Treze de maio - 1845

flns de maio proximo, e passará revista ás tro– p as, que d evem regressar ao interior da Russia, e _ser substit uídas p or outras. A fo rtaleza de Var– sovia eslá acabad a, de maneira q ue actualmen– te ha sobre o Vístula cinco fo i talezas; as quaes se corornu nicaõ en tre si por barcos de ferro guar– n eridos de p eças, que podem tambem obstar ás intelligencias de qualquer initnigo t-stranho ou revoltoso. --S: Petersburgo 2 de fevereiro. - Parece que o imperador tem determinado, logo qne che~ gue o mez de maio, partir para a Polonia, e re- , sidir ali algum tempo, a fim de passar uma re– vista geral ao cor-po do exercito russo, que tfn– do permanecido tres annos na Polõnia, de \·e re– . gressar ao interior da Russia, e ser substituido por outro. Reina grande miseria em todos os povos, que foraõ devastados pela segunda inundaçaõ do Vís– tula. AUSTRIA. - O imperador da Austria assigna– lou-se por um acto de clemencia: perdoou a um gran<le numero de Polacas, que tinhão sido con– demnados por ter conspirado contra a seguran– ça do estado; a mór parte teve perdão pleno e inteir·o; a oito condemnados a morte foi commu– tada o pena em prisão temporaria. O,s habitan– tes da Polonia austriaca mostrarão-se tâ<J agra– decidos que, de commum acordo, charnão ao imperador Fernando o Bom. P k USSIA. - O rei da Prussia manifestou a in– tençã0- de crear um ministerio t'Speéi al encarre– gado de receber todas as petições, e <le faz er– lhe um rélatorio succinto d'ellas. Alem d'i sto dizem que o rei determinará um dia para re– ceber os peticionarias que lhe for,~m des ignaú pelo ministro. Este costume existe na Austria, onde nunca teve um resultado serio. O impera– dor Francisco, sem oudr os queixosos, tinha o · costume de dizer. " Veremos, meu ami~o, é preciso ter paciencia ,, Dito isto, o peticiona– rio era despedido e a petição enterrada. -As numernsas petições que circulã'l actu– almente nas p rovíncias da Prussia, requ e rendo instituições constitucionaes, · invocaô .a ordenan– ça de 22 de março ele 1815, que com etfeito promettia umP. con~tituição aos Pruss ianos. Um j ornal allemão, a Gazeta dªs Postas de Fran– cfort lembra em ter mos que deixaõ advinh-ar um communicaçaõ official, que o r,ei act ual abro-· gou essa orde ança em 1842. A crescenta que as petições em q uestaó seráõ conside radas pe– las dietas provinciaes como nullas e naõ feitas . N APOLE S. - Chegaraõ felizm ente esta manhaã ( 21 d e j.anei ro ) Suas Altezas R eaes, o conde e a condessa d' Aquilla, a bordo do real paquete de vapor Seromboly. F A' noite deu Sua Ma~estade um sa_ráo, a que assistirão todo o córpo di plomatico, conselhei– ros e ministros de estado; camaristas. 1 chefes de- r_f partições ci vís e militares, e pessoas nota veis tanto nacionaes como estrangeiras, formando no todo 1 :400 pessoas. As danças estiveraõ mui animadas; e a com– panhia se achava extremamente sapti.sfeita, so– bretudo pela affabilídade ele Suas Magestades ·e da real familia. A ugmentou o brilhantismo do saráo a chegada de Suas Altezas o conde e a ~ condessa d' Aquila. -ROMA. - A festa d_as linguas da Propaganda foi celebrada em Roma a 1 ~ de janeiro; trinta e trez nações ·~e todos os continentes ali estavaõ representadas por seus delegados, que cantaraõ louvores a Christo, cada um na lingua do seu paiz. Entre os seis ' cardeaes que presidião á festa, fi gu rava S. Em. o cardeal Angelo Maio; o mais erudito dos philologos actualmente vivos. _ ESTADOS-uNrnos. - U i::na epidemia singular cobrio de peixes mortos toda a parte da costa dos Estados-V nidós; comprehendida entre a ilha lo_nga· ("longisland ) e os cabos <la V irginia, em uma distancia de tres milhas ao largo. Era umá consternaçaõ vêr a íior d' agôa milhões de pei– xes mortos. DINAMARCÃ. - O conselho do almirantado ti– nha apresentado ao rei o relatorio annual sobre a marinha do estado, rezultando deste documento q ue a marinha de guerra dinamarqueza compõe– se de se is náus de linha de 84 peças, de 8 fraga• tas de 40 a 48, de 4 corvétas de 20 a 24, de 4 brigues de 20 e 2~, de 3 cuthers de 20, de 4 escunas de 16 a 18 e outros navios menores; o que fórma um total de 30 navios, com mil peças. NORUEGA. - A 10 de janeiro houve em Arcn• dal uma tempestade muito violenta, acompanha– da, de tremores de terra, que causaraõ grandes estra gos principalmente no farol do porto. - D iz uma folha alemãa que em Berlin ie commetera um roubo, d igno de riso. Os ladrões, entrando de noite em uma casa que arrombaraõ, em sua preci pitaçaõ entrouxa1·ão e levaraõ uma criança, cujos gritos foraõ ouvidos pelos • do-nos da casa, a qual por este modo trahiu os ladrões. GREC\A. - Athenas 21 janeiro. - Na noite de 15 de fe vereiro espalhou-se n'esta capital o ru– rr:or de q ue exist ia uma· con spiraçaõ, cu jo fim era faz er ma r o palacio da assembléa legislativa, por mt-io de uma mi na . Dizia-se que esta mi– na contin ha tres toneis de polvora, e que só– mente faltava preparar o restilho que devia pôr• lhe fogo. Eisaqu í o que <leu logar a esta estranha noticia. Quando o general Kalergis foi encarre– gado da guarda do congresso, mandou buscar aos armazens de polvora alguns barriz de cartuxos, e os depositou em um dos subterraneos do pala– cio da assembléa nacional, a fim de estar prom– pto,. se . preciso fosse, para todo qualquer acon– tecimento, mas como a revoluçaõ de 4 de gosto teve outro resultado differente do que se esp~ rava., naõ só a9;ueUa polvora deixc,u de servir,.

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