Treze de maio - 1845
(S) gocios da marinha e ultramar, que expessa as ordens dividas para que na competente esta– çaõ assim em Lisboa como nos demais portos do reino, haja o maior escrupulo na matricu– la das equipagens dos navios mercantes, naõ admittindo a ella pEssoas sem serem conhecidas ou sem a sua identidade ter sido authentica– mente abonada, e simelhante para que as au• toridades do ultramar fiscalisem com o maior rigor as ditas matriculas, especialmente no re– gresso das embarcações para os portos do reino, examinando attentamente se o rol da equipa– gem comprehende os mesmos indivíduos que levaraõ do reino, ou alguns de novo inscritos, conhecendo nesse caso da rasaõ das alterações, e da identidade e profissões dos novos admit– tidos para se evitar qualquer dolo, procedendo contra os infractores dos regulamentos policia– es, nos termos da legislaçaõ em vigor; tendo– se igualmente dirigido participaçaõ ao minis– tro dos negocios estrangeiros, para que pelo que toca aos portos do Brasil obste ao referido abu– so, por, meio de urna fiscalisaçaõ rigorosa, por parte dos agentes consulares portuguezes, _de accôrdo com as authoridades brasileiras. A escuna de guerra Nimpha, commanda– da pelo 2. 0 tenente Garçaõ, tinha apresado a 4 d'aquelle mez, depois de uma caça de 6 ho– ras, entre o Sombreiro e Benguella, uma lan– cha sem coberta, aparelhada em escuna, sem nome, bandeira, nem papeis e com 92 escravos a bordo. Esta presa foi julgada boa por accor~ daô do tribunal de presas de Loanda, proferi– do em 14 de maio. A corveta Relampago, commandada pelo capitaô tenente Rodovalho, igualmente apresou · a 5 na foz do rio Coanza um brigue negreiro - Constante amisade -, com papeis brasileiros, e c_om tosas as provas de seu trafico illicito; e perseguiu outro barco, foi este pelos proprios negreiros encalhado proximo a boca do rio, on– de o mar, rebentando com grande força na pra– ia, o destruira completamente. O primeiro ti– nha entradà a 18 em Loanda para ser julgado pelo competente tribunal A fragata Diana, tinha che~ado a Angola a 15 de maio, de volta do Rio de Janeiro e Montevidéo. O brigue Tejo, ali chegado a 2íl de abril, vindo de .M:acáo e Benguella, ficava a sair pa– ra Lisboa a 20 ·de maio e chegou hontem 7 de julho. Pela escuna de guerra Meteoro, chegada a 5 de julho ao porto de Lisboa, depois de ter tocado em todas as províncias portuguezas da Africa Occidental, consta, que em todas aquel– las possessões se goza completo socego. (Do Diario do Rio de Janeiro.) .MOVIMENTO DO PORTO. Embarcações entradas no mez de Outubro. Dia 1. 0 - Brigue Portuguez, Oriental, vindo de Lisbôa. Dia S - Bripue Portuguez, 8. Joaõ Bap– tista, vindo de Lisbôa. Dia 4 - Escuna Brasileira, Erminia, vin• da do Jl1aranhaõ. Dia 4 - Pataxo Brasileiro, Toninha, vin- do de v~aranhaõ. , Dia 8 - Brigue Escuna lnglez, Orhit, vindo de Baltimore. Dia 16 - Brigue Francez, .'ft:lassena, vin– do de .Nantes. Dia 20 ,- Hyate Brasileiro, .9.mazonas, cin– do de Pernambuco. - SAHIDAS. -- . Dia 4 - Para Falmouth o Brigue Inglez Reliance. Dia 6 - Para a Cidade do Porto, o Brigue:. Portuguez Graõ Pará. Dia 7 - Para Londres a Barca lngleza'> .Mathesis. Dia 8 - Para Lisboa, o Brigue Portu– guez, Emprehendedor. Dia 17 - Para Hamburgo, o Brigue. Hamburguez, Polidoro. Dia 18 - Para Couwes o Pataxo Jnglez Freedon. Dia 18 - Para .Marselle, o Brigue Fran– cez Bonne Elize. Dia 22 - Para Maranhaõ a Escuna Bra- zileira Herminia. ' AVISOS. No Domingo 26 do corrente petas 4 noras da tarde a Imagem de Nossa Senhora da Na– zareth do Desterro será traslariada de sua Igre– ja para a Capella de Palacio do Governo; e para esta traslarlaçào fazer-se com o maior brilhantismo possivel, o Director em nome da Ir– mandade convida a todos os devotos da mesm~ Senhora, que tiverem carruagens, e cavallos para acompanharem, assim mais as Ladainhas e mais .llctos Reli~iosos que se fazem na Ca– pe/la da mesma Senhora durante a sua est ..:la nestes dias. - --0 Arcenal de Guerra, preciza comprar huma Montaria bem construida, propria para o serviço do Destacamento do Aurá, e que con– duza ~eis ou oito pessoas: quem a tiver tenha a bondade dirigir-se ao dito Arsenal para tra– tar do ajuste. Arsenal de Guerra do Pará 20 de Outubro de 1845. Carlos Manoel de Souza Trovaõ. Almoxarife.
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