fazei q11e eu viva! . . . meira vez a amizade. Dizia elle algumas ve- Ignoro que faltas tendes commettido, respon- zes ao moço Sacerdote: ~u me havia imposto deo Estevaõ perfeitamente commovido, he es- hü,, lei de não fallar a nmguem, durante a mi– te hum segredo que nunca vos perguntarei: nha penitencia: esta lei foi por mim obse1·vada mas 10 annos de arrependimento vos_ daõ direi- dez annos succesi-ivos, mas depois que vos ví, to naô só a toda a i 1dulget1.cia dos homens, mas tem-me sido impossível continuar a observa-la. até ao perdaõ do Céo. Contai poi 0 com o zelo, P0rem como tenb-o eu podido inspirar-vos o que desejo tmpregar em ser-vos util. Vós vi- intf'resse, que me testemunhaes 1 ' Gomo ousa vereis: ,Vivereis para receber a absolviçaõ, que ' vossa maõ · apertar a millha 1 Vós que sois pu– esperaes: ~vivereis depois de a ter recebido. ' ro, e sem mancha diante do Senhor, como vot Se o Cé~ me .accordar esta primeira graça, inter- approximaes de hum miseravel peccador todo f'

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