Revista Do Ensino 1930 - Maio v5 n 45

1 1 1 ,1 70 REV I STA DO EN SINO nhccimenlos que tem-os, foram adquiridos por meio da observa– ção. Quem não sabe observar, diz Samuel Smiles, passará por cer to por urna flores•ta sem i:ella desco– brir 3iau para .fogo. Quanto mais a creança souber o!Jsen ·ar, mais saberá perscruta r, Íll\'esligar, pergun tar. A crea nça p ergunta rá p o r tu– do que a i nteressar, prestando vi– \'a attcnção á explicação que se cler . A creança deverá sen ti r-se bem no Museu, tel-o como cousa sua. Te r liberdade de remodelal– o, de ape1,fe içoal-o, de falar· tudo a respeito delle . Deve o profes– sor provocar sempre discussão com as crcanças, sendo o Museu o grande Ujema. Toda idéa cja creança deve se r r ecebida p elo professor c om vivo i nteresse. E lle deverá discutil-a, d ar valo r, pro– curando sempre, o ,mais possivel, elevar a personalidade d a crean– ça para que ella não se acanh e em emittir sua opinião, não deix e abafad a sua iniciati va por timi– dez, po r falta de con fia nça em si. T oda collaboração da creança deve exhibir o n ome do collabo– ra do r . Isso fará que -a crean~:a sinta r esponsabiliclacle, facto r de gr an– cle impor tancia na vida ! E' preciso q ue formemos espiri– tos fortes, r espousa\·eis, cap azes d e ,·c:r, sen ti r, q uerer e não esp íritos avassala dos, subservientes, inca– pazes de a gir e reag ir. "Melhor sabe r ,pnrn melhor querer" . 3.º ) Outro objecth ·o impor tan– te do 1\luseu: ·~'lo{ivar a aula . Como sabemos, só o lnteresse gar.a nl e a attenção . Ora, a aula, para se-r in teressante, é preciso ser motivada. l\lotivar a aula é, pois, nm dos grandes deveres do pro- . fcssor q ue qu er ver sempre in Len– si1ic:1do o in teresse. da classe por su as l i_ções. 4.•) (lucro a inda ex.por-vos mais um objectivo do ,Museu . R' c h am a r-vos á collabora ção. Ahi es tá o Museu. P ercorrei-o. Ved e b6m o que nelle nã o h a e que está no Y0sso alc an ce offerccer. ;\luUas vezes, possuis cousas uteis, utilissimas, e de' que vos é g rato dispor e m ben eficio do vosso Grupo . Quer emos o vosso auxilio, p e dimos o vosso aux ilio, exigimos o vosso aux.il io, ,pois que, jà vol-o disse, sómente intensificando as nossas forças p odemos re ali zar a gran de refo·r ma de e nsino p rima– rio, convertendo a nossa esco'la n aquell a que deve ser , naquella que r eaimenle educa, lembran do– n os sempr e de que "a educação é cousa mui diversa da r ecepção p assi,·.1 ele algumas migal h as do saber " . Crilcriosamenlc, d isse o tlr. Francisco Campos : "A escola m i– n eira ser á o que o povo mine iro quizer e o que elle merecer qu e ella seja" . Ouçamos c om a ttenção estas pa– lav1·as, med itemos nellas e con– cluamos que o nosso Grupo será o que qni::e rmi::is e o que merec er– mos que elle seja . NAIB STAULIN G Es:::olu Nova (Palavms p !'onunci adas na Esco– la Normal de Ju iz de F ór a) O Governo d e Mi nas, n o lou va– vel empenho de atacar , s o~ todos os aspectos, o m agn o p roble_m~ dQ educação popula r, -nã o se l11m tou a dar feiçã,o nova aos me thodos e p rocessos de ensi no, não se ~on– tenlou a in da cm d iffu ndir a rn~– trucção, crea ndo escolas aos mi– lhares e localizando-as cm to dos os recantos de nosso g ran de Es ta– do. Alcan çou mais longe a _agu de– za d e vislas do Gove r no . Na,o b as– tava a c reação de departamento_s novos des tinados a inspirar e ori– <·nla r a escol a n os princ íp ios _do i deal ,m,o derno. Outra s exigencias car eci am · d e attenção . Surgiram e ntão as i nstituições d e amparo, aux ilio e protecção á obra educa– tiv:1 . Se a p edagogia moderna reco– n hecia sag rados os direitos d a

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