Treze de maio - 1845

(2] ro <la Suis-:a. A historia o proclamará bemaven– turado; àhençoará a sua memoria e o seu nome, ao mesmo t<::mpo que uma eterna maldiçaõ cahi– l'á sobre a grande horda dos assassinos, sobre se– us directores e sobre seus instrumentos. ,, Venha agora um terceiro ataque, uma expe– diçaõ nova e de antem,aõ amaldiçoada pelo céo, , que nem levemente nos assustará. A alma do martyr combaterá comnosco, suas oraçt"Ses nos protegeráõ ante o throno de Oeos, e aquelles dos nossos que morrerem em combate a encontraráô na patria celeste. Os radicaes aprenderáô a co– nhecer o que é a Força Divina, quando os seus fieis comb4tem pelo mais precioso de todos os bens! E' nesses 'pensal).1entos que está o grande, o verrladeiro effeito produzido pelo assassínio do n9sso pai universal. ~ ,~ Já oUvimos proferir por mais de uma boca o ternivfl juramento de vingar a morte do justo. f$egundo indicíos palpaveis, mas alguns dos nossos guias seriio ainda sacrijicados ao punhal radical. Se elles succumbirem a essa arma do cobarde, que vem fr:rir no somno e na noite uma . victi_- 1;1a· _sem defonsa, tambem serão vingados! Oem oaheças pelo rnenos dos execraves seides que des– honraõ a Suissa nos pagarão as suas cabeças sa– gradas. O povo quer purificar o seu sólo natal desses C«nihaes. ,, Nós desculpamos até certo ponto a exaltaçaõ eind ignaçaõ legitima de um partido que acaba de ser taõ cobardemente ferido em um de seus cnef·s, e que póde temer sé-lo ainda em mui- . tos outros; mas nada póde justificar provocações que se dirá terem resuscitado dos seculos de bar– b,iria. Julgamos inutil manifestar de novo todo o horror que nos inspira o crime de que. foi victi– ma um do.s chefes do partido catholico; naõ nos daremos ao trabalho · de nos j ustificl\rrnos de querer por q11ak 1 uer maneira attenualo. To– das as supposições absurdas por meio das quaes se tem queriJo converte... Jo em um suicí– dio naõ nos impedem de considera-]o como um assassinato e um assassinato politico. Mas, se s.e de\'e fazer justiça, cumpre que se faça pela )ei e segundo a lei. Aquillo contra que nós de– vemos protestar, em nome da ordem, em nome da sociedade, em nome mesmo da humanidade, é a intervençaõ violenta dos partidos na acçaõ da lei. A sociedade exerce a justiça e naõ a vin– gança; a sentença que fere criminosos deve ser um castigo e naõ urna represalié!,, De outra ma– neira, e se naõ houvesse outro recurso, para fa– zer justiça, se naõ o de lançar os partidos uns contra outt'O para terminarem ,suas contendas por meio da guerra civil, naõ haveria sociedade pos,;ivel. E ' rni,ter que todos os homens morle– rados, todos os homens de bem, todos os ho– ~1en,i de ordem q11e encerra a Suissa interveohaõ eiwrgicamente, se naõ querem qtJe o seu paiz seja entregue naõ sómente a uma guerra civil sem misericordia, senaõ tambem que se perca para sempre na opiniaõ do mundo civilisado. Lembrem-se do que tem feito a França ha quinze annos. Tem vistf, naõ só revoltas sangui– ·nolentas, mas tambem assassirrntos reiterados. Os crimes saô iguaes sem duvida perante a mo– ral; mas podemos dizer comtudo que os atten– tàdos commettidos contra o rei dos Francezes eraõ, pelas consequencies que deviaõ ter, maio– res, mais cl'iminosos que o assassinio de que um dos primei ros cidadíiÕS da Suissa acaba de ser victima. E houve em França vinganças, repre– salias, proscripções como aquellas que os parti– dos na Suissa reclamaõ em grandes gritos ~ N aõ. E porque? Porque essa grande massa de homens moderados que fol'mavaõ o que se chama o par– tido do justo meio, o partido conservador, naõ quizeraõ considerar-se como um partido, nem obraõ como taes. Aceitáraõ a terefa de comba– ter e de vencer com a liberdade e suas difficulda– des, com a civilisaçaõ e seus deveres, com a huma– nidade e a tolerancia que el!a impõe. Graças a el– les, graças aos exforços dessa massa intelligente, illustrada, animosa, que iisa,·a moderadamente da sua for<_:a porque nella tinha confiança, preser– vou-se o nosso µaiz ao mesmo tempo dos ex– cessos da revoluçaõ, e dos excessos da reacçaõ. E' necessario que um ponto de apoio, que um centro como este , se forme na Suissa, se ella se quer manter como sociedade política. E' pre– ciso que todos os homens moderados, unicos que até hoje tem podido conservar um certo equi– líbrio na Dieta, redobrem de esforços; que se uuaô mais que nunca para <·brar e intervir en• tre as paixões dos dous partidos. E' mister que estorvem os partidos de se guerrearem atrozmen– te, que oaõ lhes permittaô tomar a lei em su– as ma<is, arvorareru-se ern j,.üzes e proferir sen– tenças de qt:e eJles me1, ,11os serâ') os executores. Tudo isto é preci-,o se não se quer que a Su– issa se deshonre e que offereça ao mundo só– mente o espectaculo sanguinolento dos fqrores do fanatismo revolucionaria e do fanatismo re– ligioso. ( Jorrwl do Commercio nº 272.) E])IBAIWAÇÔES ENTRADAS, Día 29 de Novembro. - Brigue Escuna A me– ricano Granite, vindo de Salern por l\Iaranhaõ em S dias de viagem dt'ste ultimo porto, consig– nado a Joaquim Marques de Carvalho. 2 Bahús com pentes. 26 Vollumes com fazendas. 20 Barris com banha rle porco. SO Barris com pixe e breu. 500 Caixas com sabão. 21 ,, com tabaco.

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