Revista Do Ensino 1930 - Maio v5 n 45

68 RE VI S T A DO ENS I NO ella saiba dirigir o seu ensino e tenha bom •methodo . Deve-se despertar nas crianças .muito interesse e gosto pela lei– tu ra. Se no periodo preparato– rio, a professora não o fizer, será mais difficil conseguil-o mais tar– de . Para conseguir -esse fim, é muito ulil o emprego de leitu ras amenas, instruclivas, de revistas, n!'rralivas de viagens, dramatiza– çoes, etc., porque, sendo bem esco– lhidas e adequadas aos in teresses i1úantis, educam e instruem de– leitando.. As .gravuras facilitam muitissi– m o o ensino da leitura e é de grande alcance deixar ou, melhor, fazer a criança habituar-se a ler através das gravu ras . Estas de– vem ter r elação com a vida da criança, com cousas que possam interessai-a, como : animacs, plan– tas, brinquedos, etc. As creanças têm gos tos diver– gentes e a proJessora deve sem– pre pedir,lhes explicação de s uas pr cferencias. Conhecendo– se os interesses das crianças, tira– se o nssumpto 'J)a•ra a conversa– ção sobre a sua vida, augmentan– do, alargando o circulo que a cer· e~. passando p ela escola, pela vi– zmhança, pela localidade e, ao chegar ao 4.• anno, deve-se pro– curar assurnp tos nacionaes e in– ternacionaes, fazendo-se com que, numa discussão, encontre a pro– !essora sempre um ponto para ,proseguir uma nova discussão, porque assim os alumnos se in– _teressam por varios assumptos e fazem então uma grande associa– ção de idé:ts . Vantagens da di scussão Elia auGmenta o numero de i n– leressc~ ; enriquece as ex,perien· eias e idéas dos alumnos; desen– volve o hnbito de pergun tar in– telligentemen te; desenvolve o vo• c~bulario e a escolha de expres– eoes; respeito pela contr ibuição -dos outros ; confi ança em concor– rer com idéas; eliminação da pre- occupação cons tante das idéa5 alheias . O estimulo é outro factor de grande importancia . O desenvo lvimento da classe deponde de Ires faclor es : a) interesse b ) numero de exercicios e ) satisfação Interesse - é a melhor gar an– tia da allcnção e da disciplii:ia, p or conseguinte, do bom ex1,lo da aprendizagem. O interes•se pela leitura p r eci– sa ser muito cultivado , para que se firm e bem na escola e ,pel'ma– neça depois na vida pr atica . Pessoas ha que ap renderam a leitura na escola e que com o cor– rer dos tempos perdera,1~, . esse conhecimen to, como se ven h cava durante a guerra de 1914, com os tcsls adaptados aos soldados . Para o bom exilo da leilUTa, deve-se associai-e á linguagem, em que o alumno necessita trei– nar p r imeiro . . O exei-cicio de percepção, o trei no da li nguagem, a acquisi– ção de bom vocabulario, facili– Jam a leitura . P ara bem conhecer os alumnos, deve a p rofessora deixai-os ma– nifestar com liberdade, as suas idéas e,' assim, poderá inter essar e desenvolver a linguagem . A professora cr eará cm sua .classe ou om, sua escola Jornaes Infantis Revistas Esoolares, An– .nuneios: Clubs de leitura, etc., nos quaes tomarão par te todos os alumnos. Empr egará lambem, fre– quentemen te, jogos, que é o . me– lhor meio para despertar o rnte– resse da classe . A leitura deve ser trata<la com lado carinho, pois ella está liga– da a todas as ac tividades da cl11s– se . O bom ex ilo ele um ,processo .depende da ope1,osidade e da ln– telligen te dir ecção da profC:5sor a, ,que saberá interessar a criança, ,tirando partido de todas as suas activida des. A p rofesora deverá faciJilnr o seu trabalho e o das cr ian,ças, ..

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