Treze de maio - 1845
NOTICIAS DIVERSAS. FRANÇA, - O inverno estenrle seus rigores até a Africa: A 2 de fevereiro toda a plctnicie de Ar- - gel estava coberta de neve, que chegava ás por– tas da cidade. Naô ha exemplo d'isto desde que a França tomou posse de A r~elia. -Falleceu em P.:1ris M. LaKanal, o deaõ dos políticos e dos sabios francezes. Foi membro da convençaô nacional, e, encarregado da reorgani– saçaõ da instrucçaõ publica, foi o fundador da escola normal e de quasi todas as grandes esco– las especiaes da França. -Prenderão-se em Paris dois lnglezes que· procuravaõ trocar grande quantidade de notas do banco de Inglaterra por sobera11os, e suppõe– se que saõ os autores do roubo comettido em prejuiso do banqueiro Rcigers, de Lonâres. Es– tas notas saõ de emissaõ de 5 de dezembro de - 1843 e da serie Y. - E. -De todas as partes da França chegão a Paris queixas do grande frio que ali se sente. s ri– gores do inve~no têm produsido muitas desgra- ças. . · -HEsPANHA. -A Gazeta de Madrid pub ,i– ca uma •circuiar, assignada pelo ministro Marti– nez de la Rosa, a todos os agentes diplomàtic"s _ e consulares da Hespanha em paiz estrangeiro, para que animem e auxiliem quanto fô1· possive,, a emigraçaõ que deve contribuir para o syste– ma de colonisaçaõ branca na ilha de Cuba. Es– tes agentes deverão facilitar passaportes a mili• tares e paisanos que os requererem para Cuba; naõ haverá excepçaõ si naõ a respeito dos ho– mens que, por seus. antecedentes, conducta vi– ciosa, exageraçaõ de princípios .políticos, possaõ prejudicar a tranquillidade colonial. -O congresso adoptou o projecto de lei pe- . nal contra o traficú dos negros; como ; r r l:'m existia entre este projecto e o que o senado a- o– ptou alguma differença, nomeou.:..se uma commis– saõ mixta para combinar a este respeito -f NGLATERRA. - O concelho mm1icioal de Londres concedeu . unanímeme11te o di1 eÚo de cidadaõ a sir H. Pottinger, em reconhecimento do serviço prestado por elle á Inglaterra, con– cluindo um tratado de eommercio com a China. O diploma será offerecido ao illustre negocia– dor. -Na sessaõ da camara dos communs de 12 dé fevereiro leu-.~e com grande hilaridade da ca– mara, uma petiçaõ da sociedade para a paz uni- . versai, que censura o governo por augmentar as forças marítimas d'este paiz, e aconselha-lhe que, nas questões que possa ter com os paizes es– trangeiros, recorra á rasaõ e a arbitras. -N'essa mesma ses~ão de Hl, sendô sír Ro– berto Peel interpelJado por M. Bouverie, res– pondeu que por ora naõ se tratáva de estipular ~m tratado -de commercio e11tre a Ioglaterra e o Brasil! - ALLEMANH'A, - Até agora era a cidade de Leipsick o centro de todo o commercio de li– vraria de Allemanha; em consequencia porem dos numerosos obstaculos que o governo da Sa– xonia oppunha desde algum tempo a este corn– mercio, e da censura severa e receiosa a que saõ sujeitos na Sexonia naõ só os livros que se ali imprimem, como tambem dos que publicados em outras partes, devem passar por este paiz, os livreiros allemães tomaraõ a resoluçaõ de es– colher outros centros. Para este fim designaraõ os do meio dia da Allemanha a cidade de Stut– tgardt, capital do reino de W uatemberg, e os do norte escolheraõ Berlin. Em cada uina d'es– tas duas cidades se vaõ construir incessante– mente bolsas especialmente consagradas ao com• mercio dos livros, ad instar da que existe em Leipsick, e os livreiros do norte e do meio dia, da Allemanha pedem actualmente aos governos respectivos da Prussia e de W urtemberg a au– torisaçaõ de fazer duas feiras de livros por an– no, tanto em Berlim como em Stuttgardt, simi– lhante ás que se fazem, ha seculos, em Leipsick pela Paschoa e por S. Martinho. Naõ ha duvi– da que os dois governos concederáõ esta auto– risaçaõ, que em resultado fará refluir para suas capitaes um commercio importante, de que até aqui só Leipsick tirava enormes lucros. -.9, Gazeta de .IJ.ugsburgo consiáera a, insti– tuiçaõ de uma frotilha neutra, oomo o melhor meio de exercer o direito de visita, sem offen– der as susceptibilidades nadonaes. -Na Allemanha o inverno tambem tem sido muito intenso. -PRUSSIA. - o rei da Prussia €ntra decidi– damente na via das reformas Um edicto inseri• do na Gazeta de Estado de B~rlin de l l de fe– vereiro, liberta a industria dos obstaculos que ainrla pesavaõ sobre ella. D'aqui em diante 1ualquer industria ou profissaõ podem ser livre– , ente exercidas sem .autorisaçaõ previa, nem págamento de taxa. Os direitos que naõ foraõ abliiidos poderão ser resgatados. Oxalá que e~– te melhoramento, recebido com reconhecimento, naõ seja o unico ! -A 9 de fevereiro teve logar em toda a ex– tensaõ da Prussia a àbertura, ta0 impaciente– mente esperada das dietas provinciaes. .fl. Ga– zeta de Colonia nos refere, sobre o que se pas– sou na dieta rhenana n'esta primeira sessaõ, certos pormenores que naõ justificaõ os parti– distas da constituiçaõ futura. Esperavaõ encon– trar no discurso de abertura uma allusão ao me– nos aos importantes proje-ctos attribuidos ao t'ei, mas sua espectação foi completamente engana– da. Não só o Sr. Schoper, p.residente da dieta se limitou q descripção mais diplomatica, . como exhortou os estados para que não acolhessem muito favoravelmente as. numerosas petiçõei~
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