Treze de maio - 1845
(2) do annri; P 8,400 nmtiplicados por ~-5 . teares p1•1d uzem 210,U00 éovados; e estes consomem l:zt;uiwoo (;l1ças de lãa ou 78:750 libras; por– q,1e cada covado de baeta peza seis onças ou quarta e meia de libra como se póde ve– ritk~1r Trataremos agora de justificar o calculo das despe:las de fabrico, que acima estabelecemos. Preço da Lãa. Em Minas Geraes vende-se a lãa ordinaria– n1ente a 15200 rs a arroba, e acrescente -se 1$ ou 1 $'200 rs, d.e conducçaõ para o Rio de Lneiro, devemos tel-a áqui a 2$200 ou 28400 rs., a arroba; mas no calculo se lhe deo o pl'f'ÇO de 2$560, por salvar eventualidades ,!e maior preço. A queb!'a de limpeza e la– • :l-gem regula a 25 por cento e deu-se-lhe pois 20 rs de qutbra a cada libra. Fiação. Nas f1bricas de .França custa 10 francos a 1iaçai5 de 100 libr?s de lãa, incluída a carda, Í)to é, um franco por dez libras. Orà, um fran, o yalr l~O rs, da nossa moéda; logo não va,sa de 18 rs. da nossa rnofda o trabalho da fia– Çi!ri; !•n-.s no cal cu lo attPndeo-se o preço d'es• te tiabalho com mais do dobro, isto é, 40 rs. Tecedura. Em França paga-se 6 francos por tecer uma peça de baeta de 120 covados: isto é, 1$0SO rs. de nossa moeda; os quaes repartidos por 120 · daõ 9 rs. de preço do tecido a cada covado; e como cada libra de lãa dá 2 covados e 2 terços de baeta; segue-se que uma libra de lãa tecida em baeta custa lá 2$ rs, pelo trabalho Qa te– cedura. No calculo porem vae attendida essa maô de obra com mais do dobro d'essa quantia: isto é 50 rs. 'líntura. Tarnbem a tintura da baeta se paga em Fran– ça á rasaõ de 6 francos pelos mesmos 120 cova– dos, que vem ser 9 rs. por cada: covado ou 2$ rs, por cada libra; mas no calculo lambem se elevou ei--se p reço a mais do dobrn d'essa quantia, carre– gando-se a 50 rs. .Oprestos. Custaõ em França os aprestos de 120 co– ·vao,,s de bneta 2 e meio francos ou 450 rs. d:1. O\ls~a moeda~ isto é, menos de 4 rs. por co– vado. No calculo tamhern se attendeú este serviço com mais do dobro d'esse preço: isto é l O rs. por covado. .ilzeile. Gasta-se na' rasaõ de 6 _por 100, ou µma canada de azeite, que peza 6 libras, por lOÕ libras .de lãa; computa-se a canada a 2$ rs, e toca 20 rs. de azeite a cada libra de lãa. Sabaõ. E' pouca cousa o que se gasta, e 10 rs. é de sobejo par-a uma libra de lãa. . Agora devemos af'rescentar, qu·e a maior parte dos trabalhadores da fabrica seráõ rapa– zes Brasileiros de 15 arrnos pouco mais ou me– nos, sem emprego, os quaes devem ser con-. tratados por annos de aprendisageni nos quaes .ganhaõ um modico salario, como é <lo estilo. Contando porém mesmo que uma libra de lãa naõ deixe á empreza maior lucro do que o de 1$ rs., desprezando-se a fracçaõ de 110 rs. dos l $ l l O, em que se aparou o lucro de cada libra de lãa manufacturada no calculo aci– ma; e havendo-se como certo que em 25 tea– res se trabalharaô 78,750 libras de lãa; segue-se que os lucros annuaes da empreza seraõ cer– ca <le 78:750$ rs., ou de 150$ rs, a cada acçaõ de 200$ rs. Sejaõ pois quaes forem as falhas que hom'e• rem, nenhuma empreza dá taô lisongeirns espe– ranças de lucro; e temos de esperar que, rea– lisada e1la, teraõ no fim do primeiro anno dos seus trabalhos de sobir as apolicei! da compa– nhia milito acima do par. (Do Dillrio do Rio de Janeiro n. 0 6980.) ~ Balancete dns fundos a carpo do The1;oureiro de Fazmda Provincial .9ntonio de Souza e ..izevedo, no mez de Setemb. o de 1845. -Caixa effectiva– Saldo c;â.slente em caixa no fim de .l:lgosto de 1845 1:816$625 Recebeo -se em todo o mez de ~etembro do dito anno 21:003$957 Saldos. 22:820$582 DeS'flendeo-s-e em todo o dito mez l 4~68$202 8;052$380 Caixa do •Deposito. Saldo exi,çtente em caixa no·fim d' .,,Jgo9to de 1845- 9:404$35-4 Recebea-se em todo omez de Setembro do dito anno- I 0:521 $600 l9;9~5$9õ4 8:052$38~
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