Revista Do Ensino 1930 - Março v5 n 43

42 REVISTA DO ENSINO No segundo caso, tambem razoavel e applicavel, os ah1mnos se acostumariam com outros meslres, perdPndo o medo da presença àe extranhos, e a professora saberia julgar im• parcialmente, segundo o criterio individual, do preparo da classe de sua collega. Ha clas!:!eS em que alumnos, repetindo a mesma prova mezes depois, praticam Ofl mesmos erros. A que attribuir'? Ao não e$forço do mestre? Nem sempre o atrazo dos alumnos vem do pouco esforço do mestre, o que nos faz crer que todos devem ser test,,dos nos primeiros dias do anno lectivo, sepa– rando-se os re tardados dos normaes e super-normaes. Se o teste serve, como querem o~ adeptos desse processo pedago– gico, para classificar cO'fn relativa segurança o grão intelle– ctual da criança, porque não havere ·nos de nos valei· domes– mo teqte, para verificarmos a evolução infantil? O teste, con– correndo para a classificação, essencia e base de uma aula, ipso facto concorrerá para a apuração mathematica e imparcial da evolução do alumno. O meio melhor é, pois, o dos testes, e é de se esperar para breve que o nosso professorado cuide de organizai· esses processos, divulgando-os e com isso fazendo justiça na escola. ·Abandonar-se-á então, de vez, o antigo e ainda applicado meio das provas mensaes viciadas. W ALDEMAR PRADO AULAS - MODELO Fracções (Aula de arithmetica para o curso primario) .. Pro'essora - Meus alumnos, eis aqui um pudim. Her– mmia vae ~ortal-o muito certinho, pelo meio. M~it? .bem• Ago_ra, Luiza, diga-me, em quantos pedaços está d1 v1d1do 0 pudim? Luiza - Em dois pedaços. P . - Iguaes ou desiguaes ~

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