Revista Do Ensino 1930 - Maio v5 n 45

I nEVISTA DO 'r.:NSINO 57 Na pratica é, muitas vezes, o meio do qual nos ser– vimos para canalizar o mau instincto que teem certas crean– ças de enfezar os menores, pondo estes sob a protecção daquel– las. E stimula os sentimentos da cooperação, da responsabi– lidade, etc . Zelar o quadro negro, seus pertences, etc. é uma fun~ c:ção que a creança desempenha com prazer, porque lhe sente a responsabilidade . Contribue tambem para ensinar-lhe a res– p eitar a propriedade alheia, a zelar os objectos escolares. Concluindo: o unico incoveniente que vejo na acção do professor que assim procede é ser mal interpretado pelos paes dos aluqinos que, talvez, o censurem de fazer a creança sahir da classe, perder tempo, etc. Este inconveniente é removido desde que o professor convença aos pàes que disto advem proveito ao ensino. Não são elles,· na escola moderna, os nossos melhores alliados ? CLARICE SOARES AULAS- MODELO H YGIENE DA~ MÃOS (Para o 2. 0 anno primaria) Professora: - A lição de hoje trata da hygie!le das mãos, assumpto de grande importancia e que po1· isso mesmo exige dos alumnos a melho1· attenção. Vejamos. Não lhe rare– ce muito limpa essa carteira, Dilma? Dilma: - Parece sim, senhora. Prof. - E este lenço, não está tambem muito limpi- nho? Dilma - Está muito limpo, sim, senhora . Prof. - . Pois bem; vamos agora humedecer este lenço e em ses;ruida esfregar com elle a carteira. Agora ,veja se o lenço se conserva ainda limpo. Dilma - O lenço ficou sujo ; bastante sujo. Prof. - Observem que ainda que se tenha muito cui– dado com a limpeza das mezas e carteiras, mesmo assim elias conservam sempre um pouco de pó, um pouco de sujidade. E que é que vocês podem dizer-me sobre o pó; responda, Jorge .

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