Treze de maio - 1845

}!ABBADO_ ' PARA' NA TYPOGRAPHIA DE SANTOS & MENORES, RUA D'ALFAMA N. 15. -1845. RIO DE JANEIRO. Continuaçaõ do Relatorio do Exm. 0 Sr. Ministro do lmperio, que vem do n. 0 490. Oolonisação. Resumirei aqui o que nos antecedentes Rela– torios se acha exposto a respeito do projectado estabelecimento de huma Colonia Belgo-Brasi– leira na _Provincia de S. Catharina, accrescen– tando o que depois do ultimo dos ditos Rela– torios tem occorrido. Autorisa,lo aqudle esta– belecimento por Decreto de 10 de Agosto de 1842, ficando algumas das mais importantes das Condições annexas ao mencionado Decreto de– pendentes da approvaçaõ rl' Assembléa Geral Legislativa, appareceo, e passou nesta Augusta Camara hum Projecto sobre Colonisaçaõ, com cujas idéas se ~onformou o Gabinete, que entaõ existia, e tinha succe<lido ao outro, que havia contractado o dito estabelecimento. Fundado es– te Gabinete na falta de approvação do Corpo Legislativo ás Condições annexas ao menciona– do Decreto; na direcçaõ diversa, que por aquel– le Projecto se mostrava terem tomado as iJéas de huma parte do Corpo Legislativo; na pre– sumpçaõ de que a outra parte do mesmo Col'po Legislativo seguia a mesma direcçaõ; officiou ao Agente daquella empreza, o Cavalleiro Carl0s ·Van 1 Lede, prevenindo-o destas circumstancias, e re.commendando-lhe que nada adiantasse no sentido das me1~cionadas Condições, pois que naõ podiaõ ellas, oas indicadas circumstan~c<s, ser levadas a effeito. Reclamações apparecêraõ da parte dos interessados; e sendo sobre ellas ouvida a Secçaõ do Conselho de Estado dos Ne– gocios do J nperio, a sua opiniaõ se achou con– E~rde com a deliberaçaõ do Governo, refutados os pontos, em que as reclamações se fundavaõ. Van Lede procurou entabolar hum arranjo pro– visorio até a vossa decisaõ; mas esse arranjo nem á discussaõ foi admittido, pois que essa discus– saõ seria inteiramente inutil, e a adopçaõ do P rojecto apresentado por elle, quer nos termos, em que se achava concebido, quer em outros~ serviria somente para complicar mais a questaõ. Pouco depois desta decisaõ definitiva aportou a esta Capital hum Bergantim com 107 Colonos pertencentes a esta empresa, os quaes seguiráo para ltajahy, onde tem de estabelecer-se em terras, que a respectiva Companhia adquirio; li– mitando-ae o Governo a recommendar ao Pre– sidente da Provincia que. providenciasse, para que os ditos Colonos fossem bem acolhidos. Em Officio de 22 de Novembro ultimo diz aquelle Presidente: " O Bergantim ainda se acha no ,, porto desta Capital por falta de vento pro– " prio para a viagem de Itajahy, e os Colo– " nos, que tem desembarcado, parecem-me ,, gente de boa escolha, porque se tem compor– " tado honesta, e sisudamente. ,, Eis a exposi– çaõ succinta do negocio: o Governo espera que lhe presteis com brevidade a vossa attençaô, e lh~s deis hama decisaô definitiva, approvando, re,,ogan_do, ou modificando as.. Gondições ajusta- das. · No antecedente Relatorio se expoz o es– tado de abandono, em que se achava a Co– lonia de Sahy, onde apenas se encontravaõ de– zoito pessoas no Estabelecimento daquelle nome; e vinte no do Palmitar. Em vista daquelle esª ta<lo de cousas mandou o Governo proceder a huma relaçaõ de todas as propriedades, e offici– nas pertencentes á Colonia, a fim de se in<lem– nisar ( no caso de se julgar conveniente ) de al• guma pequena parte das avultadas despezas fei~ tas com aquelle objecto; conservando entre tan~

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