Revista Do Ensino 1930 - Maio v5 n 45

REVIS T A DO EN SI NO - 69 com econom ia de tempo e ensi– no mais rap ido . A escola deve possui r va riado material ao alcance de todos, r e– vistas, pho tographi as, museu, b1· blio theca, etc. MAHIA Monmn,\ DA CosTA.. (Professora do grupo escolur d e Santa Quileria) Por que e p"ara que o Museu Escolar ? (Palestra em auéitorium 110 g rupo escolar de Lagôa Santa) J·la dois .m ezes que, r eunidos a qui , eu vos d isse : "(.lu-ero mc,s– trar-vos o imundo esí'.'olar, para que, senhores del!e, collaboreis devidam ente na solução dos seus problemas . " Poderia eu, por ventu ra, tudo dar-v,os a conhecer em phrases frias, em p alavras que talvez pou– co ou nenhum sentido tivessem p ar a vós ? Aguçar vosso espírito, chamai-o á curiosidade, s im . <E is to, sinto que o co nsegui, pelo inter esse que ,demo•ns,traes ao ouvfr-<me, p elo enthusia.smo orescen,te que abala, vossas almas, num de1,ej,) virvo ,d•e IJ)r estar auxilio . O problema de hoje é 'O. . Museu E scolar. Um Museu jamais seria instiluido servin do apenas par a envaid ecer o .coi,po docente do Grupo, como 'Cl'bjecto de os tenta– ção . Deve ser organizado com o auxilio das cr eanças e •para ellas. Não deverá guardar um tom. di– p lomatico e lt1:xi:oso, p eculiar ás g randes expos1çoes, nem o aspe· c io de uma despensa desleixada . Eu creio que o Museu Escolar deve gu•ardar o aspecto da "ma– li nha infantil " que a creança tr az a tiracollo . Den tro della estã'Cl os cader nos, livros, bons1pontos, me– ·r enda d a creança, eLc. Ell:i l"ll• contra prazer immenso em abril– a, folhear os c adernos, ti ralJos nn hora dos dever es, ar r unjal-os de novo na ado r ada "malinha", na qual ha mui IQ de sua p ersonalida– •de, do seu eu. O :\luseu deve ser assim lambem . Compete á p ro· íessora estar sempre ao lado dns cr eanças, encaminhando-as, ori– e ntando-as, d'aze11·d•o-as sen•ti r a coida mo1mcmto a n ece-ssi•cla!de do Museu, p ara qu e comprehen dam a sua u tilidade. A c r eança deve– r á comi))'r chend er que o i\Iuseu é deHa e '])ar a ella. Sentir que elle é t•a•mibem a s ua safa de aula, uma sala commum, onde ella po– der á ver e a;preciar o prog1esso de seus coHegns. O Museu deve ·ter uma organi?Jação t al que a -o-reaq1ça si nota · r enl 1, nterei.sc por elle, e proclame as suas vanta– gen s, o seu va.Jo-r e se orgullhe em trabalhar 1par a cnriquecel--0. Quaes devem .ser os objecti– vos de um Museu? !Entre muitos outros, sali en tnm– se os seguintes : 1.º) Promover o espiri to de col– laboração nas cr eanças, pelo tra– balho collectivo . Comquanto isto .p ar eça a muitos insignificante, tem r eal importanci-a na vida. As c reanças das differ enles classes ,têm gernlimenite um pouco de rivalidade, que se avol □m ::t1·á, 1ornando-se em hostilidade mes– mo, s i se não promover um traba· lho colleclivo, em que toda~ as e r eanç:.is tenham que ser solida– Tias com a mesm a causa; 2.º) Dar á creança o;pportuni– dade de r eYelar gosto, intclligen– cia, i niciátiva. Como? ,perguntnr– m e-eis por certo . Deixando-se que a crcançn mies– nua se en1car regue d'O ar,ranjo es– ·thotico do L\Iuseu, que colloque a ,pequena e 1preciosissi ma collaibo– r ação que 4rouxcr ornde lhe aprou– ver, o rientando-a, entretan to, o .pro fessor, afim de educar-lhe o gosto e a observação. A cr eança, occupa,ndo-se do ar– r anjo do o'.\l useu, ter á opportunida– rle de ver e admirar muita cousa. Comia. é muito movei a sua atten· ção, o professor 1precisa ensinar– lhe a observar, pois que, segundo abalisnctas opiniões, 90% dos con-

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