Treze de maio - 1845
E outro sim que; se achaõ affixados na mandar vir, declara despeitoso, que visto naõ os mesma. Administraçaõ, porta d' Alfande~a e nos comprar, passaria a mostrar a elle Pastana, que lugares publicos desta Capital o Edictal expe- lambem naõ serfrtõ sens escravos. Cabe aqui re– <lido pela Directoria Geral dos Correios do ferir que D. Thereza tinha passado carta ·de J mperin em que estaõ enseridas as disposições liberdade a molata Lourença - com a condiçaõ do mencionado novíssimo Regulamento e de- (saõ formais palavras n'ella escfiptas) de a ser– monstrada a data em que d~vem ter começo. . vir até sua morte, e quando ella se reti rasse Correio Geral do Pará 9 de ..Março de 1845. da sua companhia ficaria aquella liberdade sem .!lntonio Rodrigues d' JJ.lmeida Pinto, vigor, e as Justiças de S. M. I. naõ lhe dariaõ .d.dministrador Interino. vigor algum, podendo os seos herdeiros em Pede-se-nos a publicaçaõ do segieinte: ..Manoel .11.ntonio Oardozo Jlmanajas, foi ao Rio Cttrucurú, districto da Villa de Chaves, tra– tar de seos negocios, e hospedou-se em cctza de Jeronimo Ruy Seca, em cuja casa se achava huma molata de nome Lourença com seos cinco filhos, pessoa naõ conhecida do an,-nunciante: Je– ronimo lhe pede informaçaõ da dita molata, por que por lá huns diziaõ, que era escrava, e ou– tros, que era liberta, e como o annzmciante a naõ conhecia, e encarregau-se de mandar tomar informações em o distrzcto de .11.baité onde cons– tava morar sua Senhora. E'>creve a seu irmaõ .llntonio Higino Cardozo ..imanajas, pedindo o informasse do que soubesse da predita molata: em po1,1,co tempo recebeo resposta da sua carta, em que seo irmaõ lhe di.zia, que a molata, e seos dois filhos menores erão escravos de D . Thereza Mascaranhas Vil/as Lobo, e que os tres filhos ·,maiores vertencião · a Jgnacio Pasta– na sobrinho da dita D. Tltereza, que lh'os ha– via dado em conta de legitima de seo finado tio Joaõ da Veiga, de quem o dito Pastana era herdeiro. Na mesma occasião recebe o an– nunciante huma procuraçaõ de D. Thereza pa– ra vender a molata, e os dois filhos menores, e huma carta em que pede este favor, e marca– va os preços de 500$000 dis pt?la molata, de ~00$000 réis pe!o filho maior, e de l 00$000 réis , pelo menor, dizendo, qug os ires mais - velhos eraõ de seos sobrinhos lgnacio Pastana. O an– nunciante em virtude desta - carta, e da Procu– raçaõ vende ao Fazende_iro Frrmcisco de Pau– la, e a huma sua filha, os dois pequen9s, e a molata Lourença, procedendo com a melhor boa fé, sem o menor interesse, e da entrega do pro- - dueto de taes vendas tem recibos em seo poder. • llc&nteceo porem, que depois de passar couza de dous annos pertendesse o (hoje falecido) .Major .Manoel José Gemaque d' Jl lbuquerque comprar os tres filhos n.ais velhos da molata, que perten– ciaõ a Pastana, e para este .fim vai pessoalmen– te ao districto de .flbaité tratar com elle; mas naõ conseguindo comprar os rapazes, por que offe– recera ilisigni:ficante quantia ao~passo, que Pastana ja havia encarregado ao CapittfQ.,L_eopoldin:o d~ D_:~ qualquer tempo chamai-a a partilha -; e co– mo a molata fugio para o districto · de Uhaves e desamparou sua Senhora, julgou-se ella co~ direito de poder vendei-a. Gemaque procura D. Thereza, e uzando de ameaças, e seduções con– segue d'ella hüa declaraçaõ · de qite a molata Lourença tinha ido, . e estava no destricto de Chaves com sua licença; e chegando a Chaves requer logo, que a dita molata stja depositada para poder mostrar-se liberta. Os inimigos do annunciante aproveitando-se disto, forjaà huma denuncia de ter elle vendido pessoas libertas, e e o Subdelegado Olarindo iracundo, e decla– rado do . annunciante he quem fórma o processo, e projere a pronuncia! Vendo porem os colabo– radores da denuncia, que o procedimento crimi– nal contra o annunciante era incurial, e insub– sistentes por não poderem mostrar inquestiona– velmente a liberdade da mencionada molata, co– gitaõ novos meias, e eis que Olarindo, esse mes– mo Subdelegado que pronunciou o annunciante naõ obstante ser seo inimigo declarado, escreve de .Oha1Jes a .Manoel ..intonio de Lira Lobato, m-orador no destricto de lgarapé-miry, · uzando de disfa-rce para ocultar seos matipnos intentos, e l'ie ·r,k!ª hoja de alcançar de· D. Thereza huma dis í'.nsa das condições com que havia da– do liberdade a molata Lourença, e ralificacalJ da dita 'i erdade sem condiçaõ alguma. Lob'ato dezej, 'O de servir ao seo amigo, logo, que re– cebeo a corta ai a caza de D. Thereza no districto de. Jl ' aité, levando comsigo o Tabelli– aõ do destricto de lgarapé-miry, e outras pes– soas, que sabia tinhaõ privança com ella, e te~ V{ ndo-a pam a caza de seo Sobrinho Zacarias .ftíascaranhas, no destricto de lgarapé-miry con– seg,te servir o seo ami![o. O annunciante está persuadido q11,e .Lobato, e as pessoas , que o acom• panharaõ procederaõ de boa fé, pois conhece as labías , e sirrmlaçaõ de fJlarindo. Com taes do– cztmentos, que D. Thereza tem dado ou por· sim– plicidflde, ou por que quer que seja, pertendem os inimigos do ·annunciante denegril-o, e infa– mal-o, sem advertirem-se, que o acto praticado pelo (tnnunciante, he todo de D . Thereza, e que todas as artimanhas e fraudes postas em pra-:– tica naõ sufocaõ, nem suplantaõ a verdade. Jls– sim previne o annunciante ao. _Respeitavel Pu– blico do que ha a tal respeito para ~es_j~~
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