Treze de maio - 1845

• dia assignado sob as penas marcadas na lei, se faltarem. Para que chegÚe á noticia de todos mando, • que este seja publicado pela impren– sa, lido, e affixado nos lugares mais publícos desta Cidade, Villas, e Fre'guezias. Cidade de Santà Maria de Belem Capital do Pará 2 de Junho de 1845. Eu Pedro da Cunha Botelho, escrivaõ privativo do Jury o suhscreví. Joaõ Baptista Gonçalves Campos. ~ THEZOURARIA PROVINCIAL. - Balancete dos fundos a cargo do Thezoureiro de Fazenda Provincial .Ontonio de ·Souza e .J1 zeve • do no mêz de .Maio de 1845, a saber:· -Caixa e.flectiva.- Saldo existente no fim de .il.bril de 1845. • . . 8:021$191 Becebeo-se em todo omez de 1Jlaio do dito anno. 9:331$228 12:952$419 Despendeo-se em todo o • d_ito mez .·..... ~ . • • 9:075$455 8:276$964 -Caixa de Depozito.– Saldo existente em Caixa no fim de .11. bril de 1845 ..•.• : . . • • 8:161$109 llecebeo-se em todo omez de .Maio do dito anno. 4:584$518 12:748$627 Despendeo-se em todo o · dito mez . . . . . . . . . . 5:444$250 --- 7:904$377 -Caixa de Letras.- Saldo existente no fim de de .Maio 1~45 1:627$190 -Caixa de Rendas Municipaes.– Saldo existente no fim de Jl.bril de 1845 ......•••••••• 2$520 12:2l 1$051 N. B. :No saldo de 3:276$964 ,·eis que se mos– tra haver na Coixa eff ectiva se comprehende a ~~ 2;588$490 . reis em /olhas que por naõ - es- ·-- -·-·- - - -- - ---- --- - -- - _.- tarem concluidas se nàõ lançaraõ. . . Thesouro Publico Provincial . do Pará 2 de Junho de 1845. - O S. 0 Escripturario Joaõ Gon~ . çalves Ledõ.- O Thesoureiro .IJ.ntonio de Souza e .i:lzevêdo. VARIEDADE. O l\lODEtO DE TODAS AS REVOLUÇÕES, . ' As revoluções começaraõ com o mundo, e ó primeiro homem foi o primeiro revolucionario. O pai da eloquencia romana, guiado sómente pela luz da razaõ, alcançou que houvera de– sordem no homem, e que elle naõ _podia ter sa• hido das ~ õs .do Creador com as contradicções que apresenta. A revoluçaõ descreve miudamen• te as circunstancias desta grande revolta; mos– tra quem foi o autor d'ella, ,quaes os meios que ·empregaraõ; quaes as consequencias que teve. Si houve uma revoluçaõ nos dias da innocencia do homem, seg~ndo a revoluçaõ; ou na idade rle ouro do mundo a ficçaõ dos poetas; que mui• to que haja revoluções Ii'urn estado de prevari– caçaõ, e de corrupçaõ ! A historia dos homens, com effoito, reduz--se á guerra d'uns contra os outros. Esta revoluçaõ primitiva, causa de quan– tas tem rebentado no mundo; he que eu chamo - o modelo de todas as rev<>luções. - Uma pe– quena analyse porá a materia fóra de toda a duvida. Quem foi o autor da primeira revoluçaõ? Foi o genio· do mal, foi 8atanaz, foi o pai do erro e da mentira; foi um .grande espirito, cheio d' orgu– lho, e de sobranceria a quem o braço de Deos humilhara; um ser descahido, que vivia na obs– curidade e na mizeria, por cauza da sua má índole e do abuso das suas prendas naturaes; foi, finalmente, um infeliz que naõ tinha nada a perder. Leaõ--se as historias de todas as revo– luções, tire-se uma residencia imparcial aos autores de todas ellas, e ver-se-ha que apresen-– tão, se não todos, grande parte destes caracteres. Não se confundão, porem, restaurações com re– voluções; que; confundidas as idéas,. confundida fica a verdade. As restaurações restabelecem, as revoluçries destroem o imperio da lei e da justi– ça; estas são um crime, aquellas uma virtude; estas horrorosas, aquellas gloriosas; estas fazem a desgraça, aquellas a ventura das sociedades. De quem se servio o genio do mal para la-· var a effeito seus projectos 1 Da serpente, do mais astuto e sagaz de todos os animaes, como a classifica a revelação.· De quem se servem os coripheos de todas as revoluções 'l De serpen– tes, de homens mais para temer pela sua indo 0 le perversa que aquelles animaes pela sua na– tureza venenosa; de homens faltos de honra, de f§ ~ ~~ !~~!~~~e; ~~ ~~1!}ell~ !~~s~do~ n~ ~n~1

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