Revista Do Ensino 1930 - Março v5 n 43

- - 62 REVISTA DO ENSINO .ginou-se competencia, estimulo para escrever a carta. A serie total das Hções submi– nistrou um bom exemplo do ge– nero de trabalho escolar que for– ma parte da vida real diaria. Caracterislicos do projecto a) Exige-se raciocinjo; b) in– formação como meio para realiza– ção; c) aprendizagem no allllhien– te natural; d) prioridade do pro– J:>lema sobre os principias. rOs outros melibodos apresen– tam menos ou mais do que esses quatro característicos e têm em troca caractéristicos contrarias: a) informação de memória (em vez de raciocínio) b) informa– ção por si mesma, como fim (em vez de informação como meio de realização); c) aprendizagem em meio artificial; d) pri0ridade de princípios (contra priori-dade de problemas). As vantagens da "prioridade d!)S_ pro~lemas" soJ:>r~ a dos prin– <:1p1os sao as seguintes: 1. ª) Os princípios são mel'hor comprehendidos quando desen– volvidos á medida que o estudan- 1e vá tendo necessidade delles. 2.ª) Os princípios assim adqui– ridos pelo individuo seguem a or– dem em que foram adquiridos pe– la raça (lei bio,genetica) ; o for– mul~r dos princípios é o p·roces– so fma~ qu~ se segue á observação e apphcaçao e nunca é anterior a estas. 3. ª) Os princípios são formu– lados com mais interesse quando se Ilhes conhece e aprecia O uso. Conclusão Ainda que o "methodo de proje– ctos" apresente, como pensam al– guns, difüculdades invencíveis para ser a unica base da organi– zação de um programma, pode se11;1pre s~~ empregado como um me!o ª!Jxilia_r, cuja importancia e eff1cac1a é impossivel desconhe– cer. O professo_r deverá preliminar– mente exammar O assumpto es- coThido para ser de 1 senvolvido em projecto, com o fim de lhe enu– merar os factos, princípios e pro– cessos -a serem ensinados, dis-· pondo o material elll ordem J.ogi– ca e systematica. Pode acontecer que muitos fa– ctos, princípios e processos não estejam em condições de figurar nos projectos. Quando houver grandes difficuldades e o metlho– do de projectos parecer anti-eco– nomico, então se recorrerá ao met'hodo de problemas ou ao me– -tbodo da apresentação systema– tica da materia. O methodo de projectos parece que satisfaz a necessidade de preencher o abysmo cavado pelo artificialismo entre o trabalho es– C'()lar e o trabahho real, extra-esco– lar, pois offerece o ensino em seu meio ou ambiente natural, o que constitue o característico que es– sencialmente o difierencia do problema. E' um metlhodo que muitas ve– zes pode e deve, portanto, ser utilizado em todos os graus do ensino, para que este não seja ex– clusivamente theorico, intelli– ctualista, incapaz de.1trazer "mo– dificações da conducta", princi– pal fim da educação. PROF. LUIZ ÜONZAOA fLEURV (lnspector escolar districtal em São Paulo). (Da revista "Educação", de S. Paulo, n. de fevereiro). Os novos methodos de ensino americano no Brasil Fixando imR.ressões das professo-~ ras Laura Lacombe e Julieta Ar– ruda O "Diario da Noite", tendo ou– vido as quatro professoras que re– gressaram dos Estados Unidos, • ,, ......

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