Treze de maio - 1845
- QUARTA-FEIRA S~. 0 TRIMESTRE. <J -- PARA' NA TYPOGRAP~IA DE SANTOS & FILHOS, RCA DE S. JOAO CANTO DA ESTRADA DE. S. JOSE' -- PASTORAL. D. José Affonso de Moraes Torres, por Mercê de Deos, e da Santa Sé A postolica, Bispo da Diocese do Graõ Pará, do Conselho de S. .l.Vl. O lrnperndor &e. &e. A Nossos amados Diocesanos a Bençaõ de• _Deos, e a ·Graça de Nosso Senhor Jesus Chris- to. · -- D~sde o momento, em que a Divina Pro– videncia, naõ obstante os Nossos deme1·itos, quiz chamar-Nos ao Episcopado, nenhum outro pensamento foi em Nós mais assiduo, e occu – pou mais Nosso coraçaõ, corno fosse acudir-mos pessoalmente as necessidaJes de Nosso Reba– nho, e curar das informidades Jaquellas ovelhas, que collocadas nas extremidades de Nossa Di– ocese, e privadas dos soccorros da fé, excita– vaõ mais Nosso zelo: graças a PrJvi<lencia, e Bondade Divina ! A pezar de estarmos privados ele poder cumprir até hoje esta No~sa obriga– ção, não se esfriou em Nos esse dezejo, que procuramos nutrir; elle reaparece todas as vezes em q•te nos lembramos de taõ importan– tissimo dever, e que já vos fizemos sentir em Nossa Pastam! de 19 de Julho do Ftnno pas– sador quando tencionavamos dar começo a es– sa Apostolica obra de p0rcorrermos a irnitaçaõ do Salvador pelas Cidades, e Jlldeias ensinando, e pregando o Reino de Deos, curando todas as doenças e injermidades [l] Nem era possirel que Nos esquecessemos de ltü:i. taõ grave obrigaçaô sem o crime da mais fria indifforença, da violaçaõ das mais santas e apertadas leis da Ig}eja, da mais culpavel inacçaõ: desde a mais remota ida– de foi sempre esta a constante pratica Jos vir– tuosos Pastores, que regernõ a Igreja <le Deos, que nutrindo os mais piedosos sentimentos, e deixando-nos os mais assignalados exemplos de caridade, e zelo, fizeraõ ouvir de perto aos povos, que lhes eraõ confiados, a voz Evange– lica fazendo chegar a doutrina de Jesus Chris-· to aos pequeno~ e rudes, curando as chagas espirituaes ele seos rebanhos, chamando to– dos a paz, a uniaõ, a innocencia, e apontan– do-lhes o caminho da salvaçaõ, que deviaõ tri– lhar, reanimando desta arte por seos µroprios _ trabalhos a piedade elos fieis, e conduzindo-os como pela maõ pela estrada da sal vaçaõ. Assim vemos os Apastolos visitarem as nas– centes Igrejas, que fundavaõ, para regar a fé, que tinbão plantado: Pedro sahir de Jeru~alem, percorrer toda a estensão da Palestina para vi– sitar os diffarente rebanhos confiados a diver– sos Pastores, condnz ir-se a Lydia, juntar seos Irmãos, e faze-los participantes de suas instruc– çõE:s: Paulo abrasado em zero, e para quem o repouso era hum estado violento enviar Bar– nabé seo ordinario cooperador as differentes Igre– jas, que tinha estabelecido para ver se n'el– las fructificava a doutrina do Evangelho, visi– tar elle mesmo as Igrejas da Asia-Menor, An– ti0chia, Iconia, E:µhcso, Mileto, Troade, sern que as fadigas, os pe1·igos, as perseguições o podessem remover de seo zelo, e depois del– le tantos Pastores cheios de caridade, e pe– netrados da importancia desse dever taõ recom– mendado nos decretos do Concilio de Trento [ 1 J como os Carlos Borromeos, os Franciscos de Sales, os Bartholomeos dos 1\1 artyres, os Cact:rnos Bramloens, e outl'os virtuosos Prela– dos, que nos nossos dias os imitaõ com tanto proveito dos fieis, gloria de Deos. e edificaçaõ de t0da a Jgrejrt. Sobraõ-N os desejos amados filhos de os imitarmos, e seguir suas pisadas, assim podes• _semos tambem ser hüa fiel copia, e imagem ----------------..-.--- --- ------------------ [lJ Math. 9 -:- 65. (l] ~en. 24. e. S.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0