Revista Do Ensino 1930 - Março v5 n 43

DE 1 A 10 Não concordo com aque!les que julgam o ensino de 1 a 10 um programma demasiadamente p equeno para um anno lectivo. Pode-se, sem prejuízo, extender es, e ensino até 100, conforme modificação posterior dos programmas . Podia-se ir até mil, porque, ;,o que me parece, desde que o professor te– nha jogado !.leriamenle e de verdade com a primei'ra dezena , percorrendo e, e :<gottando todas as opportunidades que se nos deparam no espaço de 1 a 10, .não ha duvida que o resto se acha singularmento facilitado . A utilidade, que etlcontro ne:=:sa Umitaçào, é a de não termos o desprazer de verificar, nas escolas a que formos, o espectaculo terrivel de um pequenino a barbas com uma se– rie grande de algarismos, logo _na primeira phase do ensino de arithmetica. Não concebo maior tortura . O programma, fix~ndo o numero ~té o qual podem ir as operações, andou sabiamente e acredito que alcançou o seu objectivo, que é o de da~ aos professores a certeza de que, manPjados os dez primeiros numeros e feitas sobre elles to– das as operações,-têm os _alumnos b •ses seguras sobre as quaes podem firmar-se B?hd~mt nte . O que é importante é que o trabalho com a pr1m~1r~ d~zena seja demorado, insis– tente, imenso, semmados, d1rnmmdos, multipli~ados e dividi– dos, sob todas as formas , os numero5 de 1 a 10 . Que n!'\o se tenha pressa de ir á centena e ao milhar, por– .que a acquisição de 10 dezena~ ou 100 dezenas para quem soube adquirir firmemente a primeira dezena - é coisa sim– ples e facil . AT~ 100 Sei que o progra 1 : ma n i'io foi bem interpretado nem bem comprehendido e, por 1s 5o mesmo, não foi precisamente ap• plicado, por-que os nossos professoref, soffreg0s em vêr 08 alumnos em guerra com as grandes filas de alga ism9s, acha– ram demasiadamente pequena ª sabedo1·ia que vae até 10.

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